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História Palavras ao vento - Entrelinhas do amor.


Escrita por: jimineutron

Notas do Autor


Vocês não tem noção do quão significativo é isso para mim, mesmo, é baseado numa poesia que eu escrevi, sem contar que tem pontos chaves muito importantes e bonitos.
Espero que possa aquecer vocês essa carta e esse pequeno relato.
De verdade <3

Capítulo 1 - Entrelinhas do amor.


Fanfic / Fanfiction Palavras ao vento - Entrelinhas do amor.

— Mon, por que você está sempre no celular quando estamos juntos? — perguntei a Namjoon enquanto estávamos sentados na mesa, de frente um para o outro e ele imerso em seu smartphone.

Passei a mão em frente ao seu rosto e ele olhou para mim, piscando.

— Ahm... O que? Ah, oi hyung.

— Mon, você não quer estar aqui? — questionei, mas ele tinha novamente abaixado os olhos em direção ao celular e eu me levantei.

— Aonde você vai? — perguntou, tirando os olhos da tela de livre e espontânea vontade, pela primeira vez naquela noite.

— Ao banheiro.

Eu não podia fingir que aquilo não me magoava. Sempre que eu e Namjoon estávamos juntos, ele ficava no celular o tempo inteiro, quer dizer, ele não fazia aquilo só quando estava comigo, para falar a verdade ele estava sempre com o celular em mãos, procurando coisas, lendo coisas, absorvendo coisas.

Eu sabia que aquilo, além de importante, era algo que o distraía, mas, às vezes sentia que qualquer coisa chegava a ser melhor para ele, do que a atenção que deveria dar para mim.

 

Fui ao banheiro e lavei o rosto, respirando fundo para saber o que eu iria fazer, se iria continuar lá ou iria embora. Mas eu não podia ir embora, eu simplesmente dava tudo por momentos como aqueles, que eu podia estar com Namjoon e aproveitar sua presença.

 Voltei para a mesa e ele estava de novo em seu celular, apenas respirei fundo e me sentei.

— Deveríamos pedir um refrigerante, não? — indaguei, mesmo depois de um tempo ele se manteve calado, e eu já estava desistindo quando ele desviou sua atenção.

— Ahm... Um refrigerante? Tudo bem, então. — Ele chamou o garçom e eu afundei na cadeira.

Desistia de tentar competir com as coisas que eram supostamente mais interessantes para Kim Namjoon.

 

Estava pensando sobre aquilo depois de ter terminado o jantar dos garotos e estava caminhando em direção ao meu quarto novamente, tinha pendurado a toalha no quintal, mas ainda escorria um pouco de água por minha nuca, passei a mão e respirei fundo, fechando a porta.

Às vezes eu sentia que simplesmente ficava em segundo plano na vida de Namjoon, não era como se eu quisesse ser o centro do mundo dele ou qualquer coisa, mas parecia que Namjoon preferia dar atenção a qualquer coisa, a dedicar um pouco do seu tempo para mim. E não que eu não fosse compreensivo, eu entendia completamente ele e tudo o que se passava em sua mente, só era doloroso sentir que você se doava para alguém que não se doava nem metade em troca.

Balancei a cabeça e suspirei. Estava sendo egoísta.

Quando passei pela estante branca que ficava no quarto, meu quadril bateu em um papel que caiu no chão e eu fiquei observando-o um tempo, antes de pegá-lo.

— O que é isso? — perguntei-me, enquanto abria.

Ao vislumbrar o conteúdo, meu coração gelou, consegui abrir e visualizar aquela caligrafia caprichosa que eu conhecia tão bem.

 

“O que é a vida, senão um apanhado de maus costumes aos quais você precisa se acostumar? O que são aqueles pensamentos que vêm no meio da madrugada e puxam seu pé como se não fossem nada? Que te impedem de dormir.

Sua mente gira em círculos, seu coração dispara e, mesmo que você queira que tudo aquilo cesse, não para. É infindável.

Noite passada sonhei com você. Não foi bem um sonho, Jin, foi mais como uma visão. Nós dois estávamos flutuando acima das nuvens, era como se meus desejos mais secretos ganhassem forma. Nada poderia ter sido mais bonito para mim, do que poder, mesmo que de forma inconsciente, ver você.

