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História Paperman - Capítulo 03 - Amor


Escrita por: athellasseijuro

Notas do Autor


Olá pessoal!! Tudo bom com vocês?
Eu tive vários problemas com esse capítulo, mas como eu estava inspirada, ele saiu rapidinho haha só por curiosidade, quando terminei de escrever metade, meu word crashou e perdi tudo :( mas espero que a qualidade esteja boa do mesmo jeito ♥

Esse capítulo é narrado do ponto de vista do Yibo e tem a primeira cena hot da história rerere

Espero que gostem ♥

Capítulo 4 - Capítulo 03 - Amor


Fanfic / Fanfiction Paperman - Capítulo 03 - Amor

Meu nome é Wang Yibo e eu nasci em Luoyang, na China. Eu cresci em uma família de tradicionalistas, composta pelos meus pais e minha irmã mais velha. A cultura chinesa é rígida e disciplinada, e prega pela moralidade e pelo respeito. Mas, assim como em todas as sociedades, códigos de conduta só provam o quão detestável o ser humano pode ser.

Desde muito cedo, o meu pai me dizia que, para que eu me tornasse alguém na vida, eu tinha que encontrar uma garota bela e simpática, e que acima de tudo, me fizesse feliz. Para ele, não havia problema em dizer isso para uma criança — "Nós valorizamos o amor."

Eu não conhecia muitas crianças, então eu me restringia a um grupo que morava a uma vila de distância de mim. Haviam garotos e garotas, e eu brincava com eles praticamente todos os dias. Nós corríamos na rua, jogávamos bola e fazíamos tudo o que crianças deveriam fazer. Mesmo que eu gostasse de todo mundo no grupo, havia um garoto com quem eu brincava e me encontrava até mesmo quando o todos não podiam se ver.

Nós jogávamos basquete nas quadras públicas, procurávamos por insetos nos bosques e assistíamos a desenhos de robôs gigantes na televisão todos os dias. Todos os momentos com ele eram preciosos. Todos os momentos com ele me faziam feliz.

A inocência de uma criança é como uma arma completamente carregada, enfiada na sua boca. Nós não crescemos para sermos crianças; nós crescemos para nos tornarmos adultos. Nós vivemos em um mundo adulto e somos julgados por adultos. E, exatamente por isso, naquela tarde, eu atirei na minha própria boca.

 

"Ele pode não ser uma garota, mas se ele me faz feliz, vou poder casar com ele, certo?"

 

Lembro-me daquela tarde como se a tivesse vivido ontem. Todos os cheiros, cores e sensações foram impregnados na minha mente, e eu nunca consegui limpá-los.

Eu havia acabado de voltar de um dia de brincadeiras, e estava totalmente sujo de lama. Minha mãe me mandou imediatamente subir e tomar banho. O sabonete era caseiro e tinha cheiro de erva doce, o piso estava gelado e áspero, mas a água estava agradavelmente morna.

Desci as escadas secando o meu cabelo com uma toalha, quando minha mãe me avisou de que o jantar estava pronto. A cozinha cheirava a frango e eu sentia uma boa ansiedade. Assim que sequei o meu cabelo, corri para a cozinha.

Enquanto comíamos, conversávamos sobre assuntos triviais, como fofocas da vizinhança, a escola da minha irmã e o noticiário daquele dia. Pensei que seria uma ótima hora para dar a grande notícia. Quando consegui uma brecha, disse ao meu pai que tinha algo a dizer. Um sorriso se abriu no seu rosto, e logo após ele engolir um grande pedaço de frango, ele me pediu para que contasse.

— Papai, eu já consegui achar a pessoa que me faz feliz.

Ele deu uma gargalhada longa e divertida, parecendo estar extremamente orgulhoso de mim. Logo depois, ele me perguntou quem era a garota. Com os meus pés batendo nas pernas da cadeira e um grande sorriso no rosto, respondi:

— Sabe qual é a parte mais legal? Ele é um menino! Não acha incrível que eu tenha achado uma pessoa que me faz feliz, mesmo que não seja uma garota?

Um silêncio tomou conta do ambiente. Em seguida, uma pressão que me fez cair da cadeira atingiu o meu rosto. A cozinha fedia a sangue. Eu sentia dor. Meu próprio pai havia me esmurrado.

— O que você acha que está falando?! Comendo sob o meu teto e dinheiro e ainda por cima dizendo que ama outro homem com um sorriso no rosto?! Você não é meu filho, Wang Yibo!

