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História Paladinos - cronicas da historia impossível - O diagrama misterioso


Escrita por: Juniorjft95

Capítulo 9 - O diagrama misterioso



– Tá certo, ai já e demais – exclamou Thiago em fúria sem motivo aparente, irado dirigiu-se apressadamente ao local onde a ultima tocha fora acesa – te ignorei por muito tempo e agora você resolveu pegar pesado comigo, não é? – o garoto parecia estar em meio a uma discussão, porem nada havia no local a não ser um beco sem saída, uma pequena cavidade escavada na terra com um formato retangular de pouco metros de largura. O estranho ato não demorou para chamar a atenção dos demais, mais principalmente causou espanto – pois bem estou aqui, vamos ver o que você tem para me oferecer.
– Tá maluco Thiago?! – exclamou Daniela intrigada – não tem nada ai.
– Não tem é? – disse o garoto com um leve sorriso irônico, estava um tanto quanto agitado e isso era visível, em resposta a Daniela bateu fortemente com o pé direito no chão, ato seguido por um – revele-se – gritado à auto e bom som.
O grupo se reuniu ao redor do amigo que aparentemente havia enlouquecido com a situação e agora falava com as paredes, porem após os últimos movimentos do garoto algo realmente começou a acontecer, o beco que tanto chamara a atenção realmente não era comum pois ali surgindo do nada como se uma foto brotasse em meio ao ar apareceu um desenho, grande e simples, obedeceu o comando dado pelo desastrado omine.
– O... o que é isso? – perguntou José espantado enquanto recuava involuntariamente alguns passos.
O desenho tratava–se de uma figura 2D que ocupava toda a extensão da cavidade, era constituída de dois círculos brancos separados por cerca de um palmo de distância, no interior do círculo interno uma estrela de dose pontas estava posicionada, eram linhas brancas levemente luminosas paradas em pleno ar sem encostar em nada solido, poderia ser uma ilusão criada por um dos poderes de Thiago, mais não parecia ser o caso. O desenho era repleto de símbolos estranhos, que para Thiago representavam runas mais que para os outros lembrava os rituais satanistas que viam em filmes, por isso o receio de José a ver o desenho surgir, outra coisa era que em cada uma das pontas da estrela havia um pequeno círculo vazio, porem posicionado perfeitamente atrás destes era possível ver um crâneo depositado na suja parede, estes estavam apenas seguindo o resto da decoração do local, porem o alinhamento assustava.
– É um diagrama magico – disse Thiago em resposta a José porém sequer olhando o amigo, sua atenção estava voltada exclusivamente em analisar o desenho – vejamos, tem doze pontas com círculos, não tenho ideia do que seja, mais esses símbolos são os usados em diagramas de transporte, não entendo, essa magia não faz sentido – falava baixo e estava com a mão no queixo, parecia estar refletindo profundamente – mais é claro são selos! – exclamou ele subitamente como se a resposta fosse óbvia – mais selos de que? Me diga o que você protege? Deve ter alguma dica nessa parede, mais está muito escuro, deve ter um jeito de ver melhor – disse ele tentando pegar uma das tochas da parede, em vão pois a armação estava muito bem fixada – Andreia me arruma um pouco de fogo? – concluiu ele desistindo da tocha.
– Não até você nos explicar o que está acontecendo – disse ela em tom autoritário.
– É complicado…
– Não importa, explique-se.
– Tudo bem, vou fazer uma síntese e depois me aprofundo no assunto, pode ser? 
– Pode.
– Pois bem, esse desenho que vocês estão vendo é conhecido como diagrama magico, como o nome diz são desenhos utilizados para realizar magias, feitiços ou bruxarias.
– Isso é coisa do capeta?! – indagou Camila fazendo uma cruz com os dedos.