Sonhei que você fazia parte de mim, sonhei que meu corpo te pertencia e você habitava meu coração, não mais como hospedeiro e sim como dono, sentia que você se alojava em meu corpo, penetrava minha mente e me dava forças. E eu fiquei feliz, pois, sem você, sentia, e ainda sinto, que não sou capaz de fazer muito ou ir tão longe.

Quando estou perto de você, sinto toda a segurança e paz de sempre, você me olha como se eu fosse único no mundo, e isso me traz tanta paz quanto quase nada poderia trazer igual, uma vez que você sempre foi a única paz que eu preciso. 

Às vezes eu desejo que nossas mãos não se desgrudem, pois quando eu toco sua pele, me sinto acolhido e amado. Sinto que estou em casa quando sinto o choque de nossos corpos. Eu simplesmente te vejo como a salvação dos meus dias.

Quando, quase sempre, me encontro com a mente conturbada e não consigo achar o caminho de volta, você me acha, você me salva da inexistência, sinto que sou um soldado, sou fiel a sua existência, assim como sou fiel a você. Você diz que eu te encontrei, mas você me salvou, e eu sinto que não é de agora.

Sabes muito bem que eu desprezo e abomino qualquer visão do mundo onde as coisas são um acidente. Sabe que eu gosto de premeditação, de escrever certo por linhas certas, não gosto do torto, tampouco gosto de ser pego de surpresa, mas sempre gostei da palavra “Serendipity”. 

Você sabe o que significa? É quando encontramos algo que não estávamos procurando, é uma descoberta ao acaso.

Mesmo que eu ache que acasos não existem, Seokjin, você é a exceção à minha descoberta, simplesmente sinto que nós já estávamos destinados, e ainda ouso dizer que cada parte de mim tem a plena certeza de que o universo conspirou para que nos encontrássemos.

Eu sei que não sou um bom namorado ou coisa parecida, não é como se eu fizesse nada para melhorar isso, mas ações não são o meu forte, no entanto, nas palavras é onde me escondo, e você me conhece, sabe como me achar, e é por isso que estou sempre a escrever sobre você.

Sua existência é minha fonte de inspiração. Por mais que eu tente mudar isso, não consigo, se fecho meus olhos seu rosto me vem, e a calmaria me faz relaxar. Você é o meu ponto de equilíbrio, você sabe e eu sei.

Sinto como se, se eu não tivesse te escrito nada, explodiria. Meu corpo se despedaçaria, flutuaria ao seu redor em mil outros pedaços e desapareceria, e apenas um beijo seu seria capaz de me reerguer. Como sempre acontece. 

Você é a resposta para os meus problemas e a resolução para minha confusão.

Ah, se você pudesse compreender tudo o que há e eu não sou capaz de colocar em ações, ficaria assustado ou admirado, depende do seu ponto de vista.

Sobre ontem à noite, acordei atordoado por ter percebido que era um sonho, a dor não ajudou a me acalmar, e o gelo em meu peito era frequente e constante. Sinto muito por não poder estar ao seu lado nesse momento, mas eu prometo estar pensando em você, pois essa é a única coisa que me certifico de fazer todo o tempo, seu rosto não sai da minha cabeça.

Quando penso sobre você, me vem à mente todas as vezes em que sua presença foi a diferença entre estar vivo e morrer, aos poucos. Lembro-me de todas as vezes em que você me acalmou com seus braços ao redor do meu pescoço, quando me beijou de maneira doce e calma, abrandando o fogo em meu peito, trazendo-me calmaria.

Você é o porto seguro para o qual eu sempre volto. Sempre hei de voltar.

E mesmo que digam que somos diferentes, eu sei, e acho admirável. Tem mesmo a sua graça. Enquanto eu brigo com o mundo sobre a minha existência patética, você fica feliz apenas em fazer as outras pessoas felizes.

É assim que você é, um pôr-do-sol, mesmo que signifique que você irá desaparecer, é suficiente saber que há casais suspirando pela sua presença breve. Sua existência é pura, você é um anjo, meu gato de chita, minha flor. Você é minha pintura abstrata, paisagem selvagem, você é tudo de material que eu não consigo explicar, todo o sentimento que só pode ser sentido, não visto e nem descrito.

