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História Paper - Geleia


Escrita por: Beeyu

Notas do Autor


Perdão a demora.

Obrigada a todos os favoritos.

Fiquem com geleia <3
Boa leitura.

Capítulo 12 - Geleia


Fanfic / Fanfiction Paper - Geleia

Quero fugir. Quero correr. Quero dormir até nunca mais acordar.

...

Uma noite sem sonhos. Fecho os olhos para dormir, e os abro no instante seguinte. Já é dia.

 

O despertador não irrita. A música padrão de alarme parece até mesmo agradável. Desconfio. Levantar, espreguiçar. Uma dor na coluna, um estalar no ombro, e outro. Sentado na cama, a pensar. Acordei mais cedo que o necessário.

 

Eu estou bem?

 

Aliás, eu sei o que é estar bem? É uma sensação nova. Bocejo. Minha bexiga aperta, porém, tenho preguiça. Enrolo para sair de verdade do quarto, deitando e sentando na cama diversas vezes. Olho novamente para o relógio, e resolvo por fim dar começo ao meu dia.

 

Esfrego o rosto com as mãos, preparo um café. Pão, margarina, xícara. Enquanto como, sentado na pequena mesinha, alguns barulhos soam pela janela. Não fico muito tempo em casa, e quando fico não costumo prestar muita atenção nisso. O pequeno prédio que eu moro fica atrás de uma oficina de caminhões e ônibus. Os barulhos e o cheiro de gás são desagradáveis, porém não irritam.

 

Termino de comer. Banheiro. Mijar, escovar os dentes, lavar a cara. Olho meu rosto no espelho. Eu ainda não me acostumei a ver.

 

Imagine que você é cego.

 

Nunca viu absolutamente senão o escuro. Mas você não tem ninguém. Você é cego e é sozinho.

 

Todo e qualquer barulho te assusta, qualquer toque é suspeito. Você sente medo. Você sente vergonha. Vergonha de ser cego? Não, é claro que não. Os outros não sabem, você é sozinho. Você sente vergonha de ter medo.

 

Mas de repente, você enxerga.

 

É assim que eu me sinto. Estranho explicar, certo? Eu me sinto assim desde aquele dia no banheiro de Altin. Eu consigo ver a curva das coisas. Consigo prestar atenção nos detalhes, nos entalhes.

 

Consigo ver meu rosto. Eu não sou bonito. Mas estou feliz com isso.

 

As olheiras são fundas, mas estão menos marcadas que o dia anterior. Consigo ver os poros da minha pele. Aproximo do espelho, uma pinta aqui, uma pequena sarda ali e lá.

 

Algumas veias finas podem ser vistas, o que dá leves traços violeta à minhas bochechas e pálpebras. O nariz é comprido, com arco para fora. Não é empinado, e um pouco largo na ponte também. A boca fina é acinzentada, mas gosto dela. Os cílios longos me assustam um bocado. Meu cabelo está ressecado. Isso na minha testa é um princípio de ruga? Não. Talvez. Eu deveria parar de franzir o rosto.

 

Tudo bem, voltemos ao foco. Coloco minhas roupas para lavar no pequeno tanque, lavo a louça. Preciso ir para aula.

 

A caminhada até o ponto é tranquila. O ar é respirável, o barulho dos pombos não incomoda. Bom dia para o trocador, ele parece ter estranhado.

 

Eu não sou uma pessoa educada, digamos assim; mas não é como se eu fizesse isso de propósito. Segue.

 

Viktor me encontra na entrada da faculdade. Ele está estranho? Eu não sei bem, ele está diferente. Agora eu consigo ver. Suas olheiras são enormes. Provavelmente passou a madrugada inteira estudando. Abraça Yuuri de uma forma possessiva, o moreno parece dormir em pé.

 

Não sinto medo falando com Viktor. Sua presença não me incomoda. Isso deveria me preocupar? Estou perdendo minha desconfiança natural. Desfranzir o rosto.

 

Aulas. Sento no meu lugar usual, e pela primeira vez no semestre, presto atenção. A matéria parece até mesmo entrar na minha cabeça. Estou bem. Está tudo bem.

