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História Panic 2 - Lírios


Escrita por: Mc_Rodolfinho

Capítulo 2 - Lírios


April hesitou em acompanhar o homem que a chamou. William não conseguiu falar com a mesma sobre o que queria, e a garota se desculpou por não poder dar atenção a ele naquele momento.

 

Ela foi levada para a sala do diretor da faculdade. Lá, encontrava-se alguns policiais, e pelo o que parecia, o homem que chamou April era um detetive. Assim que chegou na sala, ela se sentou, de frente para o investigador.

- Então, o que aconteceu para vocês terem que me chamar? - Ela perguntou, ajeitando-se na cadeira e colocando as coisas que carregava em cima da mesa a sua frente.

 

- Senhora April…- Disse um dos homens que estavam na sala antes da garota chegar.

 

- Pode me chamar apenas de April. - A mesma interrompeu o homem.

 

- Certo. Bom, ontem à noite duas garotas foram mortas a facadas dentro de uma boate perto do centro. Algumas pessoas de lá alegaram ter visto uma pessoa com uma máscara dentro do local. - Disse o detetive. - Não estamos dizendo que achamos que você tenha matado alguma dessas garotas. Queremos apenas fazer algumas perguntas.

 

April tentou manter a calma, coisa que era difícil fazer naquele momento. A coisa que aterrorizou sua cidade natal, aterrorizou sua adolescência, aterrorizou todos os seus amigos. A coisa que levou a mãe da garota a morte, estava de volta. Por mais que a vontade de gritar naquele instante fosse grande, a garota se conteu.

 

- Sim, eu entendo. Eu estou com um tempo disponível agora. Se quiserem, podem começar neste instante - Ela disse após um suspiro depois de fechar seus olhos por alguns segundos. Apesar de ter uma aula começando, e ela precisar estar lá, a garota mentiu, pois sabia que aquilo poderia ser mais importante.

 

A sessão de perguntas tinha iniciado. Foram muitas, de muitos tipos. As principais foram como “onde você estava ontem, quando as garotas foram assassinadas?” ou “você conhecia alguma delas?”. Esse era o tipo de pergunta feita, e April respondeu todas. Ao olhar dela, os investigadores não tinham muitas desconfianças. Após todas as perguntas feitas, ela pode se acalmar um pouco bebendo um copo de água. Um dos detetives levou para ela. Enquanto bebia, a mesma ouvia um pouco da conversa que os policias de cargo inferior aos que a entrevistaram estavam tendo. A maioria deles tinha certeza de que foi April que matou as jovens. Sobre isso, ela apenas conseguia se sentir triste e magoada. Ela não escolheu passar por nada do que passou, e muito menos escolheu que seus amigos e sua mãe fossem mortos. A menina estava para se levantar, quando teve seu ombro tocado por um dos detetives.

 

- Espere. Além das perguntas, nós queremos mais uma coisa.

 

- O que é?

 

- Queremos deixar dois policiais para garantir que você fique segura. - O investigador terminou de falar e encarou April. Ela, por sua vez, passou a olhar novamente para os policiais que ainda estavam conversando sobre o mesmo assunto.

 

- Não, eu não quero! Por mais que eu esteja passando perigo, eu sei me cuidar. Muito obrigada, detetive... - Ela olhou o distintivo que ele carregava para saber seu nome. - Dave.

 

Assim que agradeceu, ela se levantou e saiu pela porta, esbarrando em um dos policiais.

 

+++

 

- Ok ok. A festa vai acontecer aqui, mas a gente não comprou nada ainda. Quem vai ir ao mercado? - Quem perguntou foi um rapaz sentado em um sofá. Seu nome era Carter. Ele usava um óculos em seu rosto, e estava com um celular na mão.

 

- Pode deixar que eu vou. Recebi um depósito do meu pai na minha conta, então vamos ter dinheiro de sobra. - O garoto que respondeu era Kyle. Ele usava um óculos escuro por conta do forte sol que fazia lá fora, e o mesmo acabara de chegar.

