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História Park Chanyeol Knock on the Door - Thirteen


Escrita por: Byun_Re

Notas do Autor


Não está betado como sempre, então sorry ;-;
boa leitura!

Capítulo 13 - Thirteen


 

Chanyeol voltou a fazer desenhos para Baekhyun, como antes de se conhecerem. Desta vez não eram em guardanapos, mas continuavam sendo rascunhos de coisas em seus dia que o remetia ao escritor.

A fachada de uma lanchonete que foram juntos, uma sorveteria que queria levá-lo, o terraço da empresa. Algumas vezes deixava com Kyungsoo, já em outros dias levava até o prédio de Baekhyun e colocava na caixa de correio, sabia que Jongin entregaria a ele.

Era um desses desenhos que o Byun segurava quando Junmyeon parou em frente ao quarto, a porta estava aberta. O psicólogo observou o rosto sério de Baekhyun se suavizar aos poucos, e um pequeno sorriso nascer em seus lábios. 

Chanyeol era mesmo um tolo insistente, e isso fazia seu sentimento por ele crescer ainda mais, assustando-o na mesma proporção.

— Boa tarde, Baekhyun.

— Olá, Jun. 

— Outro desenho de Chanyeol? — perguntou como quem não quer nada, ao se acomodar na poltrona perto do Byun.

— Sim, ele desenhou uma livraria, meus livros estavam na vitrine e ele lembrou de mim.

— E você? Tem pensando nele?

— A todo instante. — respondeu baixo e cheio de saudade.

— Quanto tempo não se falam?

— Duas semanas? Mais ou menos isso...

— Ainda com medo? — Junmyeon questionou. — De Chanyeol deixá-lo?

— Sim. Não. Quer dizer, não mais. Eu não sei, precisava de um tempo para se entender tudo… entender esse sentimento.

— E conseguiu?

— Não mesmo. — Baekhyun riu de leve, como um tolo.

— Por que acha isso? Que não conseguiu entender o que sente por Chanyeol?

— Pois toda vez que tenho uma certeza, ela escorrega entre meus dedos, quando acho que não vai dar certo ele me manda desenhos do seu dia. Quando sei que posso contar com ele eu me assusto com a possibilidade de confiar tanto em alguém novamente. Eu não desconfio dos sentimentos de Chanyeol no momento, esse é o problema, eu desconfio de mim e do que pode acontecer no futuro. Tudo pode mudar de uma hora para outra.

O Byun suspirou, apertando o desenho contro o peito e o psicólogo sorriu, feliz em vê-lo expor seus sentimentos. 

— Mas não é isso que significa amar? Transformar, evoluir, transcender, mudar não precisa ser ruim, Baekhyun, você não precisa mudar sozinho, podem fazer isso juntos. 

O escritor arregalou os olhos, não só por causa daquela constatação, mas pela palavra que Junmyeon usou para descrever o que sentia. Amor. Seu coração aqueceu ao perceber que era aquilo. Chanyeol o amava, por isso queria lhe dar certezas que nem ele mesmo tinha. Na verdade, Chanyeol queria criar essas certezas ao seu lado. Juntos construindo algo em que se agarrar. 

Igual ao que sentiu por Luhan, e de forma contraditória, completamente diferente. Com seu primeiro namorado eram jovens, inconsequentes e novos no amor, tinham toda certeza do mundo, mesmo que essa certeza durasse apenas naquele momento. Já com Chanyeol, havia toda a tola esperança do amor com certezas infundadas, mas diferente do passado, os dois sabiam que essas certezas eram instáveis e que precisariam lutar para torná-las concretas. 

Chanyeol não estava lhe prometendo um amor fácil e seguro, ele estava lhe prometendo o amor. E o amor é o sentimento que vem acompanhado de vários outros. Não se pode falar de amar sem falar um pouco também de paixão, incerteza, insegurança, medo, alegria, esperança… tantas sensações implícitas em uma única palavra.

— Baekhyun? — Junmyeon chamou.

