História Para sempre - Happy Halloween.

O relógio marcava nove horas da manhã, Johnny estava parado no altar ao lado de seu pai. Lá também estavam Eva, Joshua, Angelique e Barnabas. O restante dos convidados estava espalhado pelos bancos.

Toda a conversação cessou quando as portas da igreja se abriram e a pequena Anelise entrou e logo atrás dela estava Helena de braços dados com seu pai, os olhos de Johnny se encheram d'água ao ver o quão linda estava Helena e como Ane herdara o jeito de andar da mãe.

A cerimônia não demorou muito, logo todos já estavam saindo da igreja. A festa seria na casa de Johnny em Nova York, algo pequeno apenas para os amigos mais íntimos e familiares.

-Mas Angie, vai ter festa de halloween em Collinsport esse ano? -perguntou Helena.

-Qual é a parte de anual que você não entendeu?

-Tá bom, era só pra ter certeza. Nesse caso eu tenho que combinar com Johnny pra gente voltar da lua de mel antes de outubro.

-E eu vou falar com o Robert e se ele, não puder ou não quiser, eu vou sozinha.

-Exatamente Julie, você vai pra me fazer companhia.

-Você quer dizer pra eu ficar de vela né Angie?

-Não, eu acho que também vou sozinha. Barnabas está irredutível com a ideia, disse que não vai, e bem, se ele não quer ir eu quero.

-Mas gente só eu que tenho o problema contrário? O Josh quer ir a todo custo e eu não quero.

-Para de ser antissocial Eva. -disse Helena dando um tapinha no ombro de Eva.

-Para Helena, eu não gosto de festas.

-É porque você nunca foi às de Collinsport. -falou Angelique.

-E o que tem de tão especial?

-Várias coisas, mas tem uma, em especial que te interessa.

-Qual?

-É open bar. -Eva riu.

-Esquece tudo que eu disse antes, eu não perco essa festa por nada.

-Posso saber de que vocês tanto riem? -Joshua perguntou ao chegar onde as mulheres estavam.

-Eu mudei de ideia Josh. Eu vou à festa de halloween com você.

-E porque a mudança repentina?

-Eu disse pra ela que a festa é open bar. -respondeu Angelique fazendo Joshua rir.

-Tá tudo explicado agora.

***

A festa não foi até muito tarde, por volta das onze da noite Angelique e Barnabas já estavam em casa, o dia fora bastante divertido com muitos risos, porém quando ficaram sozinhos um pequeno clima de tensão surgiu. Eles trocaram poucas palavras no caminho e quando chegaram em casa a coisa não mudou muito, só que dessa vez as coisas complicariam um pouco.

-De que festa vocês estavam falando? -perguntou Barnabas.

-Daquela que você não quer ir comigo. -ela respondeu enquanto entrava no quarto, Barnabas vinha logo atrás.

-Ah Angie nós já falamos sobre isso.

-Eu sei, mas não se preocupe eu vou sozinha. -ela disse sentando-se na cama.

-Não vai não. -ela o encarou.

-E por quê?

-Por que eu não quero. -a loira ergueu uma sobrancelha ela ia responder, mas não o fez quando Barnabas se ajoelhou na frente dela e apoiou as mãos nas coxas da mesma -Angie eu sei que você não é do tipo que obedece ou muda de ideia, mas você podia ceder só dessa vez?

-Barnabas por que você não quer que eu vá?- ela perguntou enquanto brincava com os cabelos dele.

-Não sei, eu só não quero.

-Você não confia em mim?

-A questão não é essa, eu confio em você, mas eu não quero que você vá sozinha.

-Então vai comigo. -ele soltou um suspiro.

-O que eu ganho se eu for?

-O que você quiser Barnabas.

-Eu quero a minha recompensa adiantada.

-E o que você quer?

-Eu quero você Angelique. -ela sorriu em seguida eles se beijaram.