– Não, isso é apenas crendice popular, a maioria das magias não tem nada a ver com rituais satânicos, é mais como um meio de amplificar as habilidades individuais – explicou o garoto dividindo sua atenção entre o grupo e o digrama a sua frente.
– Certo mais porque você agiu daquele modo ao percebê-lo? Pareceu já o conhecer – comentou José.
– Acontece que já vi esse mesmo diagrama em vários lugares desde que chegamos à Grécia, na mata, no hotel, nas ruas, em todos os lugares que estivemos.
– Por que não nos contou? 
– Melhor, por que nunca os vimos? 
– Vocês não conhecem magia, só podem vê-lo agora por que eu permiti que assim o fosse, e não os contei para poupar explicações exatamente como as que estou tendo de dar agora.
– E como você conhece magia? – indagou Anderson em uma pergunta certeira.
– Longa história, como disse farei uma síntese então depois eu explico, agora vamos nos focar em sair daqui.
– Consegue nos tirar daqui? – perguntou Gabriel esperançoso.
– Acredito que sim, como o vi em vários lugares acho que esse diagrama só nos libertara se o executarmos.
– E por que não o fez ainda?
– Não é tão fácil, não conheço a magia, tenho de identifica-lo antes de qualquer coisa, mais como disse eu preciso de luz – estas últimas palavras foram ditas com repreensão por seus amigos não o terem ajudado ainda, mesmo não sendo culpa deles não entender o que estava acontecendo.
– Se é luz que você precisa aqui está – disse Andreia criando um manto de fogo que cobriu toda sua mão transformando-a em uma espécie de tocha. A garota ainda não entendera mais resolver ajuda-lo já que poderia tira-los dali.
– Obrigado – disse Thiago incrivelmente empolgado com a situação. 
– Onde precisa de luz? – perguntou Andreia se aproximando.
– Na parede atrás do diagrama – indicou o garoto.
– Como posso iluminar lá se o diagrama está na frente?
– Não se preocupe – disse Thiago passando com a mão por sobre as linhas que formavam os dois círculos maiores, seu corpo atravessou o desenho sem problemas cortando-o parcialmente e deixando um rastro brilhante que segundos depois retornou ao formato original – por enquanto é só um desenho, não existe perigo algum.
- Certo – respondeu a garota seguindo a ordem de Thiago, elevou a mão e começou a atravessa-la pelo grande diagrama, receosa porem evitou os riscos e focou em um dos círculos vazios, diferente do amigo porem dessa vez houve uma reação, a chama na delicada mão se extinguiu subitamente e se transformou em uma espécie de luz com um tom vermelho vivo, que lembrava muito o fogo, esta se estendeu por toda a dimensão do círculo lacrando-o completamente. Andreia recuou a mão institivamente analisando-a logo em seguida para conferir se não tinha nada de errado, enquanto a magia continuava a se modificar, a caveira que estava alinhada com o círculo se desprendeu da parede posicionando-se exatamente no meio da estrutura avermelhada, um desenho de uma chama no interior de um círculo surgiu no alto de sua testa ossuda.
– O que aconteceu? – perguntou Andreia assustada.
– Você ativou alguma coisa no diagrama, tente fazer o mesmo em outro círculo – disse Thiago intrigado com o ocorrido.
– Tem certeza – disse Andreia ainda segurando sua mão assustada com o ocorrido.
– Vamos não tenha medo, é inofensivo – reclamou Thiago impaciente.
– Certo – disse ela um pouco relutante mais fazendo como ordenado, o resultado porem foi insatisfatório e desta vez não houve reação alguma – fiz algo de errado? – perguntou ela ainda com as mãos em chamas no interior de outro círculo.
– Não, foi o diagrama que não á aceitou, eu não entendo disse Thiago pensativo olhando detalhadamente o desenho a sua frente – mais é claro dose pontas, doze selos, nós somos doze, esse diagrama foi feito especialmente para que nos o quebremos, é necessário à participação de todos – a empolgação do garoto era visível, mais do que com vontade de sair ele estava curioso em saber no que aquilo tudo levaria.