 

- Eu vou com você. Preciso comprar algumas coisas para colocar no frigobar do meu quarto. - A voz era de Garrett, um dos sobrevivente do Massacre De CottonWood. Todos ao redor do mesmo eram seus amigos. Diferente de April, o seu recomeço foi bom. Ninguém o criticou por ter vivido tudo aquilo, e muito menos comentavam sobre. Naquela época, ele estava morando em uma casa da irmandade da faculdade em que estudava. Era a mesma que April.  

 

- Tá bom, então já que eles vão comprar tudo, eu e o resto ficamos aqui para arrumar o lixão que é essa casa. - Carter disse novamente, olhando ao redor para analisar a bagunça.

 

- Não precisa arrumar. Já está tudo no lugar. - O que contradiz é Stephano.  

 

- O quê? - Carter se levanta do sofá, apontando para a bagunça que havia na casa inteira. - Olha isso! Não dá nem para chamar uma outra pessoa pra vir pra cá agora.

 

- Lógico que dá. É só tirarmos um pouco das comidas espalhadas. - Stephano responde.

 

- Olha, só ajuda a limpar tudo que vai dar certo para todos. Além disso, nós chamamos as meninas, e a Cherie vai vir. Quer mesmo que ela veja a bagunça que fazemos aqui?

 

- Tudo bem, vamo limpar tudo logo. - Stephano disse, após um suspiro de frustração. Ele e Cherie eram namorados a pouco mais de 2 meses

 

O que os rapazes tinham combinado aconteceu. Kyle foi ao mercado junto a Garrett, enquanto Carter, Stephano e Dylan, um outro garoto morador da casa, ficaram ajeitando as coisas para mais tarde. William, que não conseguiu falar com April, voltou para casa, que também era na irmandade, e assim, pode ajudar os que ficaram a arrumar tudo.

 

Se passou muitos minutos, quase uma hora, até que que Kyle chegou junto a Garrett. Eles passaram pela porta da casa segurando muitas sacolas, colocando-as em cima da mesa da cozinha, que pela primeira vez em dias, estava limpa.

 

- Caralho, vocês arrumaram tudo muito bem hein, empregadinhos. - Kyle brincou, após colocar as sacolas na mesa.

 

- Vai se foder. - Retrucou Stephano. - Se continuar falando eu sujo tudo só para você limpar.

 

- Fica calmo, eu to só brincando. - Ele disse após uma risada. - Mas falando sério, ficou bom pra caramba.

 

- Eu pensei que seria muito mais difícil. Até que foi bem rápido. - William apareceu na cozinha, ao lado de Stephano, que tinha chego lá assim que viu os outros garotos entrarem.

 

- É lógico, você chegou quando estávamos na metade. - Carter disse, entrando pela porta de trás da cozinha, que ao sair, dava para um grande jardim. Aquele jardim tornava o aluguel do lugar muito mais caro do que as casas comuns.

 

- É, ele é um vacilão. Ficou babando para a April, e quando foi falar com ela, ela virou as costas. - Stephano comentou novamente. William contou a ele o que aconteceu quando o mesmo foi falar com a garota.

 

- Uau, sério isso? - Garrett perguntou, irônico.

 

- Ela não virou as costas. Só teve que fazer algumas coisas. - William tentou facilitar a própria situação.

 

- Coisas? Tipo o que? - Carter perguntou, tirando as coisas das sacolas do mercado.

 

- Eu não sei. Um cara de terno chamou ela. Ele parecia um policial ou coisa do tipo.

 

- Eita, deve ter morrido alguém então. - Quem disse foi Dylan. Ele estava terminando de arrumar o quarto onde dormia no andar de cima. Assim que desceu, ele foi até a cozinha, onde todos estavam reunidos.

 

- Não morreu ninguém. - William disse, sem ter certeza.

 

- Vocês não souberam? - Carter pergunta, e logo em seguida, todos balançam a cabeça, negando. - Ah meu Deus. Bom… Duas minas que estavam para acabar a faculdade morreram em uma boate. Deve ser por isso que aquele “policial” foi falar com a April.  

 

- Eu não acredito. - Stephano disse, um pouco indignado.

 

- Essa April… Eu tenho que ficar o mais longe o possível dela. Tenho é medo de morrer. - Kyle disse, abrindo uma lata de cerveja. - O pior é que a Gwen e a Cherie são amigonas dela. Aí fica complicado. - Enquanto o amigo do garoto namorava Cherie, ele namorava Gwen. Ambos os casais eram amigos um do outro.