Barnabas e Angelique saíram aos beijos pelo quarto até chegarem ao banheiro, eles pararam apenas para tirarem as roupas e logo voltaram a se beijar, os dois entraram juntos na banheira. Barnabas colocou Angelique em seu colo e ela o abraçou com as pernas.

-Eu sabia que ia conseguir te convencer.

-Isso vai te custar muito caro querida.

-Eu sei.

Barnabas beijou Angelique suavemente e a mesma logo gemeu ao sentir os dedos do vampiro brincando no meio de suas pernas, acariciando a pele sensível e fazendo-a se arrepiar. Os dedos dele mexiam-se habilidosamente pelas dobras de pele, deixando Angelique cada vez mais excitada. Ele desceu beijos pelo pescoço e pelos seios dela, fazendo-a suspirar de prazer. Não contente em apenas tocá-la, Barnabas introduziu dois dedos na loira que jogou a cabeça para trás e gemeu ainda mais alto. Ela agarrou os cabelos dele com força enquanto mexia suavemente os quadris.

-B-Barnabas... M-mais... - a voz de Angelique saiu um pouco mais alto que um sussurro. O homem sorriu e logo colocou mais um dedo dentro dela que gemia e ofegava enquanto contorcia-se no colo dele. Ele sorriu ao sentir a intimidade dela apertar-lhe os dedos e ouvi-la gritar, Angelique desabou sobre Barnabas enquanto sentia uma onda de prazer percorrer seu corpo. Ele colou as testas e beijou Angie suavemente enquanto acariciava a nuca dela que, por sua vez, passava as pontas dos dedos e as unhas delicadamente pelas costas do vampiro. Eles acabaram o banho calmamente depois foram para cama.

***

Algum tempo passou-se, era o final da tarde do dia 31 de outubro. Barnabas esperava Angelique terminar de se arrumar. A festa de halloween obviamente era à fantasia, mais uma vez Barnabas ficou irredutível então Angie lembrou ao mesmo que, ele já era um vampiro logo o homem mudou de ideia. Angelique levou um tempo para se decidir, mas já que seu marido era vampiro e ela achava presas objetos sexy's e com várias utilidades resolveu tornar-se vampira por uma noite e com presas verdadeiras.

-O que você acha Barnabas? -Angie perguntou na porta do closet.

O queixo dele caiu. O vestido era um tomara-que-caia justo no corpo de Angelique, tinha um efeito similar ao de um espartilho, era preto com alguns detalhes cor de vinho. A saia era cerca de um palmo acima do joelho, porém atrás era ligeiramente mais comprida um pouco rodada e tinha três camadas; a primeira era de cetim preto, a segunda cetim vinho e a última era de rendas pretas. Ela prendera os fios loiros em um coque bem puxado, deixando alguns fios soltos emoldurando seu rosto e destacando ainda mais seus olhos e seus seios fartos.

-Bom estonteante seria pouco para descrevê-la. Mas dê uma volta, quero vê-la melhor. -ela sorriu em seguida fez o que ele lhe pedira- Tem certeza que eu devo suportar todos os homens da cidade olhando pra você? -ela riu e sentou-se no colo dele.

-Olha pelo lado bom, enquanto eles olham você toca, beija, morde, faz o que quiser.

-Talvez você tenha razão. -ele selou os lábios aos dela.

-Vamos? -perguntou Angelique quando o beijo acabou. Barnabas apenas assentiu.

Em poucos minutos eles saíram, antes de ir até a festa eles encontrariam com Julia e Robert na casa dos mesmos.

-Eu tenho que admitir que você tá destruidora meio metro. -falou Angelique.

-Para com isso oxigenada, se não eu me apaixono por você e por esse decote. -respondeu Julia.

-Mas com essa roupa vai ter muito marmanjo querendo virar Kristoff.

A observação de Angelique devia-se a fantasia da princesa Anna de Frozen que Julia vestia. Era um vestido justo no corpo da ruiva, era um pouco acima do joelho e, embora não fosse decotado, destacava os seios dela por ser muito colado no corpo dela, a saia era levemente pregada e a fazia parecer mais alta.

