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História Parchments and Death Eaters- Dramione - Sobre uma promessa e o Dragão


Escrita por: E_Burke

Notas do Autor


Olá, Hoje não tenho muito para falar. Deixo uma frase que fala tudo que necessito.
Espero que gostem do capitulo!

"Escolhi você porque me dei conta de que valia a pena, valia os riscos... Valia a vida."
-Pablo Neruda.

Capítulo 14 - Sobre uma promessa e o Dragão


Fanfic / Fanfiction Parchments and Death Eaters- Dramione - Sobre uma promessa e o Dragão

Draco andava pelo caminho de pedra com velocidade, as mãos brancas estavam frias e seguravam a varinha com força. Olhava para os lados com uma falsa calma. Apoiou as mãos no portão de entrada da mansão Malfoy abrindo-o com um som baixo, quase como um gemido.

 Os passos rápidos e ansiosos não disfarçava o medo que ele sentia. Os olhos astutos buscavam com velocidade qualquer sinal de ameaça; ele se virava cada vez que ouvia um barulho entre as arvores ou entre os arbustos. Draco desviou o rosto quando o vento gelado o atingiu como agulhas perfurando a pele pálida. Ele fechou a grossa capa negra; mas manteve a varinha firme em suas mãos. Alerta... o medo sempre fazia isso com ele. Lhe apurava os instintos. Ele podia ouvir; sim ele ouvia os passos que dava, como se estivesse em compasso com seu próprio coração.

De repente um silencio se estendeu pelo lugar, as arvores pararam o lento movimento das folhas, os pássaros voaram  fugindo. Olhos de Draco buscavam qualquer movimento, mas seus ouvidos não captavam som algum. Tinha algo errado, tinha algo ali... um perigo que ele podia sentir pulsar dentro dele. Como uma sombra negra que se assomava sobre o lugar, escurecendo o céu. Trazendo o manto da noite com velocidade.

Uma nevoa se estendeu lentamente e Draco viu com horror como as arvores secaram e as flores murchavam quando a nevoa as alcançava. Uma sensação de ameaça que o fazia querer correr, escapar... Mas seus pés não se moveram, ele parecia não ter controle sobre o corpo.

Sentiu um calafrio atingir seu corpo quando ouviu uma voz; seria possível?  Olhou as copas das arvores assustado. Não pode ser...Mas ele ouviu outra vez.

1...2...3... joguemos!

Era uma voz macabra e infantil, e estava muito perto dele.

Draco correu para longe da nevoa, o coração acelerado não o deixava pensar. Correu para longe da voz infantil e parou abruptamente quando chegou no jardim de Narcisos. O jardim da mão dele.
Ali estava; quem o esteve procurando, oculto sobre a capa negra. Apenas um sorriso macabro podia ser visto.

_Ola Malfoy!_ Assobiou apontando a varinha _ Eu estive esperando você... É muito amável da sua parte comparecer. Poderíamos trazer sua mãe, não acha? Acha que ela vai perceber se eu te matar diante dos olhos dela?

Draco permaneceu parado, tinha uma varinha apontada pro peito dele, e qualquer movimento poderia alertar o bruxo. Mas por incrível que pareça ele também não sentia mais medo, talvez fosse porque o comensal cometeu o erro de falar da mãe dele e isso o inundou de tamanha cólera, de tanto odio que não tinha sobrado muito espaço para o terror que antes sentia.

_Não vai dizer nada Malfoy? _ Lhe esperou a voz fria e sarcástica. Draco quase podia ver através do bruxo, podia intuir o que ele pensava fazer. Queria provocar para que ele perdesse o controle e atacasse, se defenderia com facilidade do ataque e deixaria que ele atacasse outra vez. Sabia que aquele bruxo o superava usando magia das trevas e em falta de escrúpulos, não era ingénuo.

Por um instante  pensou em mandar a merda o plano dos aurores e ataca-lo, ainda que isso lhe custasse a vida. Mas recordou que era inteligente demais para fazer algo tão estupido e decidiu jogar bem suas cartas.

_Porque não fica calado?_Draco falou apertando os dentes, sabia que tinha uma oportunidade, uma só oportunidade para atacar antes de receber algum feitiço. Possivelmente um Cruciatus, que o debilitaria e acabaria com suas oportunidades.

