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História Park Chanyeol Knock on the Door - Ten


Escrita por: Byun_Re

Notas do Autor


Boa leitura :))

Capítulo 10 - Ten


 

Jongin carregava as caixas até a sala do seu novo apartamento.

Ele suspirou, sentindo-se bastante feliz com o lugar, ali mesmo na sala havia uma varanda que dava para ver outros prédios e o movimento da rua. Era um apartamento em um bairro nos arredores do centro, então mesmo cheio de comércio também havia casas, escolas e um ambiente mais “familiar”.

A antiga casa em que morava ficava bem afastada do caos, em um bairro residencial mais tradicional.

Baekhyun parou ao seu lado, deixando algumas caixas também, e sorriu para o irmão. Era uma nova fase de sua vida começando. Três semanas se passaram desde que saiu de casa, e não foi tão difícil encontrarem aquele lugar, pois Kyungsoo sempre ficava de olho em apartamentos para o momento que Baekhyun decidisse que estava cansado de viver preso.

Tentava convencer o amigo a sair daquela prisão há anos, então não foi tão complicado entrar em contato com a imobiliária e perguntar sobre um lugar espaçoso e que pudessem se mudar imediatamente.

Era um apartamento relativamente grande, com três quartos, sendo um de Jongin, um de Baekhyun e um que ainda estavam decidindo o que fazer… Uma sala de cinema? De jogos? Um escritório? Não sabiam. A cozinha era toda equipada também, fazendo Chanyeol arregalar os olhos de emoção ao passar os dedos pela grande bancada. Ele sempre gostou de cozinhar, não era grande coisa, mas estava aprendendo.

A sala era aconchegante, com sua vista para a rua, e cada um poderia ter sua privacidade.

— Tem certeza que você vai ficar bem? — Baekhyun perguntou pela centésima vez.

— Sim, eu tenho. Meu pai não pode me dominar a vida toda.

— Mas ainda trabalha com ele.

— Eu sei… — Jongin suspirou, aquilo estava sendo um pesadelo, pois o pai vivia o importunando desde que disse que iria se mudar. — Mas ele precisa entender que eu tenho minha própria vida, e já me manipulou por tempo demais. Ele ainda não sabe que estamos morando juntos, mas sua mãe me agradeceu…

— É mesmo? — Kyungsoo foi irônico, parando ao lado da porta.

— Sim, ela disse que estava feliz por saber que vou cuidar de você.

— Eu sou o mais velho, não deveria ser ao contrário? — o Byun brincou, querendo mudar de assunto, ainda não se sentia pronto para tocar no nome de sua mãe.

Sentia-se traído, rejeitado.

Sem uma família.

— Uau, aqui é mesmo bonito! — foi a vez de Chanyeol exclamar, trazendo as últimas caixas.

— Sim, eu também gostei.

— Teremos muito trabalho esse final de semana. — Baekhyun falou com um sorriso.

Estava feliz, apesar de tudo.

Esperançoso.

— Eu estou morrendo de fome. — Chanyeol reclamou, já passava da hora do almoço, e haviam perdido a manhã encaixotando seus pertences pessoais.

— Bem, essa é uma boa forma de conhecer o bairro, vamos almoçar e depois voltamos com tudo! — foi a vez de Jongin exclamar com animação.

— É, acho uma boa ideia.

Kyungsoo sorriu para o amigo, e depois afastou a braço do Kim que envolveu seu ombro em uma intimidade que eles ainda não tinham, apesar de terem trocado diversas mensagens naquela semana.

— Só precisamos ter cuidado, parece que Baekhyun está ficando cada vez mais fácil de reconhecido na rua. — Chanyeol riu, deixando o menor corado, pois naquele meio tempo em que acabaram saindo em encontros, algumas pessoas pediram autógrafo de Baekhyun.

— Não é assim também!

— Você tem dois bestseller, Baekhyun, é claro que as pessoas te reconhecem!

— São só romances!

— São mais do que isso, são… felicidade em forma de palavras. — disse o maior, olhando o escritor com um carinho tão palpável, que Kyungsoo e Jongin se encararam com um sorrisinho de entendimento.

Baekhyun cobriu o rosto com as mãos, os dedos longos e bonitos tampando a bochecha avermelhada.