Preocupou-se ao ver o menor apertar o desenho entre os dedos, os olhos de Baekhyun estavam úmidos, prestes a transbordar, mas o psicólogo logo ficou aliviado pois entre aquelas lágrimas, o escritor sorriu. O sorriso mais bonito que Junmyeon já havia visto em Baekhyun.

— Está certo, Jun, amar é mudar e não posso mais ter medo, não é?

— Tudo bem sentir medo, Baekhyun. — Junmyeon disse de forma serena. — A questão é: o que vai fazer com esse medo? Enfrentá-lo? Ou desistir de coisas lindas por causa dele?

Baekhyun novamente olhou para o desenho em suas mãos, enxugando o rosto em seguida. Chanyeol não havia desistido dele, nem por um segundo. Quando se comparava ao Park, Baekhyun sentia-se um esboço feito de qualquer jeito, em preto e branco, borrado; enquanto Chanyeol era a mais linda aquarela já pintada por alguém. O escritor percebeu ali que tudo bem ser apenas um esboço, pois estava disposto a ganhar forma aos poucos e a deixar Chanyeol usar todas as suas cores para lhe pintar também.

 

(...) 

 

Baekhyun estava na cozinha segurando uma caneca com chocolate, era sexta-feira. Olhou para a sala escura de sua nova casa, Jongin ficou preso no trabalho devido a papelada acumulada, sabia que em parte era sua culpa pois o amigo saiu cedo ou foi tarde para a empresa diversas vezes na semana anterior. 

Ele estava preocupado e isso deixava Baekhyun feliz, mesmo que odiasse saber que o Kim estava preso no escritório por causa disso. Ao observar o sofá vazio, o Byun imaginou Chanyeol ali, depois do expediente tomando chocolate consigo, abraçado vendo um filme qualquer sentado ao seu lado. 

Havia respondido a primeira mensagem do Park no dia em que conversou com Junmyeon. Sentia-se culpado por não ter ficado ao lado do motoboy em um momento tão importante quanto seu teste para a Escola de Artes, contudo, havia recebido uma mensagem dele naquele dia dizendo que não precisava se preocupar pois tudo tinha ocorrido bem.

Baekhyun estava curioso, queria saber mais, por isso quando tomou coragem para finalmente lhe responder, pediu ao Park mais detalhes sobre a prova. Chanyeol quase caiu da cama ao ver a notificação no celular e respondeu de forma radiante, contando todos os detalhes. Principalmente o tema.

“Eu não consegui pensar em nada que me inspirasse mais do que você.”

Baekhyun chorou ao ler aquilo. Chanyeol em momento algum perguntou se poderia vê-lo, estava esperando o escritor lhe chamar, e exatamente aquilo que Baekhyun pensou em fazer. Precisava colocar um ponto final.

Não na sua relação com o Park, claro, mas em seu passado. Em seus medos. Tinha que viver a vida além de suas experiências anteriores. O futuro era incerto, exatamente por isso ele poderia ter também toda a perspectiva de algo novo. De esperança. 

Queria ver Chanyeol.

Baekhyun terminou o líquido em sua caneca e pegou o celular, contudo, ao abrir a conversa com o Park percebeu que ele merecia mais. Chanyeol merecia mais do que sempre ir ao seu encontro. Sabia que ele não negaria, muito menos ficaria chateado com o convite. O contrário na verdade, esperava por isso há dias. A questão era exatamente essa, o motoboy estava disposto a sair de seu apartamento a qualquer hora, mesmo depois de um dia cansativo de trabalho, apenas para vê-lo.

Era injusto. 

Baekhyun foi até seu quarto e mudou de roupa. 

Precisava fazer escolhas em sua vida, e escolheria Chanyeol. Guardou no bolso do casaco o celular, a carteira e as chaves. Quando trancou a casa e um medo o abateu. E se encontrasse Luhan? Bem, não queria dar de cara com ele, mas era um risco que precisava enfrentar. Um risco que valia a pena por Chanyeol.

