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História Para Sempre - 01


Escrita por: afrodhiti

Notas do Autor


Essa é uma história que me surgiu em um dia beeeem cut, é um original que estou amando escrever, eu já a estou postando na minha conta no Wattpad e estava pensando em postar aqui só depois de encerrar Amor por Acaso e A Força do Destino, mas como já estão em retas finais resolvi postar logo aqui também, pois não sei vocês, mas eu gosto mais das configurações do Spirit para postar, no Wattpad não consigo deixar na formatação que faço.
Bem, no mais espero que gostem desta nova leitura!!!! Aproveitem bem!!!

Capítulo 1 - 01


Angela

FRUSTRADA

Sabe essa palavra com apenas nove simples letras, mas com um grande significado? Pois é ela me define nesse exato momento! Não sei onde estava com a cabeça quando me deixei ser praticamente forçada a sair do conforto do meu quarto em pleno sábado à noite para uma festa, eu poderia estar pondo meus seriados em dia, ou vendo um drama bem clichê, ou lendo, ou até mesmo não fazendo nada, mas com certeza estaria bem melhor do que estou agora. Mais ai você deve estar se perguntando, “Nossa por que essa pessoa está assim tão carrancuda quando está em uma festa?”, pois então vou listar alguns motivos desse ser no caso eu estar “tão carrancuda em meio a uma festa”, 1º não estou com animo para nada, tô morta de cansada pelo amor de Deus eu passei o dia inteiro encaixotando coisas, vou me mudar amanhã tudo que eu precisava essa noite era descansar pra poder estar no mínimo disposta para a árdua tarefa que é uma mudança e toda a loucura que é uma arrumação pós-mudança, não quero nem mais pensar nisso porque já me sinto mais exausta do que já estou; 2º sou a única que não está namorando ou “pegando” alguém em meu ciclo de amigos, tá eu sei não precisa me dizer que posso resolver isso facilmente já que estou em uma festa, mas acredite não estou em temporada de “caça”, estou bem do modo que estou livre e desimpedida, além de que o principal motivo para estar solteira no momento ser por motivos de força maior ou podemos denominar isso de outra forma como gosto de definir para meus amigos “coração fechado para balanço por motivos de um coração despedaçado”, mas é melhor deixar isso pra outra hora não quero lembrar disso agora; 3º estou proibida de colocar uma gota se quer de álcool na boca, não sou de beber eu admito isso não faz a menor falta para mim, mas é a única coisa que gostaria de fazer nesse momento já que não posso dançar por estar com um pé engessado, e aqueles a quem denomino de amigos ficam tirando onda com a minha cara por estar em uma festa e não poder dançar e devo dizer que amo dançar apesar de não ser uma expert no assunto me considero até razoável na dança, belos amigos eu tenho ficam o tempo todo tirando uma com a minha cara, mas eu os amo e sei que fazem isso na tentativa de animar fazer o que? Amigos são assim mesmo para a alegria e para os momentos tristes e também poder tirar uma com a sua cara; 4º e principal motivo para querer ir embora daqui nesse exato momento e estar sendo segurada por meus amigos, ele está aqui, você deve estar se perguntando nesse momento, “mas afinal quem é esse cara que tem o poder de te frustrar ao ponto de querer sair de uma festa?”, simples, é por causa deste ser que estou com esse bendito gesso em meu pé e é por culpa dele que estou com meu emocional abalado e querendo distancia de qualquer tipo de envolvimento amoroso, como uma pessoa pode ser tão cínica como ele? Me dá vontade de vomitar só de olhar para ele e pensar que já fui morta de apaixonada por esse cara, tenho raiva de mim mesma por ter me deixado ser enganada por ele, sinceramente se não fosse por o apoio que meus amigos me dão eu já teria desistido de tudo e teria voltado para a casa dos meus pais, ou quem sabe até mesmo mudado de país, só para não ter mais o desprazer de cruzar com esse ser novamente.

