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História Parchments and Death Eaters- Dramione - Sobre um interrogatório


Escrita por: E_Burke

Notas do Autor


Olá!

Boa leitura!

Beijos

Capítulo 20 - Sobre um interrogatório


Fanfic / Fanfiction Parchments and Death Eaters- Dramione - Sobre um interrogatório

Harry chegou ao ministério antes de começar o expediente, não tinha conseguido dormir nenhum minuto; sentia-se exausto se obrigou a ficar concentrado no trabalho; mandou algumas cartas e começou a fazer o informe do que aconteceu a noite. Cada detalhe de tudo que ele lembrava ou do que tinha ouvido, omitindo é claro o fato de Hermione ter lançado uma maldição imperdoável e que a sua própria noiva, petrificou e explodiu um bruxo. Efeitos colaterais... era melhor pensar isso do que viver com medo do que elas eram capaz de fazer.

Mandou mensagem para todas os escritórios dos aurores avisando que precisava que os mesmos preparassem os próprios informes para serem entregues a ele naquele mesmo dia, e depois uma carta a Azkaban avisando que iria interrogar os presos dentro de algumas horas.

Já estava a um bom tempo escrevendo; na verdade lhe pareceram horas; essa era a parte do trabalho que ele não gostava muito.

Pediu um café a sua secretario e voltou a mesa para terminar a documentação.

Tinha passado no Hospital antes de ir ao ministério, para seu alivio todos estavam dormindo: Hermione e Draco nas suas próprias camas; Gina deitada no sofá; Luna e Blásio numa única cama abraçados e Dino, que para alivio de Harry já estava recuperado e receberia alta naquele mesmo dia. Segundo o medico tudo transcorreu com tranquilidade e o quadro de saúde de todos tinha melhorado consideravelmente, exceto Hermione. Que continuava igual.

Harry se sentia enfurecido pelo que aconteceu com as amigas, com a noiva e pela atitude de Rony. Em uma semana a vida tranquila de todos estava de pernas pro ar, parecia que reviviam a época da guerra, todo em volta dele estavam em perigo.

Recebeu o café fumegante e depois de agradecer e dar algumas orientações, sobre reuniões para serem canceladas e documentos que ela precisaria entregar, ele a dispensou e começou a soprar o liquido quente enquanto pensava no que tinha acontecido.

Não podia negar que a ideia delas tinha sido genial, negro em vez da chamativas capas marrons que alguns aurores usavam, e usar vassoura em vez de entrar correndo, coisas simples e eficientes. A inteligência da sua melhor amiga e da sua noiva era admirável, elas dariam ótimas aurores. Esse pensamento o fez rir, porque Hermione era um auror, embora fosse apenas para a parte burocrática. Ter Ginevra Weasley e Hermione Granger como uma dupla de trabalho, seria o terror para todos os bruxos que estiverem descumprindo as leis. Mas seria prejudicial para a integridade dele e do Draco.

Draco... era a primeira vez que se dirigia a ele pelo primeiro nome; poderia ser pelo sentimento obvio que existia entre ele e Hermione. Mas Harry desconfiou que tinha mais possibilidades de ser porque, tinha muito dele nas atitudes de Draco, na forma protetora de tratar Hermione. Ele podia reconhecer esse sentimento.

Estava pensando sobre tudo que aconteceu na ultima semana, tentando ligar pontos e descobrir algo; quando recebeu uma coruja enviada de Azkaban, com a resposta da sua carta. Informava que alguns dos capturados, morreram de forma misteriosa durante a madrugada. Dois deles porem estavam em uma cela especial e com máxima vigilância. Harry deixou o café encima da mesa do escritório e saiu pegando a varinha e o casado. Saio do escritório batendo a porta e no corredor alguns aurores foram de encontro a ele para falar sobre algo. Mais ele vestiu o casado com rapidez enquanto continuou andando. Naquele momento não ouvia nada alem do som dos próprios passos.