– E o que tem por trás disso? – perguntou Anderson começando a desconfiar da situação.
– E como eu vou saber? O que acha que estou tentando descobrir? – disse Thiago esboçando um misto de determinação e curiosidade que contagiou levemente a todos – Lucas me faz uma esfera de ar e coloca no círculo ao lado do de Andreia.
– Tá bom – respondeu o garoto de prontidão, tinha de admitir que também estava curioso e por isso iria ajudar sem questionar, logo em seguida juntou as duas mãos em forma de uma bola o que gerou instantaneamente uma espécie de turbilhão de ar que ali começou a se formar e crescer até adquirir o formato e tamanho de uma bola de boliche, era possível ver o ar se movimentando rapidamente por toda sua extensão, como se houvesse um pequeno furacão contido pelos poderes do jovem héliopata, sem nem um pouco de receio Lucas aproximou a esfera do círculo indicado, e do mesmo modo que aconteceu com Andreia este reagiu passando a emitir uma luz com um brilho de um tom azul muito claro, quase beirando ao branco. A caveira atrás também se desprendeu e se colocou em meio ao círculo recém aceso e como da vez anterior um símbolo surgiu no alto da testa da ossada, uma espécie de hélice com três pontas curvadas que circulava uma esfera negra, duas finas linhas em formato circular lhe davam a impressão de movimento, ao redor de tudo um espesso círculo negro.
– Funcionou de novo – disse Thiago entusiasmado – agora você Eduardo, faz o mesmo.
– Você sabe o que tá fazendo? – perguntou o amigo se aproximando dele.
– Não tenho ideia – riu o garoto inocentemente.
– Palavras animadoras – disse Eduardo forçando um sorriso, o hidropata criou uma esfera de água e a colocou no selo ao lado do de Andreia, porem dessa vez nada aconteceu – por que não funcionou? Fiz igual aos outros! – questionou o garoto coçando a cabeça confuso.
– Você não fez nada de errado, bem acho que não, não sei por que não deu certo – disse Thiago confuso.
– Talvez ele não seja uma "chave" – comentou Daniela.
– Não, ele tem que ser, só estamos em doze aqui, deve ter algum motivo de não ter dado certo – disse Thiago analisando o diagrama minuciosamente, não conseguia entender aquela magia, subitamente desviou o olhar, notou a estampa na camisa de Rafael, um grande desenho que representava o símbolo do Yin Yang, representação universal do equilíbrio entre opostos, uma ideia brotou em sua mente e num surto soltou um grito de felicidade assustando todo mundo – já sei pode ser um diagrama de selos opostos.
– Como assim? – perguntou Carlos começando a se interessar pelo assunto.
– É só uma hipótese, tente colocar a esfera no círculo do lado oposto ao do fogo – disse Thiago a Eduardo.
– Tá certo, vamos nós de novo – proferiu Eduardo novamente realizando a esfera de agua, esticou o braço e o colocou no círculo que se alinhava opostamente ao do fogo, dessa vez ouve a reação que se esperavam e uma luz azul viva surgiu do selo, como das outras vezes a caveira se dirigiu ao circulo terminando com um desenho de uma gota de agua no interior do círculo negro.
– Cara sou um gênio – disse Thiago aumentando seu próprio ego.
– E nada modesto também – brincou Rafael.
– Bem vamos continuar, vejamos, que opostos a entre nós? – disse Thiago colocando a mão no queixo novamente, ficou um tempo olhando seus amigos e finalmente chegou a uma conclusão – mais é claro Raquel e Camila, luz e sombras, e a vez de vocês duas.
–Tem algum lugar certo Thiago? – perguntou Raquel disposta a realizar a magia.
– Não, desde que os círculos das duas sejam opostos não tem problema à ordem.