O escritor desceu pelo elevador e esperou um táxi. Deu mais ou menos o endereço do Park, mesmo que tenha ido à casa dele algumas vezes, nunca reparou o número do prédio, mas saberia encontrá-lo. 

Mandou uma mensagem para Jongin avisando onde estava indo, passou todo o caminho com o coração acelerado e os dedos suados, mas seu sorriso aumentava cada vez que se via mais perto de Chanyeol. 

A sensação de ir até ele, de abrir seu coração e aceitar de uma vez por todas aquele sentimento era libertadora. Sentiu-se amedrontado, de fato, só que pela primeira vez riu de seu medo, pois as borboletas fazendo festa em seu estômago lhe mostravam que era o medo mais delicioso que teria o prazer de enfrentar. 

Avisou ao motorista quando encontrou o prédio de Chanyeol. Saiu do carro apressado logo depois de pagar, subiu as escadas de dois em dois degraus. Estava tarde e talvez Chanyeol nem estivesse em casa, não havia avisado a ele. Só que de alguma forma, Baekhyun sentia que ele estaria ali, esperando-o de braços abertos.

Sorriu para si mesmo, era mesmo um romântico incurável. 

Parou em frente ao apartamento, soprou os dedos que pareciam congelados. Hesitou um momento, pairando a mão sobre a porta por alguns segundos antes de dar algumas batidas. 

Não houve resposta. O escritor imaginou se Chanyeol estaria dormindo, se fosse o caso não ouviria seu toque baixo, então juntou coragem e bateu mais forte.

— Já vai! 

O sorriso que se espalhou no rosto de Baekhyun poderia iluminar a noite mais escura, simplesmente ao escutar aquelas duas palavras banais. O barulho da chave virando, o arrastar da porta e dos pés de Chanyeol, tudo parecia em câmera lenta para o escritor. 

Até seus olhos se chocarem com os dele.

Chanyeol deixou cair a toalha que enxugava os fios úmidos. Havia acabado de sair do banho e usava apenas uma calça de moletom, mas Baekhyun não reparou no peito nu e um tanto úmido, apenas abraçou-o. O cheiro desprendendo da pele de Chanyeol deixou Baekhyun tonto, era uma deliciosa mistura de sabonete, saudade e um toque da essência única que apenas o Park tinha. 

— Chan… — sussurrou, engasgando nas próprias palavras. 

Sabia que sentia falta dele, mas até aquele momento não havia percebido o quanto, não entendia como a presença dele era necessária. O quanto amava-o.

Os braços do Park envolveram-no com cuidado, ainda pensando ser um sonho, mas ao sentir o corpo menor e trêmulo entre seu abraço, Chanyeol finalmente entendeu, ele estava ali. 

Seus próprios olhos ficaram úmidos, então apertou Baekhyun em um abraço repleto de todo aquele sentimento que transbordava em ambos. Que floresceu e estava criando raízes profundas em seus corações, tomando os corpos, expandindo dentro deles como se fosse um novo universo sendo criado. 

E se Baekhyun fosse fazer uma analogia, estar ali, no meio dos braços de Chanyeol, era como ser lentamente pintado por cada sentimento que os tomava. Amor, saudade, paixão, um pouco de dor e medo, por que não? Fazia parte de quem eram, do que aceitaram viver e no fim não deixavam de ser belas todas essas cores. 

 

(...)


 

Chanyeol acordou primeiro. Por um momento ainda tomado pela letargia, apertou os braços ao redor de algo. Algo não, alguém. Um sorriso se espalhou por seu rosto ao lembrar da noite anterior. Olhou para baixo e viu Baekhyun ali, dormindo ao seu lado. Os fios loiros bagunçados, o rosto parcialmente escondido em seu peito. 

