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História Paper Hearts - Capítulo Único


Escrita por: nenosuns

Notas do Autor


Oi oi pessoinhas!

Aqui estou eu com mais uma fic totosinha pra vocês. Dessa vez concorrendo no concurso da Tia Moy, Today We Fight.
#menotasenpai

Espero que gostem dessa oneshot, que por incrível que pareça eu tive a ideia durante a aula de Língua Portuguesa quando meu professor contava a história de Lima Barreto kkkkk
Dedico essa fic às minhas dongs lindas YunJoo e EunSeom, que além de surtarem comigo enquanto eu escrevia sempre me apoiam muito. Obrigada amoras do meu kokoro. Eunnie-ssi, considere isso como parte do seu presente de aniversário adiantado kkkkk ^^

Também gostaria de agradecer à minha unni Seokjinz, por ter feito a capa e banner pra mim e por toda a dedicação que colocou neles, ficaram incríveis. Por favor, visitem o blog delas sobre fanfics e façam seus pedidos, o trabalho delas é ótimo. Vou deixar o link nas notas finais.

Sem mais delongas, apresento à vocês Paper Hearts! <3
Espero que gostem.
Boa leitura. :3

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Paper Hearts - Capítulo Único

Tento acabar de digitar as informações do gráfico de chuvas em meu computador enquanto escuto a chata fiscal do meu andar me chamar a atenção mais uma vez quanto ao horário. Sinceramente, minha senhora, eu já teria acabado isso aqui bem antes se você não viesse gritar na minha orelha a cada cinco minutos.

As pessoas devem pensar que ser metereologista é muito fácil, né? Que é só aparecer de vez em quando explicando aqueles mapinhas coloridos que precisam de trocentas legendas para as pessoas ‘comuns’ entenderem. Se você pensa desse jeito, amigo, não compare a mocinha do tempo do seu jornal matinal com o trabalho de um verdadeiro profissional.

Não, eu não estou querendo ofender a sua mocinha do tempo, mas trabalhar com metereologia é bem mais difícil do que parece. Você imagina como é trabalhoso analisar gráficos constantemente, checar termômetros a todo momento, estar sempre de olho nas mudanças climáticas que parecem dançar quadrilha e mudar de posição a cada dois minutos e ainda transcrever todas essas informações para o papel?

Desculpe, mas a sua mocinha do tempo tem uma equipe para fazer isso por ela enquanto eu aqui trabalho com meia dúzia de gato pingado tendo como fiscal a senhora da senzala que fica chiando no nosso ouvido de segundo em segundo dizendo que o jornal vai atrasar por minha causa.

- Eu já disse que tô acabando, senhora Lee. – respondo irritado pela vigésima vez aquela tarde – Eu só preciso atualizar o índice de umidade que acabou de cair e mudar a curva de probabilidade de granizo, já que a senhora sabe como é o tempo no verão.

- Não, não sei, senhor Park. – responde rudemente, bufando – Não me interessa a sua conversinha técnica de chuva de granito ou se ovelhas vão voar hoje. Eu só quero a matéria pronta até as seis horas, do contrário o senhor mesmo vai ter de levar para o senhor Jeon seu trabalho e arcar com as consequências da demora.

Saber coreano deveria ser obrigatório na ficha do candidato para trabalhar num jornal. Minha senhora, se chovesse pia por aí como você mesma disse, eu ia querer que você fosse a primeira a ser atingida. Obrigado, de nada.

Olho para o relógio e vejo que já marca 17h45m. Essa capitã do mato tá realmente querendo brincar comigo hoje. Ela sabe muito bem como editar gráficos é trabalhoso (ou pelo menos deveria saber, mas nem falar direito ela sabe, pelo visto). Não há macumba forte o bastante que me faça entregar essa matéria para ela até as seis horas, ou seja, Park Jimin toma no cu mais uma vez.

Só arrumo meus grandes óculos negros no rosto antes de soltar um resmungo e voltar ao meu trabalho, com a urubu apenas rondando minha mesa enquanto espera minha morte.

 

*****

 

Eu poderia dizer que foi praticamente um milagre eu conseguir terminar até as seis.

Mas não foi isso o que aconteceu.