Jogaria a vida em uma só cartada, não tinha margem para erros. Sem olhar, sem pensar, Draco segurou com força sua varinha e fez um movimento ao ar, apontando com ela ao céu. O comensal desfez o sorriso ao compreender que ele não tinha feito nenhum feitiço para atacar, o raio branco se elevou no céu escuro, fazendo um ruido alto e explodindo. Draco tinha lançado um feitiço para entregar a posição exata que estavam.

O sorriso do comensal se abriu macabro; em uma gargalhada sem humor, fria como a pessoa que a produzia.

_Há Malfoy! Esta chamando os seus amigos? Eu já os encontrei... _Draco sentiu o corpo gelar, ouviu um som baixo de satisfação, respirou fundo tentando em vão manter a calma._ Sabe, eu sou muito bom brincando de caçar ratinhos assustados. Te encontrei Malfoy, te encontrei outra vez...Mas eu não vou te procurar mais. Não... Eu cansei de traidores de sangue; e você é um traidor Malfoy!

Um feitiço foi lançado arremessando Draco a vários metros pelo ar, ate que ele bateu no muro de pedra que rodeava a casa. Dor, agonia, facas sendo enfiadas no corpo, ele gritou e se contorceu, gritou a plenos pulmões. Assim como começou, a dor sumiu.Então ele sentiu o efeito do golpe; maior parte foi nas suas costas, mas também bateu a cabeça e ficou tonto durante alguns segundos. Tudo que aconteceu a continuação era um borrão para ele, que tentava não afundar na dor tao profunda que sentia. Tinha vontade de chorar, gritar e matar ao mesmo tempo.

Draco escutava diferentes vozes, sentia o som dos feitiços cortando o ar ate chegar a sua vitima ou a qualquer outra coisa que se estivesse pelo caminho; as folhas amassadas, sons surdos de corpos caindo, ele só podia ver luzes e sombras confusas na frente dele. procurou a varinha que devia ter caído perto dele.

Ouvia passos se aproximando, dessa vez eram passos diferentes. De uma mulher...

Seus olhos começaram a  enfocar; o primeiro que Draco viu foi uma capa longa de veludo, logo viu as mãos que estava girando a varinha entre os dedos, então ele viu o rosto dela; parecia errado um rosto tão bonito e angelical passar tanta maldade. Ele olhou nos olhos azuis dela, e por um instante sentiu uma onda de reconhecimento. Aqueles olhos.. um sorriso cruel cruzou os lábios da mulher.

_Draco Malfoy!_Ela aproximou com passos curtos, como se estivesse caminhando ate um amante muito querido. _Tão bonito... Eu teria me divertido muito com voce...se não fosse um estupido traidor. _Draco soltou um grito de angustia quando ela colocou o pé sobre a mão que ele tinha estendida para pegar a varinha e enfiou o salto no pulso dele. Empurrando e girando o pé, os olhos de Draco marejaram e ele soltou outro grito de dor. _Há sim, eu sei que você andou se esfregando com uma sangue-ruim; e te juro Malfoy, quando te matar eu vou encontra-la e vou me divertir muito com ela._Draco gritou quando ela levantou o pé, deixando um buraco no pulso dele, o sangue fluía quente e Draco sentiu que iria desmaiar.

_Esta se divertindo Malina?

_Sim, meu senhor! _A voz da mulher era doce e quase delicada. _Eu estive explicando... como nos aborrece os traidores.

_Você é muito persuasiva Malina. Mais eu preciso terminar isso rápido; já estou entediado, quero beber algo forte e ter um pouco de prazer._Draco sentiu o estomago dar voltas quando a mulher se colocou na ponta dos pés e o rosto delicado beijou com devoção o rosto oculto pelo capuz.

_Levante-se Malfoy, eu não vou o matar caído ao solo como um rato.

Draco estremeceu; todo o corpo tremia compulsivamente e ele tentou levantar, mas ao apoiar os braços caiu ao chão segurando o grito de dor. Engoliu a saliva e fez um esforço descomunal para levantar; sabia que iria morrer, sabia desde que se ofereceu para a missão e não iria morrer como um covarde, caído ao chão.