— Não fala assim, Yeol! — pediu baixinho, fazendo o coração de Chanyeol derreter, delicadamente ele segurou a mão do menor, entrelaçando os dedos.

— Você escreve coisas incríveis, só digo a verdade.

— Olha quem fala, sua mão também faz desenhos tão… cheios de sentimentos.

— Talvez nossas mãos sejam boas assim, — ele olhou para baixo. — juntas.

Aquilo fez Baekhyun sorrir grande, o coração acelerado com toda a paixão que percorria cada cantinho de seu corpo. Contudo, antes de responder, Kyungsoo revirou os olhos andando até a porta do apartamento.

— Vocês dois são melosos demais, assim eu perco a fome, vamos logo!

— Não gosta de doces, Kyungsoo? — Chanyeol perguntou de brincadeira.

— Não, gosto de comidas apimentadas. — respondeu irônico, mas ao seus ouvidos soou um tanto erótico, o que fez os demais rirem.

— Eu sei cozinhar um tteokbokki maravilhoso, quando quiser! — Jongin soltou a frase, e o editor ficou em dúvida se aquilo era um flerte ou não.

Na verdade, ele nunca sabia diferenciar as brincadeiras e os sorrisos do Kim, mas foi salvo de responder por Chanyeol, que todo animado disse:

— Opa, me chama também, adoro tteokbokki.

Jongin lhe lançou um olhar desacreditado, fazendo Baekhyun rir daquele cenário, todos os três pareciam tão diferentes, mas naquelas semanas que ficou longe de casa pela primeira vez, eles foram presenças constantes em sua vida.

E, de uma forma um tanto estranha, era bom e até mesmo bonita aquela improvável mistura de personalidades.

 

(...)

 

Depois de passarem todo o final de sexta-feira e manhã de sábado trabalhando no apartamento de Baekhyun e Jongin, eles decidiram que era o suficiente.

O local estava mobiliado, porém tinham que arrumar algumas coisas, como o escritório de Baekhyun — que continuou em seu quarto, como antes, sentia-se mais confiante em escrever assim — e a sala, pois Jongin precisava de uma sessão de jogos para relaxar depois de um dia exaustivo no trabalho.

A cozinha ainda estava um tanto bagunçada, mas eles fizeram compras, abastecendo a geladeira e os armários com algumas panelas, não tinham nenhuma, é claro.

Ainda não parecia um lar, estava vazio demais, mas Baekhyun sentia que com o tempo eles conseguiriam dar vida aquele lugar, que dali para frente, seria apenas deles.

No fim de tarde de sábado Baekhyun foi para o apartamento de Chanyeol, já que Kyungsoo estava um tanto ranzinza com toda a “melação” dos dois. E decidiram descansar um pouco, bem juntinhos.

Aquela tarde estava particularmente fria, e ao invés de ficar na sala, Baekhyun e Chanyeol estavam sobre a cama do Park, com o aquecedor ligado e debaixo de cobertas enquanto se empanturram de pipoca e assistiam filmes de comédia.

— Chan, temos que fazer algo para comer!

— Já estamos comendo!

— Estou falando do jantar, a pipoca acabou e eu estou com fome.

— Eu não sabia que era um comilão, senhor Byun — Chanyeol brincou, apertando a cintura do menor, que se contorceu enquanto tentava manter um bico nos lábios, fingindo estar ofendido.

— Não sou um comilão! E pare com isso… — Baekhuyn só conseguia rir com os dedos gelados de Chanyeol tocando a pele quente debaixo do casaco grande que havia roubado do maior.

— Eu sei que não é, estou brincando. — o Park pegou o celular, vendo que já passava das seis da tarde.

Claro que Baekhyun estaria com fome, ele também estava, mas ficou tão concentrado no filme que sequer percebeu. Sua barriga roncou, fazendo o menor gargalhar ao seu lado.

Aquele Baekhyun livre e sorridente arrebatava cada vez mais o coração de Chanyeol. Sentia-se tão bem em vê-lo bem!

— Vamos pedir alguma coisa, hm? Estou com preguiça.

— Eu posso fazer o jantar, você sempre cozinha para mim.

— Ah, não… — Chanyeol agarrou a cintura do Byun, puxando-o ainda mais para si, escondeu o rosto na curva de seu pescoço, distribuindo pequenos selares. — Não quero que saia daqui.

— Acho que alguém está carente.