No bater de exatas seis horas a rainha má praticamente tomou chá de sumiço e desapareceu, deixando para trás o cheiro de sangue e suor dos sete anões, como gosto de chamar o pessoal do meu andar. Ajudaria dizer que terminei a matéria cinco minutos depois? Talvez. Mas de qualquer forma eu teria que ir à sala do meu chefe entregar o trabalho, cuja desgraça deixou bem claro que teria de me responsabilizar pelas consequências de meu atraso.

Sabe, ao final até que não é tão ruim. Quer dizer, nunca é demais poder olhar para o seu chefe que, modéstia à parte, é gostoso para um belo senhor caralho. Tire a parte de ser o maior pegador que eu conheço e o egocentrismo crônico que Jeon Jungkook seria o partido perfeito.

Aos vinte anos assumiu a empresa do pai, no caso o jornal. Novo, você deve estar pensando, mas o que aquele ser tem de carinha de bebê tem de empresário ricasso dono do coração de muitos homens e mulheres por aí. Segundo sua fama, ele fica com uma pessoa apenas uma vez, e não adianta o humaninho inocente tentar se insinuar ou bajular o chefinho, ele só pega aqueles que dizem fazer o mini Jeon querer pular na Sapucaí em ritmo de samba. E se você não agradar a cabeça de cima, a de baixo é que não vai ser.

Como eu sei disso, você se pergunta. Não, eu nunca fiquei com o Jeon, apesar de vontade não faltar. Mas alguns amigos meus já, incluindo meu melhor amigo, Kim Taehyung. Lembro-me que fiquei duro só de ouvir a descrição da noite maravilhosa que teve com o novinho. Tae diz que as histórias são verdadeiras, Jungkook é tão bom de cama quanto é de administração. Dizem que parece um deus quando fode alguém, o suor que pinga de sua pele acobreada parece reluzir dourado e o fazer cintilar. E, mais ainda, dizem que você nunca vai receber um boquete tão bom quanto o de Jeon Jungkook.

Só essa pequena historinha sobre o meu chefe gostoso já me faria bater um papinho com o Jiminzinho por uns três dias. Mas tenho que ser profissional caso queira não levar muita bronca pelos meus (ó meu Deus) cinco minutos de atraso. Dez agora, já que essa lata velha que chamam de elevador resolveu que vai aproveitar a viagem lentamente. Sério, alguma hora essa praga ainda vai parar, e com a minha sorte vai ser comigo dentro.

Escuto finalmente o barulhinho irritante da caixa metálica indicando que estou no andar escolhido. Bufo, caminhando em direção à sala do chefe enquanto seguro com confiança meus arquivos. Estranho ao me deparar com a mesa de seu secretário pessoal vazia e nenhum aviso de ‘ocupado’ sobre ela. Mas logo entendo a situação ao ouvir barulhos altos vindos das portas duplas que dão acesso ao escritório do Jeon.

Aproximo-me curioso, colocando a orelha na madeira fria e distinguindo com mais certeza os rangidos da mesa e de vozes se mesclando em gemidos guturais.

Agora essa é a parte que você deve estar pensando que eu com certeza fiquei com vergonha de tê-los pego no meio de uma orgia e simplesmente deixei a matéria encima da mesa do secretário antes de sair rapidamente de lá. Certo?

Errado.

Sabe, um defeito sobre mim é que minha curiosidade às vezes manda o bom senso ir passear. E dessa vez não foi diferente. Posso até mesmo dizer que me senti como o próprio Indiana Jones quando cautelosamente abri a mínima fresta da porta para dar uma espiada lá dentro e... oh man, holy shit!

Se antes eu duvidava dos causos que meus colegas contavam sobre o chefe, agora eu não desconfio mais de nada.

Observo com atenção todos os detalhes dessa cena enlouquecedora. O pênis rijo do mais novo entrando e saindo com rapidez do ânus de Yugyeom, seu secretário. Os cabelos tingidos de castanho claro grudando contra a testa molhada pelo suor. E como tantos haviam dito, sua pele parece reluzir quando a luz vinda da grande janela reflete nas gotículas salgadas que escorrem por suas costas e deslizam até a fenda entre suas nádegas durinhas.

Puta que me pariu de quatro numa banheira de espaguete, esse homem é realmente um deus disfarçado na pele de um reles mortal.