-Tem um que já quis virar. -Julia brincou referindo-se a fantasia de Robert que era do personagem que Angelique citara.

Em seguida eles saíram e quando chegaram à festa coincidentemente encontraram com Eva, Joshua, Helena e Johnny.

-Pra quem não ia vir você tá bem chamativa Eva e. Meu Deus você tá loira. -falou Angelique.

-Já que era pra vir numa festa de halloween, que seja com uma fantasia decente.

-Mas querida, a Arlequina de decente não tem nada. -Eva usava um vestido que lembrava os naipes de um baralho de cartas, o cabelo estava dividido em dois rabos de cavalo, um de cada lado da cabeça; os fios estavam loiros platinados como os de Angelique, um lado estava com as pontas rosa claras e o outro com as pontas em um tom azul Royal.

-E eu também não de acordo com os críticos de cinema, então, é a fantasia perfeita. -elas riram.

-Mas e quanto ao coringão ai do seu lado, que cabelo é esse?

-Eu sou inocente, foi ideia da Eva, manchar o meu lindo cabelinho. -Josh falou em um tom afeminado referindo-se a tom verde que seu cabelo estava para combinar com o colete de camurça verde que ele usava por cima da camisa que era roxa assim como todo terno.

-Gente depois o Josh chora pelo cabelo, agora vamos entra que tá frio aqui fora.

-Oh chapeuzinho não tá frio, é o seu vestido que tá muito caloroso. -rebateu Eva, fazendo referência a fantasia de chapeuzinho vermelho de Helena.

-Nossa falou a rainha da decência. -elas riram.

-Oh tampinha, se acalma. -falou Johnny.

-Oh lobinho do agreste olha como fala comigo.

-Gente se matem depois, eu quero entrar logo. -falou Angelique.

-Tá bom vampirona. -disse Eva, fazendo uma garra com a mão. Angie sorriu.

-Olha que eu mordo em. -Angelique respondeu em um tom brincalhão e ao mesmo tempo provocante e, em seguida, passou a língua pelas presas.

Logo eles entraram na boate, havia algumas mesas espalhadas ao redor do salão, o grupo acomodou-se em uma delas. Eles permaneceram por algum tempo apenas bebendo e jogando conversa fora até que as meninas, depois de alguns drinks, resolveram se agitar.

-Aonde vocês vão? -perguntou Barnabas.

-Dançar ora. -Angie respondeu e logo saiu junto das outras para o meio do salão.

As músicas eram deveras agitadas, de todos os tipos, incluindo músicas brasileiras e elas dançavam provocantemente mexendo os quadris.

Em certo ponto da festa começou a tocar uma música com bastante batida, então Eva chegou por trás de Angelique e as duas começaram a dançar juntas e a provocarem-se discretamente, vez ou outra as mãos de Eva acabavam tocando alguns lugares do corpo de Angie que a deixavam mais animada. Helena e Julia acabaram se empolgando e se juntaram as outras, Angelique virou-se de frente para Eva enquanto Julia ficava atrás de Angie e Helena atrás de Eva, as provocações ficaram mais indiscretas, mas não chegavam a ser percebidas, exceto por Johnny, Barnabas, Josh e Robert que não tiraram o olho de suas mulheres nem por um minuto.

Mais tarde Joshua acabou se juntando a elas e se empolgou tanto quanto as mulheres. Eva e Julia foram até o bar e então Josh e Angelique começaram a se entrosar bastante, Angie mexia-se de forma deveras sensual enquanto ele se encaixava em seus quadris, e ela não podia negar: Estava adorando aquela situação, ela poderia colocar a culpa na bebida, mas estava completamente sóbria, já Joshua sabia perfeitamente que talvez tivesse problemas porque quando se tratava de vingança ele sabia o quão longe Eva Gaëlle Green era capaz de ir.

Depois de pegarem suas bebidas, Julia e Eva foram até a mesa onde Barnabas e Robert estavam Johnny já havia ido dançar. Julia praticamente arrastou o marido para pista enquanto Eva convencia Barnabas a vir com ela.

