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História Para Sempre Seu - A Arte da Guerra


Escrita por: CarlaOliveira29

Notas do Autor


Boa noite flores do meu coração!
Primeiro de tudo direi por que nao postei no sabado passado: Estava sem um pingo de inspiração!!!!
Fiz, apaguei e refiz este cap umas 123456789 vezes por nunca chegava ao climax que queria, mas acho que esta ultima tentaiva ficou bem de acordo com o que havia vizualizado anteriormente.
Boa leitura e espero que gostem!!!!

Capítulo 55 - A Arte da Guerra


POV ENZO

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”

Sun Tzu – A Arte da Guerra.

 

— Alteza, meus contados no palácio acabam de informar que o rei Henry enviara tropas para todas as entradas de Paris e estão investigando todos os forasteiros. — Xavier, o líder do movimento revolucionário, anunciara após entrar na tenda onde estabelecemos a central de comando.

— Perfeito! — respondi com satisfação. Henry havia mordido a isca que minha ameaça em rede nacional representava.

— Os espiões informaram ainda que muitos dos monarcas aguardados estão declinando ao convite para a cerimônia e isso está deixando os membros restantes do Conselho alvoroçados e temerosos.

— Restante? — Lucca questionara.

— Henry assassinara dois deles após a transmissão do Jornal Oficial de seu país! De acordo com os informantes, ele está totalmente transtornado devido a notícia da morte da princesa Desirrê!  

Nicoll e eu nos entreolhamos com satisfação. Eu sabia que essa mentirinha causaria um estrago psicológico enorme no francês e o impossibilitaria de raciocinar com clareza e começar a dar passos em falso.

— Nicoll, o rastreador já está acionado? — questionei fazendo-a virar o tablet em minha direção para que eu pudesse visualizar o pontinho vermelho pulsante imóvel presente no espaço que representava o palácio de Versalhes.

— Vida continua no mesmo lugar Romeu! Henry só a removerá no momento do casamento.

Todo o plano dependeria disso. Sabíamos ser impossível invadir o palácio... provavelmente Henry reforçara toda a guarda e deveria estar revistando qualquer criado que entrasse ou saísse do local. Nossa única chance seria no momento em que saíssem do palácio para o casamento quando a segurança diminuiria em torno da propriedade em virtude do cortejo real.  

— Cal... conseguiu falar com Isadora? — questionei voltando minha atenção a ele enquanto monopolizava o rádio.

— Ainda não... essa velharia de código Morse é horrivelmente lenta! — ele respondera sem virar em minha direção.

Caleb havia se revelado muito eficiente nessa tecnologia, o que fora visto com felicidade no grupo. Henry monopolizava todos os meios de comunicação no país exceto a frequência de ondas curtas dos rádios por achar que o velho código já estava extinto. Ele tinha o enorme defeito de desprezar a sabedoria dos povos antigos.

— Pronto.... ela disse que o Dimitri já está na fronteira norte da cidade à frente de seu exército russo e que Aspen e o exército ílleano chegarão as portas de Paris no inicio da manhã... ela mandou dizer também que o soldado que se passará por você já está a postos, mas que deve ser mantido a uma distancia razoável dos olhares franceses por ser é bem mais gato!

Todos riram frente ao comentário dela. Isadora era uma pessoa iluminada.

— Ainda tem mais.... Isa mandou notícias de Desirrê. Ela acordou após uma parada cárdica, mas já está estável.

A felicidade fora geral e todos nos abraçamos e demos viva. Todo o ânimo da equipe fora elevado... com Desirrê fora de perigo, os rebeldes se permitiram novamente a nutrir o brilho de esperança no olhar.

— Nossa princesa é uma guerreira valorosa e muito forte. Não há ninguém melhor que ela para guiar a França ao topo do mundo! — Xavier falou orgulho e animado fazendo Nicoll murchar.

— Nicoll... — ele começara a falar ao perceber a gafe que cometera.

