História Papai Nukenin - O interrogatório.

SAI ON

Depois da aparição repentina do Orochimaru, eu apaguei. Muito provavelmente fui desacordado por algum de seus golpes marciais. Quando recobrei minha consciência estava amarrado a uma cadeira com fortes correntes metálicas. A parte mais estranha era o brilho delas emanando puro chakra. Sem sombra de dúvida eram as correntes adamantinas do clã uzumaki. Se não fosse por esse detalhe certamente eu tentaria me soltar, afinal modéstia a parte, meu corpo tinha porte e não era problema quebrar simples correntes.

Minha boca estava amarrada a um pano atrás de minha cabeça. Só conseguia soltar leves gemidos. Estava sozinho no local, pelo menos aparentemente. Tinha consciência da presença do criador das correntes dos uzumakis, mas não conseguia sentir sua presença. Como ele conseguia fazer isso? Era preciso muito chakra para manter esse golpe. Que inovação Orochimaru tinha ensinado para aqueles garotos? Sem konoha perdeu seu melhor ninja.

Foi uma surpresa grande continuar com vida, normalmente a serpente, como orochimaru era conhecido na anbu, aniquilava todas as pessoas que batessem de frente. Se eu continuava com vida, alguma coisa ele pretendia. Seriam meus segredos? Nem mesmo com um soro da verdade eu conseguiria relatá-los. O selo feito em minha língua por meu mestre me impedia de relatar qualquer pormenor. Em último caso, tinha um selo em minha mente, funcionando como um seguro, impedindo a invasão de qualquer usuário perito em genjutsu.

Minha cabeça começou a doer do nada. De repente só conseguia pensar nos segredos rank S guardados no fundo de minha memória. Isso significava uma coisa, aquele nukenin tinha me aplicado uma injeção do soro da verdade. Droga! As dores de cabeça são lancinantes, não consigo nem ouvir meus gritos de agonia tamanha que é a dor.

SAI OFF

Orochimaru entrava lentamente pelo recinto onde Sai era aprisionada pelas correntes adamantinas de Karin. Ela se mantinha escondida e ocultava sua presença mantendo suas correntes ativas por senjutsu. Até o momento o prisioneiro só gritava e não dava nenhuma pista significativa. Seu sensei tinha acertado de novo. Existia um selo no discípulo de Danzou, cabia a ela identificar onde.

Orochimaru: Já pode sair karin. Diga onde está o maldito selo?

Sai (pensando em agonia): Como assim selo? Não me diga que ele sabe?

Karin: está localizado na região da língua.

Orochimaru: Desamarre-o e comece a estudá-lo.

 Karin: Certo.

30 minutos depois

Karin havia estudado minuciosamente o selo sob a língua de Sai. Ele era altamente elaborado, somente uma pessoa no nível de um kage conseguiria realizá-lo. Esse detalhe quase insignificante dava uma amostra do poder de Danzou. Ele realmente era uma pessoa muito perigosa.

Orochimaru: Alguma descoberta?

Karin: O selo é altamente complexo e só pode ser feito por uma pessoa no nível de um kage. Isso não é tudo. Ao visualizar minuciosamente os ideogramas, percebi que o selo só pode ser desfeito com a morte de seu criador, pois mesmo se conseguirmos desfazê-lo, as partes remanescentes automaticamente iriam restaurar os ideogramas.

Orochimaru: Muito estranho. Nunca ouvi falar disso.

Karin: Quando estudava com o Naruto-kun, os livros de nosso clã, nós tivemos contato com pergaminhos bastante intrigantes que relatavam selamento com injeções de chakra. Esses golpes permitiam saber o que ocorria com seu alvo mesmo a distância. Normalmente os uzumakis faziam isso com espiões de vilas rivais localizados na sua jurisdição. Apagávamos as ultimas lembranças de nossa vítima e induzíamos memórias sobre o fracasso da missão. Como o chakra continuava no hospedeiro mesmo após muitos anos, conseguíamos ter acesso aos seus conhecimentos nesse período. Em outras palavras, os uzumakis inventaram um método eficiente de espionagem, utilizando os ninjas de seus próprios inimigos.