— De você.

— Temos nos visto todo final de semana!

— Só no final de semana… — o Park corrigiu, fazendo Baekhyun rir.

O estado de tolo apaixonado em ambos fazia com que sentissem uma saudade descomunal um do outro, por isso o Park continuou com os beijos no pescoço de Baekhyun. O gosto dele era viciante, céus, como adorava a pele morninha em seus lábios. Puxou um pouco do casaco, descendo a boca até a clavícula, beijando os ossinhos, antes de subir novamente novamente para o pescoço, deixando uma mordidinha.

Estava tão perdido no próprio prazer de se afogar na pele de Baekhyun que apenas o olhou ao ouvir um ruído baixo e excitado. A imagem do menor com os olhos fechado e os lábios entreabertos quase fazia Chanyeol perder a razão.

Eles se encararam, Baekhyun sentiu todo a bochecha corar, cobrindo o rosto com uma mão e com a outra… Bem, Chanyeol acompanhou para onde o Byun tentava esconder, vendo-o excitado.

Aquilo fez com engolisse em seco.

— E-eu… Eu vou ao banheiro… — disse o menor, cheio de vergonha, sequer parecia um homem de vinte e tantos anos.

— Baekhyun, isso é normal. —- Chanyeol disse, tomando delicadamente a mão no rosto do menor. — Não precisa fazer nada se não quiser.

O menor hesitou, olhando para o Park ao seu lado, os fios bagunçados, um leve rubor no rosto também e os lábios inchados dos beijos que trocaram. Engoliu em seco, sentindo um pontada no baixo ventre, ele era tão bonito.

— Mas se eu quiser? — perguntou baixinho em um surto de coragem que sequer sabia ter. Talvez fosse o famoso “tesão” falando mais alto.

— Eu posso te ajudar.

Chanyeol se virou na cama, ficando parcialmente com o corpo sobre o de Baekhyun, apoiou seu peso no antebraço e deixou os quadris se encontrarem, assim ambos os falos duros roçaram por cima da roupa.

Baekhyun gemeu baixinho.

Fazia quanto tempo outra pessoa não tocava seu corpo? Desde de seu primeiro, e único, namorado. Quase sete anos? Ou mais? Não conseguia lembrar. Apenas havia adorado sentir Chanyeol sobre si, então levantou os dedos, um tanto hesitante, para os ombros dele, subindo em um carrinho até os cachinhos bagunçados.

Com uma mão, novamente Chanyeol se infiltrou no casaco, porém agora estava tocando a pele morna, causando arrepios por todo corpo de Baekhyun, ao mesmo tempo que movia os quadris, e os membros se esbarravam.

Mais um gemido tímido escapou dos lábios do menor, e ele apertou os fios de Chanyeol com força, deixando-o todo arrepiado.

As bocas se encontraram em meio ao desespero daquele momento, em que conheciam mais um do outro. Os casacos foram jogados de lado, e o Byun desceu a mão pelo peitoral de Chanyeol, adorando a textura de sua pele, a forma como ele suspirava com seus toques.

Sorriram, nenhum deles estava disposto a fazer mais do que aquilo, apenas queriam se conhecer, se excitar. Chanyeol voltou a beijar o pescoço de Baekhyun, descendo até a clavícula e depois até os mamilos, amando como ele se encolheu e grunhiu baixinho.

Ambos os falos duros pulsando e implorando por alívio.

O Park desceu a mão até a barra da calça do menor, olhando-o em busca de reprovação, mas este apenas mordiscou os lábios, ansioso.

Sequer sabia que seu corpo sentia tanta falta de algum toque, até Chanyeol tocá-lo. Quase não se reconhecia. Tudo bem que há semanas está saindo com o maior, e na maioria dos relacionamentos naquele ponto sexo seria uma rotina comum, mas Baekhyun gostava de ir aos poucos, estava se redescobrindo, se entendendo e se perdendo em prazer quando o maior descobriu alguns de seus pontos erógenos, deixando-o ainda mais entregue.

Quando a mão de Chanyeol tocou o falo de Baekhyun sobre o pano da cueca, o escritor gemeu alto, sentindo-se envergonhado, porém, mais do que isso, excitado com e estímulo. Ao mesmo tempo, sentia o pênis do maior roçando em sua coxa, em busca de alívio também.