 

Bem até demais. Quando eu vou acordar e ver que tudo não passou de um sonho? Quando vou acordar com o velho esmurrando minha porta? Quando irei acordar com o corpo de um homem nojento em cima de mim? Suspirar. Desfranzir o rosto.

 

Eu preciso comprar leite, tenho que começar a anotar as coisas para não esquecer.

 

Espera.

 

Isso sou eu criando responsabilidade? Ok, estou sonhando. Definitivamente.

 

Minha vida não pode estar melhorando. Nunca melhoraria. É um sonho, um sonho infantil que logo vai acabar e meu pesadelo da realidade vai voltar a manchar minhas roupas de vermelho escarlate.

 

Saio da aula, e resolvo passar na lanchonete universitária, mesmo sem fome. Ainda falta tempo para ir trabalhar, e eu preciso me forçar a engolir algo. Otabek está lá, ele me persegue? Sorrio para ele. Levanta a mão e sussurra “espera aí”.

 

Seu corpo está revestido por uma camisa vermelha, sem estampa. Um casaco preto surrado. Está sentado com um rapaz mais novo, parece ensinar algo. Meu coração aperta. Isso é ciúme? Eu não deveria estar sentindo isso! Mas eu estou. É natural. Tudo bem, vamos aprender a lidar com isso.

 

Sim. É ciúme. E eu me permito sentir esse ciúme. Quero entender os meus sentimentos. Não é por ser um sentimento ruim, que eu tenho que o afogar em um mar de confusão. Vamos sentir ciúme; e descobrir o que fazer com isso.

 

Compro um sanduíche qualquer e sento em uma mesa vazia, encarando os dois. Otabek não parece prestar atenção mais na matéria, ele me encara. Eu encaro de volta. O rapaz cutuca o meu moreno. Meu? É certo usar esse pronome?

 

Nada disso vai sair de dentro da minha cabeça mesmo. Então posso pensar e usar as palavras que eu quiser. Se eu quiser chamar mentalmente Otabek de meu pacotinho de cheetos queijo, irei chamar. E sabe quem vai me impedir? Ninguém.

 

Continuo encarando. Tudo bem, ciúme é estranho. Eu sinto como se quisesse chegar lá e quebrar tudo. Mas isso seria meu ego falando mais alto. Mas.... Se o ego é meu, por que não o deixar falar alto? Só por as pessoas acharem que é arrogância ou rude? Não quero mais quebrar nada.

 

Não quero também que o rapaz morra. Só quero que ele saia de perto. Que ele pare de sorrir assim. Estou com inveja? Não. Talvez da inocência dele. Eu não quero mais que esse rapaz fale com Otabek. Ainda está muito cedo para sair daqui, mas não quero esse rapaz perto do meu moreno. Meu.

 

Usar essa palavra é agradável.

 

—Hey, Beka. — Sento na mesma mesa que eles. —Eu tenho que ir logo, você queria me falar algo?

 

O rapaz pigarreia e sussurra “com licença”. Se afasta, e eu sorrio vitorioso. Meu ego está macio como uma geleia.

 

—Ah sim, eu queria só te desejar boa sorte e perguntar se você está bem. Desculpe por te atrasar.

 

Sua mão vai até meu cabelo, e retira uma mecha da frente de meus olhos.

 

—Não atrasou, não se preocupe. Estou bem. Muito ansioso. — Rimos juntos.

 

—Vai dar tudo certo, meow. — Ele imita um gato com a mão, e eu gargalho alto. Sua expressão de seriedade eterna não combina com a mão imitando garrinhas.

 

—Isso foi completamente ridículo. — Tento falar em meio às risadas.

 

—Eu sei. É para te relaxar um pouco, você parece tenso, meow.

 

—Meow? — Respondo, e rimos juntos.

 

Eu gosto desses momentos com ele, são puros. É a única hora que eu sinto como se tivesse recuperado até mesmo a virgindade da alma. Ele me faz rir. Ele me faz sentir alívio.

 

E é com esses pensamentos que eu me deixo seguir até a floricultura.

 

A moça educada do dia anterior não está lá. Em seu lugar, um homem velho está sentado. O nome dele é alguma coisa Nishigori, não entendi bem por causa do sotaque.  Tenho que a impressão que fica me secando enquanto eu ando. É só impressão.