– Não sei não gente e melhor não mexermos com essas coisas – disse Camila apavorada com tudo, cobras gigantes, esqueleto e morcegos eram coisas de mais para a sua cabeça.
– Você ouviu o Thiago Camila, só conseguiremos sair se o diagrama for quebrado – disse Andreia a abraçando – e até agora nem um de nós teve problema, não custa tentar.
– Mais vejam todos esses tuneis, algum deles pode nos levar a saída, se não como os morcegos conseguiriam entrar? Ou aquele vento de agora pouco pode surgir? E afinal você é um rastreador também pode descobrir isso – disse Camila referindo-se a Thiago e tentando mudar a opinião de todos.
– Não vai adiantar, como disse antes o digrama está nos seguindo por todos os lados, ele quer a todo custo ser quebrado, e tem mais uma coisa… – a expressão de Thiago ficou seria repentinamente – não confio nesses tuneis, desde que chegamos estou ouvindo barulhos estranhos vindos de todas as direções.
– Barulhos? Não ouço nada, serão os morcegos novamente? – disse Carlos colocando a mão ao redor da orelha na tentativa de ouvir melhor.
– Não os morcegos já se foram há muito tempo, vocês não podem ouvir, apenas eu que tenho audição ampliada.
– E de que são esses barulhos? – perguntou Gabriel temeroso.
– Gritos e gemidos – disse Thiago olhando fixamente para os tuneis.
– Por que não nos contou antes – disse Daniela desesperando-se.
– Não queria preocupar vocês, já passamos por muitas coisas e além do mais  a origem dos gritos aparentemente não se moveu desde que chegamos, enquanto estivermos neste local acho que estaremos seguros.
– Tudo bem, vamos acabar logo com esse diagrama – disse Camila mudando de ideia sobre a magia e cortando a frente de Raquel ao quebrar o selo – não quero ficar nesse lugar nem um minuto a mais – a darkus então fez uma esfera de sombras e colocou no diagrama, o selo reagiu imediatamente gerando uma espécie de luz negra, que resultou no mesmo ritual que parecia acorrer a todos e na caveira que se moveu um desenho surgiu de um círculo com uma estrela negra de seis pontas contendo um círculo branco com vários rastros de linhas pretas que parecia terem sidos outros círculos mais que agora estavam quebrados, no interior de tudo um grande ponto preto. O conjunto dava uma impressão de profundidade.
– Nossa que luz estranha – comentou Raquel com um leve riso – bem, minha vez – disse a garota com estrema calma enquanto criava uma esfera de luz e colocava-a em meio ao selo oposto ao das sombras que reagiu emitindo uma luz amarela quase beirando o branco, na caveira praticamente o mesmo desenho que aparecera no círculo das sombras, com a diferença que as partes brancas agora estavam negras e as negras agora jaziam brancas, seus opostos eram evidentes até mesmo nos símbolos – quem é o próximo? – perguntou a garota sorrindo.
– Bem o oposto do elemento ar do Lucas, é o terra do José, céu e terra são opostos, já pode quebrar o selo José, agora temos um impasse, pois não vejo opostos entre os que restaram – disse Thiago retomando suas análises. Ao mesmo tempo José se dirigia até seu selo, criou uma bola de terra e atirou ao círculo acertando-a bem no centro, a reação foi uma luz bege, e o símbolo que surgira no crânio continha dois pentágonos um maior por traz de um menor, abaixo dele várias linhas retas provavelmente representando um chão árido.
– Não podemos arriscar Thiago? – perguntou o garoto retornando ao grupo após ter cumprido sua missão – que nem quando não sabíamos que eram necessários elementos opostos, podemos colocar um a um e ir testando até achar a combinação.
– Não, pode demorar muito e se eu não souber por que os elementos são opostos à magia não vai funcionar.
– Cara sei pouco sobre isso mais parece que essa tal de magia é muito complicada – resmungou Anderson – vamos resolver logo isso que não aguento mais ficar aqui, você não tem ideia de quais podem ser os opostos?
