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História Para sempre - Brands ans discoverys.


Escrita por: MrsBarnagelique

Notas do Autor


Oiii amores da minha vida.
Eu sei que vocês querem o meu fígado por sumir todo esse tempo, eu sei. Mas rolou uma bloqueio criativo muito sinistro comigo. Eu não sei o que houve, isso nunca tinha acontecido, pelo menos, não por tanto tempo.
De qualquer forma aqui está mais um cap lindo pra vocês.
Boa leitura❤.

Capítulo 31 - Brands ans discoverys.


Na manhã seguinte Julia foi até a casa de Angelique, ela tinha receio de que a loira ficasse brava com ela por conta do que dissera a Victória, mas de qualquer forma precisava contar.

 

-Ah, Angie, antes que eu me esqueça eu preciso te dizer, muito obrigada do fundo do coração pelo que você fez pelo Oliver.

-Não precisa agradecer, Julia, ele não é meu afilhado à toa. –Julia sorriu.

-Mas, Angie, eu tenho que te contar uma coisa que você não vai gostar muito.

-Se é coisa ruim fala logo.

-A Victória foi lá em casa ontem e eu deixei escapar que você e o Barnabas têm filhos.

-Ai não, Julie.

-Desculpa, foi sem querer.

-Tudo bem, mas a Victória é doida. Ela seria perfeitamente capaz de vir atrás dos meninos.

-Você acha que ela iria tão longe?

-Acho.

***

-Angie, você acha mesmo que ela viria?

-Acho, Barnabas. A Victória enlouqueceu.

-Eu não sei se ela teria toda essa coragem. -ela soltou um suspiro.

-Tudo bem, mas, de qualquer forma, é melhor ter cuidado.

-Como você preferir, mas agora, por favor, melhore essa cara. Já está me assustando. -ela riu.

-Tá bom, mas você pode me ajudar com isso.

Ele sorriu em seguida elançou-a pela cintura e a beijou. Os dois começaram a andar enquanto se beijavam, quando passaram pela sala, Angelique não percebeu o sofá atrás dela e acabou caindo sobre o mesmo. Barnabas só não caiu por cima dela porque apoiou as mãos nos joelhos da mesma. Quando perceberam a situação na qual se encontravam, ambos sorriram maliciosos e Barnabas começou a esgueirar-se sobre ela até poder encarar Angelique.

-Não é a primeira vez que isso acontece.

-Eu sei -ela passou os braços pelo pescoço dele- Só que dessa vez você não inventou nenhuma desculpa. -Ele riu e em seguida beijou-a.

Quando se separaram, Barnabas começou a descer com a boca pelo corpo de Angelique, a mesma ofegava e gemia baixinho. Ele deu um beijo na intimidade dela ainda por cima da roupa, fazendo-a gemer. Ela jogou a cabeça para trás e gemeu mais alto quando sentiu os dedos dele brincando no meio de suas pernas.

Por mais que o risco de serem flagrados por uma das empregadas ou, até mesmo, pelos filhos os excitasse, antes que as coisas ficassem mais sérias, Barnabas pegou Angelique no colo e foi para o quarto. Depois de chegarem lá foi questão de pouco mais que segundos, para ambos se verem já sem roupas na cama.

***

Era por volta das duas e meia da manhã, a casa estava em completo silêncio Amelia e Benjamin dormiam profundamente até que o pequeno ouviu um barulho e despertou. O bebê sentou-se no berço esfregando os olhos e levou um pequeno susto ao ver uma sombra perto da janela. Benjamin olhou por algum tempo e viu que a sombra não era nem de Angie nem de Barnabas.

-Ela parece com a oxigenada, mas você se parece com ele, pirralho. -o pequeno apenas a olhava enquanto segurava as mãozinhas. -Levanta daí, garoto. -Victória exigiu enquanto puxava Benjamin pelo braço.

O pequeno ameaçou chorar, mas Vicky tapou-lhe a boca enquanto beliscava o bebê.

-Eu acho bom você calar essa boca ou vai ser pior pra você entendeu? -Ben apenas sacudiu a cabeça e ela tirou a mão da boca dele.

-Qué mamã. -o pequeno disse com os olhos cheios d'água.

-Ah não, a sua mamãezinha não vai vir, sabe por quê? Porque ela não liga pra você, ela não gosta de você, moleque.

-Não, mamã gota nenê. -o pequeno protestou -Mamã! -ele chamou por Angelique.