Ouço os suspiros de êxtase de ambos ficarem mais altos e desesperados, o que significa que estão perto de seu ápice. E antes que possa sequer piscar vejo o Jeon arquear as costas e gemer arrastado, indicando que havia atingido seu limite. Yugyeom logo o segue, sujando o próprio abdômen com seu esperma e parecendo virar gelatina sobre a mesa de madeira no mesmo instante.

Não fico para ver o resto daquele momento íntimo. Fecho a porta com cuidado para não fazer barulho, ciente de que devo estar fazendo cosplay de pimentão. E só então faço o que pensaram desde o início. Deixo meu trabalho em cima da mesa do secretário, com um post-it colado sobre ele para que o entregasse ao senhor Jeon, e caminho rapidamente pelo corredor vazio, procurando desesperadamente por um banheiro para que possa cuidar de um pequeno problema que surgiu após toda essa cena.

 

*****

 

Abro cansado a porta de casa, já retirando de qualquer jeito meus sapatos sociais e colocando minhas pantufas estrategicamente posicionadas ao lado da porta. Jogo minha bolsa encima da mesa sem me importar com onde ela vai parar e sigo direto para o sofá, apenas retirando a pequena bolinha peluda e a colocando em meu colo antes de me jogar de costas no estofado.

O gatinho abre seus grandes olhos verdes, me encarando enquanto boceja com uma cara que só podia ser traduzida como: por que me acordou, inferno?

- Bicho mal-agradecido. Senta lá, Banguela. – sim, o nome do meu gato é Banguela. Por quê? Pelo simples fato do bichinho ser preto com brilhantes olhos esmeralda. E ainda querem que eu não o compare àquele dragão fofinho da minha animação favorita? A vida de vocês deve ser muito chata, viu?

Sigo para a pequena cozinha e abro os armários atrás de algo comestível. O que deveria comer hoje? Tantas opções de miojo que às vezes até esqueço que preciso ir ao mercado. Acabo por escolher o de frango, meu favorito, e arrumo tudo para colocá-lo no microondas, ajustando o tempo.

Ouço meu celular tocar em algum canto sombrio das profundezas de minha bolsa e tento achá-lo rapidamente antes que a ligação caia. Finalmente encontro o aparelhinho ninja e atendo, sabendo pelo apelido escroto como nome de contato que é meu tão querido melhor amigo.

- Fala viado. – diz animado, com sua voz surpreendentemente grave para uma personalidade tão colorida.

- Falou o hétero, né? – respondo sorrindo, sentindo meu bichinho de estimação se esfregar em minhas pernas.

- Detalhe. – ironiza, continuando – Sabe o que eu tava pensando?

- Sexo?

- Também. – admite, reviro os olhos com sua sinceridade – Faz tempo que a gente não sai junto. O que acha do Hoseok e eu passarmos o final de semana com você aí no seu apê? Assistir um filme, dar risada vendo vocês dois se cagando de medo da menininha do Chamado.

- Meu pau que aquilo é menininha. Aquilo lá é um demônio em corpo de garota que saiu das profundezas do meu cu pra me assombrar à noite. – retruco, realmente não estou a fim de fazer maratona de filmes de terror com a pessoa mais desligada do mundo e a outra que grita o negócio inteiro.

Sério. Digo, eu sou horrível pra ver essas coisas, mas Hoseok me faz parecer macho alfa hétero quando solta aqueles gritinhos mais conhecidos como falsete da Melody.

- Além disso, estou a fim de dormir no final de semana. Toda vez que você e o Hobi vem aqui eu passo a noite em claro escutando seus gemidos enquanto os dois dormem que nem pedra depois do tchaca tchaca na butchaca. – completo.

- Nossa, Minnie, como você é chato. – resmunga.

- Não é questão de ser chato, Tae. Acontece que eu não sou obrigado a ter que aturar você e seu pseudo namorado transando na minha sala. Não é você que tem que lidar com lavar a capa do sofá e os edredons depois, é? – explico, colocando a mão na testa em sinal de frustração.

Ouço o barulho do microondas avisando que meu “jantar” está pronto e vou checar, apoiando o celular em meu ombro.

- Tá comendo miojo de novo? – pergunta indignado, ele provavelmente ouviu o apito do aparelho.

