Era uma noite fria de domingo. Meu pai saiu e provavelmente só voltaria as cinco da manhã, podre de bêbado, e como sempre, me espancaria, e quando estivesse excitado o suficiente por me ver sangrar, ele me estupraria. Como se isso já não fosse o suficiente, ele me trancaria no quarto e só me deixaria sair se eu prometesse a ele que ninguém ficaria sabendo. Mas hoje não. Hoje não será como todos os dias costumam ser. Hoje eu irei me livrar de toda a dor, de todos os problemas. Pego a arma que meu pai guarda na gaveta e esfrego minha mão nela e penso: "Oh, minha lâmpada mágica... O que há aí dentro é bem melhor do que um gênio." Recarrego a arma e a encosto na minha cabeça. Boto o dedo no gatilho, e, sem receio algum, o puxo. A única coisa que eu pude ver antes de mergulhar na escuridão foi eu mesmo chorando diante do espelho.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.