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História Park Chanyeol e Outros Desprazeres - O item mais odiado


Escrita por: HANA_NIM

Notas do Autor


ALGUÉM ME PARAAAAAAAAA
EU.NÃO.CONSIGO.PARAR.DE.ESCREVER.FIC.I.NEED.HELP

Dai você pensa que a pessoa vai aproveitar as férias pra descansar, mas não, eu aproveitei pra colocar os plots em dia mesmo.

Fazia tempos que queria fazer essa colegial meio fluffy (ao contrário de tudo que escrevo na vida) e está aí o resultado.

PASMEM: Não é OS. O planejado são uns oito caps, então quem queria ler algo do tipo da minha autoria, pode comemorar. q

Ps. saiu de músicas do Justin Bieber, se ficar mto ruim a culpa é toda dele.

Ps1. O conteúdo a seguir é muito clichê e adolescente.

Boa leitura!

Capítulo 1 - O item mais odiado


 

 

 

Para alguém de apenas 17 anos Byun Baekhyun odiava muitas coisas em sua vida. Na verdade, o adolescente poderia até mesmo enumerar uma lista com todos os motivos de seu desagrado e organizá-los por ranking e ordem alfabética. 

Kyungsoo costumava chamá-lo de dramático por esse motivo e por todas as constantes reclamações que ele vivia fazendo, entretanto, tinha mesmo como não amaldiçoar a deus e o mundo quando a puberdade sequer o afetara ou lhe adicionara alguns centímetros a mais de altura como havia feito com todos os seus colegas de turma?

E a sua altura, ou a falta dela, era um dos itens que ocupava o topo de sua lista, junto das brincadeiras ou apelidos recebidos por conta daquilo. No entanto, não era como se muitas pessoas tivessem coragem de brincar com Baekhyun àquele respeito. Definitivamente não. 

Pois, por menor que fosse em comparação a todos os outros garotos da turma, os olhares intensos e mortais que o par de olhos pequenos e castanhos podiam dedicar possuíam um efeito quase tão fatal quanto a de quando Baekhyun usufruía de sua língua afiada para retrucar qualquer comentário desagradável. O que o levava ao próximo item.

O baixinho definitivamente não era uma pessoa matinal, então ter de acordar todas as manhãs para ir até a escola, aquele antro de coisas e pessoas odiáveis reunido tudo em um só lugar, apenas piorava seu humor e extinguia qualquer motivação que possuía em se encaminhar para as aulas. 

Baekhyun também odiava coisas como aulas de Matemática logo no primeiro período, odiava ser obrigado a ter aulas práticas de Educação Física e, principalmente, odiava aquela mania dos professores sem coração de não arredondarem sua nota 2,5 para algo acima da média, tipo um 6. 

Entretanto, mais do que qualquer outro item, mais do qualquer coisa que pudesse lhe fazer perder a paciência que já lhe era curta, existia um ponto da qual sempre ocuparia o primeiro lugar do ranking de sua lista imaginária. 

Quer dizer, ele fazia por merecer aquele lugar e Baekhyun tampouco pensava em dedicá-lo outra posição além daquele merecido primeiro lugar. 

Park Chanyeol era o item número um das coisas que Baekhyun mais odiava ou considerava insuportáveis acima de tudo. 

Por quê? 

Bom, Baekhyun também poderia elaborar um monólogo enumerando todos os seus motivos para ele estar ali, entretanto, ele se limitava a culpar Park Chanyeol por basicamente toda a má sorte que o acompanhava em sua vida. 

Eles estudavam juntos desde o quê, a segunda, terceira série? 

O menor não sabia com exatidão, sabia apenas que era tempo demais para alguém como a si conviver com alguém feito a Chanyeol que sim, para toda a sua sorte, havia crescido súbita e impressionantemente nos últimos anos e o ultrapassado por uns bons 10cm. De altura, claro. 

Baekhyun não podia negar que eles até chegaram a se dar bem nos primeiros anos. Se dar bem no sentido de que haviam muitas possibilidades de que nos dias atuais Chanyeol poderia muito bem ocupar o lugar de Kyungsoo e Krystal no posto de seus melhores amigos, entretanto, algo havia dado muito errado e ele havia feito por merecer para o menor nunca mais lhe dirigir alguma palavra que não fosse acompanhada de alguma ofensa. E sim, Baekhyun possuía uma ótima memória e, desde então, recusava-se a se relacionar com ele se não fosse daquela maneira, como cão e gato. 

Não havia nem como relevar ou até mesmo perdoar os atos de Chanyeol no passado, e Baekhyun nem mesmo se via disposto a tal. Não quando Chanyeol fazia de tudo para continuar ocupando seus pensamentos menos louváveis e odiosos a seu respeito. 