Chanyeol procurou algo no rosto de Baekhyun que denunciasse desconforto, mas ele apenas gemia, de olhos fechados, ainda parecendo muito constrangido com os sons que escapavam de sua boca.

O Park beijou-o, apertando o falo sobre o pano com um pouco mais de força, aumentando a fricção até perceber que a respiração do menor estava cada vez mais acelerada e sentir a cueca de Baekhyun extremamente molhada quando ele gozou.

O menor abriu os olhos, parecendo ainda imerso em um nuvem de prazer, e foi com essa imagem que Chanyeol se levantou, selando os lábios do menor e seguindo até o banheiro para terminar de se aliviar sozinho, algo que nem demorou muito, pois estava excitado demais com Baekhyun.

Sabia que ele ainda não estava pronto para tocar o seu corpo, e nem exigiria algo assim, só por vê-lo tão solto e permitindo os seus toques, já era o suficiente para o Park.

 

(...)

 

Naquela manhã, Baekhyun acordou sentindo os braços de Chanyeol ao seu redor. Acabou sorrindo, ainda um tanto sonolento, ao perceber que era a primeira vez que dormiam juntos. Fechou os olhos e voltou a se aconchegar no maior.

Logo depois, o telefone do Park tocou, Baekhyun ainda estava sonolento ao senti-lo levantar da cama devagar e sair do quarto para atender. O apartamento era pequeno, e mesmo com o maior em outro cômodo, o escritor conseguia ouvi-lo falar.

— Hey, mamãe, como estão as coisas? Não a senhora não me acordou. Tudo bem, eu sempre levanto cedo. O papai já foi ao médico? Ele precisa descansar, sabe disso. É, ele é teimoso. Não, as provas ainda não terminaram. Sim, em algumas semanas é a prova teórica. Eu sei mamãe, não esqueci do que te prometi. Claro, eu sei onde é meu lugar. Mãe, confie em mim, ok? Estou tentando viver o meu sonho. Tudo bem, deixa para lá. Também te amo, mamãe, tchau.

Quando Chanyeol voltou para o quarto, se deparou com Baekhyun encarando-o e quase pulou de susto.

— Hey, eu te acordei? — o menor negou, e voltou a abraçar o Park quando ele deitou novamente na cama. — Está tudo bem?

— Sim… Era sua mãe?

— É.

— Seu pai está bem?

— Você ouviu tudo?

— Desculpe, não foi por querer.

— Não tem problema, Baek. — Chanyeol beijou os fios sedosos de Baekhyun. — Meu pai tem um problema nos ossos, sabe como é, coisa de pessoas mais velhas, ele perde a força fácil nos joelhos, e a coluna está um pouco encurvada… Mas ele insiste em continuar trabalhando no campo.

— Entendi, um cabeça dura? — eles riram baixinho.

— É, um típico cabeça dura.

Baekhyun queria perguntar o que Chanyeol havia prometido a sua mãe, mas não sabia se deveria. Já o Park sentiu que era melhor deixar claro tudo sobre si.

— Foi por isso que eu prometi a minha mãe que, se dessa vez não passasse para a academia de artes, eu voltaria pro campo, tomaria o lugar do meu pai e faria as coisas do jeito deles.

O Byun arregalou os olhos, sentindo um enorme peso em seu coração.

— Você vai embora?

— Você acha que eu vou? Confia tão pouco em mim? — Chanyeol riu, tentando aliviar a situação. — Pensei que eu era o melhor pintor do mundo para você, Bae.

Baekhyun soltou a respiração de forma trêmula, tudo ficaria bem, ele precisou repetir a si mesmo. Não é porque existe a possibilidade de Chanyeol falhar. Certo? E mesmo se falhasse, era a família dele, com Baekhyun poderia pensar em impedí-lo. Jamais faria tal coisa.

— Sim, você é mesmo.

— Então sequer precisa pensar na possibilidade de me dar um pé na bunda.

O escritor riu daquilo. Como se ele fosse capaz de se afastar do Park, seria uma missão impossível visto o quão apaixonado estava.

— Deixa de ser bobo, Chan.

— Só estou falando, vai que você encontra alguém mais bonito, sem os dedos pretos.

Eles riram um do outro, pois volta e meia Chanyeol sujava a mão de Baekhyun por estar com os dedos sujos de grafite.

