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História Parceiros no Crime - Capítulo 15


Escrita por: arrow_smoak

Notas do Autor


oiii gente!
Finalmente o capitulo mais esperado! Oliver e Felicity vão se entregar à paixão!
Espero que gostem! Comentem!

Capítulo 15 - Capítulo 15


Capítulo 15

A pitoresca cidade de Alkmaar, na costa noroeste da Holanda, é um ponto turístico popular. Mas há um bairro no setor leste que os turistas raramente visitam. Oliver Queen ali estivera de férias várias vezes, com uma aeromoça da KLM que lhe ensinara a língua. Recordava-se muito bem da área, um lugar em que os residentes cuidavam de suas próprias vidas apenas e não se mostravam indevidamente curiosos em relação aos visitantes. Um lugar perfeito para se esconder.

O primeiro impulso de Oliver fora levar Felicity correndo para um hospital. Mas seria perigoso demais. Era também arriscado para ela permanecer em Amsterdã por mais um minuto sequer.

Ele a envolvera em cobertores e a levara para o carro, onde ela permanecera inconsciente durante toda a viagem até Alkmaar. Sua respiração era ofegante e a pulsação irregular.

Em Alkmaar, Oliver foi para uma pequena pousada. O dono observou, curioso, quando Oliver carregou Felicity para o quarto no segundo andar.

- Estamos em lua de mel- explicou Oliver. - Minha esposa ficou doente...um pequeno distúrbio respiratório. Precisa de repouso.

- Gostaria que eu chamasse um médico?

O próprio Oliver não tinha certeza de qual era a resposta certa.

- Se houver necessidade, eu lhe direi.

A primeira coisa que tinha que fazer era tentar baixar a febre de Felicity. Levou-a para a cama de casal no quarto e começou a tirar-lhe as roupas, encharcadas de suor. Suspendeu-a para uma posição sentada e puxou o vestido pela cabeça. O corpo de Felicity estava muito quente. Oliver molhou uma toalha com água fria e gentilmente banhou-a, da cabeça aos pés. Cobriu-a com um cobertor e sentou ao lado da cama, prestando atenção à sua respiração.

“Se ela não estiver melhor pela manhã”, decidiu Oliver, “terei de chamar um médico.”

Pela manhã, as roupas de cama estavam novamente encharcadas. Felicity ainda se encontrava inconsciente, mas Oliver teve a impressão de que sua respiração era um pouco mais fácil.  Não queria que a arrumadeira visse Felicity; isso geraria perguntas demais.

Em vez disso, pediu uma muda de roupa de cama e levou para o quarto. Tornou a molhar o corpo de Felicity com uma toalha úmida, mudou a roupa de cama como vira enfermeiras fazerem em hospitais, sem incomodar a paciente, tornou a cobri-la.

Pondo um cartaz de Favor Não Incomodar na porta, Oliver saiu à procura de uma farmácia. Comprou aspirina, um termômetro, uma esponja e álcool. Quando voltou ao quarto, constatou que Felicity ainda não acordara. Oliver verificou sua temperatura: 40 graus. Passou álcool pelo corpo dela com a esponja e a febre baixou.

Uma hora depois, a temperatura  voltou a subir. Ele teria de chamar um médico. O problema era que o médico insistiria que Felicity fosse levada para um hospital. Haveria perguntas. Oliver não tinha ideia se a polícia os procurava; mas, se isso acontecesse, os dois seriam presos. Precisava fazer alguma coisa. Esmagou quatro aspirinas e pôs o pó entre os lábios de Felicity e gentilmente pingou água em sua boca, até que ela engolisse. Tornou a banhá-la. Quando terminou de enxugá-la, teve a impressão de que o corpo de Felicity já não se mostrava tão quente como antes. Verificou o pulso. Parecia mais firme. Encostou a cabeça no peito de Felicity e escutou. A respiração estaria menos congestionada?

Não podia ter certeza. Só tinha certeza de uma coisa e repetiu-a interminavelmente, até que se tornou um mantra: “Você ficará boa.” E Oliver beijou-a na testa gentilmente.

Ele não dormia há 48 horas, sentia-se exausto, os olhos fundos. “Dormirei depois”, prometeu a si mesmo. “Agora, só fecharei os olhos por um momento, a fim de descansá-los.”

E ele dormiu.

