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História Paladinos - cronicas da historia impossível - O canção da Ondina


Escrita por: Juniorjft95

Capítulo 6 - O canção da Ondina


Atenas (Grécia) – 20 de novembro

De volta ao orfanato o grupo de jovens que haviam retornado da escola se serviu do almoço no refeitório e logo subiram aos quartos para terminarem de se arrumar, a cama de Thiago era a única ainda desfeita e antes de mais nada ele teve de ajeita-la, trocou as pilhas do despertador e guardou a bacia de alumínio que estava ao lado de sua cama, só então conseguiu começar a se preparar para a viagem coisa que cada um fazia a seu modo esperando pela grande hora da saída

Aos mais preparados, que já tinham organizado suas malas, não restava muito que fazer então se concentraram nos cuidados corporais, por outro lado os não preparados, tiveram de fazer tudo na correria, preencher as malas com suprimentos para uma semana e conseguir fechá-las foi um desafio, mais a maior dificuldade que alguns encontraram foi na parte do banho, pois chuveiros eram a parte mais disputada da casa, sendo apenas vinte para mais de duzentos órfãos, a disputa era ainda maior pois um dos chuveiros no banheiro masculino liberava uma agua incrivelmente fria, que mesmo no calor era difícil de aguentar, e justamente para esse chuveiro foram Lucas, Eduardo e Gabriel, este último o único de todo o prédio que não tinha problema em tomar banho ali, já que era um glacies, um mutante do gelo, quanto a todos os outros se molhavam o mais rápido que podiam e se ensaboavam fora da agua.

No fim das contas porem apesar das dificuldades todos conseguiram se preparar.

Quando o relógio marcava quatro da tarde todo o grupo que ia viajar se reuniu no escritório do diretor, que se localizava no terceiro andar do prédio. Ao chegaram ao local já podiam ver suas autorizações todas assinadas por sobre uma escrivaninha de madeira muito antiga, atrás dela Mefisto Prestes, o tão famoso comandante do local, era uma pessoa boa e assinara as autorizações de prontidão com um sorriso no rosto, tinha já seus 45 anos, o que não aparentava pois seu porte físico era invejável, sua aparência contudo era um tanto quanto excêntrica, tinha compridos cabelos negros amarrados atrás da cabeça e possuía um rosto afinado levemente comprido que se estendia ainda mais pois tinha uma barbicha pontuda como a de um bode, seu único estilo de vestimenta eram ternos, geralmente brancos, e andava com uma bengala de madeira cujo apoio para as mãos era uma cabeça de tigre feita em prata, não o precisava do objeto pois caminhava perfeitamente contudo o tinha para o que ele dizia ser seu charme.

Pegadas as autorizações todos se puseram a descer as escadarias, se despedindo dos outros internos que não os acompanhariam. Fora do prédio para a tristeza de todos uma Kombi muito velha os esperava para leva-los ao aeroporto, sua lataria estava parcialmente enferrujada e soltava uma grande quantidade de fumaça pelo escapamento, mais esse não era o problema principal pois dentro dela não cabiam todos os passageiros e as malas, fazendo com que alguns tivessem de ir sentados no colo de outros, sem falar que parte da bagagem teve de ir amarrada ao teto. Ainda assim nada disso conseguiu desanimar o grupo.

Para a Grécia iam os 40 alunos da turma D do terceiro ano do ensino médio, dentre eles 18 pertenciam ao orfanato, mais três professores que o acompanhariam, totalizando 43 pessoas que viajariam na classe econômica de um Airbus 747 com voo sem escala para Atenas, os passageiros de primeira viagem mais curiosos pesquisaram na internet e descobriram que suas poltronas seriam um tanto quanto apertadas, fato que não importava tanto, afinal fora tudo de grassa mesmo, sem falar que não era muito diferente de um ônibus escolar do governo.

O grupo do orfanato chegou ao aeroporto Guarulhos às 5h em ponto, ficaram fascinados com o tamanho do lugar que tinha dois andares além do térreo com escadas rolantes interligando todos os pisos, o movimento de pessoas era frenético, andavam de um lado para o outro de maneira incrivelmente desordenada lembrando muito um formigueiro, nos andares superiores várias lojas existiam, lanchonetes, lojas de bugigangas, sorveterias, dentre outros, lá o fluxo de pessoas também era grande, só não era maior do que as várias filas de passageiros que esperavam para fazer o check in.

Realmente para aqueles que iam pela primeira vez ao local se admiravam, e só de ver as naves levantando voo pela janela já os alegravam, quanto aos usuários frequente a situação era bem diferente, não viam a hora de sair dali, coisa que estava bem exposta nos mais variados tipos de rostos do lugar.