_Dante, você vem comigo... _O auror entregou rapidamente a papelada ao outro companheiro, e depois de pagar o casaco quase correndo,  alcançou Harry.

_Potter, preciso falar com você! _Harry  tinha chegado a saída e olhou para Sean por um segundo estreitando os olhos.

_Agora não Fawcett.

_É importante... _Harry obrigou os pés a pararem.

_Faça seu relatório, por favor. Espero você no meu escritório quando ficar pronto. _Não queria ser grosso, mas a tranquilidade que Sean demostrara diante de tudo que aconteceu, estava deixando-o muito nervoso. _ Outra coisa... sua companheira de trabalho esta em coma... Avise ao responsável pelo seu departamento.

_Como? _Os olhos azuis sempre tranquilos se abriram como pratos e isso deixou Harry ainda mais incomodado, quase preferia a versão insensível dele.  _Como Hermione esta em coma? Ela estava apenas inconsciente ontem! 

_Como você ouviu. Agora eu preciso ir... É uma emergência! _Harry olhou para trás antes de sair e Sean continuava parado, com alguns papeis na mão e uma cara bem parecida com a do Malfoy quando era contrariado.

_Que maravilha... _Harry apertou o maxilar furioso.Tudo que menos precisava era outro pavoneando perto de Hermione agora.

Quando Harry chegou a Azkaban com Dante ao seu lado, rapidamente foi conduzido pelos corredores húmidos para a sala que ele tinha solicitado, a sala de interrogatórios. Um lugar húmido, e abafado, com grossas portas e paredes; no centro da sala tinha cadeira muito desconfortável e em um dos cantos uma mesa com duas cadeiras. Harry se apoiou na mesa enquanto esperava o primeiro que seria interrogado. Em poucos minutos um dos presos, com as mãos e os pés presos por grossas correntes de aço foi empurrado para dentro sala.

_Ora, vejam só! O grande Harry Potter..._O bruxo desdenhou e Dante deu outro empurrão que quase o desequilibrou, irritado com a ousadia dele. 

_Dante, por favor, seja mais educado com nosso convidado. _Harry se aproximou do homem com a ponta da varinha batendo na palma da mão esquerda. _Vou lhe ensinar Dante, como devemos tratar certas pessoas.

O auror soltou um risinho e Harry rodeou o preso dando um golpe nas pernas dele, fazendo-o cair de joelhos.

_Viu só, bem melhor agora... _ Harry puxou a cadeira e sentou, mantendo o olhar na altura do preso. Ele apertava tanto o maxilar que sentia que a qualquer momento iria desencaixar. _É bom saber que você me conhece... O que quero saber é, quem é você? _O homem perdeu todo o vestígio de humor, os ficaram negros de fúria, mas ele permaneceu calado.

_ Qual é o seu nome? _O homem não respondeu, apenas ficou mais serio

_Se você colaborar comigo posso te ajudar...

_Se eu colaborar com você eu serei um homem morto.

_Lamento informar, mas se não colaborar também... _O bruxo começou a rir, uma gargalhada que mal disfarçava o medo no olhar dele

_O grande Harry Potter vai me matar?_ Harry apertou a mão quando o homem estalou a língua desafiando-o _Não sabia que era um assassino. Quem mais você matou alem do estupido Lord das trevas? _Harry não conseguiu esconder a surpresa por alguns segundo então levantou.

_Eu não conto quantas pessoas eu mato, não é esse meu trabalho, sabe? Eu prendo e interrogo e outras burocracias que você não esta interessado. Mas as vezes acidentes acontecem... _Harry tocou no braço do homem com a varinha _Uma vez eu errei um feitiço e acabei amputando os braços de um comensal... uma perda lastimável se quer saber. Ele era ótimo em duelos. _Harry sorriu de lado para Dante quando o homem estremeceu e ficou um pouco pálido.

_Eu não vou falar.

_Teve aquela vez que você partiu aquele preso ao meio com um sectusempra e só percebeu que ele estava sangrando dois dias depois, quando ele já estava cheirando mal. _Uma faísca de diversão passou nos olhos de Harry quando olhou para o auror que a tanto tempo se tornou seu amigo.