Poderia morrer de tanta felicidade. Beijou o topo da cabeça do escritor e voltou a fechar os olhos, lembrando-se do que havia acontecido. De toda a alegria e surpresa ao ver o Byun, pela primeira vez, batendo em sua porta. Ele o queria também, queria aquele relacionamento. Valeu a pena cada segundo que esperou por Baekhyun, e esperaria muito mais se fosse necessário.

Riu baixinho ao lembrar de como Baekhyun ficou constrangido ao perceber que ele estava sem camisa, as bochechas rosadas e forma como desviou o olhar era adorável. Baekhyun era adorável. Porém, o que mais deixou o Park satisfeito foi o brilho em seus olhos, algo que não estava lá quando o viu da última vez. Antes ele parecia perdido nele mesmo, mas quando chegou em seu apartamente, o Byun tinha uma confiança que não precisou ser verbalizada, estava explícita em suas ações.

Amava-o. Amavam-se.  

Suspirou e percebeu quando o escritor se mexeu um pouco. Chanyeol, ainda de olhos fechados, sentiu os dedos de Baekhyun subindo por seu rosto em um carinho morno, depois se infiltrou em seu cabelo, fazendo um cafuné que derreteu cada pedacinho do Park. Ao abrir os olhos, se deparou com Baekhyun encarando-o de volta, ele sorria. 

— Bom dia. — o maior sussurrou.

— Bom dia.

Eles passaram a noite falando sobre alguns pontos do que aconteceu naqueles dias afastados, mas sabiam que havia muito a se conversar ainda. Baekhyun pediu desculpa pela demora em responder, e tentou explicar que não era por falta de sentimento, porém, algumas vezes, decisões que parecem fáceis para qualquer um, eram  difíceis para ele, ainda mais depois de tudo que passou. 

“Não se desculpe, Baekhyun, eu não duvidei de você nem por um segundo.”

Foi a resposta de Chanyeol, ele não havia duvidado de seus sentimentos, não havia duvidado do que os dois tinham. Aquilo trouxe um alívio que sequer Baekhyun sabia que precisava. 

— Está com fome? 

— Um pouco, ontem não comemos nada. — o escritor respondeu.

— Você adora comer… — Chanyeol brincou, beijando a bochecha do menor que o olhou com falsa irritação, enquanto tentava esconder o sorriso. — Não se preocupe, vou fazer um café gostoso para nós dois.

— Eu ajudo.

Chanyeol até pensou em rebater, queria mimá-lo, mas também queria a companhia do Byun e sabia que ele estava pensando a mesma coisa. Eles enrolaram mais um pouco na cama, apesar disso, tinham muita saudade para matar, afinal. 

— Eu estou feliz por estar aqui. — Chanyeol sussurrou.

— Eu estou feliz por ter vindo.

Estavam de um frente para o outro, falando baixinho e matando o tempo. O Park pensou se era o momento certo para falar o que rondava a sua mente, talvez devesse esperar. Por outro lado, o fato de Baekhyun ter aparecido em sua casa significava que ele estava pronto para conversar…

— Me desculpe. — o escritor disse, assustando Chanyeol.

— Te desculpar? Pelo quê?

— Por sumir, por não ficar ao seu lado quando precisou de mim, por…

— Hey, nada disso! Não existe nada para ser desculpado, Baekkie, muito menos eu quero que fique se desculpando toda hora por tudo. Eu sempre soube que você seguiria seu ritmo, e estou disposto a esperar o quanto for necessário. — o Park sorriu de leve. — Eu que preciso pedir desculpas, você estava certo, não deveria te fazer promessas que não sei se posso cumprir. — Chanyeol olhou para o Byun, que ficou em silêncio, esperando-o terminar. — Como sabe, eu prometi aos meus pais voltar caso não passe na prova. Eu estou com medo. Não apenas medo de não passar, mas medo de te perder, medo de te afastar. Por isso eu quero que saiba uma coisa, mesmo se eu não passar para a Escola de Artes, mesmo se eu não começar o curso que vim fazer, eu vou investir nos meus desenhos, procurar outros lugares para me inspirar, para estudar, para trabalhar. Estive pensando em começar a ilustrar algumas histórias, eu gostei bastante de fazer isso com as suas… O que eu quero dizer é, independente do resultado da prova, eu não vou embora. 