 

 

Quando abriu os olhos e observou o teto entrar em foco lentamente, Felicity não tinha a menor ideia do lugar em que se encontrava. Foram necessários alguns minutos para que a percepção penetrasse em seu consciente. Sentia o corpo moído e dolorido, tinha a impressão de que retornara de uma jornada longa e extenuante. Sonolenta, correu os olhos pelo quarto desconhecido... e o coração parou por um instante. Oliver se achava arriado numa poltrona, perto da janela, adormecido. Na última vez em que o vira, ele pegara os diamantes e fora embora. O que estaria fazendo ali? E com uma repentina sensação de desespero, Felicity compreendeu a verdade: entregara-lhe a caixa errada – a caixa com os falsos diamantes – e Oliver pensava que o enganara. Devia tê-la apanhado na casa segura e levado para aquele lugar, ela não sabia onde.

Quando ela se sentou na cama, Oliver se mexeu e abriu os olhos.

Ao deparar com Felicity a fitá-lo, um lento sorriso de alegria iluminou seu rosto.

- Seja bem vinda de volta.

Havia um tom de alívio tão intenso em sua voz que Felicity sentiu-se confusa.

- Desculpe – disse Felicity, a voz num sussurro rouco. – Eu lhe dei a caixa errada.

- Como?

- Misturei as caixas.

Oliver aproximou-se da cama e disse gentilmente:

- Não, Felicity. Você me deu os diamantes verdadeiros. Que estão agora a caminho de Gunther.

Ela ficou aturdida.

- Então... por que...por que você está aqui?

Oliver sentou na beira da cama.

- Quando me entregou os diamantes, você não parecia nada bem, mas sendo você quem e como é achei que era apenas uma tensão por causa do momento. Resolvi que era melhor aguardar no aeroporto, a fim de me certificar se você pegava mesmo o avião para Genebra.

Como não apareceu, compreendi que alguma coisa estava errada. Fui à casa segura e encontrei-a.

Uma pausa e ele acrescentou, jovialmente:

- Não podia deixá-la morrer ali. Seria uma pista para a polícia.

Felicity observava-o atentamente, cada vez mais perplexa.

- Diga qual foi o verdadeiro motivo para voltar à minha procura.

- É hora de tirar sua temperatura – disse Oliver, bruscamente.

Poucos minutos depois, ele disse a Felicity:

- Não está ruim. Um pouco acima de 38. Você é uma paciente maravilhosa.

- Oliver...

- Confie em mim. Tem fome?

- Muita fome.

- Ótimo. Vou buscar alguma comida.

Ele voltou das compras com suco de laranja, leite, frutas e broodjes holandeses, pães recheados com diferentes tipos de queijo e carne.

- Isto deve ser a versão holandesa da canja. Coma devagar.

Ele ajudou-a a sentar na cama e alimentou-a. Mostrou-se cuidadoso e terno. Felicity pensou, cautelosa: “Ele pretende alguma coisa.” Enquanto ela comia, Oliver disse:

- Ao sair para as compras, aproveitei e liguei para o Gunther. Ele recebeu os diamantes e depositou a sua parte do dinheiro em sua conta na Suíça.

Felicity não pode deixar de perguntar:

- Por que você não ficou com tudo?

Quando Oliver respondeu, seu tom era sério:

- Porque já é tempo de pararmos de passar para trás um ao outro, Felicity. Certo?

Era outro dos truques de Oliver, com toda certeza. Mas Felicity sentia-se cansada demais para se preocupar com isso.

- Certo.

- Se me disser seus os seus tamanhos, Fellicity, eu sairei e lhe comprarei algumas roupas. Os holandeses são liberais, mas poderiam ficar chocados se você saísse por aí do jeito como está.

Felicity levantou as cobertas, descobrindo subitamente a sua nudez. Tinha uma vaga impressão de Oliver a despi-la e banhá-la. Ele arriscara a sua própria segurança para cuidar dela. Por quê? Felicity acreditara que o compreendia. “Mas não o compreendo”, pensou Felicity. “Não o compreendo absolutamente.”

Ela dormiu.

À tarde, Oliver voltou ao quarto com duas malas cheias de roupas, sapatos, estojo de maquiagem e tudo que ela poderia precisar. Também comprara diversas roupas para si mesmo. Enquanto passava pelo saguão da pousada vira na televisão uma matéria sobre o roubo dos diamantes. A polícia calculara como fora cometido, mas os ladrões não haviam deixado qualquer pista.

Chegando ao quarto, Oliver declarou, animado:

- Estamos livres! Agora, tudo o que precisamos fazer é cuidar para que você se recupere totalmente.