- Sim, Taehyung. Diferente de você eu não tenho mãe pra ficar cozinhando pra mim todo dia, viu? – respondo cansado, abrindo o eletrodoméstico e retirando o lacre do alimento.

- Nossa, Jimin. Você tá um cu hoje, hein. – resmunga, posso ouví-lo bufar do outro lado da linha – Faz quanto tempo que não dá a bunda? Eu preciso te arranjar um namorado urgente ou ninguém mais vai conseguir te aguentar.

- Desde que essa pessoa seja um chefe de jornal tesão, alto, musculoso e com um corpo de dar inveja eu não vou nem reclamar. – retruco sorrindo, pegando meus hashis e começando a comer.

- Ainda com sua quedinha pelo chefinho delícia, Jiminie? – pergunta, rindo.

- Amor, “quedinha” eu tenho pelo G-Dragon. Pelo Jeon eu tenho um buraco negro. – brinco – Acredita que hoje eu fui entregar meu trabalho pra ele e encontro ele transando com o secretário no escritório? Eu não sabia se saía correndo de vergonha ou se batia uma assistindo os dois.

- Sua hora ainda vai chegar, Minnie, tenha calma. – me tranquiliza.

- Pra você é fácil falar. Você já fez isso com ele. Ele não deve nem saber que eu existo. – reclamo cansado.

- Bem, nunca se sabe. Talvez você seja o próximo na lista dele e nenhum dos dois saiba disso.

- Sério, Taehyung. O que você fumou hoje?!

 

*****

 

Mais um dia incrível nessa empresa com meus colegas de trabalho suuuper animados e a rainha má novamente observando os subordinados.

Yay.

Ela com certeza deve estar se remoendo de raiva de mim, porque logo que viu minha carinha linda passar pela porta já me entregou uma pasta cheia de papéis para levar para o segundo andar, coisa que nem meu trabalho é. Ela tá pensando que é quem? A Rainha Elizabeth? 

Fico pensando na conversa que tive com Taehyung ontem. Aquele demente acha realmente que de uma hora para outra meu cobiçado chefe simplesmente vai reconhecer que eu existo, chegar para mim e dizer: “eu, você, dois filhos e um cachorro”? As coisas não funcionam assim, porra!

E novamente aqui estou eu, resmungando, enquanto espero a merda do elevador criar coragem para descer até meu destino. Quando finalmente vejo as portas se fechando, ouço alguém gritar do outro lado.

- Ei, espera! Segura o elevador! – diz afobado, e eu, como bom funcionário e colega (só que não), rapidamente aperto o botão para manter as portas abertas para que o outro passe.

E assim que ele se posta ao meu lado para finalmente seguimos viagem me assusto ao ouvir sua voz agradecendo e olho para cima para confirmar minhas suspeitas.

Ai. Meu. Padim. Ciço.

Será que o alarme de incêndio serve pra fogo no rabo? Porque acho que acabei de me queimar com a visão de Jeon Jungkook parado quase amassado em mim nessa coisa minúscula.

Respira, Jimin. Nada de entrar em pânico. É só o seu chefe mega gostoso que tá super coladinho em você nesse cubículo. Nada com que tenha de se preocupar.

De repente, como se fosse apenas para melhorar minha situação, o elevador dá um tranco, mas suas portas não abrem e pelo visor posso ver que ele ainda continua entre o quinto e quarto andar. Ah, não. Justo agora essa merda quebra? Justo agora minha profecia infalível se concretiza? É sério, universo? Você tá se divertindo com tudo isso? Espero que sim, afinal pra você eu devo ser a comédia andante. Ô carma da porra.

- O que aconteceu? – o mais novo pergunta, forçando suas mãos contra as portas de metal.

- Não é óbvio? – digo irritado, mesmo que sem querer – Eu disse que qualquer dia esse lixo ia parar comigo dentro. Pau no teu cu, universo. – xingo, sem me importar com a presença do superior no local.

- Espera. Quer dizer que estamos presos aqui dentro? – questiona o outro, afobado. Qual é o problema dele?

- Basicamente. – respondo desinteressado, sentando na parede espelhada do objeto.

- Por quanto tempo?

