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História Palavras - Hanabi x Konohamaru - Uma flor no inverno sem fim


Escrita por: AyalaOM e StupidCupcake

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 6 - Uma flor no inverno sem fim


Capítulo 06 – Uma flor no inverno sem fim

Era como uma flor. Não resistiria para sempre ao inverno sem fim.

 

Hanabi estava ofegante enquanto bloqueava os muitos ataques de seu pai. Viu pela visão periférica sua irmã se postar com um buquê de orquídeas. Olhou outra vez, mas dessa vez tirando os olhos de seu pai. Foi seu grande erro.

O pai a jogou no chão com o impulso do ataque que sofreu. Hanabi olhou para ele irritada e em seguida para sua irmã, como se a culpa fosse dela.

− São para você. – Hinata disse sorrindo abertamente. – Sem remetente. De novo.

− De novo? Quem anda mandando-lhe essas coisas? – Hiashi perguntou-lhe enquanto ela levantava e sentava na varanda para descansar um pouco.

− Não sei. – Finalmente respondeu recuperando um pouco do fôlego perdido.

− Acho bom que não descubra então. Pelo seu bem. – Hiashi disse baixo, sentando-se ao lado da filha mais nova.

− É uma ameaça? – Hanabi perguntou honestamente, analisando o pai.

− Não. É um aviso. Você conhece seus deveres, sabe que deve guardar-se para seu noivo. Sabe disso, então porque cargas d’água você iria entregar… algo para quem está lhe enviando estas flores?

− Eu… pai! Isso é pessoal! – Hanabi disse constrangida.

− Antes disso e muito mais importante que sua privacidade, isso envolve a honra da nossa família. Não cometa este tipo de equivoco, fui claro?

− Sim, pai. Cristalino. – Hanabi respondeu-o com irritação.

− Pode ir. Vá tomar um banho para que possamos almoçar em paz.

Ouvindo as palavras de seu pai, com tom de desprezo, levantou-se mais do que rápido e seguiu para o dentro da residência deixando as flores na varanda.

− Leve-as com você. – Hiashi disse baixo.

Hanabi fechou ambas as mãos com força. A raiva fluía por seu sangue, a fazendo tremer. Mesmo assim, ela retornou para onde estava o mais velho, pegou as flores e silenciosamente, voltou para dentro da casa. Não sem antes lançar um olhar irritado para a irmã mais velha.

Hinata suspirou quando a irmã sumiu dentro da casa e sentou-se ao lado do pai. Sabia que precisava conversar com ele. Era a líder, tinha agora algum poder. Podia decidir mais do que coisas referentes apenas aos documentos, mesmo assim ainda tinha medo de dizer as coisas dentro daquela casa.

Seu pai a deserdara. Mesmo ela tendo crescido tanto, mesmo sendo uma kunoichi forte agora, mesmo estando firme com Naruto, já casada, seu pai não a havia perdoado por seu erro. Nunca a desculparia por amar demais.

− Não a perca também, otousan. – Avisou-o. – Hanabi é, assim como Lee-san costuma nos dizer, uma flor. Se exposta muito tempo ao inverno frio, ela vai murchar e morrer.

Quando seu pai não proferiu nenhuma palavra após suas palavras, então ela simplesmente levantou-se, pronta para voltar para suas obrigações de líder. Hiashi levantou a mão direita e segurou-lhe o pulso firmemente, mas sem machucar. Hinata parou o movimento, esperando o que quer que seu pai tivesse para lhe dizer.

− Tenho orgulho da mulher que se tornou, Hinata. Mas não posso deixar que continue sendo parte da minha família quando você está casada com aquele…

− Não é mais sobre mim, pai. Eu cresci. Há pessoas que são a minha família agora. Naruto, Tenten, Neji, Lee, Kiba, Shino… até mesmo Sasuke e Sakura me tratam como se fôssemos uma grande família. Mas Hanabi não tem essas pessoas. Hanabi é só uma adolescente, pai. Uma menina. E ela não merece o desprezo do único a quem ela desejou engrandecer.

Hinata sentiu seu pulso livre e sabia que a conversa deles não havia terminado, mas sentiu que ao mesmo tempo, seu pai precisava de tempo sozinho. Então virando-se novamente, saiu dali, entrando na casa.

[…]

Hanabi não havia conseguido dar seu aviso à Sayuri na noite anterior. Apesar da luz acesa, ela já estava dormindo.

Então, ao sair do banheiro, cutucou Sayuri – que cochilava antes do almoço –, até que a amiga acordou.

− Sem querer ofender, mas eu não queria ter te visto só de toalha.

Hanabi deu-lhe um peteleco no braço indo para trás do biombo fosco e começando a secar-se.

− Queria que tivéssemos conversado ontem, mas acho que demorei muito.

− Bonitas flores. – Sayuri comentou sugestivamente e mesmo que ela não pudesse ver, Hanabi girou os olhos.

− Esqueça elas. A menos que você saiba quem as mandou.

− Não faço ideia.

− Bom, então sobre o que eu quero falar com você…

− Hum… sim. Ontem eu estava morta de cansada. Pode dizer agora.