Orochimaru: Interessante. Provavelmente existia uma apólice de seguro. Se o alvo fosse descoberto e capturado, suas memórias estavam seladas em relação ao evento com os uzumakis. Com essa descoberta, temos certeza que o asqueroso do Danzou, provavelmente roubou alguns dos pergaminhos de Kushina deixados de herança para Naruto.

Karin: E agora? Ele só vai falar alguma coisa se Danzou morrer.

Orochimaru: Vamos fazer do modo antigo então.

(N/A: Cenas de mutilação. Estejam avisados)

Rapidamente, o sanin das cobras corta um pedaço da língua de Sai. Os gritos de agonia tinham sido ouvidos por toda a sala.

Orochimaru: Muito bem pirralho. Agora comece a falar, antes que comece a retalhar você membro por membro.

Sai: Argh... Não Posso...

Diante da resposta a perna direita foi cortada lentamente até ela se desmembrar completamente do corpo.

Orochimaru: O que Danzou queria ao enviar essa tropa de anbus? Fala logo. Dessa vez será irei amputar seu braço.

Sai: Eu juro. Não posso falar nada.

Com um único movimento o braço de Sai foi decepado como se fosse um filé. Nessa altura orochimaru começou a estranhar a resistência do rapaz. Lealdade nesses casos tinha limite. Será que o aluno era tão leal ao seu mestre ou existia alguma coisa por trás disso?

Orochimaru: Se continuar em silêncio vai acabar ficando sem as duas pernas.

Sai: Você pode retalhar todo meu corpo e mesmo assim não poderei mencionar nada. Por que não me ouve?

Orochimaru: Isso é um desafio?

Sem envolvimento algum com a vítima, karin analisava friamente a situação. Sobre forte tortura um ninja só tinha duas saídas: delatar tudo ou solicitar a morte imediata. Entretanto Sai não tinha feito nenhuma daquelas coisas mesmo sendo brutalmente retalhado. Mesmo sendo resistente não era normal aguentar tudo aquilo. Só havia uma explicação: ele estava realmente impossibilitado de falar a verdade.

Essa linha de pensamento envolvia salientar a existência de um segundo selo. Astuto como era Danzou era capaz de ter pensado no corte da língua. Afinal, no mundo shinobi existiam ninjas observadores. Ao carrasco ao não escutar o que pretendia iria matar o prisioneiro tomado pela raiva. Ninguém naquela situação sob forte pressão iria pensar na possibilidade de um segundo selo. Porém, karin como boa censora percebeu algo errado com o comportamento de Sai. Qualquer um no seu lugar ao não revelar segredos rank S iria solicitar logo a morte. Sob esse pensamento, a ruiva voltou a analisar a rede de chakra do prisioneiro.

Orochimaru: huhuhu. Vamos tirar sua perna restante...

Karin: espere Orochi-san. Existe outro selo localizado na mente dele. Não é tão potente quanto o da língua, mas é complicado. Tente estabilizá-lo, pois vai demorar algum tempo para desfazê-lo.

Orochimaru: Estranho. Por que Danzou não fez o mesmo selo da língua?

Karin: Seria necessário entrar em contato com a região cerebral. Como um procedimento desses é de alto risco, é preferível utilizar um selo menos eficiente. Outra razão para sua despreocupação é a extinção dos uzumakis. Somente eles seriam capazes de desfazer esse selamento. Como a vila do redemoinho foi totalmente destruída, na prática ninguém seria capaz de desfazer esse selo mental.

Orochimaru: Agora percebo que valeu a pena vasculhar aquela vila escombro por escombro e remontar todo o vasto conhecimento de selamentos de seu clã..

Karin: Se chamarmos o Naruto-kun será bem mais rápido. Temos de nos apressar antes dele entrar em choque.

Orochimaru: Kabuto chame o moleque para cá agora mesmo.

