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História Park Chanyeol e Outros Desprazeres - Sete minutos no céu


Escrita por: HANA_NIM

Notas do Autor


Boa leitura, meus serumaninhos! <3

Capítulo 5 - Sete minutos no céu


 

 

 

Os dias da semana pareceram se arrastar. A tal da sexta-feira fatídica parecia que não chegava nunca e enquanto isso Baekhyun tentava se conter e não afundar-se na própria ansiedade. O que era uma tarefa muito complicada aliás.

Tá aí. Aquele era mais um item que iria direto para sua lista. Baekhyun odiava esperar. E quem pensava que ele fora uma criança muito mimada pelos pais e que ganhava tudo que queria, quando queria, estava completamente certo. 

Aquele seu temperamento impaciente fora algo cultivado ao longo da infância por seus pais para com o filho caçula, porém, quem é que poderia negar algo a aquele garotinho adorável de olhos brilhantes e um bico nos lábios sempre que ele se via contrariado? Todos os natais era o mesmo ritual, ou, na verdade, não era. O pequeno Baekhyun não tinha paciência alguma de esperar a manhã seguinte para abrir os presentes sob a árvore de natal e acabava abrindo todos os embrulhos logo após a ceia, pegando para si todos os conteúdos que considerava interessantes, deixando para Baekbeom, seu irmão mais velho, aquilo que não queria. Geralmente as meias que recebia da avó.

Kyungsoo costumava dizer que ele era um demônio que fora moldado pelas mãos dos próprios pais, e nesses instantes Baekhyun apenas se limitava a sorrir daquele jeito todo retangular e orgulhoso de si mesmo, com direito até às presinhas. Sabia que não fora lá a criança mais comportada e fora o pesadelo do irmão mais velho, mas por acaso era sua culpa em ser o caçula e ser tão mimado por tal motivo? Claro que não. Ele só se aproveitava de tal situação como qualquer pessoa sã faria. 

Não que Kyungsoo ficasse muito atrás, não mesmo. Ele era um demônio crescido e muito bem criado que gostava de inferniza-lo quando lhe convinha também. Já não bastava namorar o melhor amigo de Chanyeol, tinha que também ser um amigo da onça? 

Durante toda a semana o amigo carrancudo ficara o enchendo a paciência com aquele papo de que não sabia o que tinha lhe dado para concordar com seus planos e que não iria cooperar com eles, em suas palavras "não ia pagar aquele mico".

Ah, mas ele ia. 

Baekhyun não podia simplesmente chegar em Jongin e pedir para ele fazer aquilo no lugar de Kyungsoo. Por mais cabeça aberta e complacente que o moreno pudesse ser, ele ainda era amigo de Chanyeol e o menor não queria simplesmente que seu plano infalível chegasse aos ouvidos daquele babaca. Não queria mostrar que meio que estava dando um empurrãozinho na própria situação com Sehun. Seu orgulho ficaria mortalmente ferido se o altão ficasse sabendo. Ele não iria lhe dar paz. 

E bem, Baekhyun não precisava daquele orelhudo o aloprando por causa do garoto lindo do segundo ano. 

Mas é claro também que o Diabo em forma de adolescente querendo dar uns beijos desesperadamente no senpai também tinha algumas cartas na manga. Tantos anos de amizade com Kyungsoo tinham de valer algo, afinal. 

 

Baekhyun: Do Kyungsoo, você não vai dar para trás justo agora. 

 

Enviou a mensagem raivoso ao amigo na noite da quinta-feira. Aquele olhudo não podia simplesmente dar para trás em cima da hora e achar que ficaria impune, não é? 

 

Kyungsoo: Eu já avisei. Eu estou fora dos seus planos, Byun. 

 

O outro o respondeu cínico. Baekhyun odiava com todas as forças aquela parte da personalidade do outro. 

 

Baekhyun: Você tem certeza?

