História Paper Plane - Paper Plane

O arcano índigo da Grand Chase - Ronan Erudon - se encontrou de pé de frente à uma lápide, carregando um belo buquê, que ele tinha comprado numa floricultura local, em suas mãos. Ele tinha uma expressão dolorosa em seu rosto enquanto lia o nome inscrito naquela pedra.

‘Harpe Noir. Ano 1436 ~ Ano 1461. Um prodigioso soldado, e um ótimo companheiro.’

Ronan se ajoelhou diante da lápide, colocando o buquê ali, e gentilmente tocou o pedaço de pedra, sorrindo. Quando o servo albino morreu, a Grand Chase decidiu tomar um breve desvio de sua missão e viajar para Kanavan a pedido de Ronan, e foi onde realizaram o enterro de Harpe. Eles não ficaram por muito tempo, mas nos dias que passaram no reino, Ronan não saia do lado de sua lápide - Ele não parava de se culpar pela morte de Harpe, e achava que a culpa era toda dele.

“Como vai, Harpe? Me desculpe por vir te incomodar.”  Ronan começou. “É que você é o primeiro quem eu queria ver. Sabe, Harpe, voltei de viagem. Todos nós da Grand Chase tomamos nossos caminhos separados e voltamos para casa; e eu decidi te visitar antes de qualquer coisa. Harpe, nós conseguimos – nós derrotamos o Ashtaroth. Eu consegui te vingar. Você está orgulhoso de mim?”

“Eu sei o que você vai dizer, e não, eu não deixar o passado me segurar. Eu entendo isso, Harpe, só que ainda é um pouco difícil para mim. Mas não se preocupe com isso, eu não vou chorar. Não mais.” Ele deixou seus dedos deslizarem pela lápide, sentindo a textura. Ele suspirou, e se levantou. “Eu só queria te dizer que eu vou ficar bem, então você não precisa se preocupar comigo, tudo bem? Me desculpe por ter sido breve, estou com um pouco de pressa. Eu tenho que voltar para casa, mas voltarei em breve para conversar com você, para você não se sentir tão sozinho.”

Ronan se virou e deu um passo ou dois antes de parar para olhar a lápide novamente. Ele murmurou um baixo “Até logo, Harpe.” e deixou o local.

Embora cansado, Ronan decidiu fazer mais um desvio antes de voltar para a sua casa. Ele se dirigiu a um pequeno litoral, e tirou um pedaço de papel, uma carta para Harpe, do seu bolso. Suspirando, ele dobrou a carta e a transformou num avião de papel.

“Harpe, eu sei que você provavelmente está cuidando de mim e me observando em algum lugar, e eu quero ter certeza que você vai poder descansar em paz.” Ronan murmurou, segurando o avião de papel perto de seu rosto. “Eu não sei se minha mensagem vai te alcançar, mas coloquei todos os meus sentimentos nela. Você me disse que o correto seria colocar a mensagem dentro de uma garrafinha de vidro e atirar no mar, mas eu quero que ela chegue o mais alto possível, o mais perto de você.”

Ele tomou alguns passos para trás, mirando para o céu, e jogou o avião o mais alto que pode. Ele observou enquanto o pedaço de papel planava, o avião conseguiu voar alguns metros até cair no oceano e ser completamente destruído e esquecido. O cavaleiro índigo engoliu seco, tentando manter-se sorrindo. Seu corpo inteiro estava tremendo, e ele cerrou os punhos.

“Eu te prometi que não ia chorar, Harpe, mas... Eu não... consigo me perdoar... Me desculpe... A culpa é toda minha.... Harpe...” Murmurando isso, Ronan caiu de joelhos, e pôs-se a chorar.

Desde o começo, eu sabia

Que era impossível te alcançar com um avião de papel.

“Isso só quer dizer, só quer dizer que você foi assim tão longe.”

Mesmo assim, eu... Mesmo assim, eu...