-Oh, moleque, a minha paciência tá se esgotando. -ela apertou o pescoço dele -É melhor você calar a boca.

***

Angelique acordou com um pulo e sentou-se na cama. Barnabas acabou acordando também.

-O quê foi Angie?

-Eu não sei, eu tô com um mau pressentimento.

-Como assim?

-Não dá pra explicar, eu só preciso ver se os meninos estão bem. -Ela levantou e foi até o quarto dos filhos.

-Droga, ela tá vindo. Nós conversamos depois. -ela soltou Benjamin e saiu pela janela. Em seguida Angie entrou no quarto.

-Mamã, nenê. -Ben chamou por Angelique chorando.

-Calma, meu anjo, tá tudo bem. -ela pegou o pequeno no colo enquanto o acalmava.

Benjamin se agarrou a mãe enquanto chorava, ela levou o pequeno para o seu quarto.

-O que houve? -perguntou Barnabas.

-Eu não sei, mas vai buscar a Amy também?

-Tudo bem.

Angelique sentou-se na cama com Benjamin e só então percebeu as marcas no pescoço do bebê.

-Ben?

-Que?

-O que foi isso meu amor? -ela perguntou tocando o pescoço do pequeno.

-Foi ela.

-Quem?

-Não sabe, mamã. -o pequeno começou a chorar novamente. Angelique abraçou o filho enquanto o acalmava.

-O que aconteceu Angie? -Barnabas perguntou após acomodar Amelia na cama.

-O que você acha? -ela disse erguendo uma sobrancelha.

-Você não está falando sério, não é?

-Espera o Ben dormir e a gente conversa. -ele assentiu.

Depois de alguns minutos Benjamin começou a esfregar os olhos, mas estava com medo de pegar no sono de novo.

-Dorme, meu anjinho. Você tá com sono.

-Tá medo, mamã.

-Benjamin. -ela colocou o pequeno de pé em suas pernas e encostou a testa na dele -Tudo bem, meu anjo, a mamãe tá aqui com você. Ninguém vai te machucar, eu prometo. -o bebê pensou por um breve instante e logo se abraçou em Angelique. Ela não pode reprimir um sorriso suave. -Agora você vai voltar a dormir, meu pitoquinho?

-Nenê vai, mamã. -ela sorriu.

-Ótimo. -o pequeno acomodou-se no colo da mãe do jeito que costumava dormir quando tinha poucos meses de vida, aninhado contra ela.

Depois de pouco tempo ele adormeceu, Angelique acomodou o pequeno na cama e deu um beijo na testa dele.

-Nós precisamos conversar. -falou Barnabas.

-Eu sei. -Angie respondeu antes de olhar para os filhos. Em seguida ela fez um sinal com a cabeça para eles saírem do quarto.

Eles seguiram em silêncio até a cozinha.

-Eu preciso de algo forte antes de começar essa conversa. -disse Angelique, logo encheu um copo de whisky e tomou em um gole.

-Tudo bem, agora me diga, o que aconteceu? -a loira soltou um suspiro em seguida apoiou as costas no balcão.

-O que você acha que aconteceu? -o vampiro pensou por alguns instantes e respondeu.

-Eu acredito que ele teve um pesadelo e você está dando proporções demais a isso. -Angie riu com sarcasmo.

-Você acha mesmo que pesadelos deixam aquelas marcas no pescoço de uma criança?

-Isso não quer dizer nada, ele pode ter se machucado brincando ou alguma coisa assim.

-Barnabas eu sei que é difícil pra você aceitar que ela não é a Josette, mas você vai ter que superar. Eu sinto muito, eu sei que você ainda sente algo por ela.

-Isso não é verdade.

-É sim, Barnabas, mas você tem que parar com essa mania de defender ela.

-E você com essa mania de achar que tudo é culpa dela.

-Não é mania, você que está sendo cego. Você não quer aceitar que ela mudou, que ela só tem o rosto da Josette e nada mais.

-Você está enganada.

-Não, é você que está se enganado Barnabas. Mais cedo ou mais tarde você vai perceber que eu tenho razão. Você vai perceber que ela não é quem você pensa.

-Você também não é, Angelique. –a loira franziu o cenho.

-O que você quer dizer com isso?

-Você mudou você não é a mesma de dois séculos atrás.

-Ah não me diga, jura que eu mudei? Por favor, me diz algo que eu não sei.

