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História Para Equilátero Falta Um Terço - As estrelas mais brilhantes da galáxia e um adeus


Escrita por: yoongato

Notas do Autor


bom dia bom dia
demorei mas voltei
tava ansiosa pra terminar logo tanto é que tirei tudo o esmalte da unha heheheh
enfim
espero que gostem, boa leitura

Capítulo 11 - As estrelas mais brilhantes da galáxia e um adeus


— Yoongi, eu não tô afim de conversar.

— Pelo menos deixa a gente entrar, Chim. — Hoseok disse enquanto eu encarava meus pés. Eu sabia que Jimin ia dar um jeito de tentar fugir, mais uma vez, mas presenciar aquele mesmo Jimin de semanas atrás estava sendo doloroso.

— Tudo bem, entrem. — O mais novo deu passagem enquanto eu e Hoseok nos dirigíamos ao sofá. — Não, aqui não, vamos pro meu quarto, a gente vai ter mais privacidade.

Hoseok deve ter ficado encantado com todas as action figures de Jimin na estante do quarto, além da pequena coleção de mangás, aos quais o loiro cuidava como se valessem sua vida.

— Jimin, você comprou o volume 173 de Ansatsu kyoushitsu! Onde achou? — Eu estava mesmo intrigado com aquilo, eu e Jimin rodamos Seoul inteira atrás daquele exemplar, era o único que faltava na coleção dele e na minha também.

— Ah, Taemin Hyung voltou do Japão ontem e me deu de presente.

Lee Taemin, o amado hyung de Jimin, como pude me esquecer?
 

 

“Três anos, já haviam se passado três anos desde aquele dia na livraria, onde conheci Jimin e me tornei dependente dele. Três anos em que eu aguentava suas piadas idiotas, três anos em que vivíamos grudados, andando por aí pra cima e pra baixo como se fossemos desbravadores.
 

Já havíamos passado da época de subir em árvores e brincar de ser super-heróis; Os hormônios estavam cada vez mais detectáveis, assim como as piadas de Jimin para explicar minhas olheiras recentemente adquiridas por conta dos trabalhos extras e da carga horária puxada na escola.

— Hyung, você anda vendo muito pornô, né? Como você é safado, vou dizer pra minha mãe o péssimo exemplo que você é.

— Não sabia que você tinha que saber que eu vejo pornô pra bater punheta Jimin, vai dizer que faz isso pensando em mim? — Perguntei vendo a face do mais novo se colorir de um vermelho enquanto ele desviava o olhar. Aquilo podia significar duas coisas: Ou ele estava envergonhado, o que não podia ser verdade, levando em consideração o fato de que definitivamente Jimin não pensava em mim enquanto batia punheta, ele pensava no novato gostoso da aula de dança, isso sim. Ou ele podia estar puto da cara, o que eu considerei a opção mais válida, visto que no segundo seguinte ele me encarou furioso, xingando Deus e o mundo.

— Você não sabe brincar mesmo hein, hyung. Por isso que eu prefiro o Taemin, ele é bem mais maduro que você.

— Jimin, mas foi você quem começou falando sobre pornô, só entrei na onda, eu hein.

— Se você fosse um Hyung de verdade faria igual Taemin. Ele não tem tempo pra falar besteira, ele é culto e educado...

Jimin continuou falando sobre seu hyung perfeitinho enquanto eu preferi ignorar. Taemin era um amigo da família, eles se conheciam desde a infância e o mais velho sempre foi um referencial para Jimin, que falava sobre o mais velho com os olhos brilhando. E é claro que eu achava aquilo tudo uma palhaçada.

Taemin podia ser tudo aquilo que Jimin vivia esbanjando, mas era um exibicionista na mesa proporção, o que só estragava seus charmes.

Mas o pior de tudo não era nem ele ser meio babaca, e sim o fato dele roubar meu melhor amigo de mim, sempre, e ele nem precisava de muito esforço, era só dar uma edição rara de algum mangá que Jimin ficava bobinho.

— Hyung, você ainda tá me ouvindo? — Jimin dizia estalando os dedos na minha frente.

— Jimin, em uma escala de zero a dez, o quanto você acha que o Taemin é um hyung melhor do que eu? Seja sincero. — Era mais um daqueles meus momentos de insegurança, onde acreditar que Jimin abandonaria aquele garoto baixinho, branquelo e folgado era mais fácil do que imaginar anos de amizade pela frente. Mas foi aí que Jimin sorriu. Aqueles dentinhos tortos me passando toda a segurança que eu precisava.

— Menos dez, Yoongi Hyung.”
 
 

— Vocês ainda mantêm contato? — Questionei meio incrédulo, afinal faziam três anos que Taemin estava morando no Japão, e nesse meio tempo nunca tivemos notícias sobre ele.