O grupo recém-chegado retirou as bagagens da Kombi e as depositou sobre um carrinho para facilitar o transporte, logo em seguida saíram em busca do resto da turma não o demorando muito pois estavam reunidos próximo a uma coluna no saguão bem a vista de todos.

Cerca de quinze minutos depois toda a turma já estava ali, Donna Parker lhe entregou os passaportes e os guiou a fila do check in, logo depois passaram pelo detector de metais e suas bagagens pelo raios-X, visto não haver nem uma irregularidade, pegaram novamente suas bagagens de mão e se dirigiram a pista para o embarque.

A imagem do avião chegando cada vez mais perto fascinou os alunos, principalmente pelo seu tamanho colossal, a empolgação se abateu sobre todos, exceto por Camila onde teve o efeito contrário, a garota se intimidou com a nave e se recusava terminantemente a entrar, felizmente Carlos conseguiu acalmá-la, e os dois embarcaram juntos, com as mãos dadas, ato que segundo Carlos era para proteger a garota e que foi o necessário para concretizar o embarque. Pouco tempo depois o avião já se enchera e após a apresentação de segurança das aeromoças o avião decolou.

Pela primeira vez o grupo havia saído do chão e agora voavam livre pelo céu, deixando São Paulo para traz, a cidade parecia feliz por eles, pois sobre ela estava um belo e avermelhado pôr do sol, fato que empolgou ainda mais os adolescentes que não conseguiam sequer expressar o que sentiam, afinal estavam prestes a viver a maior aventura de suas vidas.

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Após 12 intermináveis horas de voo o avião finalmente pousou em Atenas, a viagem foi tranquila, sem nem um incidente, apesar de terem passado por uma leve turbulência duas horas depois de terem decolado, fato que quase fez Camila ter uma parada cardíaca. Para passar o tempo um filme foi transmitido para os passageiros, o tema, romance o que facilitou para os garotos pegarem no sono e prendeu a atenção das meninas, contudo depois de umas quatro horas sentados em poltronas desconfortáveis à maioria não resistiu e acabaram por pegar no sono, muitos só acordando na hora do pouso, fato que ocorreu por volta das 05h30minh da manhã.

O sol estava prestes a nascer na Grécia e o grupo recém chegado do Brasil estava exausto, apesar de dormirem no avião, como disse os bancos eram desconfortáveis o que deu a vários deles dores nas costas ou pescoços, ainda assim estavam muito empolgados. Para a maioria aquela era a primeira vez em que pisavam em outro país, e para todos, a primeira vez em Atenas.  Saíram do aeroporto por volta das seis da manhã, na rua um ônibus os esperava para levá-los ao hotel onde ficariam durante aquela semana.

Levarão cerca de meia hora para chegarem ao local da estadia, um pequeno sobrado que ficava no alto de uma colina cercada por uma pequena mata, seu nome era A Canção Da Ondina. O local na verdade decepcionou muitos da turma pois não era um grande hotel cheio de tecnologias como esperavam, mais sim um pequeno e antigo albergue, contudo não era ruim o lugar bem arrumado, feito em estilo rustico, e além do mais tinha um belo jardim florido nos arredores.

A decepção contudo foi ainda maior ao se depararem com os quartos, todos coletivos, para cerca de 20 pessoas cada um, para dizer a verdade à parte da turma que pertencia ao orfanato não sentiu muita diferença entre o dormitório de onde moravam e o do albergue, para os outros o desagrado foi evidente, contudo não havia nada a ser feito, não tinjam opção de escolha, e além do mais não passariam muito tempo no dormitório, então simplesmente escolheram suas camas e começaram a se ajeitar.

Daí para frente às ações de cada um foram distintas, alguns tentaram dormir porem a maioria quis ficar acordado, não valeria a pena pois já era quase sete da manhã sendo que o resto do albergue acordaria por volta das oito. Quem resolveu ficar acordado começou a desfazer as malas ou conversavam para matar o tempo.

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– Cara, viajar de avião e legal mais demora muito – disse Rafael se curvando para traz como meio de esticar as costas.

– Claro que demora, nós acabamos de cruzar o oceano atlântico – disse Anderson com um leve sorriso de satisfação enquanto desfazia suas malas, estava feliz por estar pela primeira vez em outro país

– E agradeça por não ser de navio, senão você não chegaria com menos de um mês – concluiu Carlos descendo com um pulo da cama de cima de um dos beliches.