Algum tempo depois

Com a ajuda de Naruto, karin conseguiu desfazer o selo em 15 minutos, algo que levaria 1 hora se tivesse realizado sozinha. Depois disso, Naruto conseguiu com o auxilio de kurama entrar na mente de Sai, descobrindo os inúmeros segredos de Danzou e a motivação por detrás de toda aquela missão. Orochimaru ficou estarrecido com os planos do conselheiro chefe de Konoha, ele precisava ser detido, afinal se ele obtivesse o poder absoluto pretendido, é claro que o sanin seria caçado.

Naruto: O que faremos otou-san?

Orocchimaru: Vamos invadir Konoha e matar aquele infeliz. Se ele conseguir todo o poder que almeja, isso vai nos atrapalhar muito.

Karin: E quanto ao nosso prisioneiro?

Orochimaru: Nessas horas, Danzou já deve imaginar sua provável morte. Acho que vou brincar com o psicológico dele.

Mei: Que confusão é essa?

Kurama: Estamos pensando na melhor estratégia para invadir konoha. O cara de cobra está querendo brincar com o Danzou antes.

Mei: Estou curiosa. O que você vai fazer? Isso não vai dar pistas para ele se preparar melhor?

Orochimaru: Não, pois certamente ele já sabe do fracasso da missão e essa altura já deve estar fazendo os devidos preparativos para defender-se de um ataque.

Mei: Conta orochi. Eu faço o que quiser essa noite, mas não me deixe na curiosidade.

Orochimaru (preparando sua espada): huhuhu. Digamos que hoje a noite ele vai receber um presentinho inesquecível.

Sai (pensando): Fudeu!

Um som de algo rolando e sangue espichando foi ouvido por todo o ambiente.  Sai tinha sido decapitado com um golpe de espada. O chão ficou manchado com o restante de seu sangue. Uma ruiva estava extremamente zangada com toda aquela sujeira.

Mei: Eu não vou limpar isso. É muito difícil tirar manchas de sangue. Você que fez toda essa lambança vai tratar de limpar tudo.

Orochmaru: Você é um saco mulher. Deve está se divertindo por dentro, pois como estamos em constante mudança, não podemos ter muitos empregados. Tudo bem, mas vou acabar com você na cama hoje à noite.

Naruto: Otou-san, nós ainda estamos aqui. Eu não quero ouvir o que você faz com a oka-san a noite. Poupe-me dos detalhes. É muito constrangedor.

Orochimaru: Olha quem fala. O garoto que vive dormindo abraçado com a Karin.

Karin: EI! Como entrei nessa conversa?

Mei: Parem com isso os três. Parecem crianças. Voltando a questão principal, quando vamos invadir konoha?

Orochimaru: No exame ninja.

Naruto: Nesse período a vila fica repleta de ninjas. Isso é suicídio.

Orochimaru: Devido à morte de Hiruzen o exame foi transferido para a vila da pedra. Com isso, a vila ficará num curto espaço de tempo sem seus melhores ninjas. Essa ocasião é perfeita para colocar em prática meu plano de invasão. Só sinto em não poder ver a cara do Danzou quando desembrulhar meu presente.

Em konoha

Uma enorme caixa embrulhada de presente estava na porta de Danzou endereçada ao proprietário. O anbu de sentinela observou a caixa e estranhou o aparecimento repentino do objeto, pois ele estava verificando todo o perímetro e não visualizou ninguém suspeito. Relutante pegou o objeto e se dirigiu ao seu mestre.

Anbu: Danzou-sama, isso acabou de chegar para o senhor.

Danzou: Um presente? Não sou do tipo de ter admiradoras secretas. Abra e me mostre o embrulho.

O anbu abriu calmamente o conteúdo com todo cuidado. Afinal, poderia ser uma bomba, gás ou entre outros. Quando terminou o procedimento, o rapaz ficou chocado com o interior do presente e começou a vomitar na hora.

Danzou: O que está acontecendo? Por que está vomitando como uma mulherzinha?

Ao retirar o objeto de dentro do embrulho, até mesmo Danzou daquela vez ficou pálido na hora. Sobre uma bandeja de prata estava à cabeça de Sai com os seguintes dizeres: Você é o próximo.

Danzou: Realmente calculei muito mal dessa vez.

Continua...