 

Quis certificar-se. Viu? Baekhyun não era assim tão ruim. Ele até estava dando uma chance do outro se redimir antes que fosse tarde demais. 

 

Kyungsoo: Tenho toda a certeza do mundo.

 

Mas já que o amigo não pretendia colaborar de maneira alguma, não era como se o adolescente tivesse outra escolha além de usar sua carta na manga, certo? Porque Baekhyun sempre tinha algo preparado. 

E os prints que enviou anexados à mensagem no chat de conversa se tratava de um daqueles itens que guardava especialmente para uma ocasião como aquela. 

 

Baekhyun: Então acho que não tem problema mandar esses prints para a Krystal, né?

 

Foi a vez de Baekhyun ser cínico, enquanto um sorriso maléfico pairava em seus lábios. 

Do Kyungsoo não gostava de se mostrar todo autoconfiante e cheio de si? Bom, não era bem aquilo que os prints de conversas de meses atrás que tivera com ele diziam. 

No período dos registros fazia pouco tempo desde que seus melhores amigos haviam começado a se aventurar naquela coisa louca de relação a três. Na verdade, Baekhyun estaria mentindo se dissesse que não sabia que em algum momento os dois amigos acabariam ficando juntos de alguma forma. Eles eram... Iguais demais. Não no sentido de amizade, mas sim no sentido de pessoas que você percebe antes que elas próprias o quanto uma combina com a outra. E aqueles dois chatos que não saberia viver sem eram exatamente daquela maneira. Se comunicando por olhares e muito mais carinhosos um com o outro sem que sequer se dessem conta. 

Como Jongin fora parar no meio deles, bem, aquela era outra história. Mas no fim eles ficavam até que bem juntos, não podia negar. Kyungsoo e Krystal eram sim iguais demais, e talvez aquilo em algum momento pudesse se tornar enfadonho em um relacionamento, o que não acontecia graças a Jongin. 

O mais novo era o completo oposto dos dois, espontâneo, extrovertido, meio – muito – infantil às vezes também, e, de alguma forma, parecia o encaixe perfeito entre o casal de amigos. Ok, Baekhyun não ia negar, em sua cabeça shipava aquele threesome fortemente. 

Os dois garotos eram malucos por Krystal, e estava tipo, estampado no olhar e no cuidado intrínseco de cada ato deles para com a garota. Mas Baekhyun achava engraçada a forma como Kyungsoo e Jongin não se davam conta do jeito completamente afetado que um tratava o outro. Eles haviam entrado naquela relação por causa de Krystal, mas ainda não haviam percebido que estavam apaixonados um pelo outro também. Não eram mais apenas dois caras ligados por um interesse em comum. Eles se importavam um com o outro além daquele lance físico que forte que compartilhavam. 

E qual é, Jongin havia sido o primeiro beijo gay de Kyungsoo antes mesmo de ele se interessar por Soojung, é claro que havia mais por trás daquela sua súbita mudança de comportamento. O Do Kyungsoo que conhecia não era descolado o bastante para aceitar um relacionamento excêntrico daqueles a menos que estivesse muito confortável com aquela terceira pessoa. E fazia parte da personalidade doce e calma de Jongin de fazer com que os outros se sentissem bem ao seu redor também. Mas bem, de alguma forma fora realmente difícil de Kyungsoo se acostumar com isso de início.

Nos prints que havia acabado de enviar ao amigo, o Kyungsoo de meses atrás desabafava consigo a respeito de sua insegurança sobre o próprio relacionamento. Não era do feitio dele, entretanto, de alguma ele não se sentia bom o bastante. Também pudera, era com Kim Jongin que disputava a atenção da garota que gostava, como não podia sentir-se indeciso ou inseguro? 

Fora realmente uma preocupação bem besta, mas normal, uma vez que se via fora de sua zona de conforto, e Baekhyun agira como poucas vezes fazia, como um amigo responsável e assegurara ao mais novo que ele era essencial naquela relação quanto o moreno. 