Sentiu que iria cair quando ficou em pé, mas manteve a cabeça erguida; já não tinha lagrimas descendo pelo rosto. Sentiu uma tranquilidade inquietante e olhou desafiante o homem a sua frente, isso seria o ultimo que ele veria. Mas ele era um Malfoy; não um covarde como o pai, ele tinha sido feito por outro molde, o da mãe.

Escutava os batimentos do seu próprio coração como se estivesse longe dele, escutou muitos gritos; mais dois deles, Draco reconheceu como sendo de Harry e Gina, escutava como se fosse em outro mundo. Então Draco viu um borrão castanho de aproximando com velocidade. Varinha apontada e angustia no rosto. Ele sorriu, a olhou nos olhos passando todo o amor que sentia e sorriu. Sim, ele sorriu, porque o ultimo que veria seria ela.

 _Avada Kedavra!

_NÃOOOOOOO! _O grito de angustia cortou o ar quando o raio verde o atingiu, limpo e certeiro, cruzando o peito dele. Os olhos ficaram opacos quando a vida se esvaiu dos seus olhos cinzas, o ultimo olhar foi de amor e não de odio

Draco caiu, como se o corpo dele fosse um fantoche que cortaram as cordas

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St. Mungos

Os olhos cinzas se abriram grandes e assustados; Narcisa Malfoy esteve lutando nos últimos minutos para recuperar a consciência. Gritou, e umas mãos nervosas e delicadas a encostaram na cama quando ela tentou levantar.

_Acalme-se Senhora Malfoy, por favor!

_Meu filho, meu pequeno, meu filho! _Narcisa segurou as mãos da curandeira com força descomunal, cravou os olhos cinzas na jovem que a olhava assustada.

_Acalme-se Senhora, Por favor!

_Chame-a, a mulher que esteve aqui. Ela prometeu...

_Quem Senhora Narcisa? _ A curandeira fez um feitiço para alertar que precisava de ajuda e voltou sua atenção para a bela mulher que tinha o rosto destorcido de angustia. _Quem a Senhora quer ver?

_Meu filho; e a mulher... ela me prometeu, ela o cuidará!

_Dante! _Gritou a curandeira para o auror que entrava em alerta pela porta_ Quem é a mulher que esteve aqui? A mulher que veio visita-la?

_A única mulher esteve aqui foi Hermione Granger, porque?

_Envie uma carta urgente. A ela e ao Senhor Malfoy, diga a eles que a senhora Narcisa acordou, é uma Emergência.
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Hermione estava em casa com Gina, as duas já tinham se trocado e preparado tudo que precisava. Esperavam a hora certa para sair. Não podiam chegar antes deles, para não entrega-los. Também não podiam ir ao mesmo tempo, para não serem vistas. Só restava esperar. Isso era pior do que estar em batalha. Gina passava as folhas da revista com força. Tinha discutido com Harry porque ele estava com ciúmes. Hermione estava mordendo o lábio com tanta força que quase o tinha cortado.

_Encontre seu bruxo encantado com as deis dicas da Bruxa Cotillera._Gina jogou a revista no sofá irritada._ Da pra acreditar nisso? É só o que me faltava. Agora ainda vou ter que me preocupar com essas harpias sendo treinadas para conquistar, por essa tal bruxa Cotillera.

_Crise de insegurança Ginevra? _ Hermione escondia o sorriso por trás da mesa de cabelo que balançava na frente do rosto.

_Rá, como se o Harry fosse me trocar... _Gina olhou para a janela, se colocando em pé_ Você ouviu isso?

Hermione pegou a varinha em alerta e só baixou quando viu uma coruja cinza bicando a janela para chamar a atenção. Abriu a janela e a ave levantou a perna impaciente. Quando Hermione pegou a carta com as mãos tremulas a coruja a bicou irritada e saiu voando.

_E do St. Mungos._Hermione abriu a carta diante do olhar ansioso da amiga que se apoiava atras dela para ler.

  -Senhorita Granger
Por favor comparecer ao St. Mungos imediatamente. A senhora Narcisa Malfoy acordou e quer vê-la!
É uma emergência. O senhor Malfoy não pode vê-la.-

_Vamos Gina!
 

