– Coloque-o no calabouço, mas não o machuque, por favor, meu rei – pediu Josefina esperançosa.
Jin pareceu considerar a opção, colocando os dedos sobre o queixo seriamente.
– Faça o que lhe és dito – O monarca falou, as palavras autoritárias lhe saíam um tanto quanto ásperas. Logo, o conde balançou a cabeça visivelmente contrariado pela escolha do herdeiro.
– Se és o que queres, majestade, então eu o farei – O loiro falou provocativo, mirando os olhos dos dois guardas, que em seguida, saíram carregando Taehyung pelos braços para longe deles. – Só espero que não te arrependas de tuas escolhas, afinal, não serás a tua concubina que governará o Brasil, e sim vossa pessoa, alteza.
O rei pegou o conde pelo colarinho, lhe lançando um olhar franco e disse em um tom grosseiro e direto:
– Ela não és as tuas putas para referistes como uma. E se o fizeste novamente, serás vizinho de quarto de Kim Taehyung, Sr. Min Yoongi.
Josefina os fitavam com uma mistura inebriante de medo e perigo.
Evidencialmente, eles não estavam a brincar.
– Então, vou mostrar-lhe o palácio, alteza – Yoongi disse encarando o herdeiro com um olhar severo.
Que logo o soltou. Recompondo-se e ajeitando o colarinho dele.
[…]
O palácio era um edifício sumptuoso, com quatro andares superiores e reis no chão. Havia 1153 janelas, todas feitas de madeira a mão, 6 escadas, 90 chaminés, 600 quartos, e 700 lareiras.
Com uma aparência relativamente exuberante, na sua entrada havia um enorme jardim repleto de flores, dentre elas, rosas, orquídeas e magnólias. Coberta pelo mármore branco, havia um lago com uma fonte, a qual da estátua saía a água. Dando-lhe assim um ar mais natureza.
Ao entrarem no local, Josefina observava tudo atenciosamente.
– O que achou? – O rei questionou curioso.
– Lindo – O brilho em seu olhar lhe entregava.
Jin suspirou fundo, evidencialmente estava enfeitiçado pela dona dos orbes castanhos.
– Ér, o vosso quarto encontra-se pronto, vossa majestade – O loiro intrometeu-se propositalmente.
– Levem as coisas da princesa para lá, não há por que nos separarmos, até porque iremos casar, não és mesmo? – O rei proferiu erguendo uma das sobrancelhas, em seguida, lançou um sorriso pra princesa, repleto de promessas ousadas e promissoras.
E o conde abaixou a cabeça contragosto, fazendo sinal para os lacaios levarem os pertences da jovem.
– Onde és o quarto? – O herdeiro indagou para o conde, puxando a sua esposa pelo braço, a trazendo para perto.
– Siga-me, vos-... – Jin o cortou.
– Eu perguntei onde és, não que me leve.
– Primeira porta, assim que chegastes a escada encontrarás, alteza – O jeito que o príncipe estava a tratar o conde, o deixava ainda mais irritado e isso só ajudava-lhe a querer concretizar sua decisão.
Jin segurou-se a princesa, guiando-a para o andar superior.
Ao chegar no local destinado, ele apontou para cama, para que ela se sentasse.
– Eu gostaria de fazer muitas outras coisas com vossa pessoa, agora mesmo, contudo, há muitas dúvidas que estão a me martelar. – Ele iniciou, indo direto ao ponto. – Qual és a sua história com Taehyung?
Josefina o fitou com os olhos arregalados.
– Estás mais que óbvio que não são irmãos, e pelo apreço que tens por ele, também não és somente um conhecido. Quero a verdade.
[FLASHBACK ANOS ATRÁS ON]
Duas crianças brincavam com espadas de madeiras, enquanto ao distante uma menininha da pele alva estava a observar.
– Namjoon, quero brincar também – Sua face entregava a sua insatisfação perante a escolha de seu irmão não deixá-la brincar.
– Isso és algo pra homens, não para mulheres – O loiro falou.
– Mas Taehyung deixou-me brincar com ele uma vez – Ela falou chorosa.
– Vossa pessoa fizestes o quê? – O pequeno herdeiro britânico apunhalou a madeira contra a do garotinho a sua frente. – Falei a tua pessoa para não a deixastes fazer isso.
– Por que não deveria? – O mais novo questionou confuso.
– Eu sabia, alguém igual a tua pessoa nunca sabe obedecer às ordens de um soberano, nem pra escravo serverias de ser. Acho que por isso estás destinado a cozinhar como a tua mãe. – O monarca falou irritado.
– Não fale da minha mãe! – O garoto de família pobre falou enraivecido.
– Por quê? A verdade estás a doer? – Ele continuou com as provocações.