Para Baekhyun não havia nada de demais nas conversas, mas o modo como o amigo lhe pedira para mantê-la em segredo tempos depois mostrou o quanto aquele lado mais sensível de si não era uma parte que o outro queria demonstrar a Krystal ou Jongin. Ele gostava de agir todo durão e indiferente, mas é claro que ninguém era assim o tempo todo. Nas conversas ele mostrava um lado sincero e sentimental – e muito fofo na opinião de Baekhyun, – muito diferente do que demonstrava ser habitualmente. Kyungsoo não gostava de demonstrar os próprios sentimentos, o que era bem idiota, mas o que importava era que com o tempo ela aprendera a se abrir um pouco mais, principalmente com Jongin e Krystal. Mas não era como se a sua vergonha besta pela confissão das próprias inseguranças que fizera a Baekhyun tivessem passado. O adolescente o conhecia, e Kyungsoo poderia ser tão orgulhoso quanto a si quando queria. 

E bem, pela reação de Kyungsoo a seguir, Baekhyun soube que sua intuição estava certa ao lhe dizer para manter os registros daquelas conversas. 

 

Kyungsoo: Baekhyun

Kyungsoo: Não ouse

Kyungsoo: Eu juro que te mato

Kyungsoo: E por que diabos você tem prints dessa porcaria de conversa?

 

Nenhuma daquelas ameaças fez nada além de provocar risadas em Baekhyun do outro lado da tela do smartphone. Ele achava que podia ser o único demônio traidor? 

 

Baekhyun: Exatamente para usar em momentos como esse. E então, você tem certeza que ainda não vai me ajudar?

 

Kyungsoo: Eu vou te bater muito quando eu te ver amanhã, Baekhyun. 

 

É claro que aquele anão com força e instintos de troglodita ia querer usar violência. Tsc. 

 

Baekhyun: Se você encostar um dedo em mim eu envio todos esses prints. 

 

Mas não é como se Baekhyun já não estivesse acostumado a lidar com aquilo também. 

 

Kyungsoo: Eu te odeio

 

Foi a única resposta do outro. 

 

Baekhyun: Isso foi um sim?

 

Kyungsoo: Vai se foder

 

Sim, aquele fora definitivamente um sim. 

 

Baekhyun: Obrigado, Soo. Você é um ótimo amigo. <3

 

 

***

 

 

Ok, talvez o tempo tivesse passado um pouco rápido demais. 

Baekhyun amaldiçoara o tempo passando muito devagar a semana toda, até a sexta-feira à noite chegar parecendo no que fora apenas um piscar de olhos. Oh, merda. Era o dia de colocar seu plano maluco em prática.

E antes de ter coragem de se levantar de sua cama depois do seu cochilo sagrado durante a tarde depois da escola, o adolescente se arrependeu de todos os seus atos nos últimos dias, principalmente sua ideia babaca de jogar aquela porcaria de jogo infantil só para tentar dar uns beijos no menino bonito do segundo ano. 

Caramba, ele já tinha quase dezoito anos na cara, qual era o seu problema de simplesmente chegar diretamente nele em vez de inventar toda aquela história só para garantir uns minutos a sós com ele? Mas quando parava para pensar nos prós e contras realmente, Baekhyun percebia. Haviam todos os problemas do mundo.

Droga. Droga de vida, droga de mundo. Droga de Park Chanyeol. Não que Baekhyun conseguisse pensar em algum argumento lógico para culpar o orelhudo, mas tudo no fundo tinha um pouco a ver com aquele babaca, afinal. 

E lembrar-se da cara daquele projeto de gigante foi o suficiente para aceitar a própria covardia e saber que, se fosse levar seus planos medíocres adiante, pelo menos o faria com classe. E muito orgulho. 

Ele era Byun Baekhyun, o que havia a temer? 

 

 

***

 

 

Definitivamente, não havia nada a temer naquela noite. 