— Ah, não. Ele só deixou isso com minha mãe junto de um bilhete dizendo que sentia saudade.

— Esquisito. — Hoseok, que até então estava entretido demais com os mangás comentou. E ele estava certo, aquilo estava muito esquisito.

— Mas então, sobre o que queria conversar Hyung? — Jimin parecia impaciente, o que não era um bom sinal pois eu pretendia conversar bastante com ele.

Eu e Jung nos sentamos na cama, nos entreolhamos e Jimin suspirou do outro lado do quarto, sentando na cadeira da escrivaninha.

— Eu... Não sei nem como começar isso, meu Deus.

— Só fala logo, Yoongi.

— Jimin, você não gostou!? Foi isso? Ficou incomodado com o Hoseok? Eu... Eu queria entender, você tá fazendo tudo aquilo de novo, você sabe. — Jimin parecia aturdido com tantas perguntas de uma só vez, em contrapartida Hosoek estava sereno, encarava Jimin como se também quisesse saber o que o loiro iria dizer.

— Hyung, eu... Eu gostei, não se preocupe com isso. Eu só estou... Assustado? — Me encarava com os olhos em fendas, como se quisesse descobrir as respostas das próprias perguntas. — Eu e o Seok andamos conversando muito recentemente, ele me ajudou com umas coisas, mas eu ainda estou confuso com isso tudo... Não é como se eu pudesse colocar tudo no lugar de uma vez só, entende? — Ele agora desviava o olhar, encarando as próprias mãos, e eu senti uma necessidade de segurar elas, de passar uma confiança que nem eu tinha naquilo tudo, mas que ele precisava. Por isso caminhei até o mais novo, e segurei suas mãos, me ajoelhando na sua frente e buscando seus olhos.

— Jimin, isso tudo também me assusta, e muito! Mas eu quero poder contar com você e com o Hoseok quando essas coisas passarem pela minha cabeça, entende? — Ele assentiu. — Então olha pra mim, você sabe que pode contar com a gente, né? — Jimin sorriu pequeno, não era o sorriso que eu queria ver mas continuava lindo e sincero.

Eu não podia afastar todos os demônios da cabeça do mais novo, nem da minha própria cabeça, mas eu tentaria.

Hoseok se aproximou, depositando um beijo casto na testa de Jimin e se ajoelhando ao meu lado, sorrindo para o mais novo que tinha a face colorida em vários tons de rosa pela vergonha.

Jimin caçou a mão de Hoseok e a segurou, não soltando a sua canhota da minha, e analisou em silêncio as mãos dadas, em seguida as uniu.

Ver nossas mão juntas foi como simbolizar tudo o que tínhamos acabado de falar, era um elo de carinho e uma união. E mesmo que fosse uma união mal vista e esquisita, era o nosso tipo de união.

Posso te beijar de verdade agora? — Hoseok perguntou para o mais novo, e apesar daquela atitude me surpreender, foi maravilhoso ver que depois de todo aquele tempo agora eles se davam bem, e que se apoiariam um no outro para tentar entender isso que tínhamos construído. Jimin apenas assentiu, mais vermelho do que antes, e Hoseok se inclinou para selar o lábio cheinho do loiro.

Diferente do que eu esperava, não foi um selar casto, as línguas se encontravam um pouco fora da boca e os dois pareciam dispersos e envolvidos demais naquele beijo pra reparar que as coisas ali estavam esquentando.

Hoseok teve a liberdade de sentar-se sobre as coxas definidas de Jimin, enquanto eu só voltava para o colchão na tentativa falha de não atrapalhar aquela cena, falha pois logo em seguida eles cessaram o beijo e me encararam por alguns segundos.

— Foi bom para o nosso primeiro beijo? — Hoseok perguntou enquanto acariciava os fios desbotados de Jimin.

— Foi bem melhor do que eu esperava. — Jimin escondia a cabeça na curvatura do ombro de Hoseok e me olhava de canto enquanto apertava o mais velho, que continuava sentado em suas coxas. Sussurrou algo para Hoseok que riu abafado e olhou na minha direção.

Eu não diria estar confortável naquela situação somente pelo fato de eu querer participar, mas meu problema logo foi resolvido quando Hoseok se levantou e sentou ao meu lado na cama de Jimin, enquanto o dono da casa fazia o mesmo ao meu lado esquerdo. Jimin foi o primeiro a me abraçar de lado e deixar um beijinho no meu pescoço, subindo com alguns selares até encontrar minha boca e depositar ali um mais demorado. Hoseok por sua vez só entrelaçou seus dedos aos meus e se deitou, me puxando para seu peito enquanto eu consequentemente puxava Jimin comigo.

— Jimin? — Hoseok chamou.

— Hm?