 

Stephano ficou calado após o comentário de Kyle, assim como todo o resto dos garotos presente. Garrett era um antigo amigo de April, mas os dois quase não se falavam mais.

 

+++

 

O dia estava próximo de acabar. April passou quase o tempo todo em suas aulas, depois que saiu do interrogatório. Após o término das atividades curriculares, ela e Allie Ross, uma de suas amigas, resolveram estudar juntas no dormitório de Allie. A luz do sol ainda brilhava enquanto as duas andavam até o dormitório da garota. Quando chegaram lá, ambas se sentaram na cama, uma de frente para a outra.

 

- Vamos começar. Mas, antes, você quer algo para tomar? Eu peguei algumas coisas na lanchonete hoje de manhã. - Allie disse, apontando para uma gaveta. Era nela que se encontrava alguns doces e outras comidas.

 

- Não, tudo bem. Você pode só puxar um pouco a cortina da janela? A luz do sol está vindo nos meus olhos, assim eu não consigo enxergar. - April disse, cobrindo os olhos da forte luz que ia nos seus olhos.

 

- Claro! - Antes de se levantar, Allie olhou para sua amiga. A mesma estava com um olhar triste. - Só uma coisa. Está tudo bem com você?

 

April achou que poderia desabafar com sua amiga, pois elas já se conheciam a cerca de 9 meses. Talvez, não fosse uma má ideia.

 

- Não. Não estou nada bem. - Ela disse, abaixando um pouco a cabeça. - Tudo isso, de assassinos no meu passado, e minha antiga vida em Cottonwood. É tudo muito complicado. - Ela se referia tanto a sua vida em sua antiga cidade como as recentes mortes. April imaginava que Allie já sabia dos assassinatos que aconteceram na noite passada, e ela estava certa. - E… Eu ainda tenho que aturar muitos comentários maldosos.

 

- Ei… Olha, eu sei que muitos podem pensar muita coisa sobre você. Mas sei também que estão todos errados sobre a maioria das coisas que pensam. Pode não ser muita coisa, April, mas eu não penso nada disso a seu respeito. Eu te entendo um pouco, e sei que você não teve culpa de nada do que aconteceu. - Nesse momento, ela segurou a mão da menina. - Você não deve nada a essas pessoas que apenas falam, e deve muito menos satisfação.  

 

Naquele momento, a felicidade de April aumentou um pouco mais. O que parecia ser um dia que teria um péssimo final, acabou virando um dia um pouco menos sombrio, graças ao ombro amigo de Allie.

- Espero que você fique bem. - A garota com os olhos um pouco puxados sorriu e se levantou da cama, indo em direção a janela. Quando se aproximou, ela olhou através do vidro, e observou os lírios brancos que a universidade cultivava próximo ao dormitório da mesma. - Aquelas flores são muito lindas. Espero que nunca tirem elas de lá. Deixa minhas noites e manhãs muito mais felizes. - Em seguida, ela fechou a cortina

 

Depois, Allie foi se sentar em sua cama novamente, e logo, as duas garotas começaram a estudar.

 

+++

 

Um som alto, uma mesa cheia de petiscos e universitários em todos os lugares. Esse era o cenário da casa da irmandade que Garrett fazia parte. Kyle, Stephano, Dylan, Carter, William, e é claro, Garrett, tinham iniciado a festa um pouco cedo. Eram 10 da noite e a maioria das pessoas já haviam chegado. Em pouco tempo, as garotas, incluindo as namoradas de Kyle e Stephano, chegaram. Ivy, Allie, Gina, April, Gwen e Cherie cumprimentaram todas as pessoas da festa assim que passaram pela porta da frente.

 

Para a grande surpresa de April e Garrett, mais alguém foi. Liam, um outro sobrevivente, chegou a festa. Ele era amigo da maioria das pessoas da irmandade, então, foi convidado também. Quando o trio de sobreviventes se encontraram, juntos depois de anos, foi uma felicidade bem grande.

