História Panterona do Amor - O Grito da Pantera

Acordei toda ensanguentada num beco escuro, sangue de G-zuis tem poder, não lembrava de mais nada depois do ocorrido com o Wesley Safadão, eu tava seca. Comecei a chorar, eu tinha ido no camarim dele, tirado a vida dele, ele trabalhou pra conseguir tudo aquilo, e eu tirei dele. Eu tava definitivamente seca. Agora eu que não tinha ódio, nem raiva, porque não sou cachorra, tava doida pra acabar com a raça daquele vagabundo do magnum saliente. Não demorou até a Gretchen me achar no beco escuro, não sei como que ela me achou, deve ter sido as alma que ajudô ela, tá amarrado.

Ela tava com uma jaqueta de couro (tadinho dos bichinho, tudo morrendo e ela usando uma coisa dessas, tomara que não seja couro de pantera), mas tirou e colocou no meu ombro, já que eu tava nua, pois minha roupa rasgou quando eu virei pantera. Ela tentou me acalmar, e depois chamou um táxi. O táxi era de um dos ex-maridos dela, já tava acostumado com essas loucuras, então não ligou pro fato de eu estar nua e toda suja de sangue. Seguimos para um dos apartamentos da Gretchen no Leblon.

Chegando, tomei um banho fresquinho de banheira, com muita espuma gostosinha, depois me deitei na cama do quarto de hóspedes pra descansar, enquanto Gretchen ligava pra avisar à Monique e Júlia que eu ia passar uns dias aqui com ela.

Quando acordei lá pelas dez da manhã, a Gretchen tava ajoelhada no meio da sala, rodeada de velas e suando feito uma porca, ela falava umas coisas que não pareciam português, dá até medo, eu chamei e sacudi ela várias vezes, mas ela parecia que tava em transe, então dei um grito, mas não foi um grito normal, foi um grito da pantera ”UAAAAAAAARW”.

Nisso, as janelas, os vidrinhos, tudo quebrou na mesma hora, tem nem mais o que falar. Ela despertou na mesma hora, ela ia cair, mas eu a segurei, então ela sussurrou no meu ouvido “achei ele” e caiu desmaiada.

Se passaram três horas pra ela acordar, pra me contar uma história que, mana, num é mole não, o dita cujo estava em outra dimensão. E ela queria me mandar pra lá, era isso que o Diabo podre, horrível queria. Eu não sabia nem o que era essa história de dimensão, mas ela ia fazer umas magias pra me levar lá, mas é aquele ditado, só se for magia do amô, porque se for magia do mal, não me chama que eu não tô.

Mas num parou por aí não manas, ela ainda queria botar na minha cabeça que meu grito da pantera tinha se tornado um superpoder, poxa, num é mole nom. Se fosse verdade eu ia poder tirar os cracudo da rua, ia poder baixar o preço do leite, ia poder botar o preço da passagem um real e meio. Mas, eu não podia mais matar o outro, matar pra cumê, eu ia ter que ir atrás o moço do Magnum saliente, e até lá, nada de make, make love.

No dia seguinte, a Gretchen me acordou bem louca, mas de amor, tava tudo pronto pra ela abrir o portal. Eu tava toda nervosa, o bico do peito chega até a coçar. Ela me mandou ficar nua e se ajoelhou no chão, depois começou a jogar um troço podre em cima de mim, então uma luz forte apareceu vindo da porta, era o portal se abrindo. Quando eu tava pronta pra abrir a porta e cair na outra dimensão, tudo se apagou, quando eu virei pra trás, minha amiga Gretchen tava morta, toda suja de sangue, com uma faca no coração, quando olhei pra janela, tinha uma sombra, tá amarrado, era a sombra do homem do Magnum saliente, quando corri pra ir atrás dele, ele se jogou da varanda e sumiu. Eu não sabia mais o que fazer, ela foi morta porque tava tentando me ajudar, agora eu tinha mais um motivo, ia vingar minha amiga, agora aquele homem vai ver o que é uma pantera selvagem. UAAAAAAAAAAAAAAAAAAARW!