Vejo uma garrafa de água ser colocada à frente do meu rosto, me tirando de meus devaneios e olho para quem me entrega a garrafa, era Lucia que me olha já lendo minhas expressões que incrivelmente ela consegue só com essa rápida olhada decifrar tudo o que estou pensando, não sei como ela faz isso mais ela sempre acerta em cheio sobre tudo o que penso e não falo para ninguém.

 - Calma, ele não vai se atrever a vir aqui falar com você e se ele for tão cara de pau a ponto de fazer isso não se preocupe vou estar aqui com você e pode desfazer essa cara frustrada mocinha, você tem que se divertir um pouco. – Não falei que ela consegue ler minha mente? Sinceramente me pergunto se ela é uma bruxa ou algum tipo de entidade secreta e nunca me contou. Dei de ombros afinal o que mais poderia fazer? Nada! Peguei a água e tomei um grande gole, e antes de colocar a garrafa na mesa a minha frente o vi vindo em nossa direção com passos firmes e sedutores e um riso de canto de boca, sabe aquele riso canalha que alguns caras tem que são de derreter qualquer garota? Todas as garotas da festa e até mesmo alguns caras o encaram enquanto ele caminha em nossa direção, ele é naturalmente chamativo afinal é um cara de 1,90 de altura, cabelos negros como o noite, pele sensualmente morena, com ombros largos, braços torneados com músculos evidentes, pernas grossas, bumbum avantajado e durinho, ou seja, um corpo bem definido e trabalhado a custa de muita academia e Muay Thai; Pois é ele ou melhor Leandro Montanera é assim fodidamente gostoso e sexy devo admitir, mas acima de tudo um canalha de marca maior.

Respirei fundo tentando encontrar calma e paciência em algum lugar do meu subconsciente para aturar qualquer que seja a intenção dele em estar vindo em minha direção sendo que ele sabe bem o que me fez e principalmente por saber que não é bem visto por todos os meus amigos depois de tudo o que aconteceu, espero sinceramente que ele não cause nem uma cena.

- Ora, ora, vejam se não é a minha doce menina, vejo que já está bem o suficiente para sair de casa, como está seu pé meu doce? Porque não atendeu minhas ligações ou respondeu minhas mensagens? – falou cinicamente como se não tivesse acontecido nada de mais a nós dois, eu não podia acreditar em tamanha cara de pau, se o que ele queria era que eu me chateasse com essas provocações eu definitivamente não daria esse gostinho a ele, dei meu mais belo riso sarcástico e me sentei mais reta impondo uma postura altiva e determinada e calmamente respondi.

- Em primeiro lugar não sou seu doce, como você deve estar vendo claramente sim estou bem e me divertindo com meus amigos, e aproveitando que você mesmo sem ser solicitado resolveu aproximar-se para me questionar devo lhe responder com toda minha educação que não tenho o menor interesse em manter diálogos com você nem mesmo por simples textos de mensagens e acrescento mais uma vez, não me dirija mais a palavra à única coisa que ainda temos em comum é o fato de estarmos infelizmente na mesma turma de Doutorado. – nossa estou orgulhosa de mim mesma depois de ter falado isso tudo de forma tão clara e objetiva.

- Nossa quanta hostilidade, não faz assim comigo que eu sou capaz de gamar mais ainda em você! – ao ver que ele estava perto de mim todos os meus amigos chegam a nós e ele sendo sensato resolve sair dali, mas não antes de me provocar mais um pouco, ele se aproxima de mim e fala ao meu ouvido, - Esse seu lado determinada e dona de si não me intimida, acredite você voltará a ser minha no momento em que eu desejar é assim que deve ser e você sabe disso. – ele termina de falar beija meu rosto bem próximo aos meus lábios e pisca para mim em forma de provocação e sai.