-Ah vem Barnabas, por favor.

-Não Eva, não é meu tipo preferido de diversão.

-Mas você não saiu de casa pra ficar ai sentado né? E olha como a Angie e o Josh tão se divertindo sem a gente. -ela apontou com a cabeça e só então Barnabas viu o quão próximo os outros estavam.

-Quer saber Eva, eu vou. -Ele disse em seguida levantou.

Eva riu em seguida pegou as mãos dele e colocou sob seus ombros, os olhos dele acabaram descendo até o bum bum da amiga, já que ela estava rebolando levemente junto com a batida da música.

-Você tem razão. -disse Barnabas.

-Sobre o quê? -ela se virou para encará-lo.

-Eles estão se divertindo sozinhos. -ela sorriu e apoiou as mãos no peito dele.

-Exato você que tava perdendo tempo.

-E você também.

-Sim, mas agora eu não vou mais perder tempo.

Só nesse momento eles perceberam o quão próximo seus rostos estavam, um podia sentir a respiração do outro. Nenhum dos dois acabou resistindo e então eles se beijaram intensamente. Mesmo estando acostumando com os lábios e a língua de Angelique, Barnabas estava adorando o beijo de Eva, ela o provocava com a língua. Ele acabou se empolgando e a enlaçou pela cintura a mesma gemeu suavemente e o atiçou mais ainda.

-Angie. -chamou Helena.

-Que foi?

-Não é querer estragar a alegria de vocês, mas olha ali. -Angie e Joshua olharam na direção de Eva e Barnabas, a loira ergueu uma sobrancelha em seguida olhou pra o homem.

-Você sabe que a gente pode fazer melhor não é?

-Tem razão Angie. -ele puxou-a pela cintura e colou a testa na dela -Muito melhor. -ela riu e eles voltaram a dançar mais próximos do que nunca.

Quando o beijo acabou Eva e Barnabas se encaram por algum tempo sem o mínimo resquício de culpa e sorriram um para o outro. Mas, os sorrisos sumiram quando eles olharam na direção de Angie e Josh. Os mesmos estavam colados e mexiam-se em perfeita sincronia.

-Angelique, eu...

-Joshua se você vai fazer o que eu acho que vai, faça agora. -ele sorriu e a puxou pela nuca, beijando-a de forma ardente e ela respondeu com a mesma intensidade. Angelique enredou os dedos nos cabelos de Josh e aprofundou o beijo, a sensação da barba dele contra o rosto dela era um pouco estranha, mas muito agradável. Ele a segurava firme perto de si enquanto sua língua brincava com a dela, só quando param o beijo perceberam que já não respiravam há um bom tempo. Joshua olhou de soslaio e pode ver Eva e Barnabas olhando para os dois.

-Angie eu acho que eles tão putos com a gente.

-Mas essa é a ideia Josh. -ela riu e deu um selinho nele, em seguida continuaram a dançar como se nada tivesse acontecido até Julia, praticamente, arrastar a loira para o banheiro para saber mais detalhes.

-Angelique Bouchard Collins, pelo amor de Deus, que beijo foi esse que você deu no Josh?

-Você não viu o Barnabas beijando a Eva?

-Não. -ela pensou por um instante -Quer dizer que isso foi uma vingança?

-Exato.

-Vocês dois se merecem mesmo. -Angie riu e em seguida elas voltaram para o salão.

Algum tempo mais tarde começou a tocar uma musica muito lenta, perfeita para se dançar a dois. Foi a primeira vez que Angie e Barnabas se falaram desde os últimos acontecimentos.

-Angelique. -ele chamou próximo ao ouvido dela.

-O quê?

-Eu vi você com o Josh. -ela o encarou.

-E eu vi você com a Eva. -ele mordeu o lábio.

-Então aquilo foi uma vingança?

-Direitos iguais mon cher. -ele sorriu em seguida deu um beijo na testa dela.

Quando a música acabou em contrapartida começou um ritmo bastante animado, a batida era brasileira.