 

- Olá, a todos. - April tomou a iniciativa de iniciar uma conversa entre os 3

 

- A quanto tempo eu não vejo vocês dois. - Liam disse logo em seguida. Por conta dos estudos, ele não conseguia conversar direito com nenhum deles.  

 

- Vamos, parem de timidez. - Garrett quebrou a vergonha que eles estavam sentindo, e abraçou April, seguindo para Liam logo depois. O dois se abraçaram também após abraçar o rapaz.

 

- Como vocês estão? Tá todo mundo bem? - April perguntou, mostrando um pouco de preocupação com seus antigos amigos.

 

- Eu estou ótimo. - Garrett respondeu

 

- E você, Liam? - April perguntou novamente ao garoto. - Está melhor depois do ferimento?

 

- Ah, sim. Ele melhorou muito. - Disse o menino. - Como a facada foi profunda, ainda não fez a cicatrização. Mas, estou muito melhor.

 

- Legal. Logo vai cicatrizar, e aí você vai ficar bom por completo. - Disse Garrett.

 

- Eu espero que não demore tanto assim. - Ele solta um riso, um pouco nervoso. Talvez a situação não fosse a mais confortável possível.

 

A conversa continuou, e os 3 riram muito. Não por lembrar do que passaram, mas sim de algumas situações mais recentes que tiveram que aturar.

 

Toda a noite estava indo bem. As amigas de April estavam se divertindo, assim como os amigos de Garrett. Kyle se encontrava beijando Gwen, enquanto Stephano conversava a sós com Cherie. Todos sabiam onde iria acabar as duas situações. Assim, a música continuou a tocar, e não demorou tanto para a comida da mesa chegar perto do final. Mas, isso não era um problema, pois havia muito mais dentro dos armários da cozinha.

 

Enquanto conversava com suas amigas e mais alguns meninos, Allie ouviu o seu nome ser gritado por alguém. Era William que a chamou. Ele pediu a garota que fosse pegar mais algumas bebidas na lanchonete. Por mais que não faltasse comida, Kyle não lembrou de comprar bebidas extras. Allie concordou em ir, e logo saiu pela porta da sala.

 

O caminho até a universidade não era nem um pouco longo, mas tinha uma certa distância. Poucas pessoas passavam por ela. Alguns grupos de amigos a cumprimentou com um simples “oi”, e continuaram seu caminho. Em poucos minutos, a menina já se encontrava na lanchonete. Ela abriu a geladeira silenciosamente para não a escutarem, e logo já estava com várias bebidas em sua mão.

 

Ela tentava equilibrar todas as bebidas que carregava para poder levar de volta para a casa, mas teve que deixá-las em cima do balcão da lanchonete. Alguém havia lhe enviado uma mensagem. Assim que pegou o celular e o destravou, ela pode ler. Era uma mensagem de uma menina, que não estava nos contatos de Allie, mas os traços de seu rosto, que era possível ver através da sua foto de perfil, mostrava quem era. Allie não reconheceu de primeira, mas viu que era uma mensagem vindo do celular de Marcie Sanders. “Busque menos bebidas. Uma pessoa não vai mais beber”. Era isso que dizia a mensagem. Allie respondeu: “Pode parar. Seja quem for que estiver usando o celular dela, saiba que isso é muito feio, e é melhor devolver as autoridades.” Logo, responderam novamente a ela: “E é muito feio você não obedecer a pessoa que está com a sua vida na palma das mãos. Tchau Tchau.”

 

Allie achou aquilo estranho e desconfortável. A mesma sentiu até medo. Sem hesitar, ela partiu do local, caminhando de volta para a casa dos rapazes da irmandade, levando apenas algumas das bebidas.

 

+++

 

April continuou a conversar. O papo estava bom, e ela não podia deixar passar a oportunidade de falar com seus amigos da adolescência. Porém, toda a animada conversa que estava tendo acabou quando seu celular tocou. Ela pediu licença para Liam e Garrett e foi atender.

 

- Olá!

 

- Olá, April! - A voz respondeu, e ela era familiar para a garota.

 

- Quem é?

 

- Espero que não tenha se esquecido. - No momento em que ouviu, April ainda tentava entender.

 

- O que você quer?