- Até eles sentirem nossa falta e vierem ver o que há de errado com essa porcaria, eu acho. – suspiro – No meu caso vai ser mais difícil, claro, porque ninguém vai sentir minha falta. Mas não se preocupa, tenho certeza de que vão começar a procurar por você rapidinho. – admito, olho para ele e vejo que está nervoso, sua respiração começa a ficar descompassada e suor começa a se formar em sua testa – Você tá bem? Está nervoso porque vai perder alguma reunião ou coisa assim? – pergunto preocupado.

- Acredite, perder uma reunião não seria o pior agora. – diz, sua voz tremendo – E-eu... eu sou... eusouclaustrofóbico. – dispara, sem que eu consiga entender nada.

- Quê? Poderia repetir em coreano dessa vez? – digo brincando.

- Eu disse... Eu sou claustrofóbico, cacete! – se exalta, e arregalo os olhos, eu nunca esperaria isso de meu chefe tão imponente, mas ao final somos todos humanos, não?

- Oh. – é minha única reação, abrindo e fechando minha boca várias vezes tentando formular o que dizer – O que eu posso fazer pra que você se sinta melhor? – indago, curioso.

Jeon me olha com um olhar indecifrável, o que me faz me perguntar se ele já passou por essa situação antes. E se tiver passado, como será que resolveu?

- E-eu não sei. – gagueja, é a primeira vez que vejo o grandioso Jeon Jungkook fazer isso – Eu nunca passei por isso antes. Pelo menos, não com alguém junto.

Fico processando suas palavras por um tempo. Então ele já passou por isso, mas estava sozinho. Admito que tenho um pouco de pena ao pensar nisso.

- Oh, deve ter sido horrível então. – ele me olha como se perguntasse “como assim?” – Sabe, já deve ser terrível pra você ter que passar por isso com alguém. Não consigo nem imaginar você suportando isso sozinho. – explico.

Jungkook continua a me observar, estático. Eu disse algo errado? É a primeira vez que alguém se importa assim com seu problema?

O maior caminha até onde estou e senta-se ao meu lado. Meu coração começa a acelerar, parece que há uma escola de samba treinando dentro de mim. Ele continua a me observar, e cada vez mais meus batimentos aumentam, me fazendo cogitar seriamente acabar tendo um ataque cardíaco apenas com sua aproximação.

- Olha, eu não sei o que posso fazer pra te acalmar. – digo – Mas eu tinha uma amiga que tinha claustrofobia e sempre que ela tinha uma crise ela me abraçava e ficava ouvindo meu coração. Ela dizia que meus batimentos a acalmavam, porque fazia com que os dela acompanhassem o mesmo ritmo. – me lembro, olho para o moreno, ele parece um pouco surpreso, coro ao perceber o que acabei de dizer e que ele entendeu minha sugestão atirada.

Burro, Jimin. Como você é burro! Agora ele vai pensar que você é um tarado.

- Qual é o seu nome? – ele me pergunta de supetão, me surpreendendo por não questionar sobre minha estranha oferta de abraço grátis.

- P-park Jimin. – respondo, me repreendendo por gaguejar.

- Jimin. – ele brinca com meu nome em seus lábios, tenho que admitir que ouví-lo em sua voz grave é de fato encantador – É um belo nome. – sorri – Por que nunca te vi por aqui, senhor Park? – brinca, tentando puxar conversa.

- Como eu disse, não é como se eu realmente fosse alguém importante. Eu sou só um metereologista da coluna de tempo que está nesse emprego pra pagar as contas. – digo, sorrindo – Não sou nada de especial.

- Bem, no momento em que se preocupou com minha condição e não riu pelo “grande” Jeon Jungkook ser claustrofóbico você se tornou especial pra mim, Park Jimin. – coloca ênfase no grande de forma irônica – E aliás, - continua – eu aceito aquele abraço. – conclui, me fazendo arregalar os olhos e prender a respiração quando o vejo chegar mais perto de mim e deitar sua cabeça em meu peito.

Por um momento tudo ao nosso redor parece parar. Não é como se tivesse muito movimento mesmo já que somos só os dois trancados nessa coisa de metal, mas é como se nesse momento só houvéssemos nós no mundo e foda-se o resto.

- Jimin. – ele me chama, permaneço rígido devido ao contato – Seu coração está acelerado. – constata, engulo em seco.

- I-isso é porque v-você está muito perto. – admito, baixinho.

Ele sorri.