– Nem uma – respondeu Thiago.
– Não se preocupem, eu já sei todos os opostos – exclamou Carlos surpreendendo o grupo.
– Serio? Ai sim, esse é dos meus, inteligência pura – riu Eduardo – quais são?
– Madeira e gelo, metal e raio, e técnopata e omine.
– Não vejo padrão, por que essas combinações? – indagou Gabriel.
– É simples madeira e gelo são opostos naturais, lugares onde a gelo geralmente não a madeira, pois a maioria das plantas não sobrevivem em climas de frio constante – esclareceu Carlos.
– A é sabichão, e as florestas de inverno do norte, hem? – disse Andreia com ironia.
– São exceções como fogo na água, e difícil mais pode acontecer, e também não neva o tempo todo no hemisfério norte, quando está quente as arvores cressem sem problemas além de serem espécies com resistência ao frio, agora vê se tem arvores na antártica ou no polo norte – respondeu o garoto sem fraquejar nem uma vez em sua explicação e deixando Andreia meio envergonhada.
– Parece estar certo, e os outros opostos? – perguntou Daniela.
– Raio e metal, um e matéria o outro e uma força da natureza – disse Carlos.
– Faz sentido – comentou Rafael.
– E nos por que somos opostos? – perguntou Thiago.
– Nossos poderes foram o que tive pensar mais – começou a explicar o garoto – porem a um oposto simples, meus poderes são baseados em maquinas, é o único poder que manipula coisas não naturais, construídas por humanos, você é um omine, ou seja tem dentro de si todos os poderes, poderes naturais, de seres vivos.
– Não consegui ver o oposto ainda – comentou Lucas pensativo.
– É simples, natureza e tecnologia, natural e construído.
– Esse não sei bem se entendi, mais vamos ver agora se esta certo, seguindo a ordem explicada pelo Carlos cada um coloque seus poderes nos selos – exclamou Anderson querendo acabar logo com tudo aquilo em quanto criava uma esfera de folhas e se dirigia a magia.
Os que faltavam então foram até o diagrama, primeiro o próprio hérbopata que quebrou seu selo passando a emitir uma luz verde viva e o desenho na caveira era de uma folha levemente curvada circundada pelo círculo negro que todos tinham, depois foi à vez de Gabriel que com uma esfera de gelo fez o selo emitir uma luz azul esverdeada e surgir o desenho de um floco de neve na caveira, como Carlos havia dito os dois realmente eram opostos, depois foi à vez de Rafael que, com uma esfera de metal semelhante a uma bola de canhão, quebrou o selo com um soco só para se exibir, a luz era cinza e o símbolo na caveira parecia-se com a ponta de uma lança, após ele veio Daniela com uma esfera elétrica que fez o selo emitir uma luz amarela cintilante e um desenho de um raio surgir no interior do círculo escavado na caveira, mais uma vez Carlos havia acertado, por fim o próprio técnopata teve de quebrar o selo, criou uma esfera cibernética feita de tiras verdes com 0 e 1 repetidos inúmeras vezes e orbitando uma esfera azul brilhante que ficava no centro da mão do garoto girando extremamente rápido, ele então aproximou a esfera do selo e o quebrou, uma luz que era uma mistura de verde com marrom surgiu e o desenho de uma estrela de quatro pontas apareceu no crâneo.
Onze selos já estavam quebrados, só restava Thiago que ainda não o havia feito, mais ai houve um impasse, como ele iria quebra-lo? Afinal ele não tinha apenas uma mutação, ele tinha todas.
– Espera ai Thiago o que você vai fazer para quebrar o selo? – questionou José.
– É verdade você não pode juntar todos os poderes num ataque só, ou pode? – perguntou Daniela com dúvida.
– Não realmente não posso, mais eu acho que sei como quebrá-lo – disse Thiago esboçando um sorriso
– Como?
