História Para Sempre - Capítulo Vinte e Cinco

-Marce? – Mário chamou à baixinha, assim que ela lhe atendeu. Já era sexta-feira e ele não teria faculdade, então decidiu passar na casa da menina para fazer o que tinha em mente há dias.

-Oi Mário, entra – Convidou ele e assim o futuro veterinário fez, sentando-se no sofá em seguida. – A que devo a honra? – Ela brincou sentando ao seu lado.

-Eu vim ver como você está – Deu de ombros.

-Estou bem – Disse. – A fisioterapia foi excelente e, particularmente, eu me sinto uma nova pessoa – Sorriu sendo acompanhada pelo garoto, que a admirava em pensamento.

-Eu tenho um convite a te fazer – Revelou e ela inclinou a cabeça para o lado, e fazendo um gesto para ele continuar. – Quer sair comigo? – Perguntou envergonhado.

-Tipo um encontro? – A pergunta o fez pensar por um momento. Se dissesse sim ela negaria? Mas resolveu arriscar mesmo assim.

-Tipo um encontro - Confirmou receoso. Marcelina pareceu pensar por um momento, mas logo depois sorriu.

-Eu aceito. Quando vai ser? – Mário quase pulou de felicidade. Seria um sonho tudo isso? Se fosse, ele não queria acordar.

-Hoje – Revelou e ela arregalou os olhos. – Vou lá em casa me arrumar e passo as oito para te pegar, ok?

-Tá bom, mas vai logo se não eu não consigo terminar a tempo – Falou e o empurrou porta a fora, correndo para o quarto e pegando as coisas para se arrumar.

~*~

Como dito, as oito em ponto Mário batia novamente na porta de Marcelina, que abriu com um sorriso quase maior do que o rosto. Ao fitá-la, o futuro veterinário sentiu que o coração saltaria pela boca de tão linda que a menina estava.

-Você está maravilhosa – Elogiou e ela corou.

-Obrigada. Você também está lindo – Ele riu e deu o braço para ela que aceitou de bom grado.

-Já que só tenho a moto, peguei o carro do coroa emprestado – Piscou para ela que gargalhou, entrando no carro.

O restaurante escolhido por Mário era um bem conhecido no centro da cidade, tanto pelo sabor quanto pelo preço que era bem salgado.

Assim que parou, ele abriu a porta para Marcelina descer e quando ela fitou o lugar, o queixo só faltou tocar no chão.

-Mário esse lugar é mais caro que o carro do meu irmão – Sussurrou para ele que riu.

-Fica tranquila que o dono daqui é meu amigo e eu já esquematizei tudo com ele – Jogou uma piscadela para ela que riu. Assim que entraram, logo já foram direcionados á uma mesa para dois.

-Hey cara – Um homem que aparentava ter no máximo vinte e três anos chegou, cumprimentando Mário com um abraço. – Fico feliz que finalmente tenha vindo.

-Eu falei que só viria se tivesse um motivo especial – Disse e encarou Marcelina que corou. O moço pareceu notá-la e sorriu grandemente para ela.

-Olá, tudo bem? – Cumprimentou trocando um aperto de mão com ela que assentiu. – Me chamo Wesley.

-Marcelina. É um prazer te conhecer – Disse sorrindo.

-O prazer é meu – Disse e virou novamente para Mário. – Eu preciso atender outros clientes. Mais tarde passo aqui – Disse e se afastou.

-Muito gentil ele – Marcelina disse, quebrando o silêncio que tinha ficado após a saída de Wesley.

-Sim. Conheço-o desde moleque – Contou.

Após o garçom deixar os pedidos sobre a mesa, eles começaram a jantar. Mário e Marcelina conversavam coisas aleatórias enquanto comiam.

Algum tempo depois, as luzes do salão diminuíram a intensidade, deixando somente o centro aceso. Uma música lenta começou a tocar e um a um, os casais que ali estavam foram para a pista que se formou no meio.

-Me concede esta dança? – Mário perguntou, fazendo Marcelina rir e concordar, segurando a mão dele e indo junto até o meio do salão. A baixinha colocou os braços sobre o ombro do futuro veterinário, que depositou as mãos sobre a cintura dela. A dança era calma e eles se encaravam o tempo inteiro. – Porque nós nunca passamos da amizade? – Ele perguntou após um tempo.

-Eu... Eu não sei – Marcelina respondeu o encarando intensamente. – Nós ficamos no acampamento e depois...

-Você se afastou de mim sem motivo algum – O rapaz acusou.

-Eu tive medo – A baixinha confessou. Mário a encarou confuso. – Você é o melhor amigo do meu irmão, Mário, eu ouvia direto vocês falar sobre suas conquistas com as garotas do colégio. Tive medo de ser mais uma que você teria e depois ficaria rindo com meu irmão.

-Você jamais seria alguém no qual eu só ficaria – Ele disse acariciando a bochecha dela. – Eu amo você, Marce, mais do que já amei qualquer outra pessoa. Quando nós finalmente ficamos, só faltou eu sair correndo e contar ao mundo o quanto eu estava feliz, mas no dia seguinte você nem olhou na minha cara.

-Você não veio mais atrás de mim também – Ela disse baixando a cabeça. – Eu gostava tanto de você que preferia continuar sua amiga, a não te ter mais por perto. Então decidi não tocar mais no assunto e seguir a vida.

-Eu te amo tanto pequena – Ele sussurrou, dando um beijo leve na testa dela, que sorriu.

-Eu também te amo grandão – Notando a insegurança do futuro veterinário, Marcelina tomou a iniciativa de se aproximar mais e selar os lábios em um beijo calmo e totalmente apaixonado.

Totalmente entregues, eles esqueceram até que estavam na pista de dança parados. Quem os observava, notava a evidente bolha de amor envolta dos dois.

Ao se separarem com alguns selinhos, eles sorriram um para o outro. Os olhos brilhando em felicidade.

-Você acredita que o teu irmão está dando baita apoio para darmos certo? –Mário perguntou soltando uma risada.

-Sério? – Ela questionou, também rindo. – Mesmo que seja cabeça dura e ciumento, meu irmão quer o melhor para mim.

-E o melhor para você é...?

-Te ter na minha vida – Ela respondeu sorrindo. Mário não aguentou e a beijou novamente.

~*~

Após mais alguns beijos e músicas dançadas, o casal decidiu pagar a conta e ir embora.

-Está entregue, senhorita – Mário disse assim que pararam na casa da baixinha.

-Você não quer entrar? – Ela questionou. Os olhos brilhando em expectativas convenceram Mário a aceitar o convite. Assim que entraram Marcelina foi retirando os sapatos, soltando os cabelos e se jogando no sofá. – Livre – Ela gritou erguendo os braços, fazendo o homem rir.

-Eu não sei o porquê de você colocar tantas coisas, passar maquiagem, usar salto, se você já é maravilhosa por natureza – Ele disse se jogando ao lado dela.

-Eu queria te impressionar – Ela disse sorrindo, enquanto sentava sobre o colo do rapaz. Mário colocou as mãos na cintura da garota a beijando em seguida.

Diferente do beijo no restaurante, esse era mais urgente, necessitado e cheio de desejo.

-Queria me impressionar é? – Ele perguntou com a voz rouca, enquanto distribuía beijos pelo pescoço da baixinha.

-Uhum. Vamos lá para o quarto? – Ela perguntou para ele que nada respondeu apenas se levantou com a menina ainda em seu colo, indo com ela aos beijos até o quarto.