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História Para Sempre Seu - Duas forças


Escrita por: CarlaOliveira29

Notas do Autor


olá meninasssssss!!!!!
olha eu aqui de surpresa novamente!!!!!
A razao dessa postagem surpresa na verdade são duas:?
Primeiro surgiu a possibilidade de uma viagem nesse fim de semana e resolvi postar logo para nao deixá-las na mão mais do que já deixo....
Segundo é que esse cap. está tao lindo, mas tão lindo que nao pude deixar de desejar ver a reação de vocês a esse momento!!!
Enfim... nao irei me prolongar entao... boa leitura

Capítulo 52 - Duas forças


POV GREGORY

Vinte e quatro horas.... Constavam exatamente vinte e quatro horas que Desirrê fora submetida à sessão de hemodiálise e ainda não sabíamos se seu estado progredira ou não. Os médicos ainda não haviam atualizado o boletim e eu já estava a ponto de invadir a UTI para poder ficar ao lado dela e ver com meus próprios olhos seu real estado. 

Nunca pensei que íamos acabar daquela forma. Eu estava tentando me conformar em vê-la com outro homem. Um homem que não desconfiaria do amor que os unia. Que faria o impossível para tê-la ao seu lado. Que enfrentaria os próprios medos em troca da pela benção em acordar ao seu lado todos os dias. Eu queria ser aquele homem, mas tive medo de fracassar. Agora, depois de tudo, a única coisa que quero é ficar ao seu lado. É demonstrar todo o amor que sentia e nunca mais fazê-la sofrer.

— Alguma notícia? — Dimitri questionara ao se sentar do meu lado na sala de espera. Ele passara metade da noite na enfermaria e mal trocamos uma única palavra. A tensão era grande demais entre nós. Dois homens apaixonados pela mesma mulher... os dois querendo conquistá-la, mas somente um poderia ter essa benção.

— Nada ainda! — falei pressionando o polegar e o dedo médio em meus olhos a fim de diminuir a exaustão que os fazia querer se fechar.

Dimitri bufou em frustração e recostou suas costas na parede.

— Você deveria comer e descansar... se a hemodiálise não surtir o efeito esperado Desirrê precisará do seu rim e creio que não será de muita ajuda estar em péssimas condições.

Eu sabia que ele estava certo, mas não queria deixar Desirrê nem por um momento. Podia ser besteira de minha parte, mas me sentia menos impotente sabendo que ela estava apenas alguns metros de distância. Eu queria que ela sentisse minha presença de alguma forma para saber que não estava sozinha. Desirrê nunca mais se sentiria só.

— Não quero deixa-la...

— Eu fico em seu lugar! — Nicoll falou enquanto se aproximava. Sua expressão séria demonstrava exaustão e seus olhos vermelhos e inchados denunciava que andara chorando. Aquilo era estranho... a Valois jamais chorava, pelo o contrário. Nicoll era o tipo de garota que nos fazia chorar. Ela era durona e totalmente indiferente a lágrimas.

— Está tudo bem? — eu questionei observando que ela evitara olhar na direção de Dimitri.

— Minha alergia resolveu dar as caras... mal dormi a noite inteira apesar de ter me intoxicado de antialérgicos! — ela respondera com um sorriso desconcertado e percebi que o motivo de seu estado nada tinha a ver com um episódio alérgico. — Romanov... você deveria acompanhar Gregory no dejejum e garantir que ele se alimente bem. Não adiantará de nada ser doador compatível se estiver caindo pelas tabelas de tanta fraqueza.

Dimitri acenou com a cabeça e se levantou após dar-me um tapinha de incentivo nas costas, mas eu nem ao menos me mexi.

— Gregory, não seja teimoso. Sei que não quer desgrudar sua bunda dessa cadeira por medo de que algo ruim aconteça, mas você tem que se alimentar se pretende ajudar Desirrê a sobreviver. Eu ficarei aqui e qualquer alteração mando lhe chamar imediatamente!

Eu mirei seus olhos vendo toda a sinceridade que habitava neles e, por um momento, vi a Nicoll moleca que brincava de bola nos jardins do palácio francês.... aquela menina que Desirrê e eu magoamos de uma maneira tão cruel.