— Eu não penso em te trocar, Chan, jamais.

— Que bom, pois eu não pretendo ir a lugar nenhum também.

Eles assentiram, e o menor perguntou se poderiam ficar mais um pouco na cama, estava cansado e mais tarde iriam encontrar Kyungsoo e Jongin para arrumar mais algumas coisas no apartamento.

Chanyeol sorriu com aquele lado manhoso de Baekhyun, e confirmou, é claro, ele mesmo não queria nunca mais sair daquela cama, nem dos braços do menor.

 

(...)

 

A tarde se estendia, e o casal havia terminado de almoçar, quando Kyungsoo ligou, perguntando onde diabos eles estavam.

“Eu já estou aqui, tendo que aturar o barulho insuportável de Jongin jogando!” ele reclamou com o melhor amigo.

Baekhyun riu, sentia algo estranho entre o irmão e o Do.

Algo que poderia ser muito bom, ou um completo desastre. Esperava que as coisas não tomassem um caminho ruim, esperava, de verdade, que eles pudessem se entender.

Chanyeol disse para deixarem a louça de lado, que ele arrumaria tudo quando voltasse, mas o menor se sentiu culpado ao ver a pilha de panelas e pratos sobre a pia.

— Não tem problema, Bae, eu prefiro enfrentar essa pia mais tarde do que uns cascudos de Kyungsoo, ele me assusta.

— É um bom ponto de vista.

Ainda com o casaco de Chanyeol — sentindo o cheiro do maior se misturando ao seu — e rindo ao lado dele, ambos saíram do apartamento, em direção a casa de Baekhyun. Os dedos estavam entrelaçados e conversando sobre algo qualquer.

Um assunto que fugiu completamente da cabeça do Byun ao olhar para frente e vê-lo.

Por um momento achou que sua visão estava o enganando, que era uma miragem ou algo do tipo. Porém, assim que Luhan arregalou os olhos em sua direção, entendeu que era real. Que ele havia o reconhecido.

— Hey, Hunnie, estava pensando em falar com você, que tal um dia aparecer lá no apartamento para todo todo mundo se conhecer? Esse é Baekhyun. — Chanyeol disse descontraidamente, até olhar o menor e franzir o cenho. — Baekkie?

Os olhos do escritor estavam cheios de lágrimas e ele não sabia ao certo o que sentir.

Raiva? Mágoa? Tristeza?

Luhan abriu a boca e ficou por um bom tempo sem dizer nada, enquanto o Park e o Oh se encaravam tentando entender o que estava acontecendo.

— Baekhyun…

Ouvir seu nome com aquela voz, fez com que o menor sentisse uma pontada no peito. Mesmo depois de tantos anos ainda se sentia traído pelo garoto que mais amou na adolescência, o mesmo que o abandonou na escola para sofrer sozinho as consequência de terem sido flagrados aos beijos, o garoto que nunca mais retornou suas ligações, que fingiu que não existia, que não o atendeu quando bateu em seu portão e sequer o cumprimentou quando o viu na rua.

Luhan, seu primeiro namorado, a quem tinha dado seu coração inteiro e foi completamente destruído, deixado de lado.

Baekhyun passou por eles, descendo as escadas com pressa enquanto Chanyeol chamava o seu nome, o Byun não queria continuar ali.

— Você o conhece? — Sehun perguntou ao namorado, que abaixou a cabeça, sentindo-se envergonhado ao encarar o lugar que o Byun esteve momentos antes.

— Eu já o conheci, há muito tempo atrás.

— São dois riquinhos, aposto… — Sehun estreitou os olhos para o menor, vendo-o acuado, algo que jamais pensou que iria presenciar. Luhan era altivo, um pouco metido, um playboy que gostava de brincar na periferia por namorar o garoto pobre. — O que aconteceu?

— Eu fiz uma coisa horrível, Hunnie. — Luhan suspiro, nunca havia pedido desculpas a Baekhyun por ter sido tão covarde naquela época. — Eu deixei sozinho quem mais precisava de mim.

 

(...)

 

Chanyeol encontrou Baekhyun andando na calçada, em direção ao ponto de táxi. Seguiu até ele, segurando sua mão de forma suave, fazendo o menor olhar em sua direção. Não disse nada até entrarem no carro.