     Se eu ainda tinha algum resquício de esperança de me divertir essa noite ela tinha acabado de ir por terra, - Pra mim já deu isso foi à gota d’água estou indo para casa, não se preocupem vou sozinha pego um taxi, boa noite e boa diversão para vocês. - Me despedi minimamente de meus amigos que me conhecendo bem não tentaram me impedir de ir embora, prendi toda minha confusão de sentimentos em minha mente e mesmo com dificuldade me apressei a sair daquele lugar, mas como a noite não parecia ter sido péssima o suficiente quando estava indo em direção ao ponto de taxi trombo com alguém, graças ao bom Deus pelo menos não cai estatelada no chão só minha bolsa, como não estava com humor para baboseiras e nem para desconhecidos nem me dei ao trabalho de olhar no rosto de quem era apenas me inclinei para pegar minha bolsa e vi a pessoa me entregando à bolsa antes mesmo que eu a alcançasse, tudo bem sou educada e essa pessoa não me fez nada eu que sou uma desastrada nata, respirei fundo peguei minha bolsa e sem me alongar para diálogos, pois o que mais queria era chegar em casa simplesmente falei um “obrigada” e um “sinto muito” e sai entrando no primeiro taxi que encontrei sem nem mesmo olhar para traz. A não, não me julguem eu fui razoavelmente educada, me deem um desconto depois daquele canalha ter me provocado abertamente daquela forma eu mereço esse desconto, e mais pra que eu iria iniciar um dialogo com alguém que eu nem conheço? Tá tudo bem, admito que eu poderia ao menos ter olhado para ver quem era, vai que era um conhecido ou qualquer coisa do tipo, mas quer saber não sou obrigada, se for alguém que eu conheço depois essa pessoa vai me procurar pra falar então eu me desculpo como deveria decentemente, mas nesse momento não, tudo que quero agora é chega em casa, tomar um banho e me jogar na cama.

Escuto meu despertador tocando, droga, já amanheceu? Nem da pra acreditar, acho que mal fechei os olhos e já é de manhã. Mas fazer o que né? O mundo não para e hoje meu dia está cheio, tenho que ir à universidade e depois vem minha mudança. Respiro fundo e olho ao redor do meu quarto vendo caixas e mais caixas embalando meus pertences, - Vou sentir falta daqui!- me espreguiço e sinto um delicioso aroma de café, vou ao banheiro escovo os dentes e tento dar um jeito na minha juba que hoje amanheceu daquele jeito parecendo que estava na guerra “ Cada um por si e Deus por todos”, saio do quarto e vou em direção a cozinha onde sei que Lucia está preparando café. A sim nem falei né? Eu divido (ou dividia) apartamento com Lucia, vou sentir falta dela, agora que vou morar sozinha. Fala sério como pode uma coisa dessas? Eu nem sei a hora que ela voltou pra casa ontem ou será hoje? E ela já está toda produzida, bem maquiada e com cara de disposição, como se não tivesse ido pra farra ontem, e eu que vim cedo pra casa e nem bebi tô aqui parecendo um trapo humano, isso é muito injusto! – Eu juro que ainda vou descobrir esse seu segredo, olha pra você nem parece que estava na balada ontem, tá ai toda diva essa hora da manhã garota, definitivamente sou sua fã! Que horas chegou? Bom dia baby! – falo e recebo a xicara de café que ela me estende.

- Bom dia pra você também! Não tem segredo nenhum eu só tive uma boa noite ontem, você nem imagina, depois te conto, cheguei umas cinco da manhã eu acho. - Lucia responde com um riso travesso, sabe aquela carinha de quem se deu muito bem na balada? Pois é exatamente essa cara que ela esta fazendo agora!

- Hmmmm, pelo que tô vendo alguém se deu bem essa noite! Que bom pra você! Não vai esquecer que se comprometeu em me ajudar na mudança né?- falo e dou um gole no meu café, que está uma delicia como sempre. – Vou sentir falta desse café!-

- Só do café? Nossa pensei que sentiria minha falta, sua ingrata!- Lucia fala fingindo ter se magoado com o que eu disse.