Eu agradeço todos os dias por ter encontrado você. Agradeço por poder ouvir sua voz, agradeço por todas as vezes em que você me acorda, acha minhas coisas e eu descubro que a essência de sua existência não é apenas me fazer feliz e sim, me manter vivo. Respirando. Existindo. Quando você me chama, eu me torno sua flor, eu crio raízes, eu floresço por você, Jin.

Espero que você saiba disso.

Nesse momento, terminando de escrever isso, eu não estou chorando, mas há um buraco enorme em meu peito por você não estar aqui. Queria poder olhar para você, queria poder te dar o mundo e cada galáxia fora da via láctea.

Eu queria te beijar, queria te amar, queria que você soubesse que o mundo ficou diferente, por causa da sua felicidade. Queria que você soubesse que eu fiquei mais feliz, desde que você apareceu.

Eu nunca vou acreditar que um “Eu te amo” será tradução suficiente para o que eu sinto por você, mas Eu te amo. Por hoje e por sempre. Por tudo o que sou, quando estou com você.

 

Eternamente seu, Namjoon.

 

Meus olhos estavam molhados e eu me sentia completamente patético, não por estar chorando, mas por não ter ido ter com ele, desde o meio da carta. Eu sabia o quão fácil era para o Joonie escrever coisas, mas também sabia que quando ele falava de si mesmo, era doloroso.

Eu podia sentir, como se a dor dele fosse palpável, como se dividíssemos o mesmo corpo, eu me sentia feliz por aquilo, e sabe o quê mais me alegrava? O Jimin vinha cantando Serendipity pela casa desde o dia que tinha gravado a música, e me lembro ainda de ter sido o primeiro a ouvir a versão do Namjoon da música, ele odiou, mas eu adorei.

Eu adorei porque, para mim, tudo o que ele fazia era esplêndido. Ele era esplêndido. E ali estava, a prova concreta de que ele tinha escrito a música para mim, e quando ele me mostrou eu não tinha percebido que era uma declaração silenciosa.

Eu vivia reclamando da atenção que ele não me dava, mas eu sabia como algumas coisas eram difíceis para ele. O amor era diferente para Namjoon e para as outras pessoas, certas vezes eu cobrava coisas dele que eu sabia que eram tão inerentes, que ele não fazia por mal.

Eu estava mais errado do que ele e tinha noção disso. Me sentia horrível por ter noção do meu próprio erro. Mas meu peito estava aquecido. Eu estava feliz. 

E mais do que tudo, eu era dele.

— Jimin, onde está o Namjoon? — perguntei ao baixinho, que estava jogado em meu tapete tentando brincar com o Eomuk e o Odengie, mas ambos estavam dormindo.

— Acabou de terminar uma Live no Vapp, hyung. Ele deve estar ouvindo música agora.

Nem esperei que o garoto terminasse de falar, e passei bagunçando seus cabelos loiros, indo em direção ao estúdio. Namjoon era igual ao Yoongi, só viviam lá, os dois.

Empurrei a porta e pude ouvir aquela música que ele estava ouvindo há semanas, vivia colocando para eu ouvir e eu ria porque ela era trilha sonora de vários filmes que eu tinha assistido em minha adolescência, e eu gostava bastante. Me lembrei dos meus momentos com Namjoon e meus olhos se encheram de lágrimas novamente.

O problema da nossa relação, problema não, detalhe, é que nós somos muito intensos, isso por causa do Namjoon, sobre ele é tudo completamente extremo, ou ele sente muito ou não sente nada, e isso faz com que seja um poço de sentimentos, mesmo que a primeira vista não pareça. Eu não sabia se os garotos tinham noção de que tínhamos algo, mas tinha certeza que sim.

Ele estava sentado em sua cadeira, estava brincando daquele jeito que me fazia quase morrer do coração, tinha medo de que ele caísse e se machucasse, do jeito que ele era desastrado com as coisas, não eram só objetos inanimados que ele tinha a facilidade de quebrar.

Ele tentava compor alguma coisa. As notas de Namjoon eram sempre tão profundas e intensas, eu adorava aquilo, a morbidez, era bonito, era como quando eu tirava fotos no Outono ou quando o céu estava nublado, tinha tudo para ser uma sensação de solidão, mas o amor é muito mais acolhedor no escuro do que na claridade.