Baekhyun percebeu apenas pelo modo meio embasbacado e boquiaberto que Oh Sehun o fitou ao recebê-lo na porta de sua casa. 

– Boa noite, Sehun-ah – saudou simpático, com o sorriso triangular se espalhando por seus lábios de forma singela. E completamente ensaiada quinhentas vezes no espelho. 

Aquela era exatamente a reação que Baekhyun queria do mais novo quando se produzira de tal maneira. Havia algo de casual a respeito de seu cabelo preto bagunçado, o lápis de olho esfumado abaixo de sua linha d'água, os jeans rasgados nas coxas e a jaqueta de couro que trajava. Mas, ao mesmo tempo, também havia algo inegavelmente sensual a respeito de si naquela noite. E Baekhyun tomou o embaraçamento de Sehun a sua frente apenas como o efeito desejado sendo alcançado. 

Ainda meio constrangido e naquele seu jeito tímido de sempre o mais novo o conduzira para dentro de sua casa, não que Baekhyun pudesse ter distinguido muito a respeito do ambiente ou decoração enquanto era guiado pelo outro. Social? Naquele instante estava acontecendo uma puta de uma festa barulhenta, e não havia nada de intimista ou pequeno naquela ocasião como fora levado a acreditar. Na verdade, Baekhyun mal reconhecia os rostos das pessoas que se acotovelavam ao seu redor, e duvidava que a maioria delas sequer frequentasse sua escola.  

Aquele cenário meio que dificultava todos os planos que havia orquestrado durante toda a semana, entretanto, agora que já estava ali Baekhyun iria dar um jeito de fazê-los darem certo. O olhar pesado de Sehun sobre si ao lhe ver o deu a segurança para seguir em frente. Agora só precisava encontrar seus amigos naquele mar de gente para pensar em uma maneira de seguir com seus planos em primeiro lugar. 

Baekhyun perdeu Sehun de vista em questão de segundos e bem, o adolescente não era a pessoa com melhor senso de direção, principalmente em um ambiente desconhecido. Aquela casa que era muito pequena ou tinha gente demais ali? Provavelmente a segunda opção. Achar seus amigos ali não seria uma missão fácil, mas Baekhyun definitivamente não estava muito afim de ficar sozinho no meio daquela gente estranha. 

Um fato sobre si: ele poderia ser completamente anti-social quando se via entre desconhecidos. Mas tinha como realmente se sentir confortável entre tantos rostos desconhecidos? Bem, não era como se o primeiro rosto conhecido que se deparara tivesse sido de todo agradável também. 

Tinha que encontrar logo ele ali? 

Encostado em um balcão que separava o que deveria ser a sala de jantar e a cozinha, Park Chanyeol estava lá parado, com um copo em mãos conversando – para variar – com um grupo de garotas e sendo mais bonito do que deveria ser permitido. 

O desgraçado trajava uma regata de uma banda aleatória deixando os braços fortes a mostra, uma camisa amarrada na cintura sobre a calça jeans e coturnos. Era a imagem perfeita de um galã rebelde saído diretamente de um dos filmes clássicos dos anos 80 e também muito mais atraente para Baekhyun do que ele gostaria de admitir. 

Se o adolescente não o conhecesse tão bem e estivesse vendo-o pela primeira vez naquele instante, sabia que ele chamaria sua atenção da mesma maneira. Mas o caso é que Baekhyun o conhecia até bem demais e quando percebeu o olhar pesado de Chanyeol recaindo sobre si, à sombra de reconhecimento no olhar dele apenas o lembrou tudo que desgostava a respeito dele, sentindo toda aquela mistura ácida de sentimentos relacionados a ele vindo à tona. Raiva, asco, decepção. 

Baekhyun desviou o olhar sem nem mesmo disfarçar o desgosto nos próprios traços, passando por Chanyeol em direção à cozinha como se ele não estivesse ali, ignorando completamente sua presença. 

