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História Park Chanyeol Knock on the Door - Eleven


Escrita por: Byun_Re

Notas do Autor


GATILHO: no final desse capítulo o baekhyun terá uma crise de ansiedade, então quem não quer ler a descrição da cena aconselho a não ler os 5 últimos parágrafos, ok?

E sim, dois anos depois eu estou aqui! Tomei vergonha na cara depois de ver alguns anjinhos conversando nos comentários do cap anterior e ver que ainda tinham pessoas esperando essa fic me deixou muito feliz ( e abismada) então decidi usar essa quarentena para escrever.

não está betado, desculpe qualquer erro!

Capítulo 11 - Eleven


 

Kyungsoo e Baekhyun tomavam chá na na sala do apartamento, o escritor admitia que sentia um pouco de saudade da sua sacada, não da casa em si, mas da visão da rua, da brisa gelada no rosto ao final da tarde. Talvez fosse apenas uma pegadinha de sua cabeça por ter criado uma falsa sensação de segurança ao se trancar no quarto, talvez realmente gostasse de ver o movimento da vizinhança. Havia uma varanda no apartamento, mas ainda não se acostumou com a altura do quinto andar, por isso não ficava muito lá fora, mas a porta de correr estava aberta, fazendo o som meio caótico da cidade invadir o ambiente. 

Era só mais uma tarde não muito tranquila lá fora, e daquela vez o Do estava ali a trabalho, para discutirem o novo livro de Baekhyun que seria lançado em alguns meses.

A primeira revisão estava quase no final, depois teria mais uma revisão geral — feita por outro profissional, para acertar pontos soltos — então a confecção da capa, divulgação, diagramação e impressão. Era uma longa jornada, mas todos os detalhes precisavam passar pelo autor, afinal, eram suas palavras ali postas.

Kyungsoo percebeu que havia algo diferente em Baekhyun. Não estranho, mas certamente uma sensação que não queria ter; não via aquela feição desanimada no amigo há semanas e toda a preocupação rotineira voltou à tona. 

Será que o Byun sentia-se muito sozinho pelas manhãs, quando Jongin estava na empresa? Será que estava faltando algo ao amigo? Kyungsoo respirou fundo enquanto esperava Baekhyun ler sobre os retoques da primeira revisão. 

— São alguns erros bobos que cometi, ainda hoje eu arrumo e pode pedir para Chanyeol passar aqui amanhã ou te entrego quando vier novamente. 

O editor franziu o cenho, desde quando Baekhyun desperdiçava uma oportunidade do Park ir até ele? 

— Está tudo bem?

— Sim, já disse, foram erros meus.

— Não foi isso que quis dizer, você está bem, Baekhyun? — Kyungsoo encarou o amigo, vendo-o hesitar.

Baekhyun estava com medo. Apavorado. Nos últimos dias havia uma sensação crescente em seu peito, algo que lhe dizia para voltar a seu quarto e não sair mais, que seria melhor desistir das pessoas antes que acabasse se machucando novamente. Talvez a aparição de um dos maiores fantasmas de seu passado tenha o despertado para aquilo, talvez todos os finais sejam o mesmo.

Algo lhe dizia que, na verdade, ser magoado por Chanyeol doeria muito mais do qualquer outro abandono proposital que já passou. Não estava pronto para isso, para essa dor, para esse sentimento.

Ao mesmo tempo, o próprio Byun tentava se manter forte, controlar os pensamentos pessimistas e seguir em frente. Era uma batalha dentro dele, de sua cabeça, e não sabia ao certo qual caminho seguir. Cogitou mentir para Kyungsoo, mas ao encará-lo soube que seria pior se o fizesse, por isso suspirou.

— Não sei ainda, estou com algumas coisas na cabeça e preciso pensar, mas não se preocupe, são todas essas mudanças que aconteceram de forma muito rápida, ainda tenho que me acostumar… — Baekhyun sorriu pequeno. — Principalmente com Jongin fazendo o jantar, ele não cozinha muito bem, sabe? Mas insiste em comer comigo, preciso aprender a fazer comida logo se não os dois serão internados com algum tipo de intoxicação. 

Os amigos riram do Kim, que se mostrava cada vez mais uma pessoa sensata e cheia de energia, o melhor amigo que Baekhyun se lembrava da adolescência. O mesmo espírito alegre e carinhoso estava lá, deixando o próprio Byun um pouco nostálgico de quando era tão animado quanto ele. 

