História Palavras - Hanabi x Konohamaru - O casamento de Naruto e Hinata

Capítulo 01 - O casamento de Naruto e Hinata

Ela andava apressada pela mesma rua, sempre apressada. Hoje seria um dia especial para sua irmã, já que esta se casaria. Não dava pra acreditar que Hyuuga Hinata se casaria com o menino raposa.

No casamento primeiro entrariam Moegi e Udon derramando as flores. Ela derramando as vermelhas e ele as brancas. Logo após os padrinhos: Sasuke e Sakura – por parte de Naruto –, Neji e Tenten – por parte de Hinata. Logo após viriam Hanabi e Konohamaru com as alianças e enfim entraria a noiva, acompanhada do pai.

Foi pensando nesses detalhes do casamento – que ela ajudara a organizar – que não reparou que um rapaz moreno vinha e sua direção, igualmente apressado.

Os dois se esbarraram, literalmente. Hanabi levantou depressa e disse:

– Gomenasai, Konohamaru-san.

Konohamaru não teve tempo de sequer retrucar alguma resposta malcriada, pois a jovem mal falara e já voltava a sua ‘corrida’ para os aposentos da noiva.

Konohamaru contentou-se em praguejar em pensamentos: “hump, mulheres...”

Chegando ao quarto da noiva, Hanabi mal teve tempo de fechar a porta pois, uma grinalda veio em sua direção – mesmo que Hinata não tivesse a intenção de acertar a irmã – a pegou e anunciou-se no quarto.

− Err...oi?

− Oi, mana, não quero mais casar – decretou a Hinata.

− Mas você tem que casar. – Tenten disse assombrada.

− Me convença. – Hinata continuou.

− Se você não casar te faço engolir a grinalda com véu e tudo. Oras, se você não casa eu também não caso – Tenten comentou, com a mão na cintura.

− Hinata, você não pode não casar. – Hanabi começou – Você ama o Naruto-baka desde pequena, e agora vai deixar tudo só por causa de um medinho? Eu sei que deve ser assustador, mas depois do que passaram você nem devia duvidar. – ela finalizou o que pensava.

− Você acha? – Hinata perguntou insegura.

− Tenho certeza... – Hanabi confirmou – agora pega a grinalda e coloque-a no devido lugar.

...*...*...*...

Com Konohamaru, nos aposentos de Neji...

− Cheguei, chefe. – Konohamaru anunciou-se antes mesmo de entrar no aposento.

− Você demorou tanto que não casarei mais. Pode voltar pra casa.  – Naruto disse de costas.

− Vai casar sim. Não vesti essa roupa de padre à toa não! – Konohamaru respondeu.

− E porque? – Naruto entornou em tom desafiador.

− Eu não fiquei aturando aquela pirralha Hyuuga à toa não. – Konohamaru respondeu.

− Me dá um motivo pelo qual valha a pena me amarrar. – Naruto retornou.

− Ora, Naruto… − Sakura se meteu na discussão − A Hina-chan te ama desde pequeno, e você vai deixá-la no altar? – ela perguntou num tom quase doce que mascarava o ameaçador.

− Uhum – o garoto-raposa respondeu.

− Se fizer isso – Sakura disse, deixando de lado toda a doçura e falando ameaçadoramente – Eu te mato com as minhas próprias mãos.

Naruto engoliu em seco, enquanto a amiga continuava:

− Vocês dois enfrentaram um mundo pra ficarem juntos, não vou te deixar desistir. Agora vem cá, pra eu arrumar esse nó. – fez um sinal pra ele, e o loiro foi. Meio vacilante mais foi.

Sakura logo terminava de fazer o nó do kimono. Quando o finalizou, sentiu-se ser puxada por um moreno, que ela reconheceu como Sasuke.

− Sasuke-kun, como você ficou lindo com esse kimono. – disse ao marido, após um caloroso beijo.

− Eu sou lindo de todo jeito. – respondeu o Uchiha.

− Esse aí ta sofrendo de TÁSEA – Konohamaru disse do canto dele, vendo umas revistas nada apropriadas para um jovem de 16 anos como ele.

Os outros da sala: TÁSEA?

− Aham. – ele explicou – Isso é, ta se achando. – riu junto de todos menos Sasuke, que não achou graça.

− Muito bem, já chega de caçoar o meu eminho – Sakura respondeu, causando mais risadas ainda. Muito bem, muito bem… calem a boca! – ela gritou e voltou a posa normal – Naruto acho que você já ta pronto né?

− Pronto ele não ta não. – Sasuke disse causando dúvida na sala.

− O que ta faltando? – Naruto perguntou apreensivo.

− Isso. – entregou ao loiro um colar de perolas dentro de uma caixa preta, muito bonita. – dê a ela após a cerimônia. É uma tradição do meu clã, dar uma jóia a noiva do nosso irmão.