-Você queria o lugar do Josh. -Angelique virou-se de costas para o marido e encostou-se nele -Parabéns Barnabas, conseguiu.

Angie começou a rebolar suavemente encostada em Barnabas, ele cravou os olhos em cada milímetro do corpo dela e suas mãos acabaram indo dar um pequeno passeio. A batida da musica foi aumentando e os movimentos do corpo da loira também. No calor do momento ela acabou descendo até o chão enquanto mexia os quadris com os dedos enlaçados nos dele.

Antes do fim da música, Barnabas já havia se soltado como os outros rapazes e acabou encaixando seu corpo no de Angelique como Joshua fizera mais cedo, porém dessa vez Angie sentiu um calor tomar conta de seu corpo, principalmente entre as pernas. Embora estivesse acostumada com o toque dele, aquilo acendeu alguma coisa diferente nela, algo mais profundo do que ela jamais sentira.

Apesar de todos os acontecimentos a noite acabou bem para todos, bem para quase todos. No meio da noite Julia e Robert acabaram brigando por ciúmes da ruiva quando viu o marido dançando colado com Helena. Ela se lembrou do que Angie fizera para se vingar de Barnabas e acabou dando sorte, encontrou um ex-namorado da época do colegial e passou a noite inteira bebendo e dançando na companhia do mesmo. Robert ficou um pouco irritado, todavia acabou tentando deixar de lado, mas quando viu a ruiva sentada no colo do amigo ele se enfureceu e não trocou mais nenhuma palavra com a esposa.

-Pensei que você fosse ficar lá com o Christian. -Robert disse o nome do rapaz com um tom de desgosto.

-Rob para com isso, ele é só meu amigo.

-Eu percebi vocês são tão amigos que até no colo dele você senta.

-Ai Robert por que você é tão ciumento em?

-Julia eu vejo você no colo de outro homem e você espera o que? Que eu fique feliz? Que eu jogue fogos de artifício?

-Ah para -ela deu um selinho nele que insistia em não corresponder -Robert se eu ainda quisesse algo com ele você acha que eu ia usar isso? -ela disse mostrando a aliança.

-É você tem razão. Mas e acho muito bom você não fazer isso de novo Senhora Downey, ou eu não respondo por mim.

-Tá bom. Agora melhora essa cara Rob. -ele sorriu em seguida pegou a ruiva no colo.

-Você pode me ajudar a ficar ainda melhor Julie. -ela o beijou suavemente enquanto ele a carregava até a cama e, delicadamente, a colocava na mesma.

Em meio aos beijos e carícias eles foram se livrando das roupas, Robert, quando percebeu que a esposa estava nua, ele beijou cada milímetro do corpo da ruiva, fazendo-a suspirar. Quando ele finalmente subiu para encará-la, Julia o puxou para um beijo profundo. Ela sorriu ao sentir o membro dele pressionado contra sua coxa, a ruiva rolou na cama em seguida sentou-se sobre o marido que deixou escapar um gemido. Os olhos de Robert queimavam sobre a pele de Julia que gemia alto enquanto rebolava freneticamente. Não demorou muito para a mulher cair exausta sobre o peito do marido, o mesmo ofegava bastante. Depois de recuperar um pouco do fôlego a ruiva deitou-se ao lado de Robert e sentiu-se um pouco estranha, sentiu um tremor no estômago e acabou levando a mão até o lugar, mas do mesmo jeito que apareceu a sensação sumiu.

-Que foi Julia? -perguntou Robert.

-Nada, eu só tava pensando. -ela deu um selinho nele e se abraçou no mesmo. Em pouco tempo os dois caíram no sono.

***

Angelique e Barnabas chegaram em casa em meio às gargalhadas. Nenhum dos dois estava bêbado só estavam animados, e não precisavam se preocupar em acordar os meninos porque Angie já dera seu jeitinho a respeito disso. Ela enfeitiçara as paredes do quarto das crianças para que nenhum barulho pudesse entrar no local.