- Está nervoso, Jiminie? – pergunta, um sorriso malicioso começa a se formar em seus belos lábios ao pronunciar o apelido – Eu te deixo excitado, Jimin? – continua, seu nariz roça em meu pescoço, me fazendo arrepiar – Seu cheiro é tão bom. – ele beija meu ombro, me fazendo arfar surpreso – Oh, parece que eu estava certo. – ri – Não se preocupe, não vou fazer nada que você não queira.

- E-eu q-quero. – resmungo inaudível devido ao êxtase, mas ele parece perceber.

- O que disse? – questiona, sorrindo brincando, ele ouviu com certeza, mas quer me fazer repetir para me deixar mais constrangido – Repita, bebê. Você quer? – beija mais acima, quase em meu maxilar.

- Eu quero! – exclamo dessa vez ao sentir uma mordida próxima à minha clavícula – Ahn, Jungkookie... – gemo manhoso, soltando o apelido sem querer.

- O que você quer, Jimin? – indaga, se divertindo com meu estado entregue – Diga pra mim. O que você quer, pequeno?

- Own, Jungkook... – continuo a gemer quando ele sobe seus lábios e morde meu lóbulo – Me f-fode...

- Eu ainda não ouvi direito.

- Me fode, porra! – praticamente grito, e ele beija meu queixo com carinho.

- Como quiser, bebê. – sussurra em meu ouvido, antes de capturar meus lábios sem aviso.

Gemo entre o ósculo, sua língua atrevida desliza por minha cavidade bucal, explorando cada pedacinho. Fecho os olhos, finalmente aproveitando a sensação, sua boca é maravilhosa, seu gosto é indescritível. Tem algo nesse homem que não seja perfeito?

O beijo se torna afoito e necessitado, nossas línguas travam uma batalha por dominância, mas internamente estou totalmente entregue a ele. Suas mãos passeiam por meu corpo, apertando minha cintura, adentrando minha camisa e acariciando minhas costas, fazendo-me arrepiar com o contato.

Separamos nossas bocas em busca de ar, mas ele logo volta a marcar meu pescoço e clavícula. Seus dedos encontram meus botões, abrindo-os e deslizando a peça por meus braços. Ele leva a boca até meu peito e começa a dar leves mordidas e chupões, sussurrando um “tão lindo” entre carícias que me faz arfar. Sua língua quente começa a lamber meus mamilos e logo sinto seus dentes os marcando, gemo com seus gestos.

- Tão excitado, bebê. – respira contra minha derme – Você é tão lindo. Mal posso esperar pra entrar em você.

- Vai logo, Jeon. – suplico, suas provocações aumentam quando ele aperta a ereção em minhas calças e solto um gemido arrastado.

- Calminha, Jiminie. – ri, passando a língua sobre meu umbigo e então soprando ali – Primeiro eu vou te dar prazer. – afirma, e só então percebo que suas mãos ágeis já abriram meu zíper e subo o quadril para que possa retirar minha calça.

Ele joga as peças retiradas do outro lado do elevador e começa a desabotoar sua própria camisa social. Deus tenha piedade, ao menos vou morrer com a visão dos céus. Passo minhas unhas curtas sobre os gominhos de seu abdômen e acabo mordendo meu lábio. Que homem gostoso, Jesus!

- Não faça isso, pequeno. – o maior diz, passando o polegar sobre meu lábio inferior e o fazendo desprender de meus dentes – Só me dá mais vontade de foder você. – afirma, descendo os beijos novamente por meu tronco até chegar em minha ereção, onde ele tira minha cueca sem cerimônias e a joga junto às outras peças.

Seria agora que eu descobriria a verdade por trás das histórias sobre o boquete maravilhoso de Jeon Jungkook? Eu não sei, mas tudo o que tenho a dizer é que no momento em que sua língua envolve minha glande solto um gemido gutural, já pronto para gozar. Como isso é possível? O cara mal encostou em meu pênis e já sinto que posso vir a qualquer momento.

Sua boca sobe e desce gostosamente por meu falo, cada movimento parece uma tortura. Suas mãos brincam com meus testículos e pequenos espasmos começam a tomar conta de meu corpo. Parece que quanto mais próximo do ápice me sinto mais eu quero que esse momento nunca acabe. É isso que eles querem dizer com o melhor boquete que você vai receber na vida? Eu não sei no futuro, mas no momento é.

