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História Paladinos - cronicas da historia impossível - Na sala de aula


Escrita por: Juniorjft95

Capítulo 3 - Na sala de aula


Thiago bufou, Levantou-se do meio dos sacos e começou a se limpar o máximo que podia retirando o lixo que o cobria, em seguida dirigiu-se o mais rápido que conseguiu para se juntar a sua turma. Chegou esgueirando-se como se fosse um fugitivo da lei, tomando o cuidado de não ser visto das janelas da sala, em uma oportunidade olhou pelo vidro levemente embaçado e para sua felicidade descobriu que sua professora ainda não havia chegado, sem perca de tempo, e deixando de lado a cautela, ele correu para a porta e entrou na sala, sentando-se rapidamente em seu lugar, tudo isso acompanhado de inúmeros risos dos demais alunos.

Thiago bufou, Levantou-se do meio dos sacos e começou a se limpar, retirando o máximo que podia do lixo que o cobria, enquanto caminhava com o intuito de se juntar a sua turma. Chegou esgueirando-se como se fosse um fugitivo da lei, tomando o cuidado de não ser visto das janelas da sala, em uma oportunidade olhou pelo vidro levemente embaçado, para sua felicidade descobriu que sua professora ainda não havia chegado, sem perca de tempo, e deixando de lado a cautela, ele correu para a porta e entrou na sala, sentando-se rapidamente em seu lugar, tudo isso acompanhado de inúmeros risos dos demais alunos.

O garoto não se importava com os risos, já estava acostumado, o importante era que ele havia chegado a tempo, tempo esse perfeito, pois mal o garoto colocou sua mochila nas costas da cadeira, e sua professora já adentrara a sala, foi como se apenas estivesse esperando sua chegada para começar a aula.

– Todos sentados e com livros abertos, pagina 129 – essas foram suas primeiras palavras para a turma. Com uma voz ríspida parecia menosprezar os alunos, não se dignando sequer a um “bom dia” antes, seu humor parecia estar pior do que nunca.

Donna Parker era uma mulher de 40 anos que, para a turma, dava aula em três matérias diferentes, sendo elas matemática, física e química, o que garantia aos alunos ter de encara-la a semana inteira, isso era um problema, pois seu estilo de dar aulas era o de uma professora linha dura. Seus cabelos levemente grisalhos jaziam amarrados atrás da cabeça, seus óculos se mantinham pendurados no pescoço e suas roupas se limitavam a um vestido florido. Sua expressão era séria e demonstrava não estar para brincadeiras, antes mesmo de seus alunos abrirem os livros ela já se pôs a escrever no quadro.

 

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– Escapou por pouco dessa vez em cara – comentou Eduardo em tom sarcástico, tomando o cuidado de falar baixo para a professora não os ouvir.

– Por que vocês não me acordaram?! – reclamou o garoto irritado enquanto abria sua bolsa.

– É que você estava num sono tão profundo... – comentou Lucas fingindo ter pena do garoto.

– Ha ha ha, muito engraçados vocês dois – persistiu Thiago um tanto quanto aborrecido, pra piorar estava tendo dificuldade em tirar os livros de sua bolsa, pois estava desarrumada e repleta de lixo, quando finalmente conseguira pegar o caderno este veio acompanhado de uma boa quantidade do lixo.

Eduardo e Lucas sentavam-se a direita e a esquerda de Thiago respectivamente, eram alguns dos melhores amigos do garoto e assim como ele órfãos, aliás, muitos naquele colégio também eram do orfanato.

Eduardo tinha estatura mediana, era um pouco mais encorpado que Thiago e, assim como ele, também tinha cabelos loiros, compridos o bastante para recobrir parte das orelhas, em sua face olhos verdes e um rosto arredondado, um nariz pequeno e um sorriso perfeito, Lucas ao contrario era baixo e tinha um pouco de barriga, era dotado de cabelos negros cortados bem curtos e um rosto arredondado, olhos castanhos e um sorriso levemente torto. Ambos eram parceiros inseparáveis e adeptos da antiga arte da palhaçada.

– Fica bravo não Thiago – proferiu Camila com uma voz meiga entrando na conversa – você que deixa seu despertador programado pra acordar depois pra evitar filas no banheiro.

– Ele atrasou – resmungou o garoto catando o lixo no chão.

– Então não podíamos fazer nada, não poderíamos saber disso, mas pelo menos você chegou, e eu quero saber todos os detalhes, pois parece que hoje a história é boa – a garota tentava conter riso, notara uma casca de banana presa à gola da camisa de Thiago, esticou-se para pega-la e ao fazer notou também pequenos galhos e folhas em seu cabelo – o que aconteceu com você?