-Essa não é a Angelique que eu conheci, você não é mais aquela garota.

-Pois eu tenho más noticias. Aquela garota cresceu, Barnabas, ela descobriu que não precisava viver na sua sombra pelo resto da vida. E acredite em mim, ela descobriu isso da pior forma, ela teve de amadurecer do dia pra noite ou enlouqueceria. Vocês acha isso fácil? Você acha que só porque eu tenho tudo isso eu não sofri por longos e amargos dois séculos? Você acha mesmo?

-Não foi isso que eu disse.

-Mas é o que você pensa. Eu sei que mesmo depois de tudo isso você não pensaria duas vezes se tivesse a chance de escolher entre mim ou a Josette.

-Angelique Bouchard Collins, eu realmente espero não ter compreendido o que você quis dizer.

-Você entendeu sim. Eu quis dizer que você me trocaria por ela. –ele segurou-a gentilmente pelos ombros.

-Em momentos como esse eu trocaria, -ela sentiu que ia chorar, mas não deixaria as lágrimas caírem pelo menos não na frente de Barnabas- mas eu me arrependeria cinco minutos depois. É você que eu amo, é você que eu mereço. Eu não mereço paz imaculada todos os dias, nem uma esposa completamente submissa. Seria mais confortável, é claro, mas não seria mais prazeroso. Eu amo a sua teimosia e eu a mereço, eu mereço todos os seus ataques de raiva e contrariedade. Você é a mulher da minha vida, eu nasci pra te amar, Angelique. Hoje eu sei disso, e por saber, é que eu tenho medo de te perder. –os olhos da loira se encheram d’água.

-Mas ás vezes não é o que parece Barnabas.

-Pelo amor de Deus, você acha que eu não sei disso? Eu sinto raiva de mim mesmo por fazer e dizer certas coisas desnecessárias a você, mas quando eu percebo, já estamos brigando. Eu sei que você não tem paciência e então junta-se tudo, porém, acredite em mim, em algumas ocasiões não é minha intenção perder o controle, mas quando eu percebo já é tarde.

-Tudo bem, eu te entendo, mas eu não quero que aconteça tudo de novo. Você partir o meu coração mais uma vez por causa da Victória.

-Eu não vou. Eu prometo.

Angelique ergueu o rosto e olhou no fundo dos olhos dele, havia algo neles que ela não podia decifrar. Algo que ela nunca vira antes, uma expressão ao mesmo tempo feliz e melancólica. Então a bruxa se abraçou nele o que o pegou de surpresa, mas ele abraçou-a de volta.

-Eu te amo. –ela disse com sua voz saindo abafada e seu rosto enterrado no pescoço dele.

-Eu também te amo. –ele respondeu em seguida deu um beijo na cabeça dela -Sempre amei e sempre vou amar. –ele sussurrou no ouvido dela como se isso fosse o maior dos segredos de dois amantes e deveria manter-se secreto. Eles permaneceram ali por mais tempo do que puderam perceber até decidirem voltar para cama.

***

Alguns dias passaram e lentamente as coisas começaram a calmar, Benjamin já havia conseguido dormir em seu quarto e para sua própria sorte Victória não havia voltado. Porém Angelique havia prometido a si mesma que quando encontrasse Vicky, ela pagaria pelo que havia feito.

Já era noite, estava na hora de colocar as crianças no berço.

-Anda Benjamin tá na hora de vossa altezinha tomar banho.

-Ah mamã, nenê tá sono.

-Exatamente, você toma um banho e vai pra sua caminha, mon amour.

-Tá pom. -ele esticou os braços -Leva nenê? -Angie riu.

-Tá bom. -ela pegou o pequeno no colo- Você tá ficando muito mimado. -ela disse em seguida deu um beijo no nariz do filho fazendo-o rir.

Angie subiu as escadas com o bebê enquanto conversava com o mesmo. Depois de poucos minutos Benjamin já estava com os dentes escovados, o banho tomado e seu pijama de panda vestido.

-Awn pandinha da mamãe. -ela pegou o pequeno e mordeu o fazendo gargalhar -Minha coisinha mais fofa. Quem é o pandinha da mamãe? Quem é?

-Nenê é. -o pequeno respondeu sorrindo.

-É mesmo, meu bebezinho. Amor da mamãe. -ela deu um beijo na bochecha do pequeno que se agarrou em seu pescoço.