Hermione saiu correndo pela corta com Gina  atras dela, o rosto vermelho e uma vassoura na mão. Aparataram  e correram para a recepção assim que os pés tocaram o chão. Hermione sentia o coração pulsar, agitado. Entrou numa sala puxando a ruiva quando viu Draco e Harry saindo do corredor que estava o quarto de Narcisa.

_Vou mandar o patrono para o ministério para avisar que podem ir na frente e se posicionarem. _A voz de Harry soava cada vez mais baixa enquanto eles se afastavam.

_Como você decidir Potter, só vamos acabar com isso. Tenho uma bela mulher me esperando! _Hermione sentiu o coração aquecido quando Draco falou entre irritado e sínico.

_Controle os modos Malfoy, esta falando da minha amiga...

Gina esboçou um sorriso e apontou pro corredor. As duas abriram a porta e só então perceberam que um homem que tinha a cabeça enfaixada as olhava com a boca aberta.

_Melhoras Senhor...

Hermione não terminou de falar, apenas correu para o quarto de Narcisa. Gina encostou na parede com a varinha em mãos, e ela entrou sem olhar ou cumprimentar os aurores. Mas ele apenas trocaram um olhar e ficaram em posição; fechando a entrada do quarto.

_Hermione Granger? Desculpe-me, mais eu precisei enviar sua carta depois, porque ela pediu que não viessem juntos. _Hermione olhou a curandeira, que estava sentada segurando a mão de Narcisa; mas não respondeu nada, porque Narcisa a olhou com profundidade, os olhos que estavam opacos ficaram brilhando com vida.

_Você veio

_Sim, Senhora Malfoy, eu estou aqui!

_Cuide-o, você me prometeu. _A voz de Narcisa era angustiada e decisiva, em contraste com o rosto que não demostrou sentimento algum.

_Eu cumprirei minha promessa.

_Va agora, ele vai cair, meu Dragão, sem vida._ Ela segurou a mão que Hermione tinha colocado sobre a dela com força e uma lagrima desceu pelos olhos cinzas de Narcisa_ Você me prometeu!

Hermione olhou a profundidade daquele olhar, e como se estivesse em um filme trouxa, ela se viu naquele mesmo quarto. Draco a beijava e depois a deixava sozinha. Ela arrumando os lençóis de Narcisa e colocando um mecha de cabelo no lugar, depois sussurrado.
" Eu vou cuidar dele...eu prometo." antes de sair do quarto e deixar a Narcisa dormindo.

_Eu prometi Narcisa, e cumprirei; ainda que isso custe minha vida. Ele não vai cair. _Hermione viu os olhos cinzas ficarem opacos como antes; Narcisa puxou a mão e levantou indo ate a janela, o rosto sereno e as mãos elegantes apoiadas no vidro da janela.

_Já é hora de salvar o dragão, ele voltou, e culpa dele!

Hermione deu alguns passos para trás e saiu correndo pelo corredor com Gina a acompanhando de perto. Cruzaram os corredores esbarrando em algumas pessoas; saíram juntas, e quando Gina segurou o braço dela, Hermione olhou a amiga com os olhos cheios de lagrimas e coragem.

_Sim Gina, já é hora. _ Então Gina sentiu ser puxada para dentro de si mesma, com Hermione a guiando para cumprir o que planejaram, proteger os homens que amam


Notas Finais


Então, se assustaram?

Quero muito saber o que vocês sentiram, por Salazar, nunca pedi nada!
Sim, eu confesso; sou mole mesmo, e chorei horrores enquanto escrevia. Mas eu avisei que ia ter sangue, dor e muita emoção.
Espero ter conseguido passar tudo isso para vocês. Também confesso que amo Narcisa, tenho uma amor não correspondido pelo filho dela.

O próximo capitulo esta quase pronto. Mas não vou dizer quando posto porque não sei, será em uns dias ( bem menos de uma semana) prometo!
Estou preparada para receber avadas e crucios pelo capitulo de hoje. Sorry!

Para encerrar, deixo uma frase

"Ela gostava tanto dos mistérios que, um dia, ela mesmo se converteu em um. "

Com muito carinho, Burke


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