— Quando você falou sobre as estrelinhas que brilham no escuro, eu pensei que fosse uma história qualquer, afinal você estava bêbado; mas elas estão mesmo aqui, deve ser tão lindo no escuro, quase como uma galáxia. — Eu e Hoseok nos assustamos quando Jimin se levantou, indo até a persiana na janela e a fechando, deixando o quarto em um breu. Ouvimos um barulho de algo batendo e um gritinho de Jimin.

— Continuem aí, eu só bati o pé na rodinha da cadeira. — Jimin dizia enquanto provavelmente tentava achar o caminho da cama.

— Não conhece o próprio quarto, tinha que ser Park Jimin, né? — Disse brincando e Hoseok riu, Jimin logo se aconchegou em mim e deu um pequeno tapa na minha mão, rindo logo em seguida.

Olhei para cima em busca das estrelinhas tão conhecidas por mim, e ouvi Hoseok suspirar.

— Espero que vocês sejam os dois átomos da minha fusão nuclear. — Disse meio sem pensar enquanto ouvia protestos.

— Você sabe que eu não entendi nada, né?

— Eu também não. — Ri internamente para não levar mais um tapinha de Jimin.

— Ok, eu explico... As estrelas são feitas de gás incandescente, e para elas brilharem elas entram em um processo de fusão nuclear, onde dois átomos se juntam para formar uma quantidade de energia que é o que chamamos de brilho. Ou seja...

— Que coisa mais linda! — Hoseok me interrompe enquanto distribui vários beijinhos por meu rosto.

— Não sabia que tínhamos um astrônomo entre nós. — Jimin diz depositando um beijo no meu maxilar enquanto ri soprado.

E, por mais que aquela ideia me parecesse estranha demais a uns meses atrás, era maravilhoso estar ali com aqueles dois; e eu realmente esperava que eles pudessem me fornecer a energia necessária todos os dias, que eu pudesse amar um pouquinho mais dos dois todos os dias, e que pudéssemos aprender a lidar com isso juntos, porque sozinho eu não conseguiria.

E estar ali com os dois bastava naquele momento.
 
 
 
 

 

。。。
 
 
 

— Me deixa em paz, mulher!

— Você acha que pode fazer o que está fazendo Sungyeol? Até quando pretende gastar esse dinheiro com essa droga de bebida!? Estamos economizando para a faculdade do nosso filho. — Ouço os gritos abafados vindo do quarto ao lado, depois de voltar da casa de Jimin me tranquei no quarto para evitar ficar no meio de mais uma discussão, mais uma das que estavam se tornando insustentáveis.

— Nosso filho ou seu filho Minyoung!? Aquele moleque não é nada meu! — Por um momento acredito que tenha ouvido errado, mas no segundo seguinte tenho minhas suspeitas confirmadas. — Eu não criei filho pra virar bicha.

Aquilo já não me surpreendia mais, afinal era só uma das ofensas gratuitas que eu ouvia da boca do meu próprio pai; mais ainda me partia o coração vê-lo daquele jeito, afundado em um vício maldito que estava degradando sua relação com minha mãe, e que já tinha destruído quase por completo a relação com o filho.

Doía saber que ser tudo o que ele quis não valeu de nada, a partir do momento em que me viu dando um beijo em um garoto da escola; doía saber que ele se afogava cada vez mais em seus preconceito, e pior ainda era saber que ele não queria ajuda pra sair daquele buraco.

Dizem que quando uma sucessão de coisas boas acontece, é porque uma coisa ruim está vindo. E era exatamente isso que estava acontecendo.

As coisas estavam indo bem, já fazia alguns dias que ele não colocava uma gota de álcool na boca, que eu não ouvia gritos e choros silenciosos da minha mãe, que ele resolveu ser o pai que um dia já foi; mas como sempre, estava bom demais pra ser verdade.

Ouvi a porta da sala ser batida com violência e arrisquei sair do quarto pra ver como minha mãe estava, ela era sempre a que mais sofria com aquela situação.

Encontrei-a no chão da sala, chorando, com um álbum de fotos antigo nas mãos. Sentei-me a sua frente pegando suas mãos e unindo as minhas como tinha feito com Jimin mais cedo.

— Acho que agora acabou, filho.

Ela se referia ao casamento fracassado, aos anos dedicados a uma causa perdida, a um marido e um pai que não existiam mais.

Abracei-a e deixei que chorasse tudo que tinha pra chorar, porque ia passar e eu estaria ali para confortá-la novamente.

 


Notas Finais


é isso aí
o que vocês estão achando, hm??
o que acharam do taemin??
e do pai do yoongi??
e aquele momentinho do 3s???
enfim, é isso
133 favs?????? aaaaaaaaaaa meu deus
obrigada por acompanharem pefut gente
de verdade
amo vocês


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