Ele correu para o andar de cima e arrumou duas malas com todos os meus pertences. Minha mãe tentou argumentar, mas meu pai a deu um tapa no rosto e a expulsou de casa junto comigo. Desesperada, a minha mãe ligou para o seu irmão, que morava na Coréia há alguns anos, e na mesma semana, nós saímos da China.

Minha mãe me manteve sob a sua asa, mesmo não concordando com a ideia de eu poder amar outros homens. Ela pagou a minha escola e a minha faculdade, mas quando eu atingi a maioridade, ela me despejou. E foi assim que eu acabei sozinho, morando em um apartamento de dois cômodos na Coréia.

 

 

— Ahh, eu estou exausto!

Eu havia acabado de voltar de um longo e cansativo dia no trabalho. Uma das garçonetes havia quebrado o braço, então eu tive que substitui-la. Como trabalhei em dois períodos, acabei tendo que faltar na faculdade.

Eu curso dança e teatro na Faculdade de Belas Artes de Seoul. O meu sonho, desde criança, era ser um renomado dançarino. Mal eu esperava que, para alcançar isso, eu teria que passar em uma matéria sobre a física e anatomia do corpo.

Tomei um banho quente para relaxar os meus músculos tensos e vesti uma camiseta branca e uma calça de moletom. Para o jantar, decidi fazer uma receita de ramen que tinha aprendido com um dos meus colegas de classe.

— Macarrão, tempero, ovos, água... — falava comigo mesmo enquanto cozinhava. — Acho que está tudo certo.

Enquanto eu cortava um pedaço de tofu, a campainha da minha casa tocou.

— Só um instante! — coloquei o tofu na água fervente, sequei as minhas mãos e fui abrir a porta. Chegando em frente à porta, eu a abri. Após ver quem estava do outro lado, fechei-a imediatamente.

— E-ei, Yibo! Não feche a porta assim. Sou eu, Sungjoo!

— Exatamente por isso estou te ignorando. — voltei a cortar tofu.

— Por favor! Eu preciso falar algo! Eu estou encrencado! — ele falava de trás da porta.

— Devia ter pensado nisso antes de agir como se não me conhecesse no meio da rua. Por que não vai falar com o seu amigo? Pelo menos ele tem carro.

— É justamente sobre isso que eu quero falar. Olha... Eu não vou ficar discutindo com você através de uma porta. Se você me deixar entrar eu posso esclarecer o que aconteceu hoje.

Olhei para a panela de ramen que eu estava cozinhando. Enquanto o vapor quente batia no meu rosto, eu percebi que tinha cozinhado mais do que eu aguentaria comer. Soltei um longo suspiro e deixei que ele entrasse.

 

 

— Woahh, Yibo-ya! Esse ramen está realmente gostoso! — Sungjoo comia rapidamente. De vez em quando, ele limpava a boca com um guardanapo e soltava um sorriso idiota.

— É só macarrão com tofu. — continuei a comer. — ... Mas afinal, você veio aqui para falar comigo ou para comer?!

— Ah, desculpe! — ele juntou as duas mãos em reverência, limpou a sua boca e colocou os hashis sobre o prato. — Eu preciso esclarecer as coisas, certo? Ou então Yibo-ya vai ficar chateado comigo.

Ele soltou um sorriso bobo e inocente. Sungjoo realmente é a pessoa mais irritante que eu conheço.

— S-só diga logo! Se não quiser que eu te coloque pra fora!

— Ok, ok. Primeiramente, me desculpe por ter te ignorado hoje cedo. Eu estava atrasado para o trabalho. Eu acabei me atrasando porque... — ele hesitou.

— "Porque"?

— ... Eu não acho que posso falar sobre isso agora. — ele encarou a mesa.

Eu rangi os dentes.

— Você dormiu com ele. — sussurrei.

— Hm? Yibo, não consegui te ouvir.

— Você dormiu com ele! — gritei. — Se você veio aqui só para se gabar por ter dormido com outro cara, é melhor você ir saindo agora. Isso é detestável.

— Yibo, não aconteceu nada entre nós.

Como se eu fosse acreditar.

— Se vocês não dormiram juntos, o que de tão especial te manteve acordado durante a noite toda?

Eu o vi engolir seco.

— ... Eu realmente não posso falar.

Eu sentia o meu sangue fervendo e subindo todo o meu corpo.

— Fora da minha casa. — falei baixo.

— Yibo, nós não estávamos juntos. E, mesmo que nós tivéssemos dormido juntos, por que você se importaria, de qualquer jeito?

 Conforme eu desviava o olhar e encarava o chão, senti um calor subir ao meu rosto.