Justamente quando penso que vou atingir meu limite o mais novo para de me chupar, me fazendo protestar, descontente. Ele leva três dedos à minha boca e prontamente começo a molhá-los com minha saliva. Quando ele acha que já está bom os leva até meu ânus e adentra o primeiro, fazendo-me gemer desconfortável, mas sem protestar. Ele logo adiciona o segundo e terceiro, meus resmungos se tornando mais altos, mas o prazer é inigualável.

- Está pronto pra isso, bebê? Você me deseja, Jimin? – pergunta provocante e arfo em resposta.

- Sim, senhor. Eu quero você. Me fode, Jungkookie. – suplico e logo ele me agracia com a visão de suas calças sendo arriadas junto à cueca.

Okay, pausa. Detalhe, as pessoas geralmente julgam os asiáticos por uma coisa que elas resolveram denominar de “pinto pequeno”. Só digo uma coisa. Pau no teu cu se você acha isso, porque, meu filho, eu realmente não sei se essa coisa vai caber em mim.

Deus me proteja desse homem delicioso.

O Jeon busca algo em seu bolso antes de adicionar a peça à pilha. Pelo barulho do pacote se abrindo percebo que é uma camisinha que ele logo desliza por seu membro, se posicionando em frente à minha entrada.

- Tudo bem, pequeno. Eu não vou te machucar. – ele diz para me tranquilizar, mas nesse momento estou pouco me importando com a dor, e assim que sua glande adentra meu ânus me impulsiono para frente atrás de mais contato.

Sinto seu membro me preencher por completo e solto um grito surdo. O moreno me olha com olhos arregalados de surpresa, mas eu só quero que ele comece a se mover logo.

- Jimin! – me repreende por meus atos, mas o interrompo.

- Vai logo, Jungkook! – protesto.

- Você que pediu, bebê. – sorri cínico e logo dá a primeira estocada, fazendo-me engasgar com minha própria saliva.

A cada movimento de seu quadril me encontro mais entregue a ele. A cada estocada sinto um prazer imenso subir por meu corpo, fazendo minha pele esquentar e um calor absurdo subir por minha espinha. O cubículo parece estar em chamas, suor começa a pingar de nossas dermes colidentes, minhas pernas entrelaçam-se em sua cintura e meus dedos enroscam-se em seus fios castanhos quando ele mais uma vez toma meus lábios para si, intensificando a profundidade e velocidade das penetrações.

De repente ele começa a parar e o olho curioso, indagando o que pretende fazer. Sem retirar minhas pernas de sua cintura ele se põe de pé, me levando junto, e me apoia no metal frio do elevador. Novamente começa a me estocar, mais rápido e intenso dessa vez, e pareço ver estrelas a cada vez que seu membro rijo acerta minha próstata. Olho para o lado, deitando minha cabeça em seu ombro, e pela parede espelhada consigo ter a erótica visão de seu pênis entrando e saindo de minha bunda. Poderia gozar a qualquer momento agora, mas ele me priva dessa sensação quando pressiona seu dedão em minha fenda, sorrindo sacana.

- J-jungkook... puta que pariu, me deixa gozar! – protesto, quase gritando.

- Ainda não, bebê. – responde sádico, esse cara com certeza gosta de ver suas vítimas sofrerem em suas mãos.

Gemo arrastado, sentindo minha entrada contrair mais e mais, e mordo seu ombro ao que o sinto atingir seu limite em meu interior, preenchendo a camisinha com seu sêmen. Ele me desce de seu colo e me segura, por pouco não deixando com que minhas pernas bambas me levem ao chão. Só então tira a pressão de minha glande, abrindo os lábios em frente a meu pênis e bombeando meu falo até que meu líquido seja despejado em sua boca.

Porra, mano. Que visão.

Ficamos um tempo nos recuperando, minha cabeça deitada em seu peito enquanto ele acaricia meus fios descoloridos, me fazendo me sentir sonolento. Poderia dormir em seus braços a qualquer momento.

- Obrigado. – ele diz de repente, olho-o curioso por sua fala – Por me fazer esquecer minha claustrofobia. E... por me dar uma das melhores fodas da minha vida.

Sorrio com seu comentário.