− Estou tentando. – Hanabi comentou com impaciência e suspirou. – Não desafie mais meu pai.

− Já entendi essa parte. O que eu continuo não entendendo é o por que de você continuar aceitando o que ele diz, sem contestar uma palavra quando na verdade, você está em chamas por dentro! – Sayuri disse sabiamente.

− Bom… − Hanabi começou a falar, colocando a roupa íntima. −… ele é meu pai.

− O seu, não o meu. Por que então eu deveria aceitar o modo como ele fala comigo calada?

− Porque senão o seu destino será igual ao meu. Papai está acima de você agora, Sayuri. – Hanabi respondeu, começando a vestir uma yukata florida. − Você será parte do clã quando sua irmã casar-se com meu primo, parte da família secundária. Não o desafie. Não quero que ele te mande para longe ou a faça casar-se com quem não ama. Por favor, só cale-se quando ele te desagradar.

− Hum. – Sayuri respondeu com desgosto.

Ela sabia muito bem do que ele seria capaz. Conhecia homens como Hiashi. Já tinha lidado com eles e os odiava. Pelo menos ela tinha uma escolha. Na verdade, não exatamente. Mas seria sábio de sua parte não desafiá-lo. Pelo menos não enquanto ele não fazia mal à ela ou às pessoas que ela amava.

− Promete que ficará comportada? – Hanabi perguntou andando até o suporte de toalhas e deixando a dela lá. – Promete que não medirá forças com ele?

− Prometo. – Sayuri respondeu a contra-gosto. – Mas não garanto nada. Se ele obrigar você ou Tenten a fazer qualquer coisa que vocês não queiram, eu juro que não vou manter minha boca fechada.

− Sayuri, só… cuide de si mesma. Eu me viro. Ele não vai fazer nada à sua irmã. Neji-niisan não permitiria. Eu acho que é por isso que ele ainda não fez nada à você.

− Seu primo tem sido como um irmão mais velho para mim. Ele cuida muito de nós duas, mas…

− Mas…?

− Hum… nada não. Nada importante.

− Sayuri, pode dizer-me qualquer coisa. Você sabe disso.

− Talvez outro dia. Vai me dizer quem mandou essas flores lindas?

− Eu diria. Mas não sei quem foi. É o mesmo que envia as cartas.

− Uma pena. – Sayuri disse com pesar e se levantou. – Já deve estar na hora da refeição.

− Você vai voltar para Suna depois dela, não é?

− Sim. Logo após o almoço, eu vou me despedir da minha irmã e ir para os portões.

− Então é minha ultima chance de te dar um presente. Digo, antes de você partir. – Hanabi disse encaminhando-se para o armário. Tirou de lá de dentro uma caixinha pequena e entregou-a para Sayuri. – É do meu primo, Hiroshi. Ele deseja que vocês sejam amigos.

− Ele quer é meu corpinho nu! – Sayuri comentou em tom de piada, fazendo as duas rirem.

[…]

− Você sabe de quem se trata, neechan? – Hanabi perguntou sentada à frente de Hinata.

A irmã tirou os olhos do pergaminho que lia concentrada e deu à Hanabi um pequeno sorriso.

− Sim, talvez. Você não imagina quem seja?

− Não. Quem iria querer brincar com a minha cara?

− Acho que é mais do que brincadeira.

− Cheguei! – Naruto disse muito alto da porta. Hinata levantou-se para recebê-lo com um abraço. – Ah! Oi, Hanabi-chan!

− Oi, Naruto. Você por acaso sabe quem anda me enviando presentes? – Hanabi perguntou direta. Hinata parou ao lado do marido, prestando atenção aos fatos. Tinha quase certeza de que Naruto iria esquecer o pedido do jovem rapaz encantado por Hanabi.

− Sei, você não? – Ele perguntou coçando a cabeça. – É o…

− Querido, que acha de comermos no Ichiraku hoje? – Hinata perguntou abafando a boca dele com uma de suas mãozinhas.

Naruto respondeu algo, mas o som saiu abafado. Hinata sorriu, sentindo suas bochechas vermelhas e libertou a boca do marido.

− Eu vou adorar! Queria mesmo comer fora! Você é a melhor! – Ele disse empolgado a abraçando e rodopiando, fazendo-a gargalhar.

Hanabi olhou a cena com um torpor diferente. Queria aquilo. Queria ser feliz um dia, queria ter alguém que se alegrasse com sua presença e com o menor dos seus feitos. Alguém que verdadeiramente a amasse.

Então soube que provavelmente a escolha já estava feita e conhecia o caminho tortuoso que deveria seguir. Não teve certeza se teria forças para tanto, mas sabia que precisava tentar.

Não tinha certeza ainda se iria encontrar o homem certo algum dia, mas estava quase certa de que precisava tentar.

Ora essa, se Neji tentou, por que eu não deveria?

Continua!

 


Notas Finais


Ah, mas será que ela vai descobrir que é o Konohamaru? Será que ela dará uma chance para ele? Como será que sua família reagirá? E seu pai a tratará melhor depois da conversa que teve com Hinata?
Espero que tenham gostado!

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Beijinhos!


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