– Eu estou satisfeita de o avião não ter caído – suspirou Camila que já havia desfeito as malas e agora se encontrava no dormitório dos meninos, o dela e o das outras meninas ficava logo à frente.

– Mas não caiu, viu como seu medo não tinha sentido – riu Carlos com um leve sorriso enquanto arremessava sua mala sobre a cama.

– Se bem que você tem tanta roupa ai que era capaz do avião ter caído por excesso de peso – brincou Lucas pulando da cama de cima de seu beliche para a de Carlos, o ato foi extremamente fácil para ele pois tratava-se de um héliopata, um mutante que domina o ar, o pulo foi tão suave que a cama nem se abalou – o que tem na sua mala, tijolos? – proferiu ele segurando a bagagem do amigo pendurada fora do beliche.

– Há ha, muito engraçado tira a mão dai – resmungou Carlos subindo rapidamente as escadas de madeira do beliche e expulsando o amigo da cama.

Um novo pulo com perfeição feito por Lucas foi realizado.

– Já terminou de arrumar suas coisas Camila? – perguntou Gabriel indiferente à discussão nas camas de cima, nesse momento o garoto estava abrindo suas malas pela primeira vez.

– Sim, mais não estou a fim de dormir, vocês vão?

– Dormir? Cara dormi sete horas naquele avião, não vou querer dormir tão cedo de novo – riu Thiago com um leve abatimento devido à viagem.

 – Então bora fazer um tur pelo hotel? – incitou Daniela que ouvira a conversa do corredor e acabara de aparecer na porta, do grupo era ela a mais animada e responsável por empolgar os demais, de pele morena cabelos negros levemente encaracolados e olhos castanhos a pequena garota conseguia manter um corpo até bem torneado o que a tornava bela.

– Por que não? – disse José fechando sua mala – eu topo.

– Certo vou chamar a Dani e a Raquel me esperem aqui – disse a garota saindo do quarto dos meninos e se dirigindo para o seu próprio dormitório, retornando poucos minutos depois com as amigas. Em pouco tempo o pequeno grupo já começara a andar pelo lugar.

Não tinha muita coisa para ver na verdade já que o albergue era pequeno, tratava-se de um lugar antigo e feito quase completamente de madeira, era bem agradável diga-se de passagem, nas paredes dos corredores era possível ver centenas de quadros com fotos dos familiares dos donos, os próprios proprietários e até alguns hospedes além de algumas pinturas, todos emoldurados em porta-retratos feitos em madeira e decorados com linhas e círculos entalhados, um deles em especial contendo uma foto dos donos do lugar com um antigo presidente da Grécia, quadro este exposto com grande pompa numa parede no fim do corredor, a cena só foi possível pois a respeitável figura se perdera em uma viajem diplomática e fora parar ali.

Os corredores também eram cheios de flores e continham um carpete que cobria toda sua extensão, um doce cheiro amadeirado era sentido em todo lugar. Ali além dos dormitórios dos alunos haviam outros dois, totalizando quatro, num deles seus professores dormiam, juntamente com alguns outros hospedes.

Logo desceram para o térreo, já haviam visto tudo no andar superior, a escada pela qual desceram dava acesso ao pequeno saguão localizado na área esquerda da construção, lá três portas haviam, uma levava para a sala de estar, outra para o restaurante e a última levava para fora do prédio. Ainda assim ali também não tinha muita coisa para se ver.

Terminado de explorar o interior os doze resolveram se aventurar nos jardins, o lugar estava repleto de rosas floridas de três variedades de cores, vermelhas, brancas e amarelas, nada muito especial porem bem cuidadas, o lugar jazia deserto e como nos três cenários anteriores, ali também não tinha muita coisa para se ver, a não ser uma pequena fonte com uma escultura de uma Ondina, uma ninfa da Água, segurando um jarro que derramava água.

– To super entediada – reclamou Raquel sentada em um banco em frente à fonte enquanto mexia gentilmente na água, alguns peixes ornamentais existiam ali.

– Já sei como nos entreter – se pronunciou Rafael com um leve sorriso na cara de alguém que quer aprontar.

– Topo qualquer coisa – disse Camila bocejando – fala ai.

– Que tal explorarmos aquela mata? – sugeriu o garoto que a pouco havia notado uma estreita trilha que adentrava em meio a arvores.

– Por que não – disse Daniela pulando da mureta em que, até o momento, estava se equilibrando – aqui tá chato mesmo, lá pelo menos deve ser mais interessante.