-Nenê ama mamã. -o pequeno disse com seus olhinhos negros fitando os olhos azuis da mãe.

-Eu também te amo meu anjinho. -ela beijou a testa dele- Te amo muito. -a loira ficou com os olhos cheios d'água ao lembrar que um dia ela desejou não ser verdade que teria filhos.

-Pô que mamã tá cholando? -ela sorriu e secou as lágrimas.

-Nada, meu amor, é coisa de adulto. Mas agora você tem que ir dormir.

-Tá pom.

Ela foi com o pequeno até o quarto dele e o colou no berço.

-Boa noite, meu gordinho.

-Poa noite mamã. -Angie sorriu fazendo um carinho na bochecha dele em seguida saiu.

-Apareceu. -disse Barnabas quando encontrou com Angelique no corredor. Ela riu e passou os braços no pescoço dele.

-Você sabe que eu me distraio fácil, ainda mais com o Ben. -ela respondeu e deu um selinho nele. -Falando nisso a Amy tá com você?

-Não, achei que ela estivesse com você. -só então os dois notaram o que acontecera.

-Ai meu Deus, cadê a Amelia? -Angelique falou sentindo o coração apertar.

-Calma, nós vamos encontrá-la.

Barnabas e Angie vasculharam a casa inteira, mais de uma vez, e não encontraram nenhum rastro da filha. Uma sensação desesperadora começou a se apoderar de Angelique, ela estava sentindo um medo gigantesco que nunca sentira na vida.

-Pelo amor de Deus, me diz que você encontrou a minha Amy? -a bruxa perguntou desesperada segurando os braços do marido.

-Não, Angie.

-Não! -ela pronunciou com um nó na garganta e pôs-se a chorar -Eu quero a minha bebê.

Barnabas a abraçou para acalmá-la, embora ele mesmo estivesse tão desesperado quanto ela, mas sabia que quando a loira perdia o controle das emoções os resultados eram inimagináveis.

-Eu quero a minha filha, a minha bebezinha tem que voltar pra mim. Eu quero a minha Amelia. -ela falava aos prantos em meio aos soluços. E, pela primeira vez em anos, Barnabas não sabia o que dizer a Angie para confortá-la, não poderia dizer que tudo ficaria bem, já que, nem ele tinha essa certeza. Não poderia dizer que a encontrariam, pois não sabia se isso aconteceria. Nesse momento ele começou a sentir raiva. Raiva de Victória por ter levado Amelia, apesar de não querer acreditar, ele sabia que fora ela quem levara sua filha. Raiva de si mesmo por não ter dado ouvidos a Angelique. Raiva por sentir que havia falhado como marido, como pai. Sentir que havia falhado como homem. Barnabas sabia que a pior coisa a se fazer agora era perder o controle, então ele apenas apertou ainda mais o abraço em Angie, confortando os dois simultaneamente. Eles acabaram escorrendo para o chão e ficaram sentados lá.

Após longos minutos o choro de Angelique cessou, ela tinha os olhos vermelhos pelas lágrimas, uma linha preta de cada lado do rosto resultado da maquiagem que havia borrado; A loira estava com a respiração pesada e ainda soluçava.

-O que a gente vai fazer agora? -ela perguntou olhando para a parede. Barnabas soltou um suspiro.

-Eu não sei. -ela apoiou a cabeça no peito dele enquanto algumas lágrimas teimavam em cair.

-E se a nossa bebezinha não voltar? Eu não posso perdê-la. -Barnabas passou os braços pela cintura da esposa.

-Você não vai. Nós não vamos. -ele deu um beijo na testa dela.

-O que nós vamos fazer?

-Eu não quero ser pessimista, mas eu creio que nós não tenhamos o que fazer, Angie.

-Eu não posso ficar aqui sem fazer nada enquanto aquela doida tá com a minha filha.

-Eu sei, meu amor, eu sei. -ele acariciou o cabelo dela – A nossa gordinha vai voltar. -ela sorriu -Que foi?

-Eu consigo ver a carinha dela ouvindo você chamar ela assim. -ele também sorriu.

-É mesmo, ela ia ficar toda boba. -Angie soltou um suspiro.

-Ela tem que voltar pra casa. -ela enterrou o rosto no pescoço dele e chorou.

Depois de um longo tempo, Barnabas ouviu um ruido familiar, levou poucos instantes para reconhecer.

-Angie, eu estou ouvindo o choro da Amelia.