Porém, se Baekhyun ainda estivesse prestando atenção no mais alto teria percebido também a forma como ele seguiu cada um de seus passos com o mesmo olhar pesado e em como não havia a mesma sombra de desagrado em seus olhos escuros. Na verdade, ele assemelhava-se um pouco a Sehun naquele instante. Porque Baekhyun estava bonito de um jeito que pegou Chanyeol de surpresa. 

Cada célula em si continuava carregando a certeza da própria sexualidade, contudo, a forma como seus olhos queimaram sobre a figura do outro garoto e o traço de apreciação em suas íris escuras contavam uma história diferente. 

Talvez devesse parar de beber, porque a visão de Baekhyun estava fazendo seu coração acelerar de uma maneira esquisita e fizera seu estômago gelar de uma forma que nada tinha a ver com o álcool. 

As palavras de Jongin dias antes vieram em sua mente no mesmo instante e as garotas ao seu redor foram completamente esquecidas conforme seus olhos o traíam e fitava o menor servindo-se de uma mistura de bebidas que o faria muito mal depois. Mas não era sua culpa, era? Porque Baekhyun estava mesmo estonteante. Ele ainda era um homem e a anatomia do corpo dele ainda era a mesma que a sua, entretanto, aquele fato parecia ter pouca ou quase nenhuma importância naquele instante. 

E era muito estranha a forma como, de repente, aquela se parecia a primeira vez que via o mais velho realmente. Não apenas ver como fazia diariamente, mas enxergá-lo de verdade. E por trás do rosto que ainda carregava alguns traços infantis, havia um rapaz de beleza quase hipnotizante. A figura dele em meio aos outros jovens se parecia como a presença etérea de um ser que não se encaixava ali. Ele parecia pertencer a outra dimensão, uma apenas dele e sua aura pesada, magnetizando seu olhar como um furacão que suga e varre tudo ao seu redor. A forma como suas emoções estavam bagunçadas realmente se assemelhavam ao efeito de uma catástrofe natural. Podia ser apenas vodka correndo em suas veias, mas naquele instante Chanyeol não se reconhecia. Ou, na verdade, não reconhecia a toda aquela comoção interna a respeito do outro. Quer dizer, era apenas o Byun... Mas, no fundo, Baekhyun nunca seria apenas um conhecido. Sabia disso com mais certeza do que gostava de atribuir a tal fato.

Já fazia tanto tempo desde aquele episódio... Mas por que só agora tais dúvidas começavam a lhe rondar a cabeça? Por que só agora o simples pensamento de ver Byun junto de qualquer outra pessoa o causava aquele desconforto no peito? Não fazia sentido algum e justamente por esse mesmo motivo Chanyeol continuou irresponsavelmente ingerindo aquela mistura terrível de energético e vodka barata, numa tentativa falha de apagar qualquer traço daqueles pensamentos e emoções. 

Falha, pois quanto mais bebia, mais aqueles olhos felinos e delineados se projetavam por trás de suas pálpebras, se intrometiam em sua mente e causava aquele rebuliço irremediável em seu interior. 

Tarde demais Chanyeol percebeu. Estava realmente fodido. 

 

 

***

 

 

Park Chanyeol não soube como, quem, nem quando, mas em algum momento da noite e depois muitos copos além do recomendável para si, alguém sugeriu a ideia de jogarem o infame jogo do sete minutos do céu.

Claro que em sua situação atual a brincadeira parecera simplesmente a melhor ideia possível para fechar sua noite. Não estava pensando realmente no quanto a ideia era meio ridícula e desnecessária, afinal, não precisaria ser confinado por sete minutos com alguém para descolar um beijo roubado. Ele poderia fazer aquilo de forma muito  mais direta e eficiente, entretanto, não era como se às três da madrugada a soma de um bando de adolescentes menores de idade com a adição do consumo ilegal de álcool pudesse resultar em algo muito diferente. Pelo menos eles não estavam infringindo nenhuma lei. 