[…]
Anos haviam se passado e as crianças que eram amigos se afastaram, exceto Taehyung e Josefina, o amor de ambos só cresciam, eles encontravam-se todos os dias as escondidas no castelo. O que não esperariam, era que o irmão dela aparecesse, ao ouvir os boatos que tomavam toda a proporção da Inglaterra.
A princesa britânica era concubina do filho da cozinheira do palácio real. Isso era algo inadmissível pelo seu irmão.
– MAS QUE POUCA VERGONHA! – Namjoon falou empurrando Taehyung e acertando-lhe um tapa na face da princesa.
– Não toque nela – Taehyung interveio.
Em seguida, o loiro colocou-se em cima do jovem, deferindo-lhe socos.
– PARE! – Josefina gritou.
– Vossa pessoa quer mesmo ser uma concubina? És isso que carregarás pra família? – O monarca falava vendo o sangue descer pelo nariz do homem que estava esmurrando.
– E-eu o amo, Namjoon, por favor, pare! – Ela falou entre lágrimas. – Bate em mim, mas não bata nele.
O irmão riu soprado desacreditado.
[…]
Posteriormente, Taehyung foi preso em uma madeira gigante e suas costas chicoteadas milhares de vezes, como assim era feito com os escravos.
A carne viva era exposta e o sangue escorria-lhe pelo corpo para que todos que passasem pela praça pudessem ver.
Dias haviam se passado e a princesa estava trancafiada no palácio, impedida de vê-lo. Dias sem comer, ela já se encontrava pálida e cansada de tanto chorar.
– Estás a tentar se matar? – O irmão falou severo
Ela nada respondeu.
– Ok! Eu o deixarei ir embora, mas que ele não pise mais os pés aqui – Ele falou rendendo-se, pois se não assim o fizesse, era capaz de perder outro membro da família. – Não quero minha irmã com um zé ninguém. Que não tem onde cair morto. Alguém lamentável. Espero que eu esteja lhe deixando claro.
Os olhos da princesa acenderam-se a tamanha solidão que anteriormente estavam.
– Muito obrigada, meu irmão! – Ela falou um pouco mais alegre. Embora seu coração doesse por saber que o teria distante.
[…]
Em frente onde Taehyung estava preso, todos assistiam a carruagem real chegar ao local, e de lá sair o príncipe e a princesa.
–Soltem-no – O herdeiro falou pra um dos capatazes.
– Perdão, alteza? – O lacaio proferiu.
– Soltem-no – ele disse impaciente, e logo assim o lacaio o fez.
No instante que o fizera, a princesa ia ao seu encontro, quando seu irmão segurou-lhe pelo braço. Delimitando-a.
– Que lhe sirva de aviso, e não venha mais a essas terras, estás entendido? – Ele falou grosseiro.
– Isso não ficará assim – Taehyung falou mirando os olhos do jovem monarca – Eu voltarei, e quando voltar, a terei como minha esposa.
– Volte, e eu não arrancarei só o teu couro, e sim a tua cabeça. – Namjoon indagou ferozmente, vendo o recém homem afastar-se.
[FLASH BACK OFF]
Josefina contou tudo ao príncipe, sem deixar escapar detalhes, ela perceberá que o seu marido não era tão maldoso como lhe era entítulado.
Batidas na porta foram escutadas.
– Os cidadãos que viestes conosco estão a lhe perguntar onde ficarão – Jungkook apareceu apoiando-se em uma bengala.
– Josefina, eu preciso resolver algumas pendências, voltarei logo, sinta-se em casa – O monarca anunciou, afastando-se da princesa.
– Obrigada por mais cedo – Ela agradeceu imensamente ao cunhado.
– Não há o que agradecer – Ele reverenciou-a com a cabeça, e seguiu o seu caminho.
[…]
Não tardou para a noite cair, Josefina havia tomado banho e feito a refeição sozinha e nada do seu futuro esposo aparecer.
Ela sentou-se no parapeito da janela. Seu quarto era iluminado apenas pelo luar e por uma vela, que tremia com o vento que circulava o ambiente.
E tudo aconteceu muito rápido, quando havia-se dado conta, duas mãos grossas tampava-lhe a boca, impedindo que omitisse qualquer som que fosse. Ela entrou em desespero, se debatia para um lado e para o outro, mas nada de consegui se soltar a pessoa a qual lhe segurava, certamente era muito mais forte. E não tinha dúvidas, era um homem, a julgar pela suas mãos grandes e grossas.
– Se eu não posso ter o amor, vossa pessoa não poderás também, milady – Aquele voz conhecida fez-se presente.
Ela paralisou-se ao saber que era nada mais nada menos que..
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