– Com uma de minhas penas.
– Que penas? – indagou Rafael espantado – você não tem nem asas, muito menos penas.
– Quem disse que não tenho asas?
– Você tem? Como nunca as vi? – perguntou Camila empolgada, como muitos a garota tinha o sonho de voar desde pequena, pode parecer irônico diante do medo do avião apresentado no começo da viagem, acontece que ela queria voar com as próprias asas, como um pássaro, e descobrir que um de seus amigos as tinha lhe fascinava.
– Eu as tenho, só não consigo usa-las.
– E de que adianta as ter se você não consegue usá-las, como vai fazer para pegar uma pena? E alias por que uma pena resolveria o caso? – inqueriu Andreia direta como sempre.
– Todos os omines têm assas, são partes de seus corpos como outro par de membros, elas compartilham tudo com o resto, músculos, sangue, inclusive os poderes, aliás omines evoluídos consegue usar uma grande quantidade de poderes através delas – explicou o garoto.
– Entendi quer dizer que cada pena tem um pouco de todos os poderes, seria uma solução para o caso mais voltando ao assunto, como vai pegar uma pena se você não consegue usar as asas? – a pergunta que Carlos havia feito foi direta e fez todos novamente pensarem que não haveria saída para aquela escuridão, o desanimo se abateu novamente, contudo Thiago ainda permanecia sorrindo.
– Ei, ei, eu disse que não consigo usa-las, não que eu não consigo invocá-las, acontece que só as aguento por alguns segundos, tempo o suficiente para que um de vocês arranque uma pena, entenderam?
– Agora sim parece um plano – comentou Daniela.
– Pode deixar que eu arranco – exclamou Eduardo se aproveitando da oportunidade.
Ao ver que os amigos haviam entendido Thiago decidiu agir, escorou-se em uma parede e começou a fazer força, seu rosto ficou vermelho e de seus braços era possível ver as veias saltadas, de suas costas começaram a crescer dois calombos que levantavam sua camisa, estes foram aumentando de tamanho rapidamente e em pouco tempo rasgaram a peça de roupa, sem parar de crescer, após atingir certo tamanho eles começaram a se modificar e ganhar a forma de uma asa feita de pele, assim que estagnaram mais mutações começaram a ocorrer, as extremidades começaram a ficar brancas, por fim toda a área mudou de cor, a pele agora virara penas brancas que foram distribuídas em varia camadas e espalhadas por toda a região dos novos membros do garoto. Toda a cena durou cerca de dez segundos mais se Thiago fosse um omine que conseguisse usar seus poderes seria instantâneo.
A cena fascinou e deixou o grupo hipnotizado, a sua frente estava Thiago com duas asas enormes que saiam de suas costas e se afastavam cerca de um metro do tronco do garoto onde se curvavam e caiam até perto de seus joelhos, as centenas de camadas de penas que a recobria emitiam certo brilho que exercia uma espécie de magnetismo sobre seus espectadores. 
– Parem de olhar e tira logo a droga da pena – gritou Thiago se esforçando o máximo que podia para segurar as asas expostas, a reclamação despertou os outros e logo um grito de dor pode ser ouvido, Eduardo acabara de arrancar uma de suas penas, o sentimento? Semelhante à quando alguém puxa um de seus pelos do braço – caraca não sabia que ia doer tanto.
– Larga mão de ser frouxo – brincou Eduardo segurando uma grande e felpuda pena branca em sua mão.
– Pelo menos foi em um puxão só – disse Thiago recolhendo suas asas e tomando a pena das mãos do garoto, por fim a levou até o selo que ainda estava lacrado. Assim que o objeto encostou no diagrama o ultimo círculo passou a emitir uma forte luz branca e a última caveira se dirigiu ao diagrama como em todos os outros casos, nesta fora encravada um desenho constituído por uma estrela de cinco pontas e em seu interior mais transcendendo sua extremidade havia duas faixas entrelaçadas que formavam uma espécie de corpo com dois braços e duas pernas, também avia um círculo todo preto que representaria a cabeça.