— Você promete? — questionei com a voz rouca e o choro preso na garganta ao estender meu mindinho em sua direção como quando fazíamos na infância.

— Prometo seu teimoso! — ela falara enlaçando seu dedo no meu. Os olhos úmidos de lágrimas e um sorriso tímido no rosto. Mal percebi que também sorria e que era a primeira vez que o fazia após todos os acontecimentos.

— Me perdoe por tudo Nicoll! — sussurrei em seu ouvido assim que a abracei.

— Apenas não seja babaca e lute pelo o que deseja. Não faça o meu sacrifício ter sido em vão!

Nos separamos e meus olhos foram direto para suas mãos para observar a aliança prateada em seu dedo anelar esquerdo.

— Nós podemos ir? — Dimitri questionou impaciente não me dando tempo para analisar o que estava acontecendo entre eles. Nicoll acenou com as mãos em sinal para que saíssemos logo dali e eu segui o russo que já havia começado a percorrer o caminho da saída.

No caminho para a cozinha, Dimitri fora me atualizando da fuga de Sarah e do plano que Nicoll e meu pai criaram para salvar Vida e América. Eu estava bastante surpreso com a ajuda que a francesa estava ofertando e não pude deixar de ficar feliz por perceber que o diamante que Nicoll possuía no lugar do coração começava a ser lapidado.

O salão comunal estava praticamente vazio. Dimitri e eu nos encaminhamos para a mesa das guloseimas e tratei de preparar um sanduíche leve e encher um copo com suco. Normalmente isso não seria capaz de me saciar, mas nas atuais condições era mais do que o necessário.

— O que aconteceu entre Nicoll e você? — Dimitri questionara logo que engoli o primeiro pedaço da comida. Ele rolava o saleiro entre as mãos de forma impaciente e seus olhos estavam cheios de ressentimento. Nunca o havia visto daquela maneira.

— Eu fui um idiota ... — constatei em um suspiro. — Quando éramos mais novos, Nicoll se declarou para mim e eu brinquei com seus sentimentos... eu queria despertar o ciúme de Desirrê então a fiz acreditar que poderíamos ter uma relação!

Dimitri me fitou pensativo por alguns segundos antes de recomeçar a falar:

— Ela ainda ama você!

— Não... Nicoll passara a me odiar quando descobriu minhas reais intenções.

— Desirrê havia dito a Enzo que Nicoll só aceitou ajuda-la se você casasse com ela, então eu digo que ela o ama!

— Mas que histo...

— Isso seria perfeito sabe? — Dimitri continuou a falar pouco se importando em ter me interrompido. Sua voz continha frustração e raiva. — Você casaria com ela e eu teria Desirrê. Nós seríamos felizes... eu não a usaria como você fez... eu a amaria como você nunca irá conseguir. Ela seria minha czarina e você e Nicoll governariam a França com o apoio do Conselho. Esse era o plano.... mas, ao invés de disso... temos Desirrê entre a vida e a morte  e eu casado com uma mulher que não tolero e que ainda ama você. Você sempre está no meu caminho, não importa o rumo que eu escolha... isso é muito frustrante!

Eu estava sem palavras ante aquela explosão. Dimitri era um cara centrado e vê-lo tão transtornado era algo surpreendente.

— Como você pôde? Como conseguiu tê-la e descarta-la? Desirrê se entregara a você e fora humilhada na manhã seguinte da pior maneira possível. Você disse que não a amava quando está mais que evidente o quão enorme fora essa mentira e eu não paro de me questionar no porquê de tudo isso!

Eu suspirei enquanto o mirava. Seu semblante estava demonstrando sua confusão e eu percebi que ele merecia a verdade.