- Acho que ainda tenho uma caixa grande vazia, vou te embalar e levar pra minha nova casa assim vou ter café delicioso o resto da vida! Claro que vou sentir sua falta sua bobona, sabe que eu te amo e além do mais nem vou estar tão longe, sabe que sempre que quiser pode ir ficar comigo! – falo para Lucia que já está toda emocionada, ela é uma manteiga derretida mesmo, chora por qualquer coisa, eu me levanto e a abraço carinhosamente, essa garota é como uma irmã para mim eu a amo muito, seria capaz de enfrentar qualquer coisa por ela e eu sei que esse sentimento é reciproco.

- Eu sei, mais vou sentir sua falta mesmo assim, eu estarei em casa para te ajudar com a mudança as três não se preocupe se quiser carona eu te levo na universidade você vai lá agora pela manhã não é? –

- Sim vou, tenho que resolver algumas pendencias na coordenação do doutorado, vou só escovar meus dentes, pegar minha bolsa e podemos ir. – já dentro do carro de Lucia em direção à universidade resolvi abrir minha bolsa para pegar meu amuleto da sorte e para minha surpresa não estava lá, derrubei todos os itens que tinha dentro da minha bolsa em meu colo na tentativa de ter me enganado e ele estar lá, para meu total desespero não estava, Lucia vendo meu desespero pergunta.

- O que está acontecendo? Perdeu alguma coisa importante?-

- Não, meu amuleto não está aqui, não encontro em lugar nenhum e eu não tirei ele da bolsa tinha que estar aqui!- respondi já sentindo um aperto em meu peito, eu simplesmente não podia perder meu amuleto.

- Você tem certeza? Talvez ele esteja no meio das suas coisas da mudança, vai ver você tirou da bolsa e guardou e nem se lembra! – Lucia me fala na tentativa de me consolar, ela sabia a importância que ele tem para mim.

- É vai ver você tem razão quando tiver desempacotando as coisas depois da mudança eu espero encontrar!- falei não muito convencida das minhas palavras, guardei dentro da bolsa tudo o que tinha tirado me encostei no banco e fiquei em silêncio olhando pela janela do carro envolta em meus pensamentos.

Não que fosse algo extremamente valioso financeiramente, muito pelo contrario era algo que muitas pessoas não dariam nenhum valor mais para mim era o meu bem mais precioso, vou explicar o porquê, esse meu amuleto da sorte na verdade é um ursinho de pelúcia velho e desbotado pelo tempo que eu transformei em um chaveiro, eu o tenho desde meus onze anos de idade, tá vendo como é algo bem simples? Mas para mim tem muito significado e importância, eu ganhei ele de um amigo de infância, eu diria que ele era bem mais que um amigo ele foi meu primeiro amor, sabe aquele amor que marca a vida da gente que você nunca esquece? Pois é esse mesmo, e essa é a única lembrança que eu tenho dele porque ele foi estudar fora do Brasil dois dias depois de ter me dado esse ursinho, nós nunca mais tivemos contato e eu nunca tive a oportunidade de falar que eu tinha um amor platônico por ele, apesar de que nossos pais eram amigos de longa data, nós nunca mais nos vimos ou nos falamos novamente e agora a única lembrança fora meus pensamentos que tinha dele desapareceu.

Definitivamente meu dia não tinha começado bem, quando chegamos à universidade me despedi de Lucia e sai do carro indo com o auxilio das minhas muletas em direção à coordenação do doutorado, graças a Deus eu ia tirar aquele gesso antes de me mudar, depois que eu saísse da universidade ia direto pra clinica me livrar daquilo.

- Mais que droga, realmente deveria ter ficado na cama hoje, o universo tá conspirando contra mim hoje só pode!- Falei quase gritando de raiva, como pode uma coisa dessa logo hoje que eu precisava ir à coordenação do doutorado a porcaria do elevador resolveu não funcionar, resultado tive que enfrentar a escada, já imaginou como é subir uma escada com muletas? Pois nem queira saber é um verdadeiro suplicio, com muito esforço consegui finalmente chegar ao meu destino, e pra piorar minha raiva quando entrei na sala a bendita da coordenadora não estava a secretaria dela me disse que ela teve que viajar para uma das filias da universidade pra resolver algum problema em uma delas, eu não falei que o universo estava conspirando contra mim hoje? Pois é, só me restou respirar fundo e voltar por o mesmo caminho que tinha vindo, ou seja, enfrentar novamente a escada.

