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História Palavras - Hanabi x Konohamaru - Sem remetente


Escrita por: AyalaOM e StupidCupcake

Notas do Autor


Boa leitura! Nos vemos lá em baixo ^^~

Capítulo 4 - Sem remetente


Capítulo 04 – Sem remetente

“Mistérios são segredos esperando ser desvendados.”

Hanabi jogou a carta em cima da escrivaninha. Junto com ela, haviam mais três. As três que recebera nas últimas semanas. Todas no mesmo dia. Não tinha pistas de quem as mandava, não tinha sequer ideia.

Não pode mais ser Udon. Ela bufou com a perspectiva. O autor parecia diferente agora, outra pessoa. Não era mais tão respeitoso, mas ligeiramente abusado. Ela sentou-se em sua escrivaninha, relendo a carta e sentindo o sangue fluir mais rápido com a ira que se instalava em suas veias.

Querida, Hanabi, como está essa semana?

Eu soube de sua concução* e estimo suas melhoras.

Fora isso, quão bonita você deve ser sob a luz da lua?

Nada de roupas, apenas você e a lua.

Quão bonita?

Oh, não tenha dúvidas, eu conheço o seu treinamento.

Eu conheço você.

Mas você sabe quem eu sou?

Você já me viu a espreita?

Com carinho, K.

─ Abusado!

A garota de quase 15 anos disse ao vento, cogitando queimar aqueles papéis que não deviam estar sendo guardados.

─ Quem? – Sayuri questionou entrando no quarto subitamente. – Quem é abusado?

─ O que faz aqui?

─ Jantar.

─ Aqui?

─ Te chamar para o jantar, boba! – Sayuri disse rindo. – Ein? Quem foi abusado contigo?

─ Ele. – Hanabi disse olhando o papel com asco.

– Ou ela.

Hanabi arregalou os olhos com incredulidade para a irmã por casamento* e acabou rindo, quando as gargalhadas de Sayuri eram tão contagiantes que ela não pode se segurar.

─ Boba!

─ Mas eu te fiz rir. Você não ri nunca, credo!

─ Eu sei. – Hanabi disse retomando a face mais serena e dura de sempre.

─ Meninas? – Ryoko, mãe de Hanabi chamou empurrando a porta de correr. – Jantar está servido, vamos?

─ Nós já estamos indo, okaasan.

─ Certo… e guarde essas cartas. Não quero nem sonhar com seu pai ou um dos anciãos sabendo da existência delas.

─ Sei disso. Conheço meu dever.

─ Então mantenha-o.

Sayuri respirou mais aliviada quando a matriarca deixou-as sozinha, após suas palavras, embora ligeiramente curiosa. Que deveres? Sua boca queria pronunciar mais o semblante de Hanabi parecia muito fechado para uma leitura.

─ Hana?

─ Sim?

─ Que deveres?

Sayuri não recriminou-se ao perguntar, embora os olhos da amiga tenham se tornado rochas de gelo, como um iceberg impossível de transpassar, mesmo assim, Sayuri não se arrependeu. Queria saber do que se tratava. Ajudar.

─ Casamento.

─ Casamento? – Sayuri questionou sem compreender as palavras de sua amiga. – Como assim?

─ Vamos jantar. – Hanabi disse passando por ela com passos duros, mas silenciosos e as duas seguiram caladas para o andar de baixo.

─ Não gosto de esperar. – Hiashi disse duro para as meninas.

─ Sentimos muito, pai.

─ A paciência é uma virtude, Hyuuga-sama. – Sayuri disse venenosa e sentou-se ao lado da irmã, de frente para Hanabi.

─ O respeito também, Sayuri.

Hanabi viu a amiga girar os olhos e sorriu de canto, fazendo um não com a cabeça, enquanto começava a beliscar a comida que já estava em seu prato.