— Eu amo Desirrê desde que me entendo por pessoa. Eu amo cada pedaço dela. Amo seu sorriso, amo seus olhos, amo a forma com que ela bate o pé de maneira nervosa e irritante quando está estressada....nunca existiu outra mulher além dela. Mas, eu sempre soube que jamais poderia tê-la. Ela é uma princesa e eu... Eu sou apenas o filho de um cozinheiro que por um acaso possui um pé na realeza. Sempre soube disso e esse fato me ajudava a não sonhar, a não criar expectativas de um futuro que nunca aconteceria...a última vez em que nos vimos ela fora especialmente cruel e esfregou essa realidade na minha cara com toda a sua frieza. Naquele dia eu jurei matar todo e qualquer tipo de sentimento por ela, mas falhei a cada tentativa. Quando eu recebi a oferta de sua mãe não hesitei em aceitar porque sendo o rei de Íllea, ao menos essa distância eu poderia eliminar, mas no fundo sempre soube que a diferença social não era o maior problema, mas sim o que eu sou, o legado que carrego. Olhe para a história desse país Romanov... você sabe o que nós, os Íllea fizemos para alcançar o poder... esse é o verdadeiro motivo que levara a August e meu pai a não possuírem interesse em governar. Nós carregamos a marca da destruição e da cobiça. Estamos sempre almejando a próxima vitória, a próxima destruição... você acha que eu seria o governante que Desirrê precisa ao seu lado? E se eu me cansasse de seu corpo ao longo do tempo e começasse a ter amantes? Você acha que ela merece um cara assim? Eu dormir com Nicoll na primeira oportunidade que tive mesmo sabendo que não queria nada com ela. Eu usei uma garota inocente para alcançar um objetivo e quando Desirrê finalmente se declarou para mim, a primeira coisa que fiz fora descartar sua prima sem remorso algum... eu não sou digno dela Dimitri. Não sou como você, mas quero tentar porque tudo o que estamos vivendo serviu para me mostrar que viver em um mundo sem Desirrê é pior do que passar a vida lutando contra meus demônios. Eu só não quero desapontá-la...

Eu inspirei profundamente antes de soltar o ar com lentidão. Meu corpo estava mais leve e meu coração parecia enfim estar livre do medo e da angústia.

— Quando Desirrê me contou sua idéia de ceder o trono a Nicoll e a você quando fossemos assumir a Rússia, fui totalmente contra porque eu conseguia te enxergar como realmente era  e sabia que iria falhar na missão de manter a França no caminho da prosperidade. Eu te julguei não porque o via como o cara ganancioso e cego por poder como você dramaticamente se definiu, mas porque eu vi seu medo e pessoas que são regidas por esse sentimento não conseguem lutar e a França precisará de alguém forte e guerreiro para guia-la. Eu disse a Desirrê que você era a pior escolha para essa função, mas ela fora firme ao defender sua ascensão ao trono. Ela reafirmou seu amor pelo país e sua capacidade de simpatizar com causas perdidas e com o sofrimento alheio... e mesmo que você, nas palavras dela, fosse um idiota medroso e auto depreciativo, ainda era a melhor opção porque ela confiava em seus bons sentimentos. Então Íllea... devo dizer que Desirrê jamais ficaria desapontada com suas falhas porque ela sabe que você não irá fazê-lo. Acha mesmo que Desirrê não pegaria no seu pé quando estivesse agindo feito um idiota?

Eu sorri em alívio por estar conversando com alguém sobre isso pela primeira vez na vida.

— Não mesmo!

— Gregory... não sou seu maior fã e para ser sincero sinto vontade de partir sua cara toda a vez que nos encontramos, mas eu percebo que você é uma boa pessoa e... é duro ter que admitir... a melhor opção para Desirrê. Meu pai sempre costuma dizer que as pessoas que não almejam o poder são as melhores para obtê-lo e eu acabo de concordar com essa máxima. Juntos, você e Desirrê levarão a França ao topo e eu estarei ao lado de vocês nessa caminhada como um valoroso aliado. Então... procure ser menos imbecil e trate de pedir perdão a mulher que ama por todas as baboseiras que despejara sobre ela e seja feliz!

Eu não sabia o que falar, mas percebi que aquele era um dos momentos na vida em que palavras não se faziam necessário. Eu sempre respeitaria Dimitri... ele era um ser humano excepcional e seria um czar bastante amado por seu povo. E esperava profundamente que Nicoll não o fizesse infeliz.

****

—Já estava mandando um guarda ir avisá-los... Dr. Aslan quer lhe falar! — Nicoll disse ao nos ver entrar na enfermaria. Pela sua expressão eu já poderia adivinhar o teor da conversa.