Eu descia a escada com toda a calma que conseguia subir é uma coisa descer é outra totalmente diferente e acredite do jeito que sou desastrada e tudo está dando errado para mim hoje é bem provável que eu role escada abaixo, não quero nem pensar nessa possibilidade já basta este tempo que passei com esse bendito gesso, a possibilidade de outra coisa assim me acontecer estava fora de cogitação, precisava voltar pro meu trabalho, não aguentava mais não poder me locomover sem precisar do apoio de alguém ou de muletas, estava morrendo de saudades de dançar, não via a hora de poder passar horas me matando de dançar era o que eu mais estava sentindo falta. Eu já falei que sou desastrada né? Pois sim, não eu não cai, ou melhor, eu quase cai mais ai alguém me segurou, meu Deus eu quase rolei escada a baixo por que estava perdida em meus pensamentos, mas para minha felicidade fui amparada por braços fortes que me envolveram em um abraço quente e confortável que ao mesmo tempo que me protegeram da queda me aconchegavam de uma forma tão familiar que eu nem sabia explicar porque, sabe quando agente recebe uma braço de urso da mãe da gente naqueles momentos que estamos mais precisadas? Pois é exatamente desses, fiquei meio desorientada em me perceber tão confortável em um abraço de um desconhecido, rapidamente me desvencilhei daquele abraço me apoiei em minhas muletas e olhei para quem tinha tão gentilmente me ajudado e no mesmo instante fiquei paralisada com o que meus olhos viam.

Sabe quando agente lê aqueles historias que misturam romance e hot no mesmo contexto que o protagonista é um cara extremamente gostoso e sexy? Pois era exatamente assim o cara que estava na minha frente, cabelos em um tom de loiro escuro natural, o corpo definido com músculos aparentemente nos lugares certos, era o que dava para perceber através do tecido de sua camiseta e da calça jeans que marcava bem as curvas de suas pernas grossas, lábios grossos e rosados, barba por fazer deixando um aspecto sexy ao seu rosto, mas o que me deixou mais fascinada ainda nele foram seus olhos, eles eram de um azul profundo que mais pareciam o oceano de tão azuis que eram e aquele olhar tinha algo que me atraia me fazendo não querer parar de admira-los, era como se eu já tivesse me visto no reflexo daqueles olhos, novamente uma sensação de familiaridade me envolveu, o que será que estava acontecendo comigo afinal? Isso não fazia o menor sentido eu não me lembrava de ter o visto em lugar algum ele era um completo estranho para mim. Percebendo meu estado de admiração pisquei meus olhos e balancei a cabeça para recobrar meus sentidos.

 - Obrigado por me segurar, eu te machuquei? – falei para ele que continuava me olhando fixamente assim como eu tinha feito com ele momentos atrás e ele com um sorriso de derreter qualquer coração me respondeu.

- Não precisa agradecer, não se preocupe você não me machucou estou inteiro ainda, você deveria ter usado o elevador, não é aconselhável usar escadas com muletas. –

- Eu sei disso, mas não tive outra alternativa o bendito do elevador resolveu não funcionar logo hoje e eu não podia deixar de resolver o que tinha que resolver apesar de não ter resolvido nada no fim das contas.- respondi tentando me distrair pois não estava conseguindo parar de o encarar, que droga o cara além de educado e lindo pra caralho ainda estava com aquele sorriso matador nos lábios, eu com toda a certeza estava mais vermelha que um camarão aquela altura. E ele com toda a certeza estava se divertindo com meu estado, que vergonhoso queria que um buraco se abrisse aos meus pés pra eu poder me esconder nele e só sair de lá quando ele não estivesse mais por perto.