— Não se preocupe Xavier, não me senti insultada... todos sabemos que assumir o trono da França não constava nos planos e agora que esse fardo saiu de meus ombros, podemos nos concentrar na batalha. Enzo vamos revisar o plano novamente?

— Claro... — eu concordara a fim de aliviar o clima que se instalara na tenda. Nicoll me direcionou um olhar agradecido assim que abri a planta do palácio sobre a mesa e começara a relatar a estratégia. Ela não demonstrara, mas percebi que o comentário a havia magoado e senti vontade de lhe confortar. Nicoll era tão ou mais forte e valente quanto a prima, apenas não deixava transparecer. Ela preferia se esconder sob a fachada de nobre fanfarrona e namoradeira, mas eu a conhecia e sabia um pouco dos horrores que enfrentava diariamente e que a levava querer se manter o mais longe possível de sua família.

Meia hora depois estávamos em volta da fogueira ouvindo histórias de guerra enquanto nos servíamos de uma boa e quente sopa. Todos estavam eufóricos com o dia seguinte e eu possivelmente era o mais ansioso. Mal podia esperar pelo momento de abraçar minha noiva e dizer lhe o quanto a amo.

— Então temos um novo papai na família hein? — Caleb falou com um sorriso enorme ao meu lado. — Sabia que isso aconteceria no momento em que Lucca me disse que havia os flagrado seminus na cozinha!

— Cala a boca Cal! — Lucca exclamou em minha esquerda enquanto levantava o braço por minhas costas para acertar a parte de trás da cabeça do irmão que soltou um misto de gemido e risada.

— Você tem a boca muito grande! — eu disse olhando para meu cunhado.

— Foi um ato involuntário. Caleb consegue arrancar tudo de mim com esse jeito malandro. O infeliz ainda conseguiu me enredar em uma aposta e idiota que sou afirmei categoricamente que seria improvável Vida engravidar antes do casamento porque decidi acreditar que vocês ao menos estavam se protegendo!

— E estávamos. Vida tomava medicação contraceptiva, mas acho que algo deu errado. Sinto muito!

— Quem sentirá muito será ele quando Amber descobrir que Perséfone não lhe pertence mais!

— Você apostou a égua que deu de presente a minha irmã? — questionei alarmado.

— Porque acha que ele veio para a batalha de bom grado?

— Talvez se eu voltar inteiro ela fique tão aliviada que desista de me matar! — Lucca falou desanimado porque sabia que motivo algum o livraria do gênio de minha irmã. Amber era muito maldosa e suas vinganças eram terríveis e muito bem calculadas.

— Foi bom tê-lo na família cunhado! — eu me despedi.

— Ah ah ah... quem é o comediante agora?

Caleb e eu gargalhamos enquanto Lucca demonstrava uma falsa irritação. Amber realmente ficaria uma fera, mas logo esqueceria o acontecido... ela sempre fora a mais maleável quanto ao perdão... porém, tal fato não quer dizer que ela deixará passar em branco. Perséfone é sua égua preferida.

— O que rola entre o casal russo? — Caleb questionou de repente. Odiava essa mania terrível que ele possuía em mudar de assunto com tanta rapidez. Às vezes chegava a ficar zonzo e perdido na conversa. — Eles parecem se odiar e se preocupar um como o outro na mesma intensidade. Ainda pouco interceptei uma mensagem de Dimitri questionando se Nicoll estava bem... ele parecia bem preocupado com a esposa, mas quando eu lhe avisei sobre o assunto a garota saiu esbaforida falando um monte de insultos ao vento, mas logo retornou questionando se ele mandara outra mensagem. Fico tão confuso com essa situação...

— Também não sei o que se passa naquele relacionamento, mas de uma coisa tenho certeza: Se os dois não resolverem logo suas pendências, a vida em conjunto será um verdadeiro inferno! — eu respondi.

— Ahh.... sério que vocês ainda não perceberam? — Lucca questionou e Caleb e eu meneamos a cabeça em negação. — Acho que Amber e eu somos os únicos que possuímos um cérebro decente nessa família... Vocês ainda não atentaram para o fato de que...