 

Eu não posso estar ficando maluco.

 

Ele me mostra o local, a lista com os clientes mais usuais. Me entrega um folheto com os dados de algumas flores.

 

Estava tudo indo bem.

 

Minha coluna arrepia. Ele está me perguntando se eu entendi tudo. Sua mão está perigosamente próxima, e encosta na minha cintura. Respiro pesado.

 

A mão desce.

 

O nojo invade.

 

—Então, você pode me chamar se tiver alguma dúvida ou... — A mão aperta minha bunda. — Algum pedido. Entendido?

 

Meus olhos estão fechados. Sinto umedecer os cílios.

 

Eu preciso desse emprego.

 

Eu preciso.

 

—Sim senhor.

 

Eu preciso.

 

Ele sorri e sai, me deixando sozinho. A mulher que estava comigo ontem, Yuuko, entra no local.

 

—Ele faz isso com todos. —Diz em voz baixa.

 

—Hm?

 

Estou confuso. Ela sufoca um soluço.

 

—Isso. Me desculpa. — Ela parece envergonhada. E eu também estou, de certa forma. Mas eu realmente preciso desse emprego. De verdade.

 

Suspiro.

 

Vai ser uma longa semana...

 

Quatro dias depois.

 

Após um dia exaustivo, carregando caixas de vasos e fertilizante de um canto para o outro, a sexta feira chega ao fim.

 

Parece que tem um bicho morto nas minhas roupas, de tão ruim é o cheiro de suor e sujeira.

 

Yuuko está na mesma situação, e terminamos de embalar e fechar as coisas que têm de ser fechadas.

 

—Hoje eu cansei! —A morena suspira.

 

—Eu também, não achei que ia ser tão pesado!

 

Rimos. Sr. Nishigori estava em viagem hoje, por sorte. No entanto todos os outros dias eu tive o desprazer de sentir sua mão em minha bunda, seu quadril de esfregando no meu enquanto eu fazia algo pressionado ao balcão.

 

Mas eu tenho. Eu tenho que engolir meu orgulho. Eu preciso desse emprego.

 

Já passei por coisa muito pior, um homem tarado se esfregando em mim não é novidade, certo?

 

Mas por que eu me sinto tão mal? Eu já estou acostumado com isso. Não é para eu me sentir mal.

 

—Yuri! — A voz tão familiar acompanhada da buzina me acalma. Yuuko ainda estava dentro da loja, mas estávamos terminando, então movo meu corpo para fora.

 

Otabek me espera na sua moto, acena com a cabeça ao me ver.

 

—A gente vai jogar vídeo game a madrugada inteira. — Ele está sério, mas sei que está feliz.

 

Ele não é o tipo de pessoa que tem expressão facial. Eu deveria ser assim, duvido que algum dia ele terá rugas.

 

—Isso aí.

 

Yuuko aparece com o molho de chaves, não parece ter visto Otabek. Ela fecha a porta e tranca.

 

—Pelo menos o Sr. Nishigori não estava aí para se esfregar na gente, né, Yuri?

 

Congelei.

 

Otabek, que começava a mostrar um suave sorriso, fecha a cara completamente.

 

—Como é que é essa história, Yuri?

 

Yuuko se vira, assustada. Eu estou estático. Não sei o que fazer, não sei o que falar.

 

—Sobe na moto, Yuri. Agora. —Ele está nervoso, melhor não desobedecer.

 

Ele me leva até sua casa. O silêncio que nos rodeia é constrangedor. Sua expressão é a mesma de sempre, porém sua respiração pesada denuncia que está muito bravo.

 

Ele vai me bater?

 

Entramos no apartamento. Ele vai até o quarto e me entrega roupas limpas.

 

—Tome um banho.

 

—Otabek, olha, eu posso explicar.

 

—Tome um banho primeiro, coma algo. Depois a gente conversa.

 

Suspirei, e assenti.

 

A água quente não consegue me relaxar. Massageio meus cabelos com carinho, tentando lavar minha alma. Sei que isso não vai dar certo. Não custa tentar, custa?

 

Secar, vestir, escovar os dentes. Estou preocupado. Olho no espelho, pentear os cabelos. Eles já cresceram tanto.