Fora Daniel Cooper quem sugerira que a informação da echarpe com as iniciais FS fosse ocultada da imprensa, explicando ao inspetor Trignant:

- Sabemos a quem pertence, mas não é prova suficiente para um indiciamento. Os advogados dela apresentariam todas as mulheres da Europa com as mesmas iniciais e nos fariam de tolos.

Na opinião de Cooper, a polícia já bancara a tola. “Mas Deus a entregará a mim.”

Já escurecera quando Felicity acordou. Sentou na cama e acendeu o abajur na mesinha de cabeceira. Descobriu que se encontrava sozinha. Oliver se fora. Um sentimento de pânico invadiu-a. Deixara-se ficar dependente de Oliver, o que fora um grande erro. “Mereço a lição”, pensou Felicity, amargurada. “Confie em mim”, dissera Oliver. E ela confiara. Ele só cuidara dela para se proteger, não por qualquer outro motivo. Chegara a acreditar que ele sentia alguma coisa por ela.

Quisera acreditar nele, quisera sentir que significava alguma coisa para Oliver. Ela recostou-se no travesseiro e fechou os olhos pensando: “Sentirei saudade de Oliver. Deus me ajude, mas sentirei saudade dele.”

Deus lhe pregara uma peça. Por que tivera de ser justamente ele? Mas o motivo não importava. Teria de fazer planos para sair dali o mais depressa possível, encontrar algum lugar  em que pudesse se recuperar totalmente, onde pudesse se sentir segura.

“Oh, sua idiota!”, pensou ela. “Você...”

Ela ouviu o barulho da porta se abrindo e a voz de Oliver chamou:

- Está acordada, Felicity? Trouxe alguns jornais e revistas. Achei que gostaria de...- Ele parou de falar abruptamente, ao ver a expressão no rosto de Felicity.

- Ei, algum problema?

- Não há mais – murmurou Felicity. – Não há mais.

A febre de Felicity desapareceu por completo na manhã seguinte.

- Eu gostaria de sair – disse ela. – Acha que podemos dar uma volta Oliver?

Despertaram curiosidade no saguão. O casal que possuía a pousada ficou maravilhado com a recuperação de Felicity.

- Seu marido foi maravilhoso. Insistiu em fazer tudo pessoalmente. Estava muito preocupado. Uma mulher tem sorte em contar com um homem que a ama tanto.

Felicity olhou para Oliver. Poderia jurar que ele corava. Lá fora, ela disse:

- Eles são ótimos.

- Sentimentais demais – resmungou Oliver.

Oliver providenciou uma cama de lona para dormir, ao lado de Felicity. Naquela noite, deitada na cama, Felicity lembrou novamente como Oliver cuidara dela, atendera a todas as suas necessidades, banhara seu corpo nu. Sentia-se intensamente consciente da presença de Oliver. Dava-lhe a sensação de estar protegida.

E deixava-a nervosa.

Gradativamente, à medida que Felicity se tornava mais forte, ela e Oliver passavam mais  tempo explorando a exótica cidadezinha. Percorriam as ruas sinuosas, calçadas de pedras da idade média, passeavam por horas nos campos de tulipas, nos arredores da cidade. Visitavam o mercado de queijos e o museu municipal. Para surpresa de Felicity, Oliver conversava com os habitantes em holandês.

- Quando aprendeu a língua?

- Quando namorei uma holandesa.

Felicity arrependeu-se de ter perguntado.

Enquanto os dias transcorriam, o corpo jovem e saudável de Felicity foi se curando. Quando achou que ela já estava bastante forte, Oliver alugou  bicicletas e visitaram os moinhos de vento que pontilhavam os campos. Cada dia era um feriado maravilhoso e Felicity não queria que aquilo acabasse.

Oliver era uma constante surpresa. Tratava-a com uma preocupação e ternura que dissipavam as defesas dela contra ele, mas ao mesmo tempo não fazia qualquer avanço sexual. Ele era um enigma para Felicity. Ela pensava nas lindas mulheres com quem o vira e tinha certeza de que Oliver poderia ter qualquer um delas no momento em que quisesse. Por que então ficava com ela naquele cantinho perdido do mundo?