 

- Quero fazer um novo estilo de perseguição. - Nesse instante, April já sabia do que se tratava a ligação.

 

- Escuta aqui, me deixa em… - Ela estava falando, quando foi cortada pela voz no telefone.

 

- Não! Escuta aqui você! Pensou que iria ficar livre saindo da sua linda cidade, April? Saiba que você nunca vai ficar livre do seu passado. Todas as pessoas estão certas em não ficar perto de você. Todas elas vão morrer, queira você ou não. E agora é a hora de você ver o banho de sangue.

 

A menina ficou assustada e nervosa. Analisou a festa em que estava para ver se todas as suas amigas estavam bem, e confirmou que quase todas estavam. Mas, tinha uma que não. April não conseguia enxergar Allie. Ela não respondeu a ligação, e colocou seu celular desligado no bolso. Em seguida, com desespero, ela correu até Gwen, que estava sentada ao lado de Kyle.

 

- Gwen, onde a Allie foi? Cadê ela? - A jovem perguntou. Era possível ver o seu desespero em seus olhos.

 

- Calma, calma. William pediu para ela pegar algumas bebidas na lanchonete. Ela deve estar voltando já. - Gwen respondeu, percebendo a situação de April, mas não se importando tanto assim.

 

- Merda! - Assim que disse, firme, ela saiu correndo atrás de sua amiga.

 

+++

 

Allie continuou a caminhar em direção a festa em que antes estava. Seu celular fazia barulho diversas vezes, mostrando que tinha chego mensagens. Mas a garota não olhou nenhuma, com medo de ser alguma mensagem enviada do celular de Marcie. A mesma continuou a andar, mas o barulho de notificação era constante. Allie acabou perdendo a paciência e precisou olhar o celular. A aquela altura, ela estava próxima do prédio em que era seu dormitório. Quando viu as mensagens, de fato, era do celular de Marcie. Mas uma coisa a surpreendeu. Todas as mensagens eram fotos. Fotos de Allie caminhando. A última mensagem era uma foto da garota com o celular na mão. Isso fez ela virar de costas para ver quem estava a fotografando. Mas não havia ninguém. Quando olhou para o celular de novo, tinha recebido mais uma foto. A foto mostrava ela, mais de perto, olhando de novo o seu celular. A distância estava mais perto, e quando Allie olhou para trás mais uma vez, ela o viu. Alguém com vestes pretas, usando uma máscara e segurando uma faca, que foi parar no ombro da garota. A mesma gritou de dor, e o indivíduo retirou a lâmina de lá. Sem pensar duas vezes, ela correu, deixando as bebidas que carregava caírem. O ferimento a deixou mais lenta, e o sujeito mascarado a alcançou rapidamente. Por mais que não tenha corrido tanto, Allie correu até chegar na área onde era possível ver a janela de seu dormitório. Lá havia os lírio brancos, e foi lá que o assassino a alcançou. Ele lhe deu mais uma facada nas costas, que fez a menina cair em meio às flores. Com isso, o indivíduo penetrou a faca na garota mais duas vezes. Allie estava fraca e no chão. Para a sorte dela, o sujeito foi embora. Talvez tivesse pensado que a mesma já tivesse morrido. Mas não. O telefone de Allie tocou, e ela conseguiu atender. Era April.

 

- Allie, onde você está!? - April perguntou

 

- April! O assassino, ele… Ele me atacou. - A voz da garota era de desespero, e ela só conseguia ver sangue saindo de si mesma

 

- Não! não! Allie, eu preciso que me diga a onde você está? O que você está vendo? - A garota que foi atacada colocou seu celular sobre a terra do chão em que estava, sem ter forças o suficiente para mantê-lo na orelha.

 

- Eu… Estou… Tendo a última noite mais feliz da minha vida. - Após dizer isto, Allie parou de respirar. Apesar de sua amiga não estar mais com o celular na orelha, April conseguiu ouvir suas últimas palavras.

 

Após isso, no local em que Allie estava, apenas se ouvia os gritos de tristeza de April, e o choramingo dela através do telefone. A garota procurava o corpo da amiga. Procurava o corpo de uma das pessoas que a entendia. E quando achou, desabou sobre ele, chorando desesperadamente.

 



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