— Enzo... — Nicoll chamou interrompendo a observação de Lucca. — Preciso de sua ajuda!

Eu levantei e caminhei em sua direção deixando os irmãos confabulando sozinhos ao lado da fogueira.

Ϫ

O dia de Saint Denis de Paris começara com uma chuva de cinzas por toda a cidade. Aos primeiros raios de sol, a notícia de que os ílleanos surpreenderam a guarda francesa durante a madrugada e atearam fogo nos acampamentos ocasionando a batalha entre as tropas dominou todas as ruas de Paris enchendo a população de pânico. A correria era tanta que ninguém parou para observar o furgão preto que atravessa lentamente as ruas da cidade do amor. Nós percorremos todo o percurso até o palácio de Versalhes em total anonimato, o que era mais do que esperado com a distração que Aspen e Dimitri estavam causando.

— O cortejo real já está saindo! — Nicoll falou ao avistar os carros da família real aparecer por entre os enormes portões. — Henry engoliu nosso engodo de maneira patética e antecipou o casamento para as primeiras horas do dia bem como queríamos.

Nosso transporte estava estacionado alguns bons metros de distância, em um pequeno bosque adjacente ao jardim leste da propriedade. Nicoll me cedeu seu binóculo enquanto ligava o monitor do GPS instalado no anel Hope que Henry dera a Vida.

— Vida deve está com ele! — ela falou pedindo minha atenção enquanto o pontinho vermelho se afastava do marco zero à medida que os carros avançavam. Meu coração bateu em descompasso e a vontade de sair daquele esconderijo e impedir o cortejo quase me dominara.

— Calma Enzo... precisamos que eles alcancem Notredame. — Nicoll falou segurando em meu pulso quando ameacei levantar-me. — Não estrague seu plano brilhante!

Eu assenti voltando a posição inicial e observando o carro que levava minha noiva se afastar em direção ao seu casamento. Era preciso que ela concretizasse o casamento e a coroação, pois queríamos que Henry fosse envolvido por uma sensação de falso triunfo e ficasse ainda mais desatento.

— Ótimo, chegou o momento! — Xavier falara e todos nos olhamos. A hora havia chegado. Caleb se afastou até a pilha de fogos de artifícios que havíamos montado e os acendeu. Os sons dos estouros logo foram ouvidos e após quinze minutos, uma bandeira vermelha no lado leste de Versalhes fora erguida. Era o sinal dos espiões infiltrados indicando que o caminho estava liberado.

Assim que alcançamos a entrada, dois rapazes vieram em nossa direção e nos entregaram fantasias e máscaras que pertenciam aos guardas que fariam a ronda dentro do salão no momento do baile.

—Enzo seu plano é perfeito. Henry jamais irá suspeitar! — Nicoll falara ao aparecer à minha frente vestida como dama de companhia.

— Preparada para sua função? — questionei ao ajuda-la com a máscara.

— Sim e você?

— Muito.... mal vejo a hora de ficar frente a frente com aquele maldito!

— Apenas lembre-se de sua promessa: Henry é meu! — ela lembrou virando-se para mim e gestuando para que eu virasse para ela amarrar minha máscara. — Você está muito bonito com esse cabelo raspado. Vida gostará desse visual militar gostosão!

— Em vista que ela amava bagunça-lo terei que discordar, mas fora algo necessário ao sucesso do plano. — falei passando a mão por sobre minha cabeça sentindo meu novo corte de cabelo.

— Ficou lindo mesmo cunhado, ressaltou suas orelhas de elefante como muita elegância. — Lucca dissera ao surgir por uma porta trajando o mesmo uniforme que o meu.

— Chegou o comediante. Acho que o disfarce correto para você seria bobo da corte!

— Ou se quiser poderíamos inverter os papéis. Ainda não entendi o motivo de eu ser a outra dama de companhia! — Caleb resmungou aparecendo dentro de um vestido igual ao de Nicoll.

— Porque seus olhos são mais femininos e você soube andar nessas máquinas assassinas que as mulheres chamam de salto altos melhor do que eu! — Lucca respondeu divertido.