Ele estava daquele jeito que eu via quando acordávamos juntos, quando ele me tinha em seus braços e apertava minha cintura, como se tivesse medo de acordar e não me ter ao seu lado. Seus cabelos loiros estavam bagunçados e o capuz caía para fora da cadeira, ele tomava o que deveria ser seu terceiro copo de café do dia, e mexia o pé de maneira inquieta, que ele costumava ficar quando estava nervoso ou ansioso.

Todo o local tinha o cheiro familiar de seu shampoo de cabelo e do perfume que ficava impregnado em todas as roupas, tudo ao meu redor era conhecido e, como ele tinha descrito, quando eu estava perto dele me sentia em casa.

Desci minhas mãos pelo seu tronco e deitei minha cabeça em seu ombro. Inspirei o cheiro conhecido de seu perfume.

— Hyung? — Ele me chamou, com a mesma voz rouca de quando acordávamos, eu me mexia tentando não acordá-lo, mas ele sentia minha falta quando eu me afastava.

Sorri com o pensamento.

— Eu li o que você me escreveu — falei e sabia que ele tinha encrespado os lábios e tencionava esconder seu rosto e sorrir, como ele fazia quando estava, ao mesmo tempo, concentrado e envergonhado.

Segurei suas mãos e virei sua cadeira de frente, sentando-me em seu colo. Coloquei os braços ao redor de seu pescoço e ele olhou para a porta, provavelmente checando se alguém poderia entrar. Segurei seu queixo e virei o rosto dele para mim.

Era incrível a forma sutil como Namjoon era bonito. Diziam que ele não era bonito, mas talvez ninguém fosse capaz de ver o que eu via.

A separação dos olhos dele combinava com o tamanho de seus lábios, as covinhas combinavam com as pintinhas que ele tinha no rosto, seus cabelos bagunçados davam ao rosto um ar mais despreocupado e tranquilo, que eu adorava ver nele. Quando Namjoon sorria, eu não podia pedir uma visão melhor do que aquela, era suficiente.

Ele segurou minhas mãos e entrelaçou as suas. Ele fazia sempre aquilo porque eu havia dito certa vez que o entrelaçar de mãos era tão puro e ingênuo para mim, que era o mais belo gesto de amor que uma pessoa podia fazer com a outra, e nunca mais ele parou.

Eu tampouco parei, pois sentia uma vontade incessante de, sempre que estava ao lado dele, deixá-lo saber que eu o amava. Mesmo que ninguém mais no mundo soubesse, ele me bastava. Sua existência me bastava.

Soltei a mão direita e caminhei pelo rosto dele com o indicador e o médio, como se quisesse gravar os detalhes em mim e ele me olhou.

— Me desculpe — disse ele, e eu senti o peso que aquelas palavras carregavam.

— Pelo quê, Mon?

— Por não ser um bom namorado. Quer dizer, eu juro que tento ser melhor por você Jin, eu juro! Juro que tento fazer tudo certo, juro que tento ser o melhor e ser tudo o que você merece, mas sinto me escapar pelos dedos. Me desculpa se eu não sou o que você esperava e... — Abaixei-me e beijei seus lábios.

Deixei o beijo calmo, apenas um selinho, que fez ele soltar minha mão e enlaçar seus braços em minha cintura, fazendo-me deitar a cabeça em seu ombro, agora já com todo o corpo por cima do seu.

— Kim Namjoon, você é o homem mais incrível que eu conheço. Mesmo que você ache que tem defeitos, é normal, todo mundo tem defeitos, sim? Você é incrível, me faz sorrir quando estou triste, segura minha mão quando tenho medo, e eu faço o mesmo a você. Eu te seguro, para que você não caia e você não me deixa cair, porque eu sou seu. Eu sempre serei. E mesmo que você não se ache perfeito, você é o suficiente. O suficiente para mim. — disse e beijei seu pescoço, fechando os meus olhos.

Ficamos um longo tempo em silêncio, não porque aquilo tinha sido doloroso ou constrangedor, mas sim porque Namjoon deveria estar processando as palavras em sua cabeça, e fazendo com que elas o preenchessem.

Eu sabia que ele deveria estar sorrindo, e mesmo que eu quisesse levantar-me, sentia que não podia, quando eu estava em seus braços me sentia confortável, ao ponto de estar à mercê de sua existência. Eu tinha de admitir que, por mais difícil que as pessoas achassem que o amor era, para mim, ele era muito fácil de se compreender.