— Bem, posso colocar mais uma dúvida na sua cabeça então? Na verdade é uma sugestão para pensar, não existe resposta certa ou errada, você deve fazer o que se sentir confortável em fazer.

— Desembucha logo, Kyung.

— Bem, você não saia muito de casa, por isso nunca foi levantada a hipótese de um lançamento para o seu livro, mas pensei que agora seria uma boa ideia, sabe? Conhecer um pouco das pessoas que admiram seu trabalho. Seria com a livraria fechada, apenas com um número limitado de pessoas para a sessão de autógrafos… Ou se ainda não se sentir confortável faremos o lançamento desse livro como foram dos outros. Só estou te dando mais uma opção, considere um pouco o que gostaria de fazer, o lançamento de um livro é um momento único para o autor, queria que tivesse essa experiência, Baek. 

Baekhyun arregalou os olhos para o amigo. O lançamento de seu livro. Sequer havia pensado nisso, não cogitava sair de casa ou estar entre pessoas desconhecidas, mas naquele momento não parecia tão absurdo.

Ainda era assustador, muito assustador pensar em ficar frente a frente com o público, com quem pudesse lhe julgar, julgar sua escrita e sua história. Não sabia se conseguiria, todavia, não descartou a possibilidade de vez. Algo dentro de si ficou curioso de como seria esse momento. Lembrou de quando deu seu primeiro autógrafo e sorriu.

— Eu vou pensar. — Baekhyun respondeu com sinceridade, e aquele brilho esperançoso em seu olhar foi o suficiente para que Kyungsoo se acalmasse por hora.

— Tudo bem.

 

(...)


 

Chanyeol andava de um lado para o outro. Dizer que estava tudo bem seria uma mentira deslavada. Ele sentia um certo distanciamento de Baekhyun. Na verdade, não distanciamento em si, mas um conflito.

O Byun estava tomando banho enquanto o Park rodava dentro do quarto do escritor. Havia algumas algumas caixas com livros em um canto (a estante que comprou ainda não havia chegado), mas no geral a arrumação era bem parecida com o antigo. Baekhyun também fez um mural em metade de uma parede, e muitos dos desenhos de Chanyeol estavam expostos ali. Isso lhe deixava muito feliz, saber que ele guardava cada um de seus rabiscos em guardanapos fazia algo borbulhar em seu ser. O Park estava esperando para poder dar uns beijinhos em Baekhyun e tentar se acalmar. Não sabia o motivo, apenas decidiu passar na casa do escritor depois do expediente. Quer dizer, sabia sim, o motivo. Queria vê-lo, tocá-lo. Estava com saudade.

Completamente apaixonado. 

Contudo, desde que viram Luhan — alguns dias antes — algo pareceu mudar. Como se uma barreira novamente estivesse sendo construída sobre aquelas que ainda tentava destruir. Odiava a sensação de não poder fazer nada, de ver Baekhyun absorto em pensamentos e não conseguir entrar em sua cabeça para ajudá-lo a desatar todos aqueles nós. 

Faria qualquer coisa pelo escritor.

Pensar nisso fez com que Chanyeol parasse de andar. A intensidade de seus próprios sentimentos assustou-o por um momento. Seria isso o que chamam de amor? O Park já havia se apaixonado no decorrer dos anos, mas amar alguém era diferente. Novo. Chanyeol sempre amou a arte, desenhar e também as palavras de Baekhyun. Depois amou descobrir mais sobre ele, sobre sua vida e amou saber que era o motivo — mesmo que pequeno —  para que ele sorrisse. Sim, o Pak amou seus beijos, seu jeito carinho e cada um dos trejeitos que descobriu naquele tempo. E tudo isso era muito mais intenso do que qualquer paixão que já teve. 

Amor.

Novamente começou a andar de um lado para o outro, naquele final de semana seria a segunda parte da audição para a Escola de Artes, estava ansioso. Todavia, ao pensar na conclusão que havia acabado de chegar sobre seus sentimentos, também sentiu crescer uma coragem dentro de seu peito. Uma determinação. Passaria no teste, não só por um de seus amores, mas por dois deles. A arte. E Baekhyun.

— Vai abrir um buraco no chão. — a voz baixa e brincalhona veio da porta.

— Está parado há quanto tempo aí? — Chanyeol quis saber de forma risonha, aproximando-se do menor para selar seus lábios. 