– Vocês estão loucos!!! – Gritou Camila exagerando em seu tom de voz – entrar no meio do mato a essa hora! Tá escuro ainda! – terminou ela falando baixo para não acordar ninguém, se bem que ela tinha razão, Apesar de não ser tão cedo e já ter passado a hora do sol nascer o lugar estava completamente escuro, isso devido ao céu que estava extremamente nublado sem falar que os arredores do albergue estavam enevoados o que dava um ar sombrio ao local. Realmente as únicas luzes ali eram as vindas de dentro do prédio e as de alguns poucos postes de luz que havia no jardim.

– Qual é Camila, cadê a menina que disse que topava qualquer coisa? – riu levemente Rafael, era um garoto aventureiro de porte atlético e cabelos negros, possuía uma leve barba e seus olhos eram verdes escuros, era um dos mais inteligentes do grupo mais também um dos que mais aprontavam, uma combinação que geralmente acarretava em diversas aventuras como fora o caso apresentando a ideia de se embrenhar na mata desconhecida.

– Foi antes de saber o que você queria fazer – falou a garota emburrando-se.

- Camila, presta atenção a Raquel é uma lúmenes, a Dani uma eléctros e a Andreia pirotéc, luz não vai faltar – articulou Thiago lentamente numa tentativa de convencer à amiga.

– Sim, e você também seria se soubesse usar seus poderes direito – implicou Anderson não perdendo a oportunidade de alfinetar o jovem omine.

– Ai pegou pesado – exclamaram Eduardo e Lucas ao mesmo tempo enquanto deixavam escapar algumas risadas.

De fato se luz era o problema este estava resolvido pois muitos tinham poderes que a geravam, como já dito antes todos os dose eram mutantes, em sua maioria tendo poderes elementares, Raquel tinha poderes que combinavam com sua aparência bela, ela era uma lúmenes, controladora da luz e sempre iluminava o dia dos amigos com seu brilho natural; sua oposta era a medrosa Camila que entrava em contradição com seus poderes, como ela era uma darkus, dominadores das sombras, o medo do escuro devia ser motivo de riso, claro não é o caso desta pequena representante; Rafael o aventureiro era amante dos metais, não ele não é um roqueiro, apesar de gostar deste estilo musical, essa característica é devido a ele ser um metalpata os mestre de todos os metais; Gabriel o curioso era frio como gelo mais não em temperamento só em elemento, ele era um glacies; Eduardo por sua vez era o rei dos rios, dos lagos ou de qualquer lugar que possua agua já que hidropata era seu dom, acima dele estava Lucas, héliopata que o ar domina; Anderson por sua vez tinha o dedo verde, algo obvio pois como um hérbopata ele tinha de ser bom com plantas, plantas estas que não teriam chance se não fosse a terra, domínio do géopata José; Tudo muito bem, tudo muito bom, mais agora tome cuidado pois esta e quente, falo é claro da pirotéc Andreia, a personificação do fogo, seu temperamento se adequava a seu elemento pois na mesma hora que esta na calmaria podia se tornar agressiva, por último mais não menos importante ela que é enérgica e animada, e belíssima Daniela, uma eléctros dominadora da eletricidade. Já Thiago e Carlos eram exceção, seus poderes não eram elementais puros sendo o primeiro um omine como já citado sendo aquele que detêm todas as mutações e o segundo um dominador das tecnologias, um técnopata;

Após alguns minutos de conversa e apesar de relutante, o grupo conseguiu convencer Camila a aceitar a ideia de Rafael e em pouco tempo já estavam caminhando pela pequena trilha.

A mata não era muito densa, constituída quase inteiramente por arvores espaçadas e de pouca espessura, em sua a maioria de grande altura. O pequeno caminho, que fora marcada ao longo do tempo devido à passagem continua de animais, parecia se estender até onde era possível ver arvores, e como ela existia não teriam o problema de se perder enquanto caminhavam.

O chão do local estava repleto de folhas secas, que faziam um leve barulho ao serem pisoteadas, era inverno na Grécia, porém não fazia frio naquele dia em especial, a nevoa já se dissipara parcialmente e uma leve brisa soprava por entres as arvores, trazendo consigo um delicioso cheiro de pão fresco que fez com que as barrigas dos pequenos exploradores começassem a roncar. Mais à frente puderam ver os primeiros raios de sol se lançarem a terra e conseguidos grassas a um forte vento que soprava alto no céu e afastava as nuvens que escureciam aquele dia.

Apesar de a ideia ser extremamente excitante a princípio o grupo terminou por descobrir que caminhar em meio aquelas arvores seria mais enfadonho do que se ficassem no albergue, tanto que cerca de quinze minutos após saírem eles já tinham se arrependido.