- Sempre que quiser. – brinco e acabamos rindo antes de nos vestir novamente e esperar o elevador ser consertado.

E daí que é apenas uma vez? Esse foi com certeza o melhor sexo que já tive e não esquecerei disso tão facilmente.

Preciso ouvir Taehyung mais vezes.

 

*****

 

Não demorou muito após aquilo para que nos tirassem de lá, e embora alguns curiosos tenham notado as marcas em meu pescoço ninguém se atreveu a perguntar.

Mas a maior surpresa foi quando cheguei em minha mesa no dia seguinte e fui recebido com um buquê de lisiantos lilases sobre ela, meus preferidos. Junto havia um bilhete, que logo reconheci ser de Jungkook. Dizia:

 

Obrigado por ontem. Espero que possamos repetir a dose, ChimChim.

Beijos,

JK.

 

“ChimChim”. Ninguém nunca havia me chamado assim antes, mas admito que gostei. E embora eu saiba que com sua fama isso nunca vá se repetir, fico feliz de ao menos poder dizer que fiz um novo amigo.

Um novo amigo sexy, gostoso pra caralho e que tem o melhor boquete ever.

 

Três semanas depois

 

Sento cansado após mais uma noite barulhenta e mal dormida, já que os senhores Kim Taehyung e Jung Hoseok fizeram o favor de aparecer aqui sem aviso prévio e me concederem, com certeza, uma multa pelo barulho depois.

Bem, ao menos eles não fizeram sexo no sofá. De novo.

Ouço a campainha tocar e imagino ser Taehyung que esqueceu, como sempre, alguma coisa aqui e voltou para buscar. Então nem me incomodo em atender à porta vestindo meu macacão do Pikachu e pantufas do Totoro. Ele já me viu pior.

Mas não posso dizer que não corei absurdamente com minha situação ao ver que quem estava na porta não era Tae, e sim alguém com um belo sorriso de coelhinho e um buquê de lisiantos.

- Pronto para repetir a dose, bebê? – pergunta, sem nem se importar com meu estado de choque.

Mas logo me recomponho para poder respondê-lo, sapeca.

- Achei que nunca pediria.


Notas Finais


Vocês tem noção do quanto eu ri ao contar as palavras e perceber que havia 5000 certinho (o máximo de palavras de cada capítulo para o concurso)? Eu ri, e não foi pouco.

Espero que tenham gostado, amorinhas. E claro, espero que você também tenha curtido esse meu pequeno devaneio a partir de Lima Barreto, @Moyashii unni kkkkk
Devo dizer que me diverti muito escrevendo essa OS, Jimin zueiro é minha lifeu. E embora eu não seja comediante e escrever comédia pra mim seja muito difícil, acho que ficou bom. Por favor, comentem sua opinião, assim eu posso saber o que acharam, se ficou no nível do aceitável ou se eu deveria me tacar do penhasco (mentira kkkk).

E SÓ PRA ACRESCENTAR, não foi meu melhor lemon, porque, Tia Moy, 5 mil palavras é muito pouco para uma escritora como eu que começou Never leave me achando que ia dar umas 4 mil palavras e postei 9 mil. SÓ NO PRIMEIRO CAP!!! Obrigada, de nada.

Por favor, deem uma olhada nos meus outros trabalhinhos! <3

- Não existem coincidências (long fic / Jikook texting / não terminada)
https://spiritfanfics.com/historia/nao-existem-coincidencias-7747561

- Never leave me (2shot + extra / Jikook / Jungkook seme / terminada)
https://spiritfanfics.com/historia/never-leave-me-7344997

- Let me love you (1shot / Jikook ABO / Jimin seme)
https://spiritfanfics.com/historia/let-me-love-you-6664845

- You're my (1shot / Jikook / Jungkook seme)
https://spiritfanfics.com/historia/youre-my-6075606

E chequem meu canal no yutubis kkkkk
https://www.youtube.com/channel/UCA2dLbVz5sEAVptdCENz5cw

Não seja um leitor fantasma! Converse comigo por aqui, ou pelo meu Twitter: @miamiatzo

Link para o blog das meninas:
http://cutedesignfanfiction.blogspot.com.br/

Obrigada novamente pelo carinho, amorinhas. Amo vocês! <3

Beijinhos pra quem fica.
Mia :3


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