Felicity descobriu-se a falar sobre coisas que pensara que jamais conversaria com alguém. Contou a Oliver sobre a morte de sua mãe e sobre Joe Romano, Tony Orsetto, Ernestine Littlechap, Big Bertha e a pequena Amy Brannigan. Oliver mostrou-se alternadamente indignado, consternado e compadecido. Oliver falou sobre a madrasta e tio Willie, sobre os seus dias no parque de diversões e o casamento com Louise.

Felicity nunca se sentira tão íntima de alguém.

E, subitamente, era o momento de ir embora. Oliver anunciou uma manhã:

- A polícia não está à nossa procura, Felicity. Acho que devemos partir.

Ela sentiu uma pontada de desapontamento.

- Tem certeza? Quando?

- Amanhã.

Felicity assentiu.

- Farei as malas pela manhã.

Felicity ficou acordada naquela noite, incapaz de dormir. A presença de Oliver parecia povoar o quarto como nunca antes. Aquele fora um período inesquecível em sua vida e agora chegava ao fim. Ela olhou para a cama de lona em que Oliver estava deitado.

- Está dormindo, Oliver?

- Não.

- Em que pensa?

- No dia de amanhã. Em deixar esta cidade. Sentirei saudade.

- E eu sentirei saudade de você, Oliver.

As palavras saíram de sua boca antes que ela pudesse se controlar. Oliver sentou lentamente e olhou para ela.

- Quanto?

- Muita.

Um momento depois, ele se achava ao lado dela na cama.

- Felicity...

- Shh...Não fale. Apenas me abrace. E aperte com força.

Começou devagar, um contato suave, carícia, sensação, exploração dos sentidos. E foi se desenvolvendo e aumentando para um ritmo frenético, até se tornar um prazer desvairado e selvagem. O membro duro de Oliver acariciava e arremetia, enchia-a por completo, até que ela sentia vontade de gritar com uma alegria insuportável.  Ela se achava no centro de um arco-íris. Sentia-se arrebatada por um maremoto que a elevava mais e mais. Houve uma súbita explosão dentro dela e todo o seu corpo começou a tremer. Gradativamente, a tempestade se desvaneceu. Felicity fechou os olhos. Sentiu os lábios de Oliver descerem por seu corpo, até o próprio centro de seu ser, foi envolvida por outra onda impetuosa de uma sensação indescritível.

Ela puxou Oliver contra si, sentindo o coração dele bater contra o seu. Comprimiu-se contra ele, mas ainda não podia chegar bastante perto. Desceu para o pé da cama, os lábios roçando pelo corpo de Oliver, em beijos suaves, ternos, subindo devagar, até encontrar o membro duro em sua mão. Afagou-o gentilmente, meteu-o na boca, escutou os gemidos de prazer de Oliver.

Depois, Oliver rolou por cima dela e penetrou-a, tudo recomeçou , mais excitante do que antes, uma fonte se derramando com um prazer insuportável. Felicity pensou: “Agora eu sei.Pela primeira vez eu sei. Mas devo lembrar que é apenas por esta noite, um maravilhoso presente de despedida.

E durante toda a noite eles fizeram amor, conversaram sobre tudo e sobre nada. Era como se comportas há muito tempo trancadas se  abrissem para os dois.

Ao amanhecer, quando os canais começavam a cintilar com o sol que nascia, Oliver disse:

- Case comigo, Felicity.

Ela tinha certeza de que entendera errado, mas as palavras tornaram a soar. Felicity sabia que era loucura e impossível, nunca poderia dar certo, mas era delirantemente maravilhoso e é claro que daria certo. E ela sussurrou:

- Sim, com certeza!.

Felicity começou a chorar, aconchegada na segurança dos braços de Oliver. “Nunca mais me sentirei solitária”, pensou Felicity. “Pertencemos um ao outro. Oliver é parte de todos os meus amanhãs.”

O amanhã chegara.

Muito tempo depois, Felicity perguntou:

- Quando você soube, Oliver?

- Quando a vi naquela casa e pensei que fosse morrer. Fiquei meio louco.

- E eu pensei que você fugira com os diamantes – confessou Felicity.

Ele tornou a abraçá-la.

- O que fiz em Madri não foi pelo dinheiro, Felicity. Foi pelo jogo...pelo desafio. Não é por isso que nós dois estamos nessa vida? Você recebe um quebra-cabeça que aparentemente não tem solução e começa a especular se na verdade não haverá algum modo de resolvê-lo.

Felicity assentiu.