— Devo culpar minha mulher por isso. Ela irá lançar uma linha de sapatos e me obrigara a usá-los para testes!

— Sua mulher lhe faz de gato e sapato! — Lucca dissera.

— Ah ah... falou o cara que está se pelando de medo de contar a esposa que apostou a égua preferida dela e perdeu! — o irmão retrucara.

— Já terminaram a brincadeira? O tempo está passando! — Nicoll interrompera com pouca paciência trazendo-nos de volta a realidade. — Xavier e os outros já estão a postos!

— Então vamos lá! — eu finalizei.

 

ɤ

— Saúdem o novo rei e rainha da França!

A voz do Conselheiro mor ressoou por todo o salão de baile após a entrada imponente de Vida e Henry. Ela estava divina em suas vestes reais apesar de manter a expressão desoladora no rosto. Meu coração ficou apertado ao vê-la tão infeliz e sem esperança, vindo em direção ao trono para sentar-se ao lado de Henry e ser escoltada por Lucca enquanto eu ficava ao lado de Henry, guardando sua triste vida até o momento propício.

A vontade de contornar o trono do imbecil e alcançar minha noiva era tremenda, mas tive que sustentar a farsa para nosso próprio bem.

— Majestade! — saudou o general da guarda francesa ao se ajoelhar perante Henry em reverência. — Trago boas notícias dos frontes. Estamos conseguindo conter os avanços ílleano e russo. Creio que daqui a algumas horas eles desistirão!

Eu apenas pude ouvir a risada triunfante de Henry enquanto fingia guardar vigília em sua segurança.

— Ótimo.... mande mais homens para reforçar o ataque. Eu os quero fora de meu país nesse momento!

— Mas majestade... o palácio ficará fragilizado!

— Ninguém precisa saber se vocês saírem pelo lado oeste. Levem os guardas mais jovens e a cavalaria. Os agentes serão mais que suficientes aqui!

Ótimo! Henry estava agindo tal como eu previra.

— Como queira vossa graça! — ele assentiu e saiu após outra reverência.

— Ouviu isso meu amor? Seu querido e fraco príncipe idiota logo estará derrotado! — Henry falou se inclinando na direção de Vida. — Será maravilhoso roubar as alianças de Íllea após esse fracasso. Todos verão o quão incapaz é o futuro regente de seu amado país e virão implorando clemência. Até mesmo o idiota do Dimitri.

“Ah Henry como você esta enganado!” pensei sem poder conter um sorriso de canto. Ele teria uma enorme surpresa...

— Há momentos em que a maior sabedoria é parecer não saber nada. — Vida respondera ao comentário do seu então marido citando a passagem do meu filósofo preferido. — Enzo é muito mais esperto e melhor do que você em tudo. Não se admire se ele já estiver a caminho!

— Eu ficaria desapontado se assim não o fosse mon lapin, quero ter o prazer de mata-lo à sua frente! — ele replicara sorrindo. — Agora vá se trocar... quero vê-la linda em sua máscara!

Vida ergueu o olhar de Henry e o colocou no meu. Foi apenas um mísero momento, mas o bastante para que me reconhecesse. Seu semblante tornou-se iluminado e ela rapidamente controlou o sorriso.

— Como queira meu senhor! — ela falara a Henry retornando com sua expressão sarcástica antes de se levantar e fazer uma reverência e sair sendo escoltada por Lucca e agora suas damas de companhia Caleb e Nicoll que estavam aguardando adjacentes ao trono.

Eu permaneci ao lado de Henry quando o ouvi iniciar uma conversa.

— Eu disse que você não ganharia sua vaca! Vida é minha e não a nada que alguém possa fazer a respeito. Volte para o inferno para o qual lhe mandei rainha estúpida!

Minha pele arrepiou-se de imediato com aquela cena. Então... os boatos que ouvimos ainda no acampamento rebelde eram verdadeiros. Henry estava enlouquecendo e conversando com sua mãe morta...