-Vem cá. -disse Barnabas puxando Angelique pela cintura e em seguida beijando-a.

-Espera a gente chegar lá em cima primeiro. -ela disse quando o beijo acabou.

-Você sabe que eu não sou obrigado minha cara. -ele a beijou de novo.

Os dois subiram as escadas aos tropeços enquanto se agarravam até pararem na porta do quarto, Angie prensou o marido contra a mesma e o abraçou com as pernas, ele sorriu antes de beijá-la mais uma vez. Barnabas começou a tatear a porta em busca da maçaneta, quando encontrou a mesma ele abriu a porta esquecendo-se que apoiara seu peso nela. Angelique gritou quando os dois caíram no chão e em seguida os dois caíram na gargalhada.

-Parabéns Barnabas. -Angie disse enquanto recuperava o fôlego, ela sentou-se sobre o marido secando as lágrimas.

-Angelique como você espera que eu consiga raciocinar direito com você no meu colo?

-Então quer dizer que eu mexo com o seu raciocínio mon amour?

-Você mexe com todos os meus sentidos -ele ergueu-se para poder fitá-la nos olhos -E com todas as partes do meu corpo. -ela riu e tão rápido quanto pode perceber Barnabas a prensou contra a parede e começou a beijar e sugar o pescoço da loira que ofegava e gemia baixinho.

Barnabas conhecia Angelique muito bem, ele sabia perfeitamente com provocá-la e deixá-la cada vez mais ansiosa para que ele a possuísse. As mãos dele passeavam pelo corpo dela ainda sobre o vestido, mas ele sabia que ela não aguentaria por muito mais tempo ter tão pouca proximidade.

-Barnabas os homens podem até ser mais fortes, mas em certas ocasiões vocês precisam ser comandados pelas mulheres. -ela se desvencilhou dele e em seguida fechou a porta e chaveou -Agora meu querido eu acho bom você seguir as minhas regras. -ela disse repousando as mãos sobre os ombros dele.

-Você sabe que eu faço tudo que você quiser. -ela sorriu.

-Bem, nós temos um problema, tem muita roupa entre nós. Você pode começar me ajudando a resolver isso. -Barnabas sorriu de canto em seguida beijou Angelique calma e intensamente enquanto abria o zíper do vestido dela, ele deixou o mesmo cair restando apenas à última peça no corpo da loira. O homem pegou-a no colo e a carregou até a cama acomodando-a na mesma.

Angelique mordeu o lábio enquanto observava Barnabas livrar-se de suas roupas com certa afobação, ela se ajoelhou na beirada da cama e abaixou as calças do marido. Ele gemeu quando sentiu os lábios dela acariciando sua intimidade, eles mantiveram o contato visual até que Barnabas sentiu seu ápice chegando e jogou a esposa na cama se livrando da última peça dela, em seguida abrindo-lhe as pernas e acomodando sua cabeça entre elas. Angelique gemeu quando sentiu a língua de Barnabas massageando a sua parte sensível, ela agarrou os cabelos dele e o puxou para mais perto, tornando o toque ainda mais intenso e prazeroso. Ela soltou um grito e segurou os cabelos dele com mais força ainda, o homem sorriu quando ela se derramou na boca dele.

Barnabas foi subindo enquanto desferia beijos pelo corpo de Angelique que ainda ofegava um pouco, ele a beijou suavemente e ela rolou na cama, ficando por cima. O vampiro beijou-a mais uma vez e sentiu algo estranho, achou que eram suas presas e quando quebrou o beijo viu que eram de Angelique.

-O que foi? -ela perguntou e logo soube qual era a resposta, Angie sorriu.

-Você ainda pergunta.

-Achou que fosse o único aqui que pode ter presas... -ela aproximou os lábios do ouvido dele -... E gostar de sangue.