− Arigatoo. – Naruto agradeceu, pensando nos laços que ainda mantinha com o amigo.

Fazia certo tempo que Sasuke havia voltado a vila, e desde que voltara parecia outro. Mal voltou e já casou-se. Pediu a rosada em casamento uma semana depois de voltar. Claro, ela não aceitou de primeira. Fez jogo duro, e quando ele demonstrou todo o amor que sentia – ou pelo menos uma parte pequenina – ela aceitou e casaram-se duas semanas depois.

Naruto colocou a jóia no bolso e enfim puderam sair e ir a capela do clã Hyuuga.

...*...*...*...

Nos aposentos de Hinata...

Hinata já havia aprontado o cabelo – ou melhor Tenten havia arrumado. –, e estava vestindo o kimono. Havia certa dificuldade no processo, mas nada que não fosse facilmente resolvido. Agora só faltavam Tenten e Hanabi se vestirem.

Hanabi foi primeiro, vestiu um kimono bordado. Ele era rosa bebê com detalhes em azul. A faixa que amarrava na cintura também azul. Havia o símbolo de seu clã em pequenas estampas, também bordado. As sapatilhas azul-bebê tinham um laço rosa bebê. O cabelo estava em um coque, deixando apenas uma pequena madeixa cair na frente da orelha. A maquiagem estava leve. A sombra era rosinha, havia um pouco de blush rosado nas bochechas e um gloss rosinha jazia nos lábios dela.

Tenten vestiu um kimono azul-bebê, assim como o de Neji. A faixa era azul escuro quase preta. Os cabelos estavam soltos porem em baby liss. A maquiagem estava leve, tinha somente a sombra levemente azul e o gloss transparente. As sapatilhas eram azul escuras e tinha no dedo o anel de noivado. No kimono estava bordado o símbolo do clã de Neji, pois apesar dela ainda não ser esposa dele, o Hyuuga fizera questão e ela nem se importara na verdade.

− Acho que já posso avisar ao Naruto, né Tenten? – Hanabi perguntou, quando a irmã se distraíra.

− Pode sim, vai lá. – Tenten depois de dizer isso, viu a Hyuuga dar-lhe as costas e ir em direção a porta.

Hinata virou-se e percebeu que a irmã ia saindo do quarto, então questionou-a. – Aonde vai?

− Ahn... – pega de surpresa inventou uma mentirinha – eu vou... pegar o seu buquê. É isso, eu vou pegar o buquê. Uma noiva não pode ir à capela sem o buquê, não é mesmo? – a outra Hyuuga pareceu entender e lhe direcionou um sorriso doce e amável.

Hanabi logo saiu do quarto e foi à procura de Naruto. Foi ao salão onde ocorreria a festa e lá achou somente Konohamaru beijando Moegi e sentiu uma pontada no coração.

Não sabia o que era, e nem queria pensar nisso agora. Sem saber o motivo, sentiu uma enorme vontade de chorar e de esbofetear os dois, mas somente sorriu e perguntou pelo quase genro.

− V...vocês viram o Naruto? – infelizmente não conseguiu disfarçar muito na voz.

Moegi levou um susto ao ouvir a voz de Hanabi, e empurrou bruscamente Konohamaru. Este caiu no chão de madeira e reclamou baixinho.

− Oh, gomen né Konohamaru-kun. Hanabi-san, eu não vi o Naruto não. – negou e ruiva, meio encabulada, pois a morena havia visto o amasso.

− Se você não viu, a gente tava ocupado. Como íamos ver o chefe? – Konohamaru respondeu ríspido. – Agora saia daqui. – e mandou.

− Quem você acha que é pra tentar mandar em mim? Ein? – Hanabi disse visivelmente brava. Como ele tinha coragem de ordenar algo a ela? Será que ele havia esquecido que ela era uma Hyuuga e que poderia bater nele ali mesmo?

− Não esqueci não, ôh Hyuuga-sama – Konohamaru debochou. – senhorita eu-mando-em-tudo-e-em-todos. – continuou debochando dela, e só viu quando ela lhe atingiu com um soco.

− Baka. Se não quiser levar outro é só ficar na sua. – Hanabi disse e saiu colocando as mãos nos bolsos do kimono.

− Você está bem? – Moegi acudia o ficante.

− Não. – Konohamaru queixou-se – ela não precisava me bater...

− Você mereceu. Sabe que a Hanabi não é calma como a Hinata e fica fazendo gracinha.

− É, ela parece mais um garoto. Maria-macho... – Konohamaru disse, agarrando Moegi novamente.

Hanabi escutara a conversa até aí. Não soube o porque, mas sentia algo que não soube definir. Algo como se fosse tristeza, só que maior. Doía mais do que a tristeza, mas o que seria?

...*...*...*...