Motivos? Chanyeol o dava todos.

Fosse pela injustiça genética de ele ter crescido muito mais que a si nos últimos anos, por aquela sua mania de ser inconveniente e lhe provocar de modo infantil quando mais ninguém tinha coragem para tal ou até mesmo por causa daquela porcaria de puberdade que havia transformado aquele garotinho orelhudo esquisito que possuía o estranho hábito de manter furões como bichinhos de estimação na porcaria de um galã adolescente do colégio. 

Não que Baekhyun ficasse para trás em termos de aparência, claro que não. Tudo que seus traços antes infantis possuíam de adoráveis ainda se mantinham em uma harmonia perfeita dos seus lábios delicados, nariz arrebitado e os olhos pequenos e castanhos que podiam ir da fúria à calmaria em questão de milésimos de segundo. E seu corpo, apesar da baixa estatura, possuía curvas e contornos invejáveis, distribuindo todos os quilos adquiridos em péssimos hábitos de alimentação de forma proporcional principalmente às coxas e quadril que ficavam quase obscenos dentro das calças jeans que usava diariamente. 

A prova disso era a crush gigantesca que muitas garotas nutriam por si e enchiam seu ego de satisfação. Entretanto, é claro que Chanyeol até mesmo nisso interferiria.

Porque as garotas que o admiravam timidamente pelos corredores nem mesmo se comparavam à legião feminina que suspiravam por aquele projeto de gigante de 1,85m. Um projeto muito mais bonito do que gostaria de admitir, inclusive. 

Porque o desgraçado era bonito. Não um bonito tipo Oh Sehun com toda aquela sua beleza clássica dos traços sérios e harmônicos e o corpo alto dolorosamente gostoso em cada centímetro de sua estatura. Também não do jeito estonteante de Kim Jongin que – Krystal e Kyungsoo que não o ouvissem – lhe tirava o ar apenas ao receber um sorriso de lado esboçado por aqueles lábios grossos infinitamente tentadores, formando um trio perigoso com seus olhos de ouro líquido e a pele dourada. 

Park Chanyeol era odiável até mesmo naqueles detalhes físicos que tanto chamavam atenção e magnetizava os olhares em sua direção. Qualé, quem poderia imaginar que a combinação de um par de orelhas nada discretas, um sorriso excêntrico e escancarado e aqueles olhos escuros tantas vezes maiores do que os de Baekhyun poderia resultar em alguém considerado minimamente atraente? 

O Park era definitivamente estranho. E o mais estranho da situação toda era que aquela combinação nada óbvia de traços divergentes entre si formava um conjunto inegavelmente... Coerente. Agradável. Pois o Byun se negava a atribuir qualquer outro adjetivo a aparência física dele. 

Principalmente àqueles malditos braços magrelos que ultimamente estavam se tornando cada vez mais definidos, assim como o abdômen branquelo que ele deixava entrever vez ou outra quando praticava algum esporte nas aulas práticas. Não que Baekhyun ficasse prestando muita atenção no corpo definido do outro, claro que não, entretanto, era meio difícil de não perceber quando as garotas davam gritinhos histéricos na arquibancada da quadra de forma completamente afetada. 

E ah, aquele era outro item indispensável de sua lista. Baekhyun odiava garotas histéricas. 

O baixinho tinha péssimas experiências com elas e até hoje se lembrava com amargor do quão caro tinha pagado pelo ingresso que o garantia um lugar perto da grade no show da SNSD e o modo como não tinha conseguido assistir porcaria nenhuma por causa das fãs malucas ao seu redor que o empurraram durante toda a performance, impediram sua visão com seus celulares e câmeras e gritaram tanto em seu ouvido que o fizeram ficar meio surdo durante quase uma semana. 

Aquilo fora um aviso para se manter longe de qualquer grupo numeroso de pessoas unidas por um afeto e admiração em comum. E era exatamente aquilo que tornava seus dias acadêmicos o inferno na Terra. 

Porque o Park Chanyeol de 17 anos, aquele mesmo grandão orelhudo pseudo-gostoso, não era mais um esquisito colecionador de animais de estimação incomuns e seu mais novo hobby se resumia a ser uma versão coreana mal feita e de mau gosto do Justin Bieber.  

Em algum momento da adolescência o Park começara a ter aulas de violão e, aparentemente, havia levado a sério aquele súbito interesse pela música, uma vez que agora aquele era seu principal meio de conquistar o coração das garotas de maneira prática e fazer a vida de Baekhyun mais miserável. Tudo nessa mesma exata ordem. 