 

Saio do banheiro, ele está sentado no sofá. Os cotovelos apoiados nas coxas, as mãos uma dentro da outra em punho. O corpo curvado e as sobrancelhas fechadas.

 

—Vou ligar para a polícia, mas é você quem tem que falar.

 

—Falar o que? — Meu coração começa a saltitar, meus braços tremem. Estou ansioso.

 

—Denunciar o tal Nicho-gore. —Ele me encara. Não pode estar falando sério!

 

—Eu não!

 

—Por quê, Yuri? Por que não? Ele está te comendo por acaso?

 

—Claro que não, Otabek! —Tento parecer sério, mas minha voz sai gaguejada e trêmula.

 

—Então liga.

 

—Não posso, eu preciso desse emprego! Você mesmo disse isso!

 

—Eu não sabia que ele se esfrega em você! Você nem ao menos me contou.

 

Não sei responder. Meus ombros pesam, e as lágrimas descem de forma veloz.

 

O coração não palpita mais. Na verdade, sinto como se ele tivesse parado. Ele continua me encarando, mas agora está em pé na minha frente.

 

Se aproxima, e me coloca em seus braços. O calor de seu corpo me conforta, e eu me deixo levar para o sofá. E então eu choro.

 

Choro até todo a angústia, todo o aperto, toda aquela sensação ruim que atravessa o estômago, passarem. Soluço, choro alto. Me deixo levar. Me deixo lavar.

 

—Está melhor?

 

—Não. —Soluço.

 

—Vai ficar tudo bem, Yura... —Ele me conforta. Do que ele me chamou? Yura? Achei.... Bonitinho...

 

—Você não entende, Otabe...Beka.

 

Eu já pensava nesse apelido a algum tempo, mas e a coragem para usar que eu não tinha? Acho que, deitado no colo dele, chamar pelo nome seria estranho.

 

—Então me explica.

 

—Eu preciso disso.... Passar por isso.... Para poder viver sozinho, você sabe. É pedir demais um emprego que me respeite. Você sabe disso.

 

—Você não precisa passar por nada disso, ninguém precisa. Ninguém precisa sofrer, Yuri. Todo mundo merece respeito. Inclusive e principalmente você.

 

—Mas eu não consegui mais nada! Sem isso, eu nunca vou morar sozinho e...

 

—Então more comigo! —Ele gritou, bravo.

 

Ok, eu não estava esperando por isso.

 

Ele parece não ter se arrependido, mas sua feição contraiu ao ver minha expressão de susto. Ele me abraçou.

 

—Me perdoa. Eu estou forçando a barra, não é?

 

—Tá sim. —Ri, me encolhendo em seu corpo. Seu perfume me acalma, seu calor me acalma.

 

Eu não quero abusar da amizade que tenho com ele. Tudo bem, ele tem uma cama de casal e sua casa dá para duas pessoas. Mas a gente não tem nada. Ainda.

 

Ainda? Eu quero que tenha algo? Talvez eu queira. Iria ser ótimo, não iria? Ele fica um pouco nervoso as vezes, mas.... Mas já passei por coisa pior, certo? Ele me trata bem, mesmo levantando a mão para mim.

 

Além disso, eu estava errado, não é? Eu não poderia negar um beijo a uma pessoa que fez tanto por mim, certo? Era só um beijo. Era praticamente o pagamento. Otabek sempre está certo.

 

Por que eu me agonizo ao pensar assim? É o certo, não é? Eu tenho que achar alguém que me aguente. Pelo menos Otabek faz isso. Se não for ele, quem mais vai me querer? Ninguém.

 

Meu coração aperta.

 

Além disso, eu tenho meu avô. Eu não posso simplesmente abandoná-lo, certo? Na minha mente, algum tempo atrás, eu pensava que esse era o certo. Mas naquela época sair de casa não passava de sonho, de teoria. Agora que estou cada vez mais perto, as consequências me assustam.

 

—Eu vou continuar no emprego.

 

—Eu sei disso. Me perdoa.

 

—Tudo bem, é melhor um homem se esfregando em mim do que cinco diferentes por dia. —Sorrio, mas a tristeza me invade.