- É assim mesmo. A princípio, era porque eu precisava do dinheiro. E depois tornou-se outra coisa, o dinheiro já não tinha importância. Adoro o duelo de esperteza com pessoas que são vitoriosas, inteligentes e inescrupulosas.  Adoro viver na corda bamba do perigo.

Depois de um silêncio prolongado, Oliver disse:

- Felicity...estaria disposta a renunciar a tudo isso? – Ela ficou perplexa.

- Renunciar? Por quê?

- Estávamos antes por conta própria, cada um por si. Agora, tudo mudou. Eu não suportaria se alguma coisa acontecesse com você. Por que correr mais riscos? Temos todo o dinheiro que jamais precisaremos. Por que não nos consideramos aposentados?

- O que faríamos, Oliver?

Ele sorriu.

- Pensaremos em alguma coisa.

- Falando sério, amor, como passaríamos a vida?

- Faríamos qualquer coisa que quiséssemos, meu amor. Viajaríamos, teríamos hobbies. Eu sempre fui fascinado pela arqueologia. Gostaria de realizar uma escavação no Egito. Conheceríamos o mundo inteiro.

- Parece atraente.

- E então... o que me diz?

Felicity contemplou-o em silêncio por um longo tempo e depois disse, suavemente:

- Se é isso que você quer, eu quero também...

Oliver abraçou-a e começou a rir.

- Não deveríamos fazer um comunicado formal à polícia?

Felicity, agarrada a ele, acompanhou-o no riso.

O telefonema de Gunther Hartog foi no dia seguinte, quando Oliver se achava ausente.

- Como está se sentindo? – perguntou Gunther.

- Maravilhosamente bem e feliz. – respondeu Felicity.

Gunther telefonara todos os dias, depois que soubera o que acontecera com ela. Felicity resolveu não contar a ele, por enquanto, a sua decisão e de Oliver de se casarem, abandonando tudo. Queria guardar para si mesma por mais algum tempo, aprofundar a ideia.

- Você e Oliver estão se dando bem?

Ela sorriu.

- Estamos nos dando bem até demais.

- Aceitaria trabalharem juntos de novo?

Agora, Felicity tinha de lhe contar.

- Gunther...nós...estamos deixando.

Houve um momento de silêncio.

- Não estou entendendo.

- Oliver e eu vamos...como se dizia nos filmes antigos...seguir por uma vida honesta.

- Ahn? Mas...por quê?

- Foi ideia do Oliver e eu concordei. Nada mais de riscos.

- E se eu dissesse que o trabalho que tenho vale dois milhões de dólares e não envolve riscos?

- Eu riria muito, Gunther.

- Estou falando sério, minha cara. Viajariam para Amsterdã, que fica a apenas uma hora de carro do lugar em que estão agora e...

- Sinto muito, terá que encontrar outra pessoa, Gunther.

Ele suspirou.

- Infelizmente, não há mais ninguém que possa cuidar disso tão bem como vocês. Pode pelo menos discutir a possibilidade com Oliver?

- Está certo. Mas não vai adiantar.

- Ligarei de novo esta noite.

Quando Oliver voltou, Felicity relatou a conversa com Gunther.

- Não disse a ele que estamos nos tornando cidadãos respeitadores das leis?

- Claro, amor. E disse também que ele procurasse outras pessoas.

- Mas ele não quer.

- Insiste que precisa de nós, Oliver. Disse que não há qualquer risco e que poderíamos ganhar dois milhões de dólares por um pequeno esforço.

- O que significa que ele pensa em alguma coisa tão bem guardada quanto o Forte Knox.

- Ou o Prado – acrescentou Felicity, maliciosamente.

Oliver sorriu.

- Foi um plano sensacional, amor. E quer saber de uma coisa? Acho que foi então que comecei a me apaixonar por você.

- E acho que comecei a odiá-lo quando você roubou o meu Goya.

- Seja justa – protestou Oliver. – Começou a me odiar muito antes disso.

- Tem razão. O que diremos a Gunther?

- Você já disse tudo a ele. Não estamos mais nesse ofício.

- Não deveríamos pelo menos ouvir o que ele está pensando?

- Felicity, concordamos que...

- Vamos de qualquer maneira passar por Amsterdã.

-  Vamos sim. Mas...

- Enquanto estamos lá, querido, por que não ouvimos o que ele tem a dizer?

Oliver estudou-a com uma expressão desconfiada.

- Você quer fazer o trabalho, não é mesmo?

- Claro que não! Mas não há mal algum em ouvir o que ele tem a dizer...


Notas Finais


continua...


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