— Alguns minutos, parecia muito concentrado em algo.

O Park corou. Não achava que aquele era o momento propício para declarar sua recém descoberta, por isso compartilhou apenas um de seus temores.

— Bem, em alguns dias é a audição.

— Verdade, sabe o que vai pintar?

— Eles dão o tema na hora, mas tenho algumas coisas em mente. — respondeu, afinal, queria mostrar o melhor de suas técnicas e qualidades. 

— Vai dar tudo certo. — Baekhyun apertou a mão do maior e sorriu, mas Chanyeol percebeu que seus dedos tremiam.

Chanyeol percebeu que ele também estava com medo.

— Eu sei que parece um pouco doido, já são quase dez horas da noite, mas podemos dar uma volta? Eu preciso de ar fresco e de você.

Baekhyun arregalou os olhos.

“Eu preciso de você”. 

A frase ecoou em sua cabeça por alguns segundos, fazendo o coração acelerar e as bochechas se tingirem de vermelho. Alguém precisava de si, e essa pessoa era a mesma a qual Baekhyun também precisava. Naquele momento essa certeza era o suficiente, lhe tirando um enorme peso dos ombros. 

Aquele relacionamento não seria igual ao que teve com Luhan, não poderia ser. 

Sorriu de leve e assentiu uma vez para o Park, que ainda aguardava uma resposta. 

— Vou apenas trocar de roupa. 

— Te espero na sala.

 

Em poucos minutos os dois andavam de mãos dadas pela vizinhança. Era um bairro com bastante comércio, o que deixava a rua iluminada e com alguma movimentação, mesmo com o horário avançado. Baekhyun já estava se acostumando a andar ao redor do prédio, sempre ia até o mercado com Jongin ou acompanhava Kyungsoo até o carro ou saía para jantar com todos eles. 

Havia gostado do lugar, e por bem localizado era bem prático em muitos aspectos, já que não tinha que fazer muito esforço para conseguir o que precisava. A noite estava fresca e o céu um tanto nublado, mas a lua brilhava imponente e isso fez Chanyeol querer desenhá-la. Desenhar Baekhyun sob a lua. Riu de si mesmo, nos últimos meses quando não quis desenhar o Byun?

— O que houve? — o menor perguntou.

— Nada, só estou pensando em como as coisas mudam.

— Sim… — o tom do menor foi inseguro, por isso Chanyeol apertou seus dedos com um pouco mais de força mas sem perder a delicadeza. 

— E nem sempre isso quer dizer algo ruim, certo? Olhe para nós dois.

Baekhyun assentiu uma vez, decidido a não se deixar abater naquele momento, e sorriu para Chanyeol. O Park se voltou para frente, logo avistando a pracinha do bairro. Havia diversas barraquinhas, porém estavam pouco movimentadas por ser um dia de semana e pelo horário avançado.  

— Veja, é um tipo de feira. — Chanyeol apontou.

— Parece de artesanato. 

— Podemos passar por lá?

— Sim!

Baekhyun pareceu empolgado e isso deu ainda mais ânimo para Chanyeol. Seguiram até lá e se maravilharam com as peças expostas. Havia cerâmica, pintura, arte em bambu e diversas outras. Como dois bons amadores do mundo artístico, Baekhyun e Chanyeol se deliciaram e maravilharam com cada peça única. 

O Byun acabou encontrando o presente perfeito para o Park e decidiu dar a ele como forma de agradecer por tudo que estava fazendo, uma pequena demonstração do quanto gostava de sua companhia. Era um cordão com o pingente em forma de uma pequena paleta para tintas, o trabalho foi feito em madeira de forma muito delicado. Achou a cara dele. Chanyeol quase chorou com o mimo, agradecendo Baekhyun com um abraço apertado e um beijo na testa. 

Eles se encararam com um carinho infinito em meio daquele aperto gostoso, e por alguns segundos o Byun teve certeza que nada seria capaz de fazê-lo desistir daquele sentimento único que nutria por Chanyeol, e crescia cada vez mais. 


 

(...)

 

Era tarde. Baekhyun percebeu isso ao olhar pela janela de seu quarto e ver o céu dando os indícios de que o dia estava chegando ao fim. Havia começado a ler um novo suspense, adorava se perder em livros e sempre usava seus autores preferidos de referência para os estudos de escrita os quais fazia. 