Baekhyun não era necessariamente muito bom em alguma coisa específica. Ele era péssimo em exatas, patético em biológicas e medíocre em humanas. A única coisa que poderia se orgulhar realmente era seu talento excepcional em colar nas provas e garantir sua sobrevivência escolar. De resto? Não havia nada realmente muito especial. 

Então, ver o babaca do Park se destacando por algo que nem era tão espetacular assim o incomodava. As piadas dele não tinham graça, ele tinha um sorriso estranho, uma gargalhada mais estranha ainda e babava sobre o próprio caderno enquanto dormia nas aulas. O que havia de tão especial naquele garoto afinal de contas? 

E Baekhyun sequer tentava conter a repulsa em seus olhos e expressões quando cruzava com o Park pelos corredores rodeado de garotinhas inocentes como ovelhas cercariam um lobo disfarçado. Já era uma benção quando não tinha de aguentá-lo cantando algo em companhia de seu violão – e as adolescentes histéricas – em plena sete da manhã. 

Repulsivo era mesmo a palavra certa para descrever Chanyeol e, por mais que Kyungsoo negasse que aquilo justificasse suas afirmativas a respeito do maior, a quantidade de vezes que já o flagrara beijando alguma garota pelos arredores da escola era o suficiente para que Baekhyun o considerasse um dos caras mais babacas que já conhecera.

Usar a sua popularidade e as habilidades musicais para pegar mulher? Sério? 

Ele fazia por merecer por aquele primeiro lugar.

Não que Baekhyun se considerasse um santo, definitivamente não. Mas pelo menos ele não precisava usar de nenhum artifício para atrair a atenção de alguém do modo baixo como ele fazia. 

Baekhyun se garantia e se havia algo em si tão intacto quanto seu orgulho gigantesco, isso era sua autoconfiança. Byun Baekhyun não corria atrás do crush, o crush que corria atrás de si. 

Ou pelos menos, na teoria, deveria ser assim. 

Geralmente seus atributos pessoais costumavam ser o suficiente para fazer qualquer pessoa do seu interesse se aproximar de si, entretanto, talvez aquela sua tática não fosse tão imbatível assim. Quantas declarações e confissões já não rejeitara na vida? Talvez o universo estivesse apenas pagando na mesma moeda e lhe devolvendo aquele carma negativo. 

Pois Baekhyun quando passara por cima do próprio orgulho e admitira que talvez estivesse interessado em alguém de uma forma nada fraternal, não contava com o detalhe de: 1) seu atual crush ser tímido demais para tomar uma iniciativa; ou 2) ele ser muito lerdo para perceber o mole que estava dando para ele. O que acabou acrescentando mais um item à sua interminável lista de coisas da qual odiava. 

"Eu odeio quando o senpai não me nota." 

Quem era seu senpai? 

Alguém que representava o completo oposto de Park Chanyeol, Baekhyun gostava de ressaltar orgulhosamente. 

Oh Sehun. 

Até mesmo o nome dele era sexy. E os pensamentos de Baekhyun seguiam caminhos nada castos quando pensava na sonoridade que o sobrenome de Sehun possuía.

Contudo, não era apenas seu nome que desencadeava aquele tipo de pensamento no menor. Pois Baekhyun não precisava nem mesmo se esforçar para sua mente cruzar um território perigoso, bastava olhar para aqueles olhos escuros e terrivelmente sérios, aqueles ombros largos ou aquela bunda impossivelmente redonda que ele possuía para que a figura alta do outro evocasse tudo de pior que a mente do menor pudesse produzir. 

Ele era lindo de um jeito que chegava a fazer o coração de Baekhyun apertar no peito e o detalhe de ele ser dois anos mais novo sequer representava um empecilho em torná-lo seu senpai. Mesmo porque fosse em altura ou maturidade, Sehun não se parecia com um calouro deslumbrado com o ensino médio e aquilo só aumentava a vontade de Baekhyun de colar sua boca na daquele garoto maravilhoso. 

Se não fosse o pequeno detalhe que Sehun não se parecia minimamente afetado consigo. 

Ele era sempre muito educado e simpático, por vezes o dedicando um sorriso raro e adorável que fazia o estômago de Baekhyun revirar em pura adoração, entretanto, suas interações nunca passavam daquilo. Saudações, cumprimentos e conversas educadas. 

Aquilo, definitivamente, estava fazendo Baekhyun ficar louco. Nunca dera tantos indícios para alguém mesmo que estivesse minimamente interessado, no entanto, por que diabos tudo estava levando tanto tempo com Sehun? 