-Eu sei como é, mas...

-Não, literalmente. Eu estou ouvindo ela chorar.

-O quê? Como assim? Onde? -ela perguntou de uma vez.

-Espera. -ele ouviu com atenção por alguns segundos -Vem do jardim. -os dois levantaram em um pulo e foram em direção à porta de frente.

Ambos saíram para o jardim onde podiam ouvir claramente o choro da filha.

-Amy? -Angie chamou pela pequena, mas não teve resposta. Ela se encolheu tanto pelo nervosismo quanto pelo frio, estava nevando.

Eles começaram a procurar a bebê por todos os cantos possíveis e não encontrá-la os afligia mais a cada minuto.

-Amelia? -a loira chamou mais uma vez.

-Mamã. -ela ouviu a pequena responder com desespero. Então foi na direção de onde a voz da pequena vinha e finalmente encontrou-a. Amelia estava encolhida perto de uma árvore, tremendo de frio.

-Ah meu amor. -Angelique apertou a pequena contra si, dessa vez chorava de alívio -Barnabas eu achei ela. -Em um instante o vampiro apareceu.

-Graças aos céus, ela está bem?

-Eu acho que sim.

Eles entraram em casa, Amy estava agarrada a mãe, tanto pelo medo quanto pelo frio. Angie pediu a Barnabas que fosse ver Benjamin enquanto ela cuidava de Amelia. Ela levou a pequena até o banheiro do seu quarto e colocou água quente na banheira. A pequena relutou um pouco para entrar na água.

-Nenê tá f-fio mamã.

-Eu sei meu amor, mas o banho quente é pra resolver isso.

Depois de pensar um pouco Amelia resolveu ir para a banheira, quando entrou na água quente a pequena soltou um suspirinho que Angie conhecia bem.

-Quentinho, meu amor? -a pequena assentiu sorridente.

A loira sorriu de volta e fez cócegas na filha que gargalhava. Nenhuma das duas viu Barnabas espiando pela porta sorridente com os olhos marejados. Ele sentia um aperto no peito só de pensar que quase perdera suas meninas, Angie duas vezes e agora Amelia. E como ele amava as duas, jamais poderia imaginar ficar sem elas, isso seria impossível para ele.

Depois de pouco tempo Amy estava de banho tomado e com um pijama de cachorrinho.

-Mamã? -a pequena chamou sentada na cama segurando os pezinhos.

-O que, meu amor?

-Nenê tá fome. -Angie sorriu.

-O que você quer comer, minha fofinha?

-Bicoito.

-Tudo bem, hoje eu deixo. -a loira deu um beijo na testa da filha e começou a andar em direção a porta.

-Mamã! -Amelia chamou.

-O que foi?

-Colo mamã, nenê qué colo.

-Oh pardonnez-moi mademoseille. -ela disse exagerando nos trejeitos fazendo a filha gargalhar -S'il vous plaît Suivez-moi.

(Perdoe-me senhorita-Por favor, acompanhe-me.)

A pequena sorriu com os bracinhos esticados e Angelique a pegou no colo. Apesar da pouca idade Amelia já compreendia algumas coisas em francês. Ela se interessara depois que começou a perceber que algumas coisas que a mãe falava não eram em inglês, mas em um idioma que ela não entendia. Angelique quase morreu de orgulho quando a pequena disse que seu idioma preferido era o francês, então a pedido da filha ela lhe ensinou algumas coisas na outra língua.

Quando chegaram à cozinha Angie soltou a pequena sobre o balcão da pia, por sinal era o lugar que Amelia mais gostava de ficar na cozinha.

-Cá está mademoseille, seu biscoito. -a pequena agarrou o doce com as duas mãozinhas e mordeu.

Angelique sorriu e depois puxou uma cadeira e sentou-se bem perto da pequena.

-Amy?

-Que?

-Como você foi parar lá no jardim, meu anjo?

-Nenê não foi, ela levou. -Angie respirou fundo, controlando-se para não praguejar em voz alta.

-Quem?

-Não sabe, mamã. –ela sorriu de leve para a pequena.

-Tudo bem, deixa pra lá.

Mesmo depois do susto a noite acabou bem, mas apesar de nada ter acontecido a Amelia, Angelique estava decidida a se vingar de Victória de qualquer maneira. Ela sabia que não poderia contar com a ajuda de Barnabas para isso, porém sabia que não iria precisar, afinal, há anos atrás matara Josette e os pais de Barnabas e nada lhe aconteceu. Agora não seria diferente, principalmente, porque agora ela não precisaria de magia, apenas de suas mãos.