— Yibo, por que você está vermelho? — Sungjoo começou a chegar mais perto de mim.

— N-não chegue perto. — dei alguns passos para trás. — É só o vapor quente do r-ramen.

— Então por que você está gaguejando? — ele estava perto. Muito perto.

Realmente, por que eu estava agindo como se...

— Você está agindo como se gostasse de mim. — ele sorriu de canto, fazendo com que eu me encostasse em uma parede.

Empurrei-o com força.

— Eu nunca gostaria de alguém como você! — exclamei.

— Alguém como eu?

— Sim, alguém como você. Eu nunca me apaixonaria por uma pessoa tão irritante quanto você! Você sorri de forma idiota pra qualquer pessoa, não importa o quão ruim o dia esteja. Parece que você é algum tipo de príncipe encantado que saiu de um livro de conto de fadas. Você... Você é...

Eu cerrava os meus punhos conforme as palavras saíam da minha boca. Naquele momento, eu me odiava.

Sungjoo caminhou lentamente até mim e me abraçou, passando os seus dedos longos pelo meu cabelo. O meu coração parecia uma bomba relógio.

Eu me odiava por dizer coisas que mais pareciam uma declaração de amor. Eu me odiava por não estar conseguindo raciocinar direito. E eu me odiava por estar admitindo amor em frente a um homem.

No fim de tudo, eu não era capaz de desprezar o amor como a minha família era.

 

 

Ternamente, Sungjoo me beijou.

Diferente dele, eu nunca havia beijado na minha vida. Eu mantive as minhas mãos junto do meu corpo, estático. Ele começou de forma delicada e gentil, levando os lábios para a minha bochecha e usando as mãos para bagunçar o meu cabelo. Ele realmente era um príncipe de contos de fada.

— Está tudo bem se eu colocar a língua? — ele perguntou.

Eu hesitei.

— Se você não quiser, não tem problema. Posso ficar te fazendo cafuné a noite toda, se preferir. Não quero te assustar. — ele sorriu.

Senti como se o meu coração fosse explodir. Como eu poderia dizer não quando eu estava sendo tratado tão preciosamente?

— Tudo bem.

Sungjoo continuou a me beijar tão gentilmente quanto antes. Conforme nossos lábios se tocavam, a sua língua percorria toda a extensão da minha. O beijo que antes era frio por conta dos seus lábios gelados, tornou-se quente e úmido. Suas mãos passavam pelo meu cabelo, pescoço e desciam até a minha perna.

— Yibo. Senta no meu colo. — ele soltou. O calor do momento fez com que eu obedecesse a ele sem questionar e nem hesitar.

Sentei no seu colo e entrelacei as minhas pernas nas suas costas. Eu conseguia sentir que Sungjoo estava duro.

— Sungjoo, você... Embaixo...

Ele riu.

— É por sua culpa.

Ele tirou a minha camiseta e beijou o meu pescoço, mordiscando-o levemente. As suas mãos deslizaram para a minha cintura e, pouco depois, para o meu quadril.

— Não é melhor tirarmos a calça? — indaguei.

Sungjoo assentiu. Tiramos as nossas calças e as colocamos ao lado da cama. Ele abaixou a minha cueca e encostou no meu membro já rijo. Não consegui segurar um gemido alto nessa hora.

— Está tudo bem? — ele perguntava enquanto me masturbava.

— S-sim... Ah... — eu me encolhi e o abracei conforme ele aumentava a velocidade. Pedi para ele parar, pois eu estava quase chegando ao meu limite. Antes disso, eu tinha que retribuí-lo.

Abaixei a sua cueca e toquei o seu pênis, que já estava totalmente duro. Beijei a cabeça e comecei a chupá-lo. Ele estava totalmente quente na minha boca. Eu o chupava e lambia, alternando. Ele soltava gemidos de prazer, e após algum tempo, Sungjoo pediu para que eu parasse e me virasse de costas para ele.

— Yibo-ya... Você tem algo que eu possa usar para te preparar? — perguntou.

— Eu tenho uma loção em cima da cômoda.

Ele rapidamente pegou a loção e despejou-a nos seus dedos. Gentilmente e lentamente, ele introduziu um dos seus dedos em mim.

A sensação era estranha. Sentia o meu corpo todo quente. Assim que ele começou a mexer o dedo, eu consegui sentir nuances de prazer em meio ao desconforto.

— Em breve vai ficar menos desconfortável. — ele beijou as minhas costas. — Você está até gemendo.

Ele permaneceu com apenas um dedo, e, após alguns minutos, colocou o segundo.