A situação despertaria a curiosidade em qualquer um, ainda mais para Camila que já a tinha por natureza, em sua face uma pequena pinta na bochecha se agitava, era um movimento involuntário em sua boca, um tique nervoso que se manifestava quando ficava curiosa, se tornara uma característica especial única que lhe dava certo charme, e combinava bem com sua pele morena, olhos castanhos e cabelos encaracolados.

– Quando vi que tinha perdido a hora resolvi correr pra ver se conseguia chegar a tempo – começou Thiago em seu relato matutino, neste ponto finalmente conseguira abrir seu caderno na matéria de matemática, ainda assim não havia copiado sequer uma linha do que estava escrito no quadro – minha primeira ideia foi vir correndo usando a super velocidade…

– Já sei, não conseguiu – intrometeu-se Anderson com um sorriso sarcástico, o jovem pegava no pé de Thiago por ter pouco controle de seus poderes, ele por outro lado era um hérbopata, dominador das plantas que, para um mutante comum, era até bem desenvolvido. Tratava-se de um jovem de estatura baixa de corpo levemente musculoso, sua pele era bronzeada e seus cabelos loiros com um pequeno topete, olhos verdes combinando com seus poderes eram vistos em sua face. Por seu porte, aparência e habilidades era normal ele ser considerado o descolado do grupo, o que às vezes o deixa um tanto arrogante.

– Não exatamente! Eu consegui sim pra sua informação – retrucou Thiago forçando um ar de superioridade, desistiu quando se lembrou do que acontecera em seguida – …bem, pelo menos até a esquina do colégio – parou de falar para apagar uma palavra que havia escrito errado, transcrevia as escritas do quadro o mas rápido que conseguia e sua letra, que já era feia por natureza, agora se mostrava quase indecifrável – ao chegar à esquina eu me atrapalhei ao fazer a curva, com isso acabei me esborrachando em um monte de folhas.

Todos que o ouviam tiveram de se conter para não rir, contudo suas expressões não escondiam o tom cômico que colocaram por sobre a história, agora boa parte da sala agora ouvia suas palavras, concentrado em escrever Thiago não percebera a atenção que para si – não fosse isso eu teria chegado a tempo, mais infelizmente peguei o portão fechado.

– E como entrou? – perguntou Camila se contorcendo para saber o fim da história.

– Tive a ideia de me teleportar para dentro do colégio, e realmente o consegui, só que… – Thiago dessa vez ficara corado, o acidente sofrido foi muito vergonhoso, seus colegas o ouviam atentamente e nem ligavam mais para o quadro – bem eu poderia ter surgido no meio da sala, no corredor, na biblioteca ou em qualquer outro lugar, não iria me importar, mas não! – lastimou ele, enraivecido com o ocorrido parou de escrever – eu tinha de ir parar justamente no monte de lixo do refeitório.

Desta vez o riso não pode ser contido, todos desde seus amigos até os alunos ao se redor desataram a rir, a história se espalhou rapidamente pela sala, logo toda a turma estava em algazarra com risos e gargalhadas de boa parte dos alunos.

Não demorou ha bagunça chegar aos ouvidos de Donna Parker, sua reação foi imediata – SILENCIO! – gritou ela em alto em bom som, não um grito normal de professora, mas sim uma onda sonora que invadiu a sala, e fez voar os papéis de várias carteiras. A turma que antes ria se calou instantaneamente e agora olhavam diretamente para a professora que se mantinha com uma expressão séria analisando todos os alunos.

Donna tinha uma regra principal, "conversas paralelas são proibidas!", o que já era algo ruim para os alunos, e só se intensificava devido às habilidades sonoplastas da professora, uma mutante com habilidades sonoras, que lhe permitia controlar o tom de sua voz, uma ótima técnica para controlar uma sala barulhenta o que fazia suas broncas serem sempre eficazes. Vendo os alunos calados voltou-se ao quadro negro.

– Por que não atravessou a parede? É um dos seus poderes não é? – sussurrou Lucas assim que a professora se distraiu.

– Nem me passou pela cabeça – disse Thiago envergonhado com o ataque de riso que causara.

– É Thiago, você não tem jeito mesmo – continuou Anderson com reprovação – de que adianta ser um omine se não sabe nem que poderes têm?

– Se você tivesse o mesmo número de poderes que eu não se lembraria de todos também – completou o garoto estressado.

– Thiago! – exclamou Donna agora sentada em sua mesa e olhando para toda a sala, atrás dela um quadro completamente lotado de questões matemáticas – venha resolver no quadro o exercício n°1 – disse ela com uma voz monótona.

O garoto bufou de raiva, não queria ir à frente, mas sabia que se não o fizesse seria pior, levantou-se então se dirigiu à frente da sala. Não teve dificuldade em resolver o exercício, contudo sem o personagem principal o assunto que alvoroçara a sala agora não existia mais.



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