Algumas culturas nomeavam essa situação como loucura, mas outras afirmavam ser um evento paranormal. Eles afirmavam que espíritos que retornavam de seu descanso eterno seriam almas com assuntos inacabados ou atormentados e eu estava quase convicto de que essa teoria espiritista se adequava ao francês. Não via em seus olhos traços de desequilíbrio... não além do normal claro, mas havia algo de muito poderoso naquela situação. Algo além da minha compreensão....

— Levante-se para dar lugar a minha rainha sua vadia! — ele continuara a falar assim que a corte abrira espaço para o retorno da nova rainha agora trajando vestes de festa e uma linda máscara veneziana que lhe cobria o rosto. Seus cabelos estavam escondidos por uma peruca branca estilo medieval que a igualava as outras mulheres pelo salão. Em seu busto era ostentado um lindo broche em formato de uma rosa branca e eu soube que aquela que desfilava pela nave em direção ao trono era Nicoll. A troca havia sido feita com sucesso.

“Apenas vinte minutos mais!” eu pensei iniciando a cronometragem.

— Você está magnífica mon Lapin. Uma rainha sem precedentes de tamanha beleza. —  Henry falara embasbacado enquanto Nicoll se sentava ao seu lado quando os músicos reiniciavam a música. Ele nem ao menos atentara ao fato de que ela havia entrado sem suas damas de companhia e seu guarda pessoal.

Nicoll apenas acenou com a cabeça e passou a observar a corte valsar. Seus olhos percorriam a multidão e focaram-se no casal que se aproximava para cumprimenta-los. Era Sarah e Juan Carlos. Tive que repreender a vontade de revirar os olhos ante a presença dos dois. Sarah não conseguia esconder o desagrado e Nicoll sorrira em sua direção com maldade. Deveria estar sendo terrível para ela desejar felicidades aos recém – casados.

— Majestade... — o general mor saudou ao se aproximar do trono pela segunda vez. Ele estava respirando de forma urgente e seu olhar parecia ansioso. — Fomos vítimas de uma emboscada... os ílleanos e os revolucionários nos encurralaram e muitos homens foram abatidos. Eles alcançarão os portões do palácio em instantes. O senhor e a rainha precisam sair logo daqui!

E fora nesse instante que Xavier - que escoltava o general -, os rebeldes que circundavam o salão e eu sacamos nossas armas e rendemos Henry e os guardas restantes.

— Tarde demais senhores! — falara Xavier retirando sua máscara para perplexidade de Henry.

A música cessou e os convidados começaram a se alvoroçar quando minha máscara veio ao chão e aproximei ainda mais o cano de minha arma na cabeça do rei.

— Espero não tê-lo desapontado pela demora! — disse encarando sua expressão surpresa.

Os convidados começaram a se apavorar, mas os revolucionários trataram de conter a massa ao fechar as portas do salão e logo os gritos cessaram.

— Como você entrou aqui? — Henry questionara enquanto minha arma encostava-se a sua têmpora. — Como conseguiu?

— Sun Tzu! — eu justifiquei dando de ombros.

— O que?

— Quando capaz, finja ser incapaz; quando pronto, finja estar despreparado; quando próximo, finja estar longe; quando longe, façam acreditar que está próximo. Essa é a arte da guerra majestade. Se a dominasse teria previsto que eu usaria a história de meu país contra o seu, mas sua mamãe não lhe ensinou sobre o método de infiltração dos rebeldes não é? Talvez agora com suas visitas espirituais ela enfie alguma coisa inteligente na sua cabeça perturbada!

— Como sabe sobre...  Você está por trás disso não é? — ele questionou de forma descontrolada. Pobre Henry... viveria atormentado para sempre.

— A única coisa a qual estarei por trás será de sua prisão! — eu falei enquanto o obrigava a se levantar. — Você não será rei meu caro e muito menos ficará com minha mulher. Xavier, o rei é todo seu! — disse empurrando-o na direção do líder rebelde francês.