Baekhyun virou a noite lendo, perdendo-se naquele mundo fantasioso que sempre adorou, e esperou o horário de Chanyeol acordar para desejar bom dia a ele antes de começar seu trabalho como motoboy, o Park não usava muito o telefone durante o expediente. Por isso decidiu dormir logo depois de falar com ele. Passou todo o dia na cama, entre o sono e a semi-consciência, sem despertar mas ao mesmo tempo com diversos pensamentos indistintos.

Estava ansioso. Sabia que parte de seus sentimentos eram egoístas, mas queria que Chanyeol passasse na prova, que seria dali alguns dias, queria-o ao seu lado. A simples possibilidade de ter que se afastar do maior o apavorava e aliviava ao mesmo tempo. 

Apavorava pois estava sentindo. Depois de tantos anos, finalmente estava sentindo algo, vivendo, sendo feliz. 

Aliviava pois seu lado temeroso dizia que seria melhor assim, melhor que ele fosse embora antes de fazer um estrago irreversível em sua vida. Ter certeza do dia de sua partida era menos doloroso do que um dia Chanyeol acordar e falar que não queria mais estar ao seu lado.

Doeria de qualquer forma, mas a parte medrosa de Baekhyun estava cada vez mais presente em seus pensamentos, sussurrando coisas que não queria ouvir. Tinha uma sessão com Junmyeon na próxima semana, e sabia que poderia ligar para ele, mas não queria ser enfrentado sobre isso ainda. Sobre tudo. Sequer queria pensar no que psicólogo falaria sobre Luhan, por isso ainda não havia mencionado o encontro com o ex-namorado em suas conversas. 

Baekhyun rolou na cama, sem forças para se obrigar a levantar. Estava tão cansado. Tão confuso. Escutou um barulho do lado de fora de seu quarto, em primeiro momento ignorou, imaginando ser Jongin. O irmão era bastante animado, por isso não conseguia passar despercebido em lugar nenhum. 

Contudo, acabou ouvindo a voz de Kyungsoo também, ao menos, imaginou ter ouvido pois estava baixa e não teve certeza. Estranhou o fato do amigo não ter aparecido em seu quarto. Ou talvez tenha ido e ao vê-lo dormindo decidiu esperar do lado de fora. Baekhyun suspirou, estava com fome, não havia comido nada o dia todo, e um pouco tonto devido as horas de sono mal dormidas e pensamentos conflitantes.

Ele estava um caos.

Levantou-se com calma, quase não fazendo barulho ao se arrastar para fora da cama e abrir a porta. Os passos lentos só mostravam o quando não estava disposto, nem muito acordado. 

Jongin e Kyungsoo estavam na cozinha, o editor perto do fogão — estaria fazendo o jantar? — e Nini sentado na bancada, ambos de costas para si. Suas vozes baixas faziam com que suas palavras fossem indistintas.

— Eu não acho justo esconder de Baekhyun. — Jongin disse.

— Não vou esconder, apenas quero deixar para falar sobre isso depois, quando ele estiver mais tranquilo… 

— E se ele ver sem querer? 

O Byun parou de andar, sem entender a conversa estranha dos dois.

— Baekhyun não tem redes sociais, ele não veria nada, e eu que administro a fanpage dele, por isso descobri sobre essa matéria sensacionalista, não se preocupe, a editora já está tomando as medidas necessárias.

— Como assim?

— Vão processar as mídias que estiverem difamando e espalhando notícias sobre ele, agora pare de… — Kyungsoo virou-se para Jongin, deixando a frase morrer ao ver que Baekhyun estava ali.

— Soo? O que houve? — os olhos arregalados e voz tremida deixavam claro que o escritor não conseguiria lidar com assuntos complexos. 

Naquele momento Jongin entendeu o que Kyungsoo quis dizer sobre esperar o Byun estar mais tranquilo. Parecia que algo em Baekhyun estava prestes a quebrar, nunca havia visto aquela cara antes. Uma expressão tão cheia de terror que chegava a doer no Kim olhá-lo. O Do conhecia muito bem aquela feição, esteve ao lado de Baekhyun em mais de uma de suas crises na época da faculdade. Os corredores, Baekhyun lhe dizia, sempre tinha medo de andar entre os corredores da faculdade e ser atacado como acontecia frequentemente na escola.

— Nada, apenas alguns problemas que já estão sendo resolvidos, não se preocupe.

— Problemas? Que tipo de problemas? Sobre mim?