Baekhyun parecia perdido em pensamentos, e o Park tentava entender o que havia acontecido, por que ele estava tão afetado.

Conhecia Luhan?

— Você se lembra quando eu disse que perdi tudo na minha vida ao mesmo tempo? — Baekhyun começou baixinho, fungando e passando a mão sobre os olhos úmidos, não iria chorar. Ele continuou assim que o maior assentiu. — Eu não fui passear de barco com meu pai, naquele dia, pois eu estava muito triste com o que havia acontecido, com o fim do meu namoro. Nesse mesmo dia aconteceu o acidente, meu pai faleceu e, algum tempo depois, soube que Jongin estava no Japão. Eu me senti completamente abandonado.

— Eu sequer posso imaginar como foi difícil.

— Sim, foi horrível… Meu ex-namorado, também era um dos meus melhores amigos, eu o entendia como ninguém pois a sua família era tão conservadora quanto a minha, então nos apaixonamos em segredo. Ele sempre prometeu que ficaria ao meu lado, independente do que acontecesse, mas no momento em que descobriram sobre nós dois na escola, ele sumiu. Simplesmente desapareceu, e quando o vi na rua, ele fingiu não me reconhecer... Ele me abandonou, deixou que eu ouvisse todas aquelas palavras cruéis por dois anos seguidos, enquanto tive que ficar sozinho naquele lugar.

— Sua mãe não te deixou sair?

— Não, ela falou que eu precisava encarar as consequências do que eu fiz, mas eu sei que não foi ideia dela, e sim do pai de Jongin.

— Isso é horrível.

— É, então tudo desmoronou e eu fiquei com medo, Chanyeol, medo das pessoas me abandonarem, medo de me apegar, medo de viver.

— Mas essa é vida, Baekhyun, tudo que vale a pena nos dá medo, pois não queremos perdê-la.

— Eu não quero mais ter medo, mas ainda tenho não sei lidar com isso… — Baekhyun mordiscou os lábios. — Luhan, aquele garoto, ele foi meu primeiro namorado.

O Park arregalou os olhos. O namorado de seu amigo era a mesma pessoa que abandonou Baekhyun? Sabia que Luhan era de família rica, mas não imaginou que algo do gênero pudesse acontecer.

— Por isso ficou assim? Ainda se sente afetado?

— De certa forma, sim… Não como se eu ainda fosse apaixonado por ele, mas também sinto que nunca o perdoei, nunca vou ser capaz de perdoar.  — Baekhyun apertou os próprios dedos. — Eu fico me perguntando se tudo seria diferente se ele não tivesse me abandonado, se não houvesse quebrado as promessas que fez… Se ele houvesse ficado.

O Park percebeu o quanto aquilo ainda afetava Baekhyun, e talvez fosse um dos motivos para ver o quanto ele ainda é receoso em dar um passo para o futuro, pois parte de si ainda está presa ao passado, ainda o culpa.

— Talvez se vocês conversassem…

— Não! Não quero vê-lo.

Chanyeol não insistiu naquilo, poderiam conversar em outro momento, quando o menor estivesse mais calmo.

— Tudo bem.

— Chan, seja sincero comigo? — o escritor se virou para o Park. — Você também vai me deixar?

Chanyeol hesitou.

Por um segundo, ele hesitou em responder. Não por duvidar dos seus sentimentos nem de suas intenções, mas por saber que uma promessa como essa poderia ter um impacto monstruoso na vida de Baekhyun.

— Claro que não, Bae, já te disse isso, só saio daqui quando você me der um pé na bunda.

Baekhyun assentiu ainda em silêncio, e saiu do carro assim que pararam em frente ao seu apartamento. Contudo, o escritor também percebeu aquele segundo de hesitação, e isso foi o suficiente para o medo e a insegurança que começavam a tomar conta de sua mente.

 


Notas Finais


~~ me perdoem os erros, depois eu tento revisar ;-;-;
geeeeeente eu tento jamais desistir dessa fic, eu sei que demoro pra atualizar, e muitas pessoas podem até pensar que os capítulos são simples, mas juro para vocês, ela me deixa muito abalada pra escrever sauhhsushau rindo de nervoso.
Como eu disse, mesmo se demorar estou aqui, falta 5 capítulos agora (sim, ela termina no 15) espero não demorar tanto pro próximo e me perdoem qualquer coisa ;-;

beijos e até


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