— E seus pais?

— Eu vou conversar com eles, espero que eles entendam, esse é meu sonho e não posso desistir assim. Não quero desistir de nada que conquistei aqui. — Chanyeol sorriu em um primeiro momento, contudo, ficou preocupado ao ver os olhos marejados de Baekhyun. — O que houve, Baekkie?

— Nada, eu só… estou feliz. 

O sorriso que se espelhou no rosto do escritor foi tão brilhante e genuíno que Chanyeol conseguia sentir a felicidade dele, conseguia ver o bochecha levemente avermelhada, os lábios rosados, os fios loiros bagunçados. Ele era a mistura mais bela que já havia visto.

— Eu também estou. — o pintor envolveu Baekhyun em seus braços, o coração acelerado ao dizer com convicção desta vez: — Eu não vou a lugar nenhum, Baekkie.

O escritor nada respondeu, apenas puxou Chanyeol para mais perto de si, sentindo-se aquecido, confiante e completamente tomado por todo aquele amor que havia nascido de uma mistura de dores e emoções, sorrisos e lágrimas. 

 

(...)

 

Baekhyun estava no carro de Kyungsoo, voltando da editora. Não precisava, de fato, ir até lá, contudo, ele quis. Quis sentar com seu editor e com Jenny, a responsável pela publicação e divulgação de seu livro. 

Havia decidido que teria uma sessão de autógrafos, e estavam discutindo um possível concurso para poderem filtrar os verdadeiros fãs do autor e, ao mesmo tempo, limitar o número de pessoas. Também conversaram sobre a imagem pessoal de Baekhyun. A empresa havia conseguido tirar do ar as matérias sensacionalista, que usaram a imagem de Baekhyun sem autorização para especulações cheias de segundas intenções. 

Contudo, autor deixou claro que não queria sua vida pessoal sendo comentada, e a forma mais fácil de acabar com rumores era falar sobre eles. Então respondeu algumas perguntas feitas por Kyungsoo e por Jenny, eles repassarão esse conteúdo para o responsável de Marketing da empresa e elas serão divulgadas no site oficial da editora como uma entrevista. 

Na entrevista afirmou que sua vida privada não deveria ser base para julgarem suas obras, disse que seus livros falam de amor e o esse sentimento pode — e deve — ser apreciado em todas as suas formas.

Kyungsoo estava orgulhoso do amigo, e quando parou o carro em frente ao prédio, virou-se para ele com um sorriso. 

— Tem certeza que não quer subir?

— Não, estou cansado e ainda tenho que terminar a revisão de outro autor. — respondeu o Do. — Mas estou feliz, Baekhyun, muito feliz por você.

Kyungsoo sorriu de forma genuína, um de seus raros sorrisos, e isso emocionou o escritor, que jogou os braços ao redor dele.

— Obrigado, Kyung, por nunca desistir de mim

— Não precisa me agradecer. — disse, mas a voz estava embargada. — Eu sou seu amigo, faria qualquer coisa por você.

Baekhyun sorriu, aquela amizade começou de forma improvável e se firmou em todos os anos tempestuosos da vida do escritor, o mínimo que poderia fazer era expressar o quanto estava feliz em ter o Do em sua vida. 

— Você não é apenas meu amigo, é meu melhor amigo.

— Jongin vai te matar se ouvir isso. — Kyungsoo brincou.

Eles riram e Baekhyun abriu a porta do carro, mas antes de sair olhou o editor, sentindo-se a pessoa mais sortuda do mundo. Sempre quis uma família, e pensou que ficando em casa, ao lado da mãe, talvez conseguisse de volta a sensação de lar que tinha quando morava com seu pai. A mesma sensação que teve no passado, quando os três eram felizes. 