_Se eu falar eu vou morrer, eu fiz um voto perpetuo com... ele._O homem estremeceu levemente  _ Todos fizemos.

_Isso esta ficando interessante... _Harry sentou na cadeira outra vez. _Então me conte apenas o que não vá quebrar o voto. Assim eu posso conseguir um julgamento justo para você. _ O bruxo permaneceu calado e Harry estreitou os olhos analisando a postura dele.

_Dante, já terminamos com ele. Por favor, mande os guardas o levarem para... você sabe onde. Depois traga o outro prisioneiro.

_NÃO! ESPERE... eu... _O bruxo apertava os olhos como se estivesse com medo de falar _Albânia;  tirania; Pandora.

_Albânia, tirania e Pandora? _Harry cruzou os braços impassível _Não faz muito sentido para mim, seja mais claro se for possível.

_O que vocês procuram, essas três palavras levaram vocês a ele. _O homem forte e corpulento agora estava quase se dobrando como se estivesse uma dor insuportável. _ É tudo o que sei, eu sou apenas um seguidor, essas palavras foi o único que ouvi o meu superior falar.

Harry assentiu e com um movimento de cabeça pediu para Dante leva-lo, já tinha feito interrogatórios demais para não reconhecer quando um bruxo sabe de algo, ou quando e uma mera peça no tabuleiro. E aquele bruxo, com certeza e uma peça descartável.

_Bela encenação Harry, ele acreditou mesmo que você já tinha feito todas aquelas coisas. _O auror riu, enquanto passava aos mãos pelos cabelos dourados, tentando domar os cachos.

_E você foi de grande ajuda, um tanto exagerado Dante, partir ao meio?_ Harry sorriu pela primeira vez no dia_ É serio? Mesmo assim funcionou.

_Albânia, Tirania e Pandora. Não acho que realmente tenha funcionado.

_Ele não sabia de nada. _O auror fez uma cara de quem começava a entender.

Quando o outro bruxo entrou Harry se virou rapidamente, ao contrario do anterior, este estava com os ombros erguidos e o olhar frio. Uma áurea de maldade estava em torno dele. Harry o reconheceu como sendo o homem que Hermione torturou com a maldição Cruciatus.

_Sente-se_ Dante olhou receoso para Harry, percebeu pelas facões duras do chefe que eles estavam de alguém que realmente tinha informações.

_Dante, pegue um copo de agua por favor. Vamos precisar. _Foi apenas um olhar, mais o auror saiu sorrateiro e pingou umas gotas do liquido transparente no copo e colocou a agua.

_ Quem é você; para quem trabalha e porque atacaram o Malfoy? _O olhar de Harry e o do bruxo travavam uma disputa sangrenta. Dante estremeceu quando o bruxo sorriu, mais não foi como o outro, foi apenas um leve mover de lábios que dava calafrios.

_O que essas três palavras significam para você: Albânia, Tirania e Pandora ?_O olhar do bruxo perdeu a diversão, e Harry viu uma veia crescer na têmpora dele. Bom sinal...

_Você não pode falar porque fez voto perpetuo? _Harry permaneceu em pé, andando como uma fera enjaulada _Isso significa que o seu " Senhor" não confia em você? _Nada ; nenhum sinal, nenhuma expressão. Harry sabia que estava diante de um bruxo que sabia de muita coisa.

_Quer um pouco de agua? As selas aqui são bem húmidas e abafadas, e segundo minhas ordens você não comeu e não bebeu desde que entrou aqui! _O bruxo virou o rosto quando Harry ofereceu o copo.

_Dante, poderia me dar alguns minutos? _Harry percebeu que o auror duvidou se devia deixa-lo sozinho com o preso ou não, mais logo Harry confirmou e ele saiu.

Harry apontou a varinha para a porta e murmurou um abaffiato. O bruxo continuava firme, em pé e sua postura falava claramente que ele morreria antes de falar algo.

