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História Palavras - Hanabi x Konohamaru - Sem... Espera aí moleque!


Escrita por: AyalaOM e StupidCupcake

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 7 - Sem... Espera aí moleque!


“O seu limite não é o corpo, mas a mente.”

‒ O seu limite, Hanabi, não é corpo, mas a mente. – Lee havia lhe dito a alguns dias, um aviso para sua nova missão.

Parecia bobagem até que descobriu sua nova missão. Não havia sido fácil, de jeito nenhum, mas a curiosidade a estava praticamente matando. Tornar-se descuidada por pensar demais em sua vida privada poderia custar-lhe a vida e pior, o segredo que rodeava os famosos olhos Hyuuga. Não podia permitir.

Vou descobrir quem diabos me manda essas flores e cartas ainda antes de entrar no clã. Decretou em pensamentos, contentando-se com bufadas ao longo do caminho.

Mas ao chegar na vila, passando pelos portões reconheceu um dos gennin a correr em sua direção, gritando-lhe o nome.

‒ Hanabi-sama! Hanabi-sama!

Ele estava ofegante quando a alcançou. Ela o olhou com desprezo ligeiro e um pouco de irritação. Não queria continuar queimando no sol de meio dia, queria ir para casa. Só então lembrou-se de sua promessa e admitindo a infantilidade de alguns pontos nela – afinal, como diabos ia descobrir quem era o desocupado que tentava distraí-la? – e decidiu que precisava reavê-los antes de fazer qualquer coisa.

Ele foi logo empurrando o pacote em suas mãos e Hanabi os olhou sem grande surpresa, apesar dos cochichos dos rapazes que vigiavam a vila, sua mente desligou-se por um ínfimo momento.

A herdeira mais jovem dos Hyuuga não esperava receber outras flores com outra carta. Não esperava que fosse um gennin a entregá-las, mas havia uma coisa que sabia sobre os correios internos da vila. Eles eram pedidos em casa.

Então sorrindo diabolicamente, agarrou o colarinho do pobre gennin.

‒ Ei! Me solta! Me solta! Socorro! Essa maluca vai me matar! Ah!

‒ Cala a boca, seu tolo. – Ela disse girando os olhos. – Quem mandou isso?

‒ Ele me pagou mais dinheiro para manter segredo, além disso, porque eu diria para você? – O menino perguntou desconfiado.

Hanabi o trouxe para mais perto de seu rosto, deixando as flores caírem desajeitadamente no chão, junto com a carta presa na parte de plástico do embrulho. Olhou-o como se quisesse matá-lo e o viu engolir quase audivelmente. Tinha certeza de que se ela se esforçasse um pouco, escutaria o coração dele agitado por causa do medo, então ela sorriu de forma cruel e o colocou em seus próprios pés.

‒ Porque eu sou a Hanabi e isso é motivo suficiente, pirralho. Quem foi o maldito?

‒ Hm… não me pega! – Ele gritou saindo correndo.

Ela cogitou persegui-lo. Não de verdade, é claro. Era proibido e os pais dele não gostariam disso, mas admitiu internamente que adoraria fazer isso. Contrariando tudo o que realmente queria fazer, abaixou-se suprimindo um gemido de dor, por causa do cansaço e pegou o buquê.

Olhou-o. Dessa vez eram Sakuras. Ela nem soubera que a primavera já havia chego e para ser sincera, nunca reparara muito nesses detalhes que Hinata jamais deixava escapar. Sua irmã sempre a lembrava da estação em que estavam com comentários maternais que nem sua própria mãe dava-lhe.

Sorriu ao lembrar-se dela. Ela sim combinava com este tipos de frufrus, não Hanabi. Não, a esta deviam lhe atribuir sempre uma arma, oh sim, pensou concordando. Armas combinavam muito mais com ela e sua personalidade explosiva.

[…]

Estava tão cansada que poderia dormir em pé.

Então seguiu a passos rápidos para o próprio quarto, não antes sem passar por seu pai. Hiashi deu-lhe apenas um olhar de aviso que ela prontamente ignorou, junto, claro, com o seu suposto noivo que estava na sala, acenando para ela, enquanto subia as escadas.

Abriu a porta de seu quarto e sentindo uma leve cólica avisá-la do que estava por vir, jogou as flores em sua penteadeira e agarrou a toalha no instante seguinte. Deixou as armas e a bolsa de ninja no armário.

Trancou a porta do quarto e livrando-se de suas roupas, entrou no banheiro. Tão louca por um banho como estava louca por seu fuuton. E mesmo com seu corpo exausto, ela sabia que não dormiria ainda. Não sem antes ler a carta que aquele maluco havia escrito.

Sorriu ao entrar debaixo do chuveiro e limpar boa parte sujeira. Admitiu silenciosamente que não era apenas pela água quentinha ou por estar bem. Percebeu que não era mais tão jovem. Missões não a contentavam mais como antes, queria e precisava de mais do que isso. Nunca entendeu tanto Hinata como neste ínfimo momento, mas abandonou os pensamentos semi-românticos ao lembrar com quem seu pai desejava que se casasse.

Entrou em seguida no ofurô. Queria relaxar totalmente e apesar de sentir que problemas estavam vindo, naquele momento, queria apenas sentir seus poros se abrindo com a quentura da água.

Não é que fosse improvisar, só não queria pensar nisso agora.

[…]

Não se demorou muito no ofurô. Queria, mas seus olhos começavam a pesar, então decidiu que era hora de esticar seu fuuton no chão e ler a tal carta.