Mais rápido do que pudemos prever Henry desembainhou a espada da cintura do rebelde e virou-se em minha direção. Eu sabia que não seria rápido o suficiente para desviar de seu ataque e fechei os olhos esperando o golpe que não veio.

— Você é mais lento que uma lesma querido primo! — Nicoll observara ao interceptar o golpe do primo deixando-o ainda mais perplexo.

— Onde está minha esposa? — ele gritou tentando desfazer o bloqueio do florete de Nicoll.

— Vida só seria sua esposa após a consumação querido primo, mas visto que ela deve estar a quilômetros de distância do palácio neste exato momento acho que deveria se considerar solteiro!

O grito que ele emitira fora abafado pelo abrir de portas e a entrada de Aspen e Dimitri juntamente com suas tropas. Os convidados começaram a debandar e a agitação nos distraiu por tempo suficiente para que o general de Henry golpeasse Xavier e puxasse o maldito a fim de tirá-lo do salão enquanto alguns guardas do palácio surgiam atirando para dar cobertura a fuga.

— Vá até Vida que eu o deterei! — Nicoll dissera antes de circundar o trono e desaparecer por uma passagem secreta antes que eu pudesse opinar.

— Aonde ela foi? — Dimitri questionou ao chegar até mim acompanhado de Aspen e Xavier.

— Ela foi atrás de Henry para mata-lo! — falei apontando para a passagem aberta.

— Eu irei até ela! — o rapaz dissera.

— Você pode acabar se perdendo! — eu disse enquanto Aspen atirava por cima de minha cabeça atingindo o alvo em cheio.

— Eu irei com ele alteza, siga por aquela outra saída e nos veremos no acampamento! — Xavier falou já seguindo Dimitri.

— General Leger, vamos então! — eu ordenei antes de ele gritar a ordem a nossas tropas e aos rebeldes. Uma nova horda de rebeldes apareceu e empurrou os guardas restantes para dentro do salão enquanto fazíamos uso das saídas secretas e as lacrávamos simultaneamente ao passo em que as portas do salão eram fechadas por fora deixando a guarda francesa presa o que possibilitou nossa fuga com sucesso.

O caminho para o acampamento se deu rápido e sem maiores intervenções. Assim que avistei as primeiras tendas, abri a porta detrás da van e pulei ainda com o veículo em movimento tal era a ansiedade em ver minha amada.

— Onde ela está? — questionei ao ver Caleb e Lucca vindo em minha direção.

— Ela está bem cunhado. Está sendo avaliada pelo médico do acampamento! — Lucca dissera.

— Por quê? O que aconteceu? — questionei preocupado.

— Enjoos e desmaio.... coisas da gravidez! — Caleb falou com cara de nojo fazendo Lucca sorrir.

— Vida vomitou nele durante a viagem! — meu cunhado esclareceu.

— Eu quero vê-la! — falei ansioso antes de passar por eles quase correndo.

A primeira coisa que meus olhos registraram fora seu rosto apático e desanimado. Vida parecia exaurida e minha preocupação com o seu estado e o de nosso filho aumentou.

— Enzo! — ela gritara em um surto de energia que a fez pular da maca e correr para me abraçar. Seus braços envolveram meu pescoço e suas pernas vieram para a altura do meu quadril. Eu a segurei um pouco abaixo das nádegas para lhe dar sustentação enquanto nossos lábios se colavam em um beijo saudoso e feliz. Minha mulher estava enfim em meus braços.


Notas Finais


Entao flores do meu jardim? O que acharam?
Pessoalmente gostei bastante, principalmente da engenhosidade de Enzo.... nao sei se a maioria lembra, mas Amber certa vez comentara o apreço do irmão pelo livro "A Arte da Guerra" e nada mais obvio do que ele usar os ensinamento de seu filosofo preferido nao?
Bom,.... sabado será postado o antepenultimo cap da fic e alguem tem alguma ideia sobre quem será?
Comentem hein.....
E nao deixem de acompanhar Sete Minutos no Céu!!! Quem ainda nao conhece corre lá na minha pagina e se apaixone!!!!!!!


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