— Você está bem? — S-sim... Ah... É bom. — respondi em meio a gemidos.

— Ótimo. — ele sorriu. — Assim que você se acostumar com três dedos, eu posso colocar.

Os seus dedos compridos me causavam mais prazer que desconforto. Como ele estava fazendo tudo devagar, eu quase não sentia dor. Mas eu sabia que quando ele colocasse o seu pênis não seria bem assim.

— Yibo-ya, eu vou colocar. Eu não estou mais aguentando. — ele pegou uma camisinha na carteira da calça que havia jogado ao lado da cama e a colocou, junto de bastante loção.

Sungjoo me beijou e assegurou de que iria com calma. Senti o início do seu pênis adentrando-me. Enquanto ele me acostumava, usava as mãos para me masturbar. Isso causava uma mistura estranha de dor e de prazer.

— Está doendo? — ele perguntou enquanto movia-se lentamente.

— Um pouco. Mas é normal, certo? — sorri.

— Certo. — ele sorriu de volta. — Eu vou começar a me mexer mais rápido.

Ele foi acelerando o ritmo, até o ponto em que ele já me penetrava rapidamente. Nos dois gemíamos alto e, mesmo conseguindo encontrar prazer naquilo, eu continuava sentindo dor. Os barulhos que tomaram conta do quarto eram completamente eróticos, e eu mexia a cada vez mais os meus quadris. Conseguia ouvir a respiração forte de Sungjoo e os seus intensos sons de prazer.

— Yibo, eu vou... — ele soltou um longo gemido e retirou o seu membro. A camisinha estava totalmente cheia, e, embora ele tenha conseguido atingir o orgasmo, eu ainda não havia gozado.

— Yibo, vire pra mim. — ele ordenou. — Você não gozou ainda, não é? — ele falou, antes de começar a me chupar.

— A-ahh... N-não... Ah... — eu mal conseguia responde-lo em meio aos meus gemidos. — M-mas não... Precisa... Ahh...

Ele não deu atenção para a minha resposta falsa e tornou a percorrer toda a extensão do meu pênis com a sua língua. O prazer que eu sentia naquele momento era surreal, e eu nunca havia me sentido daquele jeito antes. A sua boca era extremamente quente, e, conforme a sua língua passava por mim, eu sentia arrepios e ficava mais rígido. Sungjoo me chupava a cada vez mais intensamente, o que me fez, inevitavelmente, gozar na sua boca antes que conseguisse pedir para que ele parasse.

— Você pode cusp... Ehh?! — dei um pulo para trás ao ver Sungjoo engolindo o meu...

Ele soltou um sorriso de canto.

— Obrigado pela refeição.

 

-

 

Um pouco depois, nós dois tomamos um banho juntos. Nós estávamos tão cansados que nada além de uma guerra de espirrar água aconteceu.

Eu me vesti e emprestei um pijama para ele. Fui até a sala e puxei o sofá cama, liguei a televisão e peguei alguns cobertores no quarto.

— Ei, Yibo-ya... — ele chamou, enquanto estendia um copo de água e um comprimido para mim. — É um analgésico, você provavelmente vai sentir dores no quadril amanhã.

Eu tomei o remédio e pedi para que ele se deitasse ao meu lado.

— ... Ei, Sungjoo... — chamei-o. — Eu queria dizer... O... Br... I...

— Woahh, Yibo-ya, você está me agradecendo?! — ele cortou a minha fala. — Ahh, isso é tão raro! Mas... Agradecer pelo quê?

Conforme eu tentava responder, o meu rosto corava.

— Por... Ter me tratado tão... Preciosamente. — falei baixinho. — Por ter se importado tanto comigo.

Mesmo em uma sala iluminada apenas pela televisão, eu conseguia ver o seu sorriso.

— É assim que devemos tratar as pessoas que amamos. Como tesouros. — ele respondeu, me fazendo carinho no rosto.

Aproximei-me mais dele e comecei a fazer cafuné. Mesmo que aquilo não fosse algo que o Yibo normalmente faria, eu não queria perder a oportunidade de, finalmente, amar.

— Mesmo assim, você ainda não disse.

Ele soltou uma risada baixa.

— Eu te amo mais que tudo no mundo, Wang Yibo.


Notas Finais


Ebaa! Finalmente terminou de ler, né?
E aí, você gostou do capítulo? ♥
Caso esteja gostando da fic, deixe o seu favorito para mostrar que está amando e deixe um comentário como incentivo!
Beijão e até o próximo ♥


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