O menor não sabia, apenas tinha certeza de que em algum momento daquele semestre começaria a subir pelas paredes se o mais novo não tomasse alguma iniciativa logo. Pois aqueles castos beijos no rosto de bom-dia e os sorrisos que ele dedicava ao cruzar consigo no caminho até sua sala estava longe de ser o suficiente. 

Mas é claro que, se tratando da vida de Byun Baekhyun, tudo poderia piorar um pouquinho. 

– Sério que isso é o melhor que você pode fazer, Byun? 

Baekhyun sobressaltou-se como nunca havia feito na vida ao ouvir aquela voz grossa sendo proferida subitamente contra sua audição enquanto olhava de forma distraída e sonhadora para as costas largas de Sehun se afastando no corredor. 

Precisava mesmo se virar para saber de quem partia aquela voz? 

– Puta que pariu, – respondeu sem qualquer sutileza ao virar-se na direção do mais alto. – Você quer me matar do coração? 

O sorriso debochado que Chanyeol possuía nos lábios só aumentava sua vontade de arrancá-lo dali a tapas. 

– Sabe, você realmente fica uma gracinha assim todo apaixonadinho,– ele fez graça, apoiando-se contra o armário em suas costas com uma expressão que não, ele não daria sossego a Baekhyun tão cedo. 

Entretanto, o menor se recusava a perder a paciência antes mesmo das aulas começarem e se contentou em revirar os olhos para o comentário sarcástico do outro.

– Primeiro, cuida da sua vida que da minha cuido eu,– pontuou, plantando um dedo no peitoral firme do mais novo.– E segundo, não vai ser tão cedo que você vai me ver apaixonado por alguém, orelhudo. 

Porque Baekhyun gostava de separar bem as coisas. E crushes, para si, passavam bem longe do território amoroso. Tudo começava apenas com um interesse e atrações físicas e, naquele momento, era o máximo que o Byun buscava em qualquer tipo de envolvimento. 

– Não é o que parece, Byun – Chanyeol retrucou.

E Baekhyun estava realmente disposto a ignorar qualquer palavra que saísse pela boca daquele ser que havia nascido com o único intento de infernizá-lo, porém não, o menor ainda não havia desenvolvido a capacidade de resistir aos seus impulsos de discutir com ele a cada argumento idiota que ele inventava.

– Não é o que parece o quê? – questionou inquisitivo, uma das sobrancelhas se arqueando involuntariamente no ato.

E se Baekhyun soubesse que era aquele tipo de atitude que mais inflava a diversão de Chanyeol em lhe provocar, ele não rebateria a aqueles comentários.

– Se você visse como seus olhos brilhavam ao olhar pro Oh você não diria isso,– falou, tentando conter o sorriso que queria se formar em seus lábios em resposta a irritação do menor.– Eu apenas não esperava ver logo você assim por outro cara. 

Ele ficava irritado por tão pouco que seria um pecado desperdiçar a chance de ver aqueles olhos pequenos flamejantes de ódio e as bochechas vermelhas de irritação. Ok, talvez Chanyeol fosse um pouco sádico.

– O que você quer dizer com isso, Chanyeol? – Baekhyun perguntou sério, tentando manter um controle que sequer sabia possuir. 

–  Você suspirando por um cara mais novo, sério? – o maior provocou.– Eu só esperava um pouco mais de atitude sua, Byun. 

Nesse momento Chanyeol não conseguiu conter o sorriso que queria tomar forma em seus lábios, percebendo no mesmo instante qualquer traço de paciência se esvaindo do baixinho irritadiço a sua frente. 

Na verdade, não havia nada de errado no modo como ele conversava com ou olhava Oh Sehun, entretanto, Chanyeol apenas achava engraçado a maneira como ele sequer disfarçava seu interesse no mais novo e o mesmo parecia não perceber ou ignorar totalmente tal fato.

– Sinceramente? – Baekhyun inquiriu.– Eu não te devo satisfação nenhuma da minha vida e eu não tenho mais tempo para perder com você, com licença. 

E, contrariando todas as expectativas de Chanyeol de roubar sua paciência logo no início de seu dia, Baekhyun o deu as costas antes que ele tivesse chance de retrucar e lhe irritar mais do que já havia feito até então. Porém, apenas pelo modo como saíra pisando duro corredor afora e não possuía mais nenhum traço do bom humor que Oh Sehun plantara em si mais cedo, Baekhyun soube que sim, Chanyeol havia conseguido conquistar seu intento maligno mais uma vez. 

Byun Baekhyun simplesmente, definitivamente, literalmente, odiava Park Chanyeol.

 

 

 

 


Notas Finais


Eu disse que era clichê e adolescente, né nom?

Mas eu amo essas porcarias, então se você também, então vem cá e me abraça. :'D

Beijão e até o próximo s2


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