Contudo, percebeu que sua família, na verdade, estava ali, naquele carro. Kyungsoo era parte essencial de Baekhyun e vice-versa. Assim como Jongin, que estava reconquistando seu espaço aos poucos. E Chanyeol, que já tinha o autor na palma de sua mão. 

— O que foi? — o Do perguntou.

— Eu estou feliz por ser seu amigo.

Aquilo o desconcertou, fazendo com que virasse para frente, com o rosto todo corado.

— Eu preciso ir, Baekhyun. — foi o que respondeu, sem saber o que falar, e o escritor riu de como o amigo estava sem graça. Nunca havia imaginado Kyungsoo sem fala, ele parecia sempre saber o que fazer. 

— Boa noite, Kyung.

— Boa noite, Baek, te ligo amanhã. — respondeu e, enquanto Baekhyun saia do carro, ouviu o outro falar baixinho. — Também estou em feliz em ser seu amigo.

Logo Kyungsoo deu partida, Baekhyun riu baixinho enquanto seguia até a entrada de seu prédio. Subiu as escadas sentindo-se leve. Estava feliz. Mandou uma mensagem para Chanyeol, perguntando como havia sido seu dia. O Park estava cheio de trabalho como motoboy, por isso não conseguiu vê-lo na empresa. Estava com saudade. Os dias passaram de forma rápida desde que foi ao apartamento dele e voltaram a se encontrar. 

Cada vez mais o Byun parecia confiante daquele sentimento, e de quem estava se tornando. 

— Jongin? — chamou pelo irmão, estranhando o fato de quase toda casa estar na escuridão.

Quase, pois uma luz fraca vinha da da sala de jantar. Não houve resposta, e Baekhyun se perguntou se havia deixado a luz acesa sem querer. Será que Jongin ainda estava preso no trabalho? 

Deixou seu casaco e bolsa sobre o sofá e seguiu até a sala de jantar, que ficava perto da cozinha. 

Seu coração falhou uma batida. 

A iluminação do lugar provinha de pequenas lamparinas, com velas dentro, que estavam ao redor do cômodo. A mesa estava repleta de comida, seus pratos preferidos e um pequeno candelabro no meio. Ali também estava Chanyeol, todo arrumadinho com um buquê na mão. Uma tulipa vermelha no centro, rodeado de flores amor-perfeito.

— Chan? — Baekhyun chamou, a voz falhando ao ver que o maior havia preparado um jantar romântico para eles. 

— Olá, Baekkie, bem-vindo.

— Estamos comemorando alguma coisa? — o Byun perguntou, aproximando-se dele. 

— Ainda não.

— Como assim? 

— Para você. — Chanyeol entregou o buquê, e o menor sorriu, sentindo o cheiro delas, havia um cartão ali, com um desenho singelo e o significado das flores, algo que fez os olhos de Baekhyun marejaram. O significado das duas flores era o mesmo, um amor verdadeiro e eterno, como Chanyeol queria que fosse o amor deles.

— Qual o motivo disso tudo? 

— Bem, eu entendo se não quiser me responder agora, mas eu precisava fazer isso, te dar algumas das certezas que eu prometi, certo? Já se passaram alguns dias e eu venho pensando sobre nós dois. Tudo que eu mais quero é estar com você, não me vejo em um futuro sem ser ao seu lado. Por isso, Baekhyun… — Chanyeol tomou as mãos do menor, colocando ali um colar. 

Era muito parecido com o que o próprio Byun deu de presente a ele, só que ao invés de uma paleta de tintas, o pingente era de um livro. Mas não havia só isso, outro pingente estava pendurado, um pequeno coração com uma fechadura no meio. Baekhyun olhou para o pintor, ele usava o seu cordão com o acréscimo de um pequena chave pendurada. 

A chave que abria o coração de Baekhyun. 

— Eu gostaria de saber se quer namorar comigo. — continuou o Park. — Você me faz feliz e eu quero fazê-lo feliz, não só isso, eu quero estar ao seu lado em todos os momentos, os tristes, os de raiva ou cansaço. Eu quero estar com você, sempre… Porque eu te amo. 