Os doze selos agora jaziam acesos, o diagrama então começou a rodar a uma velocidade inacreditável misturando todas as cores restando apenas vultos pretos e brancos, as caveiras porem permaneciam no mesmo lugar, ainda assim não estavam imóveis, os símbolos desapareceram e suas bocas esqueléticas começaram a se abrir lentamente, dentro de cada uma havia um objeto, um pequeno colar com um pingente igual ao desenho que antes estava em sua testa. Terminado isso o diagrama parou de girar retornando a posição inicial.
– E só isso? Tudo isso por causa desses colares? – disse Andreia irritada pegando o colar com o símbolo do fogo de dentro de uma das caveiras – eu não enfrentei uma cobra por causa dessa bijuteria!
– Afinal o que significam estes desenhos? – perguntou Gabriel também retirando seu colar e o colocando no pescoço.
– Pictogramas – disse Thiago pegando o seu e todos os outros colares, distribuindo-os para seus respectivos donos – são desenhos que representam os nossos elementos.
– Como assim?
– É a mesma coisa que você ver uma cruz vermelha e a relacionar com um posto de saúde – explicou Thiago segurando o colar da agua – esta gota representa a mutação hidropata, assim como a chama representa os pirotécs, a hélice os héliopatas e assim por diante.
Assim que os colares terminarão de serem distribuídos às caveiras despencaram e os doze selos se desfizeram, restando apenas a estrela de dose pontas e as runas.
– Entendi, mais ainda não respondeu se tudo isso foi apenas por causa destes colares? – disse Carlos ainda com dúvida.
– Não até agora só liberamos a verdadeira magia que estava trancada pelos selos, quanto aos colares não tenho ideia de o que representam.
– Quer dizer que não pode nos tirar daqui?
– Não, quero dizer que agora chegou o momento de sairmos daqui – respondeu Thiago colocando a mão no centro do diagrama, levou a outra até a testa deslizou-a pela face parando-a frente a boca, fechou o punho e um pequeno brilho surgiu, assim que ele foi aberto outro colar despencou ficando pendurado em seus dedos, este com um pingente em forma de uma pequena espada, colocou-o em seu pescoço ao lado do colar com seu pictograma e olhou para o topo do diagrama, lá algumas palavras agora estavam visíveis em uma língua desconhecida à maioria ali, mais conhecida por Thiago pois sua pronuncia pareceu perfeita – Primum terris arcam – disse ele lendo os estranhos escritos.
Como da primeira vez, as palavras de Thiago surtiram efeito no diagrama, este acendeu-se por completo, e exatamente em seu centro ouve um início de uma distorção que pareceu atingir a parede atrás, um redemoinho de pedras e ossos surgiu e assim que alcançou toda sua extensão ele parou, o diagrama desapareceu e no lugar restou uma espécie de substancia, meio liquida meio solida, com densidade semelhante à de um leite condensado que você acaba de tirar da caixinha, sua cor era uma mistura de várias cores principalmente o marrom e cinza, era como se a parede atrás dele tivesse derretido e se misturado formando aquela espécie de liquido.
– Agora podemos ir bem embora – disse Thiago satisfeito.
– O que faremos agora? – perguntou Camila ainda receosa. 
– Atravessamos ora, que pergunta, vamos ver aonde ele vai nos levar, é melhor do que ficarmos aqui – disse o garoto colocando uma de suas mãos em meio àquela mistura, o liquido começou a subir pelo seu braço, atingiu seu ombro e subiu até a cabeça, assim que a cobriu desceu pelo tronco, enquanto o fazia ia consumindo as partes encobertas, fazendo-o desaparecer aos poucos, até que por fim sumiu por completo bem diante dos olhos apavorados de todos.



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