— Será preciso o transplante não é? — questionei a ela recebendo um aceno afirmativo.

— Tudo bem... se essa for a única forma de fazê-la viver que assim seja!

Deixei os dois na sala de espera e caminhei em direção a sala dos médicos. Quando abri a porta encontrei Maxon, Enzo e Lucca conversando com a junta de doutores. O clima estava carregado de tensão e, assim que perceberam minha presença, todos se calaram.

— Sente-se Gregory. Precisamos conversar... — dr. Aslan pediu e eu prontamente obedeci.

— Nas últimas vinte e quatro horas Desirrê ficara sendo monitorizada quanto a função renal para avaliarmos o comprometimento do rim e os efeitos da sessão de hemodiálise. Infelizmente seu quadro agravou bastante e decidimos em conjunto não realizar mais sessões e partir para o transplante visto que já possuímos um doador compatível, no caso... você.

— Eu estou pronto dr. Podemos iniciar os protocolos agora mesmo se quiser!

— Isso é muito bom, mas antes precisamos esclarecer alguns pontos para que entenda como se dará o procedimento e quais os efeitos futuros a você e a receptora!

Dr. Aslan se pôs a falar sobre todos os riscos que Desirrê e eu estaríamos correndo como rejeição do órgão ou até mesmo o óbito e também sobre os cuidados que deveríamos tomar no pós-operatório caso as coisas ocorressem da maneira desejada. Eu já sabia de tudo aquilo. A noite que passara em claro servira para que eu pesquisasse e entendesse tudo acerca do procedimento, mas fora bom ter aquela conversa porque pude esclarecer pontos que haviam ficado nebulosos em minha mente.

— Então...  quero que assine essa papelada e em seguida começaremos os protocolos! — pediu dr. Aslan.

— Que Deus os proteja! — desejaram Maxon e Lucca antes de saírem da sala.

— Estarei orando por vocês! — Enzo prometera ao me puxar para um abraço confirmando o sentimento que tive de que nos daríamos bem assim que nos conhecemos.

—Assim que acordar quero receber sua visita e a de Vida!

— E terá! — ele sorrira nervosamente antes de sair. Algo me dizia que ele não estava com boas perspectivas em relação ao sucesso do plano de Nicoll e para ser sincero, estava achando estranho a demora deles em entrar em contato.

— Pronto sr. Íllea, vamos ao seu quarto para começar os preparativos para sua intervenção cirúrgica.

— Dr.... antes de ir, será que posso vê-la?

— Por poucos minutos! — ele aceitou e fez sinal para que eu o seguisse. Entramos em uma sala que parecia um lavatório e fui obrigado a me escovar até a altura do cotovelo e pôr uma roupa totalmente livre de bactérias. Assim que abriram a porta que dava acesso ao leito de Desirrê, meus olhos encheram-se de lágrimas por vê-la abarrotada de tubos e cateteres. Seu rosto estava pálido e seus batimentos bipavam em harmonia através do monitor.

— Eu vou salvá-la ma petit. Serei forte por nós dois e depois que tudo isso acabar implorarei para que você me deixe ser parte de sua vida. Chega de medo, chega de mentiras. Agora será apenas você, eu e nosso amor. Eu lhe prometo! — jurei ao segurar sua mão com força desejando que ela retribuísse. Em minha cabeça, sua voz se fez presente e não pude deixar de sorrir ao ouvir seu murmúrio de satisfação. Poderia ser fruto de minha imaginação, mas ouvi claramente suas palavras:

 “Já não era sem tempo Íllea!”


Notas Finais


Agora me digam: COMO NÃO AMAR DIMITRI?
Espero que esse capítulo sirva para as meninas que não simpatizam com o Greg possam começar a olhá-lo com outros olhos, mesmo sabendo que isso nao irá acontecer kkkkkkkkkk.
Meninas, caso eu não viaje amanha postarei mais um capitulo e domingo teremos att de Sete Minutos no Céu! Nao percam.... o capitulo está muito, mais muito bom!!!! Quem ainda nao conhece a historia de Adam e Eve da uma passadinha lá... garanto que irão se apaixonar tb!
beijos e Comentem!!!!!


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