─ Hanabi, após o jantar, venha ao meu escritório. – Hiashi disse, sua voz ressoando pelo cômodo como se fosse um trovão cortando o céu da noite.

─ Por? – Sayuri questionou antes que a amiga pudesse dizer algo.

─ Sim, senhor.

─ Assunto de família.

O jantar transcorreu rapidamente. Nenhum assunto era dito na mesa, não era necessário. Todos na mesa sabiam o que estava por vir. Hanabi sabia o que estava por vir. Sayuri tinha as suas suspeitas do que era e não estava satisfeita, mas sua amiga parecia aceitar o destino imposto a ela como se fosse uma obrigação.

Hiashi fez um movimento de mão para dispensar a família após o chá da noite e ergueu-se. Assim que ele passou pelo corredor, sendo seguido pela esposa, Hanabi virou-se para Sayuri, fúria relampejando como fogo em seus olhos cristalinos.

─ Nunca, escute bem, nunca tente rebater o meu pai.

─ Ele não vai fazer nada contra mim.

─ É o que você acha. Escuta aqui, eu conheço o meu destino, conheço o meu pai, sei o que deve ser feito, então não se preocupe, tudo bem? Já estava decidido antes mesmo de eu ou você existirmos.

─ Há escapatória. Se você almejar por uma. – Hinata disse baixinho, quase silenciosamente.

Hanabi a encarou em dúvida no que responder, mas sua irmã apenas levantou-se e deu-lhe um cálido beijo na testa antes de dar um olhar de aviso à tia e sair para a própria residência.

─ E não é a morte. – Sua tia disse baixo olhando-a fixamente. – Talvez… sim, procure-me antes de dormir, se você quiser saber sobre isso.

─ Quando? – Hanabi perguntou indecisa. – Como?

─ Antes de dormir.

A mulher deixou-a sem resposta e saiu para a própria residência. Hanabi sabia que já estava demorando a ir encontrar-se com seu pai, mas devia informar à amiga antes.

─ Nunca mais cometa o mesmo ultraje com meu pai. Por sua segurança.

─ Não ent-

─ Nunca mais. – Hanabi a cortou e levantando-se rapidamente, fez uma mesura ao primo e a noiva, e saiu andando com pressa embora, silenciosamente até o escritório do próprio pai.

Não havia ninguém para anunciá-la. Coisa comum, pois era tarde da noite. Deu duas batidas na porta esperando autorização para entrar.

─ Entre. – O tom de Hiashi deixava claro que ele não havia gostado nada de esperar.

─ Otousan. – Hanabi disse antes de fazer sua mesura um pouco mais longa ao pai do que para à mãe. – Okaasan.

─ Você demorou.

─ Estava resolvendo um problema.

─ Espero que sim. Para o bem dela. E o seu próprio.

─ O… meu?

─ Sabe o que aquele traste com quem a sua irmã está fazendo fora da vila?

─ Hum… não. Isso é do meu interesse? – Hanabi questionou em pé no meio do escritório.

Seu pai a encarou descrente que a filha era um dos poucos a não saber – ainda – sobre a missão de Naruto e suspirou longamente, antes de pronunciar duramente:

─ Sente-se. A conversa será longa.

Continua!


Notas Finais


Glossário:

Concução – Fratura na cabeça.

Irmã por casamento – Quando alguém se casa no Japão (famílias tradicionais), a família da noiva é acolhida pela do noivo e os parentes de primeiro grau são tratados como parte da família do noivo.

Okaasan/Otousan – Forma respeitosa de tratamento aos pais.



N//As: Demorou mais chegou XD

Hm… o que dizer sobre este? Espero que tenham gostado. E sim, eu tive algumas idéias que mudam o rumo da fic, aí até eu arrumar o cronograma demorou um pouquinho ;-;

Maaaas espero que me perdoem e que tenham curtido esse capítulo! Que tal comentar bem lindamente nos dizendo como melhorar para o próximo?

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Beijinhos.


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