O fez sem demora e segurou o papel entre os dedos, o descolando do embrulho de plástico. A insígnia dos Yamanaka era pequena e discreta, mas serviu para dar-lhe a indicação do lugar.

Infelizmente, pensou com um pouco de frustração, eles devem vender milhões desses buquês por dia.

E abandonando a ideia de mais tarde passar lá, ela abriu o envelope.

 

Olá, como vai? Acho que já podemos progredir, não é?

Você não está curiosa? Não te deixo desatenta?

Não pensa em mim quando toma banho ou vai dormir?

Eu conheço os segredos das mulheres e honestamente,

Sei que algumas adoram uma diversão sozinhas.

Você é dessas?

Eu certamente sou desses.

 

Espero que possamos nos encontrar em breve, talvez.

Com carinho, K.

 

Estava estupefata ao terminar de ler. O sono estava quase leve, quase nenhum e certamente a carta a havia irritado, mas foi além. Ele era abusado, mas de tudo o que ela leu, o que a chamou atenção foi justamente a parte dos “segredos das mulheres”. O que ele havia querido dizer com aquilo? Que era experiente? Talvez um homem do clã? Um mais velho? Quem? Qual deles teria a ousadia de tratar-lhe assim?

Ouviu duas batidas distintas e escondeu o envelope embaixo de seu travesseiro, respirando fundo duas vezes e autorizando seu primo a entrar. Apenas ele usava essas batidas, ela ficou encabulada apenas que não percebeu-o chegando.

‒ Vim trazer este chá. – Ele explicou, olhando-a nos olhos e por fim entrando no quarto. – Quer conversar?

‒ Conhece alguém da família secundária que tenha o nome iniciado por K?

‒ Pelo menos uns 10, porquê?

‒ Um deles me faltou com o respeito.

‒ Qual? – Neji perguntou-se muito sério. – Vou matá-lo ou pelo menos aleijá-lo. Quem foi?

‒ Ah… pode guardar um segredo, Neji-nii-san? – Hanabi perguntou sorrindo amarelo.

‒ Posso. – Neji disse-lhe hesitante e ela pegou a carta, optando pela decisão mais sensata.

Não era qualquer uma e não seria tratada assim. Então simplesmente entregou a carta para o primo. Neji deixou a bandeja com o chá no chão e enquanto Hanabi se servia com o líquido fumegante, via a expressão dele tornar-se mais e mais gélida. Nunca era bom sinal.

‒ Não é de alguém daqui. Ao menos, não de alguém da família secundária. Conheço todas as caligrafias.

‒ Hm… não? – Ela perguntou desanimada. – E agora?

‒ E agora que eu vou descobrir quem é o maldito e fazê-lo se desculpar. – Neji disse amassando a carta com asco. – Não se pode tratar uma mulher assim. Nem mesmo uma kunoichi. É falta de respeito.

‒ Não pode contar ao meu pai, Neji-nii-san.

‒ Eu não vou, mas você não deveria mais receber estas cartas.

‒ Quero descobrir quem as manda, nii-san.

‒ Hm… é seu direito, mas também é seu risco.

Hanabi pesou as palavras dele. Neji estava certo e ela arcaria com as consequências, não estava preocupada, apenas curiosa. Nenhum homem a tratou como mulher antes. Ou era a filha do clã ou era a kunoichi do time Lee. Nunca a mulher Hanabi. Nunca a menina Hanabi, sequer. Aqueceu-a de uma maneira boa ser vista como Hanabi pelo menos uma vez em sua vida.

‒ Hanabi? – Ele perguntou muito tempo depois e sentou-se na ponta do fuuton, perto de seus pés. – Ele te faz sentir melhor? Esse cara.

‒ Hm… não sei. – Ela pesou a pergunta do primo por um momento. – Eu gosto de ser reconhecida como Hanabi e não como uma associação à alguém, mas sobre o resto, eu não sei. Não gosto de ser desrespeitada, mas também não é ruim. Ele me vê.

‒ Hanabi-sama, ‒ Neji começou escolhendo suas palavras. – você não está apaixonada por um remetente sem rosto está?

Ela queria muito dizer que não, mas algo nela a impediu. Algo novo, recente. Ela sabia o que era. Sua auto-estima estava falando mais alto. Então ela percebeu que era incapaz de estar apaixonada de verdade por ele, mas que amava ser vista como a mulher que era.

‒ Hanabi-sama? – Neji perguntou começando a preocupar-se com a resposta.

‒ Eu gosto de ser vista como mulher, primo. É só. Eu não acho que me apaixonaria por um cara grosseiro como este.

Respirando mais aliviado, Neji serviu a si próprio de chá, deixando a carta no colo dela. Parecia que apenas ele e Hinata tinham consciência de que Hanabi estava crescendo. Nem a própria parecia saber disso até o momento, mas agora ele tinha certeza de que ela havia se dado conta. Já não era sem tempo.

E preocupou-o, mas acima disso, deixou-se sentindo-se ligeiramente velho e feliz. Ele tinha Tenten e ela era tudo o que ele poderia desejar um dia. Sua família, seu sol e sua tempestade de neve. Doce, desastrada, nada delicada. Ele via em sua prima, as mesmas qualidades. Até mesmo o doce. E sabia que assim como 2 mais 2 são quatro, que ele deveria manter um olho nela assim como manteve um em Hinata.

Continua!


Notas Finais


Capítulo fofinho, né? Neji não é um amorzinho? *-*

Espero que tenham gostado. O próximo vem semana que vem e ainda essa semana tem a estreia de “Andorinha”, não percam!

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Beijinhos ^^~


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