A partir da noite seguinte Angie vigiou, ouviu e nada de Victória, mas conhecendo a outra, a bruxa sabia que ela viria.

Algumas noites passaram sem que Victória desse as caras, até que, em uma fatídica noite, ela resolveu ir até lá.

Victória abriu a janela sem fazer barulho e entrou no quarto dos gêmeos despreocupadamente. Ela ia tranquilamente em direção ao berço de Benjamin quando sentiu alguém segurar-lhe os cabelos.

-Se você disser uma palavra vai ser pior pra você. -ela ouviu a voz de Angelique próxima ao seu ouvido.

Em seguida a loira puxou-a de surpresa pelos cabelos, arrastando-a para o corredor em seguida pelas escadas até o meio da sala de estar.

-Você tá querendo me matar, sua doida? -Victória chiou passando a mão sobre os cabelos depois que Angie a jogou no chão.

-Pra falar a verdade eu quero e quero muito.

-O quê? -ela respondeu levantando-se, mas caiu de novo depois de levar um tapa da loira.

-Cala a boca.

-Não me manda calar a boca não. –Victória protestou ficando de pé e isso só lhe rendeu outro tapa.

-Escuta aqui garota, tudo tem limite e a minha paciência também. –Angelique agarrou os cabelos da outra perto da raiz fazendo-a virar o pescoço dolorosamente.

-Ai tá me machucando.

-Mas é pra machucar mesmo. Não é tão divertido quando é você que sente dor, não é?

-Do que você tá falando? –Angie sorriu diabolicamente causando arrepios na espinha de Victória.

-Você sabe muito bem.

Qualquer cor que pudesse haver no rosto de Vicky sumiu quando ela viu os olhos da bruxa passarem de um azul-esverdeado á vermelho escarlate. Victória só voltou a si quando sentiu suas costas baterem contra o chão de mármore. Antes que ela tivesse a chance de levantar Angelique sentou em cima dela e apertou os pulsos da mesma com os joelhos.

-Agora você me paga, vadia. 

-Pelo que?

-Você sabe o porquê. -ela apertou o pescoço Victória -Ninguém encosta nos meus filhos.

-Eu não fiz nada.

-Cala a boca. - a loira ordenou dando outro tapa nela. E assim a bruxa fez inúmeras vezes desferindo vários tapas em Victória, apertando-lhe o pescoço quando ela ficava agitada demais. -Eu te avisei pra não se meter mais comigo, mas você não escuta não é?

-Por favor, para. Eu não fiz nada com ela. Me desculpa. -Angie parou por um momento encarando a outra.

-Não fez nada? Você ainda tem a cara de pau de me dizer Isso? Ela podia ter morrido.

-Eu sei. Eu ia levar ela, mas eu não tive coragem. -mesmo que relutasse Angie deixou uma lagrima cair.

-Mas você teve coragem pra machucar o Benjamin, não é?

-Você acha que é fácil pra mim saber que você me roubou o Barnabas e ainda teve um filho que é a cara dele?

-Eu não roubei ninguém queridinha. Se você quer implicar comigo é um problema seu, foda-se. Mas você não vai encostar nos meus filhos de novo.-Angelique deu outro tapa em Victória.

-Por favor, para.- Vicky implorou já quase sem voz.

-Você não parou quando foi com os meus filhos. Eu não vou parar com você.

Angelique continuou a estapeá-la sem dó, toda a sua raiva por Victória se esvaia através de seus tapas. Todos os remorsos pela outra foram se diluindo aos poucos.

-Para Angelique, eu te imploro.

-Cala a boca. -ela deu mais um tapa na outra e quando fora dar outro sentiu uma mão segurá-la.

-Angie, pare.

-Me solta, Barnabas. -Angelique exigiu enquanto se remexia.

-Barnabas, eu...

-Vá embora daqui, Victória. -ela obedeceu e saiu rapidamente.

-Mas que merda você acaba de fazer, Barnabas?

-Angie, pelo amor de Deus, são quase quatro da manhã. Eu desço aqui e encontro você quase matando a Victória. Onde nós vamos parar desse jeito?

-Você viu muito bem o que ela fez com os meninos e ainda vem até aqui me atrapalhar. Eu ia matá-la. Que droga você em.