 

—Eu me preocupo demais com você para conseguir deixar isso por isso mesmo, você sabe, não é?

 

—Eu sei.

 

E então ele levanta meu rosto. Estou determinado a pagar ele com o que ele quer. É o beijo que ele quer? Não estou com um pingo de vontade agora, na verdade eu só quero me afogar e chorar. Não quero beijar. Mas farei. Se é isso que ele quer.

 

Nossos rostos se aproximam, ele sorri. Sinto sua respiração contra minha boca. Sua mão invade meu cabelo. Meus dedos correm para sua nuca.

 

Eu vou me forçar a dar esse beijo. Ele merece.

 

E então o telefone toca.

 

Otabek rosna, mas meu peito alivia. Ele atende, bravo.

 

Não sei o que está acontecendo, meu peito está leve, mas me sinto culpado. Quero chorar. Eu quero aquele beijo. Mas não quero que aconteça assim. Quero estar bem quando acontecer.

 

Otabek volta.

 

—Onde paramos?

 

—Beka, eu quero dormir.

 

—Mas já? Tá cedo ainda.

 

—Por favor, eu não tô passando bem.

 

Ele suspira impaciente, meu coração se enche de culpa e eu quero chorar.

 

—Me desculpa, Beka.

 

—Tudo bem, Yuri. Vamos, eu vou só pegar um travesseiro e uma coberta para mim.

 

Ele pega as coisas e me deixa sozinho no quarto. Foi dormir no sofá. Eu queria chama-lo para dividir a cama comigo, mas não consigo.

 

Se eu chamasse, o que ele faria?

 

Ele me beijaria? E o beijo ia ser bom? Mas ia ser forçado? Não sei. Não estou com ânimo para isso.

 

Me deito na cama, mas uma parte de mim não quer desligar.

 

Minha mente viaja nos músculos dele. Eu sinto tanto tesão naquele corpo, por que não consigo aceitar suas investidas? Nós já não estamos com clima?

 

Suspiro. Desço a mão para meu membro. Consigo imaginar sua mão ali, me apertando por cima da calça.

 

Seguro o pesar da minha respiração, enquanto enfio minha mão por dentro da cueca. Abaixo as mesmas um pouco, apenas o suficiente para facilitar o trabalho.

 

O barulho molhado é baixo, espero que ele não ouça. Meus movimentos aumentam.

 

Aperto o começo das coxas, e percorro os dedos pela glande. Cutuco devagar os contornos, apertando. Imagino seu corpo grande em cima do meu, lambendo meus detalhes. O Otabek dos meus devaneios é pesado e aperta meu corpo de uma forma quente.

 

Minha mão vai mais rápido.

 

Imagino que ele gostaria de morder minhas coxas. Ele me beijaria nelas, beijaria meu pênis. Lamberia a extensão, colocaria tudo na boca. E depois seria eu.

 

Coloco dois dedos da mão livre em meus lábios.

 

Eu chuparia tudo. Sugaria. Seria o melhor oral que ele recebeu na vida. Minha mão iria rápida, apertando de forma quente e firme.

 

Ele iria gemer. Esfregaria seu membro em mim, gozaríamos juntos.

 

Meus gemidos saem sem querer, mas eu os sufoco. Tomara que ele não tenha ouvido.

 

O líquido branco enche minha mão. Me levanto com dificuldade. Ele tem um rolo de papel higiênico no quarto. Provavelmente usa para limpar os desenhos e as safadezas. Limpo toda minha sujeira.

 

Me visto, e me enrolo novamente nos cobertores.

 

O sono começa a me invadir.

 

Estava quase dormindo, quando um gemido baixo me desperta. O som vem da sala? Está muito perto para ser da sala. O som vem do banheiro.

 

—Yuri... Yuri.... Mais.... Ah....—E então para.

 

Por que estou tão corado? Eu não acabei de fazer a mesma coisa?

 

Meus sentimentos são confusos.

 

Eu só quero dormir. Amanhã eu resolvo isso.


Notas Finais


Comentem para me deixar feliz <3
Lembrando que eu só respondo quando postar o próximo (isso é para me obrigar a postar rápido hahahaha)
Amo vocês, muito.


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