O vi estender a mão para mim, - Sou Enzo, posso ter o prazer de saber ao menos o nome da garota que eu não deixei rolar escada a baixo? – ele falou olhando para meu rosto com a mão estendida em minha frente, que coincidência até hoje em toda a minha vida só conheci uma pessoa com esse nome e ele estava bem longe de mim a mais de dez anos fora do país.

- Angela - estendi minha mão e toquei a dele em sinal de agradecimento, - E mais uma vez obrigado. - foi imediato, assim que encostamos nossas mãos uma energia passou entre nós, eu pude sentir como se fosse uma onda elétrica que percorreu todo o meu corpo, rapidamente desfiz o aperto de mãos e voltei a me apoiar em minha muleta, não sabia explicar, mas aquela sensação me desconcertou mais ainda, não sou nenhuma garotinha para sair correndo ao encontrar um garoto bonito, nem mesmo uma mulher que não tem o controle de si, muito pelo contrario me julgo muito dona de mim, mais alguma coisa nesse cara mexia comigo de uma forma inexplicável. Respirei fundo e falei, - Desculpe eu tenho que ir, mais uma vez obrigada. – escutei ele falar um “até logo” e tratei de terminar de descer a escada dessa vez focando em meus passos. Tenho que admitir adoraria sentir o calor dos braços de Enzo novamente mais pelo amor de Deus, já foi constrangedor demais ele me segurar quando eu estava quase caindo da escada, minha cota de vergonha pública já tinha acabado por hoje.

Dentro do taxi em direção ao hospital passei o caminho todo relembrando as sensações que me tomaram quando estava envolta nos braços de Enzo e não pude deixar de lembrar-me de um outro alguém, outro Enzo, que coincidentemente também tinha os olhos em azul profundo que mais pareciam o oceano, que fez parte de minha vida de forma tão marcante, não pude não lamentar por ter perdido contato com ele, nós até chegamos a nos corresponder por cartas por um tempo, mas com o passar dos anos nem mesmo por nossas cartas nos comunicávamos mais. Será que ele se lembrava de mim? Como será que ele estava agora? Será que algum dia nós iriamos nos ver novamente? Sinceramente eu não sabia, mas desejava ao menos poder saber algo dele, e havia me decidido assim que voltasse ao trabalho ia perguntar ao Senhor Guilherme, o pai de Enzo que era meu chefe, não exatamente assim, ele e meu pai eram sócios e eu estava substituindo meu pai temporariamente na firma porque ele resolveu sair de férias com minha mãe e praticamente me obrigou a sair do meu trabalho para cuidar dos negócios da família, coisa que eu não queria.

Sempre gostei de ser independente e mesmo meus pais tendo dinheiro e influencia por serem de famílias tradicionais e bem sucedidas no país e até fora do país, eu sempre batalhei por os meus sonhos, nunca fiquei na sombra deles, tudo o que tinha conquistado até então foi com meu esforço e eles se orgulhavam disso e eu também. Mas no fim das contas não tinha como me negar a esse pedido dos meus país, eu os amo e eles me prometeram que eu não seria beneficiada por isso, e o Senhor Guilherme, ou melhor, o Tio Guilherme, ele gosta que o chame de tio mesmo não sendo irmão de sangue do meu pai eles são como irmãos se conhecem de muito tempo e ainda quando eu era criança pediu para que o chamasse assim, ajudou a me convencer a ir trabalhar lá.

A sim como sou tonta deixa eu me apresentar pra vocês, prazer Angela Brito Guimarães, 1, 60 de altura, cabelos ruivos, olhos verdes iguais os de minha mãe, não muito magra tenho umas curvas acentuadas, mas nada que me deixe neurótica  mantidas a custa de malhação, Muay Thai e muita dança, 29 anos, Arquiteta, amante da dança, música e de leitura, não tenho irmãos, filha única de Antonio e Elisa Brito Guimarães, é um prazer tê-los em minha companhia.

 

 


Notas Finais


Até o próximo capítulo!!!


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