Antes que ele pudesse entender o que ela quis dizer, Angelique cravou as presas no pescoço de Barnabas. Ele soltou um gemido suave e agora entendia porquê a loira gostava tanto que ele a mordesse, a sensação era deveras prazerosa. Angie estava adorando aquela situação, que soava irônica, ele era o vampiro, porém quem roubava-lhe o sangue era ela. Após algum tempo ela o encarou enquanto passava a língua pelos lábios limpando o sangue, Barnabas acabou levando um pequeno susto quando viu que as íris de Angelique estavam vermelhas.

-Os seus olhos...

-Ah isso é normal.

-Se você diz. -ele a puxou pela cintura e beijou-a ardentemente, sentindo o gosto do próprio sangue na boca da esposa. Barnabas rolou na cama e logo entrou nela, Angelique gemeu e o enlaçou com as pernas fazendo-o penetrá-la ainda mais profundamente.

Barnabas acabou ficando confuso quando Angie o fez parar, mas ele entendeu quando ela virou-se de bruços e ergueu os quadris. Ele sorriu em seguida entrou nela novamente, ela gemeu alto enquanto se contorcia. Barnabas deliciava-se com aquela visão, adorava saber que ele era a causa dos gemidos e gritos da loira, e ficou ainda mais excitado quando Angelique o encarou e disse:

-Barnabas não é por nada, isso tá maravilhoso, mas você tem certeza que não pode fazer melhor ainda?

-Isso é um desafio?

-É.

-Nesse caso só fica quietinha, relaxa e goza. -ela sorriu e assentiu.

Ele deu um beijo nas costas dela em seguida sua mão deslizou para o meio das pernas da esposa, seus dedos começaram a massageá-la calma e ao mesmo tempo intensamente. Logo o ritmo e a intensidade das estocadas aumentaram assim como os dedos do vampiro enquanto tocavam Angie, a mesma já havia perdido o controle de seus gemidos e gritos, aquilo estava tão prazeroso que ela achava que não aguentaria mais nem um minuto para chegar ao seu ápice pelas duas partes em que recebia estimulo do marido.

Barnabas sorriu quando sentiu Angelique derramar-se em seus dedos, ele sentou-se sobre as pernas e puxou-a para junto dele. Angelique soltou um grito ao sentir inteiramente a extensão do membro que investido era-lhe no sexo anal. Ela não conseguia raciocinar, apenas gemia e mexia os quadris. Barnabas conseguia raciocinar ainda menos que a esposa, ele apalpava os seios dela suavemente fazendo-a suspirar. Ele estava ainda mais extasiado devido ao doce fragrante que emanava do pescoço e dos cabelos dela.

Não demorou muito para Angelique sentir seu corpo inteiro tremer e soltar um grito, chegando a seu ápice. Barnabas segurou-a pela cintura aumentando o ritmo e a intensidade o que a fez gemer alto e cravar as unhas nas coxas dele, em poucos instantes ele chegou a seu clímax o que arrancou gemidos dos dois. Ambos caíram exaustos e completamente satisfeitos na cama, os dois ofegavam bastante. Só depois de muito tempo eles se encararam, mas não disseram nada, Barnabas puxou Angelique para contra seu peito e ela fechou os olhos.

-Eu te amo sua doida. -ele deu um beijo na cabeça dela.

-Eu também te amo seu cretino. -ela se aninhou contra ele, o homem riu.

-E me desculpa por hoje?

-Tudo bem. Eu sei como o beijo daquela cretina é viciante. -ele a olhou confuso.

-O quê?

-Esquece. -ela respondeu balançando a cabeça.

Ele não disse mais nada, apenas a puxou para mais perto. Depois de poucos minutos eles adormeceram, entendidos como só Angelique e Barnabas poderiam estar. A seus modos eles sempre acabavam relevando deslizes como os que aconteceram na festa de halloween e, às vezes, Angie se surpreendia. Houve uma época em que ela teria queimado Eva viva depois de vê-la beijando Barnabas, mas agora ela não ligava. Sabia que a outra podia ter lá seus encantos, todavia também sabia que Barnabas era louco por ela e depois dos últimos quatro anos Angelique tinha plena certeza de que ele não a trocaria por qualquer outra mulher.