– Vamos voltar para o hotel gente – sugeriu Andreia com as mãos nos joelhos cansada após a pequena corrida que fizeram apenas para tentar animar as coisas, aparentemente ela estava fora de forma, era uma garota um tanto baixa mais com belos e compridos cabelos negros, em sua face arredondada era visível lábios carnudos e um pequeno nariz lhe embelezava, mais que não chegava aos pés dos olhos castanhos que quase beiravam o vermelho - já está quase na hora do café da manhã, e além do mais aqui não tem nada para se ver.

– Que isso menina? – disse José correndo ao redor da garota somente para atormenta-la – mais energia por fav... – foi a pior coisa que ele podia ter feito, a brincadeira não foi bem sucedida pois distraído ele acabou por enroscar o pé em uma raiz e caindo com tudo no chão.

– Calma José – disse a garota rindo enquanto retribuía a gracinha do amigo – eu sei que você é um géopata, mais não precisa comer terra.

– Muito engraçado – disse irritado o acidentado enquanto levantava–se e cuspia algumas folhas. O garoto havia ficado completamente sujo já que o chão onde havia caído estava um pouco úmido enlameando sua roupa, não completamente apenas do lado direito abaixo do braço onde ouve o maior contato com o solo – droga minha camisa – bufou ele exaltado.

– Há, há, se fudeu! – gritaram Eduardo e Lucas ao mesmo tempo apenas para aumentar a sina do amigo. Ambos riam descontroladamente.

– A contrér monsier – retrucou José com um leve sorriso enquanto imitava um sotaque francês, ou pelo menos o que ele acreditava ser francês, seu dedo estava levantado para os outros se movendo em sinal de negação, logo em seguida abaixou a mão colocando-a por sobre a mancha recém-feita, usando seus poderes ele a fez sumir completamente, deixando os seus gozadores boquiabertos – quem se fudeu agora? – disse o garoto com superioridade enquanto ria dos amigos.

As risadas sessaram para Eduardo e Lucas mais se espalharam pelos outros, ainda assim os dois não resistiram e acabara rindo também, porem assim que as mesmas sessaram o tedio retornou. Na mata o cheiro de pão fresco se intensificava e com ele a vontade de retornar.

– Acho que já vimos tudo o que tínhamos para ver – disse Andreia já com o folego recuperado enquanto tentava novamente levar o grupo embora.

– Voltamos então? – disse José desamarrotando sua camisa.

– Sim, já está quase na hora do café mesmo – ressaltou Gabriel imaginando uma mesa cheia de guloseimas.

– Só pensa em comer piá? – disse Raquel com as mãos na cintura e os braços arqueados, como se estivesse dando uma bronca.

– Olha só quem fala – respondeu Gabriel em sátira – a mais comilona do grupo.

– Nem tanto – disse Raquel rindo – mais enfim, vamos?

– A não ser se que haja objeção... – disse Carlos fintando um a um do grupo para ver se alguém tinha alguma coisa a falar, um deles porem lhe chamou sua atenção, Thiago olhava fixamente para o meio da mata, parecia avulso a todos ali, como se estivesse hipnotizado ou se houvesse alguma coisa muito interessante aa ser vista – Thiago? – disse o garoto se aproximando da "estátua viva" que como da vez anterior não esboçou nem uma reação, era como se estivesse em um lugar totalmente diferente, na verdade o garoto nem piscava, ficava apenas olhando para o nada – ei Thiago – gritou Carlos em mais uma tentativa, dessa vez porém estralando os dedos na frente do rosto do garoto que finalmente reagiu.

– Ham, o que? – disse ele acordando e falando calmamente, como se nada tivesse acontecido.

– Credo o cara pirou – exclamou Carlos surpreso – você parecia hipnotizado agora pouco, o que tanto olhava?

– Nada não – respondeu Thiago sorrindo tentando mudar de assunto – vamos embora que tá quase na hora do café da manhã

– Era exatamente o que íamos fazer – continuou Carlos colocando as mãos nos ombros do amigo e o olhando fixamente como se estivesse falando algo sério – mais tinha um cara que viajo pra Narnia e esqueceu de levar o corpo... – disse ele rindo

– Sai dessa – exclamou o omine se livrando das mãos do amigo e saindo correndo – o que estão esperando – disse ele sorrindo sem desacelerar.

– Ei espera a gente – gritou Eduardo equilibrado em uma perna só e puxando a outra para cima se aquecendo e em seguida desatando a correr também.

– Anão! Correr não! – berrou Andreia em protesto, tarde demais, pois todos seus amigos já estavam correndo.



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