Chanyeol desviou o olhar sentindo o rosto quente, mas também um enorme alívio em seu coração. Finalmente havia dito. Deixado claro seus sentimentos. Ouviu um fungar baixinho e se preocupou, voltando a encarar o escritor. 

— Baekkie? — se preocupou, contudo, quando o loiro levantou o rosto, viu ali um enorme sorriso. Ele estava tão radiante que por um momento Chanyeol se esqueceu como respirar.

Baekhyun era lindo, ele era sua fraqueza e também sua maior força.

— E-eu… — o menor limpou a garganta. — Eu te amo, Chan… amo muito. — respondeu baixinho, abraçando o maior para esconder o rosto, pois ainda era constrangedor falar em voz alta seus sentimentos. — Eu quero ser seu namorado, quero estar sempre contigo. 

O Park suspirou aliviado, abraçando Baekhyun de volta e sentindo-se o homem mais sortudo do mundo. E eles ficaram ali, apenas processando os acontecimentos, se afogando na sensação plena de felicidade e esperança. 

Transbordando toda paixão que sentiam, que percorria o corpo e exalava em seus enormes sorrisos. 

— Deixe-me colocar em você. — Chanyeol pediu, pegando o colar e fazendo Baekhyun ficar de costa para si. Depois admirou o presente que não só se encaixavam, mas que representava um pouco de quem eles eram.

O Byun colocou as flores em um jarro com água, que estava sobre a mesa, e percebeu mais uma coisa.

— O que isso? 

— Algo que te prometi há um tempo. — Chanyeol respondeu, abraçando Baekhyun por trás enquanto ele tirava o pano que estava sobre o objeto na mesa. 

Era um pequeno quadro com um desenho seu.

Baekhyun viu a si mesmo deitado sobre lençóis bagunçados, o rosto pacífico enquanto dormia, atrás dele estava uma janela com a cortina balançando e o céu estrelado, uma enorme lua iluminava o cômodo, lançando uma leve sombra sobre seu rosto adormecido. 

Simplesmente era a coisa mais linda que já havia visto. 

— Isso está… incrível, eu não tenho palavras para descrever! 

— É uma pequena réplica do desenho que eu fiz para o teste semanas atrás, tinha te prometido um quadro e quis te dar o mesmo que me inspirou em um momento tão decisivo na minha vida.

O menor ficou sem fala, sentindo que poderia quebrar em mil pedacinhos naquele momento, porém da melhor forma possível. Como se em seu corpo não coubesse tanta felicidade, tanto amor. Virou nos braços de Chanyeol e o beijou. Colocou abraçou seus ombros e tentou transmitir, da única forma que conseguia naquele momento, o quanto estava maravilhado. Foi correspondido no mesmo instante, pois o Park se jogou de cabeça naquela sensação tão vívida para os dois. 

As bocas se acariciaram e eles sorriram entre o beijo, os dedos de Baekhyun acariciando os cachos bagunçados do maior, e a mão de Chanyeol passeando em um carinho gostoso pelas costas de Baekhyun.

Um puxando o outro para mais perto até que pudessem se fundir em uma só alma, e dividi-la em dois corpos. Dois seres. Multiplicando as cores que habitavam dentro de si, criando novas tonalidades para só assim conseguir pintar aquele sentimento tão singular, tão extraordinário, tão único.


 


Notas Finais


aaaaaaaaaaaaaaaa o próximo capítulo finaliza essa fanfic depois de anos!
Obrigada a todos que tiveram paciência comigo!
Eu acho que vou demorar mais de uma semana pra escrever o próximo, pq quero finalizar a história certinho, mas não vou demorar muito!
eu tô muito chorosa pq esse é o cap mais fofo da fic e eu tô toda soft aaaaaaaaaaaa
até o próximo e falem cmg no twt @ jr__becca <33333333


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