-Angelique, você já matou gente de demais, você não precisa de mais um corpo pendurado no seu pescoço.

-Você nunca vê o meu lado não é?- ela desabou no chão e começou a chorar. Barnabas sabia que ela estava levada pela raiva e mesmo que achasse que ela estava errada não podia deixá-la chorar. Ele Abaixou-se ao lado da loira, abraçando-a.

Levou alguns minutos até que ela se acalmasse e pudessem conversar melhor.

-Angie, eu sei que você está com raiva dela, mas matá-la só vai te fazer igual a ela.

-Honestamente eu não ligo. Eu já fui tão fundo na escuridão que não me importaria de ir mais um pouco, principalente se for pra ver ela se afogando no próprio sangue.

-Você esta se ouvindo falar Angie?

-Ah, por favor, não vamos repetir a historinha do passado né?

-Do quê você está falando? –ele ergueu uma sobrancelha.

-Você sabe. O motivo pelo qual tudo aconteceu anos atrás. –ele soltou um suspiro.

-No passado as coisas foram diferentes.

-Não foram, Barnabas.

-Você não sabe tudo que aconteceu.

-Então me conta. –ela pediu com um tom de voz suave que surpreendeu os dois -Eu sei que você me esconde alguma coisa, me diz o quê é. –ele respirou fundo antes de começar.

-Na noite anterior a tudo, eu havia falado com meu pai e ele deixou bem claro que não aceitaria nada entre nós.

-Não negue Barnabas, eu vi você com ela e não é a primeira vez.

-Pai, por favor, entenda eu estou apaix...

-Eu realmente espero que você não esteja pensando em dizer que está apaixonado pela empregada. Seria um insulto.

-Mas eu estou.

-Não me afronte garoto. Você não sabe o que diz.

-O senhor está enganado. Eu sei perfeitamente o que estou dizendo. Eu amo Angelique e não há nada que o senhor possa fazer para mudar isso.

-Eu posso e vou acabar com essa palhaçada.

-E como pretende fazê-lo?

-Lorde Du Pres esteve aqui, a filha dele, Josette está em idade de casar e, bem, uma sociedade com ele triplicaria os meus lucros e já que você não arrumou uma noiva por sua conta você irá casar-se com ela.

-Não, a única mulher que eu desejo é Angelique, eu não casarei com Josette.

-Ou você se casa por bem ou eu dou um fim naquela criadinha.

-O senhor não teria coragem.

-Teria sim, mas não se preocupe antes de matá-la eu terei o prazer de saber o que ela tem de tão bom para fazer você dizer essas bobagens.

Ele ficou com os olhos marejados enquanto prosseguia.

-Você não imagina como me doeu partir o seu coração, mas eu não podia deixar o meu pai te machucar.

-Barnabas, eu não sabia que...

-Eu sei. Era melhor que você não soubesse.

-Você ia sacrificar a sua felicidade por mim?

-É claro. Eu jamais deixaria que meu pai te fizesse mal.

-Mas, depois que você saiu do caixão, tudo aquilo...

-Eu admito que estava com raiva de você. Ao mesmo tempo em que você era meu ponto fraco. Mas quando eu percebi que iria te perder, por mais raiva que eu sentisse eu ainda te amava. Eu não conseguiria viver sabendo que você morreria achando que eu não sentia nada.

Angelique estava sem palavras. Ela sabia que Barnabas a amava, mas não fazia ideia de que ele abriria mão da própria felicidade pela sua segurança.

-Barnabas, eu sinto muito, eu não sabia de nada disso.

-Eu sei, porque eu fiz questão de não te contar.

-Por que não? A gente podia ter pensado em algo. –ele sorriu triste e sacudiu a cabeça.

-Eu estava assustado demais para pensar. Eu não podia deixá-lo tocar em um fio de cabelo seu. –ele disse acariciando a bochecha dela, molhada pelas lágrimas.

Angelique não saberia o que dizer, ela apenas sorriu de leve e selou os lábios aos dele.

-Eu te amo. -ela sussurrou contra os lábios dele.

-Eu sei. -ele fez um carinho no cabelo dela- Eu também te amo muito, meu anjo.


Notas Finais


Desculpem se ficou muito longo, mas quando rola treta entre Angelique e Victória eu me empolgo.
Espero que Tenham gostado.
Só pra avisar no próximo vai ter hot ;).
Bjos e até lá ❤.


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