O fato de ter tão poucas pessoas naquela roda também não foi o suficiente para causar estranhamento em si, que reconhecia poucos rostos ao seu redor enquanto se sentava em uma das únicas salas vagas na casa enorme do Oh. Na verdade, depois de alguns copos sua inimizade com o mais novo fora até esquecida, ele estava fornecendo bebida de graça, como odiá-lo? Sua mente entorpecida só tinha espaço para uma preocupação por vez, e, naquele instante, a sua atual preocupação estava sentada à sua frente naquela roda meio desfalcada com uma garrafa vazia de cerveja ao centro. 

Baekhyun estava todo sorridente e bonitinho com suas presinhas se destacando no sorriso largo. Céus, como Chanyeol gostava daquele sorriso. 

Mas a careta que recebeu em resposta quando o menor percebeu seu olhar pesado em si foi o suficiente para o maior perceber também o rumo errado de seus pensamentos. Desde quando reparava no sorriso de outro cara? 

Desviou seu olhar meio constrangido no momento seguinte, desistindo de ingerir qualquer coisa pelo resto da noite. Seus sentidos já não estavam tão confiáveis e Chanyeol não precisava de seus pensamentos o traindo ali, em frente àquele pequeno pilantra. 

Aproveitou aquele momento para voltar sua atenção ao resto dos participantes daquela brincadeira infame, não se surpreendendo ao ver Jongin ali com um braço protetor sobre os ombros de Krystal e Kyungsoo logo ao seu lado. Aqueles três não se desgrudavam nunca. Todos da escola desconfiavam daquela amizade esquisita, mas provavelmente não passava pela cabeça de ninguém o verdadeiro significado daquela relação próxima dos três malucos. Talvez fosse bom que ninguém soubesse mesmo, entretanto, não era como se eles se preocupassem muito em esconder algo. 

A forma como Baekhyun andava sempre junto do trio quase dava a entender que ele participava daquela relação maluca e... Merda. Lá estava ele pensando em Baekhyun novamente. 

Aliás, por que haviam tão poucas garotas naquela roda? 

No entanto, não era como se Chanyeol pudesse ter pensado a fundo a respeito daquele detalhe quando a garrafa girou pela primeira vez no meio da roda pelas mãos do próprio Byun. 

Ele iria ser um dos primeiros participantes do jogo cujas regras mal tinha prestado atenção. Sabia apenas que envolvia uma garrafa, o quartinho debaixo das escadas e sete minutos. 

Nada poderia dar muito errado, certo? 

É claro que poderia, desde quando as coisas davam certo ou seguiam o rumo esperado em sua vida, afinal? 

A garrafa girou passando por todos os participantes da roda algumas vezes até começar perder a velocidade, e Chanyeol ligou rapidamente os pontos em sua cabeça quando viu o sorriso nos lábios do menor se alargar conforme ela se aproximava lentamente da pessoa sentada ao seu lado. 

Oh Sehun. 

Aquele baixinho era mesmo um pilantra. E seu estômago queimou em uma raiva sem fundamentos com aquela realização. 

Até a garrafa finalmente parar e os gritos e risadas exagerados ao redor anunciarem a companhia do outro em seus sete minutos no escuro livre para fazer o que desejasse com a pessoa selecionada.

Por poucos centímetros em sua angulação, a garrafa não parara no Oh.

Um frio desceu por sua espinha e o sorriso convencido se desfez no mesmo instante do rosto de Baekhyun. 

Seria Chanyeol sua companhia nos sete minutos confinado e, definitivamente, aquilo em nada se assimilava a ideia que o menor tinha de céu. 

 

 

 

 

 


Notas Finais


GRITOOOOOOOOOOO

Ai como adoro uma treta. Se joga, Chanyeol, aceita esse mundo cor de rosa e beija o bofe logo de uma vez. q

Amaram? Odiaram?

Beijos e até o próximo <3


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