_Existem três maldiçoes imperdoáveis, como você sabe. Das três uma delas e mortal; e você quase conseguiu matar meu amigo com ela. _Harry parou na frente do bruxo e tirou o casaco e subiu as mangas da camisa. _Mas tem muitas outras que não são imperdoáveis, algumas são muito, muito cruéis. Você deve saber que eu não posso usar nenhuma das três imperdoáveis contra você. Então porque não tentamos uma das outras? _Harry observou o rosto endurecido do bruxo, sabia que ele estava pensando em formas dolorosas de mata-lo.

Curiosamente esse pensamento não lhe fez medo; apenas repulsa.

_Aer Negatio... _Harry estreitou os olhos enquanto o bruxo abria muito os dele, a iris castanha ficando totalmente exposta. O pulmão totalmente vazio, nenhum ar entrava nele. A dor e a sensação de estar queimando por dentro... Harry lembrava bem as memorias de Draco. Quase podia sentir o mesmo que o loiro. Devia isso a Draco.

_Desipiens _Com um grito de dor o ar entrou no pulmão do bruxo seguido por uma onda de dor excruciante. O bruxo caiu tremendo enquanto gritava, o rosto vermelho e as veias saltavam._ Isso é quase tao ruim quando o crucio; você deveria beber um pouco de agua. _O bruxo negou entre gemidos.

_Tentaremos outra vez...

_Aer Negatio _Outra vez o grito parou e o bruxo tentou puxar o ar sem sucesso.

Deis minutos depois o bruxo não conseguia mover um musculo. Com cada respiração o pulmão doía e queimava como se estivesse sendo atingido pela maldição; Harry sabia, por isso parou para deixar que ele desfrutasse da tortura que provavelmente ele mesmo já tinha imposto a muitas pessoas inocentes.

Harry pegou outro copo e deu um gole, Dante tinha sido muito eficiente, tinha deixado o copo com a poção no lugar exato que Harry tinha orientado e o outro um pouco afastado. Olhou como o bruxo desejava beber, com os lábios secos e possivelmente o pulmão queimando.

_Quer agua? _Pegou o outro copo e entregou ao bruxo, mas ele recusou. _Beba!_ O bruxo olhou para Harry com tanto odio que ele pode sentir em cada particula do corpo, depois abiu a boca e Harry despejou o liquido. Era questão de tempo, então Harry sentou e ficou olhando como o bruxo controlava a respiração. 

_Qual é o seu nome?

_Fabrício Melgado

_De onde você é?

_Albânia

_Para quem você trabalha? _O bruxo começou a respirar com dificuldade, e percebeu que o homem lutava contra a poção.

_O que significa a palavra tirania?

_Um bosque

_Onde fica?

_Albânia

_Esse bosque é importante para quem você trabalha?

_Sim _ Os olhos do bruxo se abriam cada vez mais, sem conseguir controlar as palavras.

_Porque ele atacou Malfoy?

_Pelo livro de feitiços

_Para que serve esse livro

_Para ele libertar Pand... _A pergunta de Harry ficou sem resposta, o bruxo abriu muito os olhos e começou a vomitar um liquido negro e pegajoso.

Harry tirou o feitiço silenciador da sala e chamou Dante, mas não conseguiram fazer nada para manter o bruxo vivo.  Observaram em primeira mão como aos poucos os olhos do bruxo ficaram totalmente negros e toda as veias dele também. O liquido que parecia sangue saia pela boca e pelo nariz. Com uma meio sorriso macabro o bruxo caiu morto. Harry sentiu as mãos tremendo e Dante tinha recuado.

 Nunca, jamais tinha visto uma morte tão horrível.
 


Notas Finais


Então, o que acharam do capitulo? "Albânia, tirania e Pandora" decorem essas palavras. Elas me dão arrepios...

Estão com saudades do nosso casal não é? Eu sei...
Mas tem surpresa hoje!

Com carinho, Burke!

"Bu "


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