O amor era uma sociedade, um acordo entre duas pessoas que se querem, se gostam e se cuidam mutuamente, no qual uma satisfaz a outra com sua existência, e isso é tudo. O amor não é difícil e abstrato, ele é simples e bonito, como quando Namjoon saía para o parque e me trazia uma flor porque lembrou-se de mim.

Aquilo era amor para mim, as pequenas coisas, era uma flor, um colar, um pedaço de papel, uma poesia. O amor era sua vontade de mostrar a alguém que para você, ela é única no mundo.

E isso era o meu amor por Namjoon e o dele por mim, por mais que não fôssemos desesperados e explícitos, nós nos pertencíamos, a ponto de nos dedicarmos mutuamente um ao outro e, quando nos dávamos conta, estávamos orbitando um ao redor do outro, como exoplanetas, como ele mesmo dizia.

— Eu fico feliz — Ele falou depois de um tempo, beijando minha cabeça repetidas vezes e fazendo-me fechar os olhos.

— Eu gosto quando você está feliz — declarei, endireitando-me sobre ele e olhando-o. Encostei nossas testas e ele acariciou meu rosto.

Ele tinha aquele hábito de olhar para mim como se eu fosse precioso.

— Jin... Eu amo você. Mesmo. — Depois que Namjoon disse aquilo, as lágrimas que eu estava segurando antes começaram a rolar. 

Rolaram porque aquilo era absurdamente significativo para mim. Ouvir ele dizer que me amava fazia o mundo inteiro parecer mais bonito, porque eu amava Kim Namjoon com tudo o que eu era.

— Eu também te amo, Namjoon. Mesmo — respondi e ele sorriu daquele jeito. Daquele jeito ao qual ele não fazia ideia de que o tornava o homem mais lindo do mundo.

Encostou nossas testas novamente e fechou os olhos, acariciando meu rosto. Fechei meus olhos também e agradeci em silêncio por tê-lo encontrado. 

Na vida podemos ou não ter a sorte de encontrar o amor, e eu encontrei, eu encontrei o amor quando eu vi Namjoon sorrir pela primeira vez.

Comecei a cantarolar Serendipity enquanto estava em seu colo e abri meus olhos, apenas para vê-lo sorrir tranquilo.

— O que você quer fazer? — Ele perguntou depois de um tempo, quando eu já tinha me encostado em seu ombro novamente e estava com os olhos fechados.

— Que tal comer? — perguntei e ele começou a rir alto, fazendo-me rir também, esperando ele reclamar da minha risada, como sempre.

Ele se levantou comigo em seu colo e eu apertei minhas pernas ao redor de sua cintura, meus braços ao redor de seu pescoço, mesmo sabendo que ele jamais me deixaria cair.

— Quem vai comer alguma coisa daqui a pouco, sou eu — afirmou, desligando as luzes do estúdio e andando em direção ao lado de fora, comigo ainda em seu colo.

Namjoon era a pessoa mais pervertida que eu conhecia, mesmo, ele me superava de longe, mesmo que juntos fôssemos um pesadelo. Apesar de eu não ter absolutamente nada a reclamar sobre aquilo. O jeito que ele era me bastava.

— Quem sabe mais tarde? — respondi o comentário malicioso dele, e quando passamos pela porta, no corredor que separava a casa do estúdio, ele desligou a luz e me empurrou na parede.

Os beijos de Namjoon eram sempre como uma montanha russa, como se eu estivesse dando voltas e voltas ao redor da terra, simplesmente não conseguia focar em nada mais além dos sabores e do peso de sua presença. Meu estômago era povoado por aquela sensação adolescente da primeira paixão, eu era recheado pela sensação de pertencer a alguém e não sentia que poderia, nem que deveria, sair dali.

Eu estava completamente apaixonado por Kim Namjoon e sabia disso, e aquilo era consequência direta da forma como eu costumava me sentir atraído por coisas complicadas, mas que fossem bonitas por natureza. 

Namjoon era como uma pedra a ser lapidada, e nosso amor fazia-o mais bonito cada vez que eu olhava para ele. Eu aceitava as consequências de amá-lo, porque amar ele me fazia sentir vivo.


Notas Finais


Sempre que eu tento escrever alguma coisa sobre Namjin, sempre parece que me escapa, eu não consigo escrever algo tão belo quanto o que eu sinto a respeito skdjhdkj
Espero que vocês gostem desse
Mesmo <3


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