— Kyungsoo, só diga a verdade…  — Jongin falou, recebendo um olhar cortante do editor, mas o Kim não fez por maldade, ele só acreditava em Baekhyun. 

Jongin conhecia uma versão diferente do Byun, uma que ria dos problemas e logo se preparava para o próximo, o Kim ainda não havia entendido sobre o peso que existia nos ombros do amigo, uma dor que ele não era capaz de mensurar.

— Saiu uma reportagem em alguns sites de fofoca sobre você, mas como eu disse, a editora já está cuidando disso.

— Reportagem? — Baekhyun se aproximou deles, vendo o celular de Jongin sobre a bancada, então pegou-o assim que viu seu nome em uma manchete. 

 

“Byun Baekhyun, o recluso escritor de romances, é gay?!”
 

Logo abaixo estava uma foto do momento em que havia dado o colar para Chanyeol, dois dias antes, o Park beijava sua testa, eles estavam em um meio abraço e a foto em si era muito bonita. 

Contudo, abaixo havia frases sarcásticas sobre sua fama ser baseada em romances que eram vendidos, em sua grande parte, para mulheres sendo que ele — o autor — sequer tinha experiência com elas.

Kyungsoo retirou o celular da mão do escritor e o entregou ao dono, ralhando com Jongin, mas Baekhyun não escutava mais. Ele não ouvia pois sua mente novamente voltava ao momento em que descobriram que era gay, anos antes, na escola. 

Todas as risadas, todas as palavras cruéis, todas as “brincadeiras”, toda dor. Baekhyun sentiu em sua língua o gosto férreo de seu próprio sangue, lembrando-se de quando foi para o colégio na primeira semana depois de tudo, na época ainda tentou se defender quando o empurraram. Levou um soco por isso e ao cair no chão começaram os xingamentos. Bichinha. Viado. Vergonha.

Nada que tenha melhorado nos dois anos seguintes, só aumentou o intervalo entre uma “pegadinha” e outra, afinal, tinham coisas mais importantes para fazer do que sempre prestar atenção no boiola da escola.

Ao longe, Kyungsoo chamava seu nome, mas era tarde. Baekhyun estava preso na própria mente, seu corpo começou a tremer e sequer percebeu que havia começado a chorar. Perdeu a força, caindo de joelhos e colocando a mão sobre os ouvidos na tentativa de abafar as risadas que ecoavam em sua cabeça. As gargalhadas as suas custas enquanto era maltratado, insultado e machucado pelos corredores da instituição. 

Perdeu o ar, abrindo a boca em um grito mudo enquanto tentava sugar o oxigênio que se negava a entrar em seu corpo, chorava tanto que pensou que se afogaria nas próprias lágrimas. Kyungsoo segurava de leve o rosto de Baekhyun, pedindo ao amigo que o ouvisse, que respirasse junto com ele. Queria acalmá-lo, mas ainda não havia conseguido trazer Baekhyun a si, ao presente. 

O Byun estava preso em sua dor.

Ao observar seu irmão, seu melhor amigo, caído no chão daquele jeito, Jongin ficou inerte, pela primeira vez entendendo. Aquele não era mais o Baekhyun que conheceu, algo havia sido tirado dele. Não, haviam arrancado dele o espírito aventureiro que estava tão acostumado a ver durante a infância dos dois. Ao olhar para Baekhyun, o Kim percebeu, não parecia que algo estava quebrando dentro dele. Era como se o próprio Byun estivesse quebrando — se desfazendo —  bem ali, na sua frente.



 


Notas Finais


Gente, eu tive que refazer o enredo dos últimos caps pq eu perdi tudo sobre essa fanfic! Inclusive foi uma das coisas que mais me desmotivou a escrever, mas sinceramente eu tô muito feliz com o resultado... o final será o mesmo que eu tinha imaginado antes, só os acontecimentos que mudaram, então a história vai acabar no capítulo 14
Daqui a 3 caps!
Se acharem algum erro de continuação me avisem nos comentários, posso ter deixado passar alguma coisa já que tem quase dois anos que não escrevo essa história e não tenho mais o arquivo que usava de base para a história.

Eu já tô na metade do capítulo 12 e vou tentar postar assim que terminar! Vou usar a quarentena para finalizar meu bebezinho!

Nem sei se os leitores dessa história vão aparecer por aqui, mas né... é isto, até o próximo (em breve eu espero)


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