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História Parte II: Apresentação - Parte II: Primeira Impressão


Escrita por: Heidexx

Notas do Autor


OI
voltei *-*

Essa fanfic é continuação de Parte I: Encontro.
Fiz oneshot sobre o mesmo AU alma gêmea tattoo, o primeiro foi jaeyong e agora johnten, talvez tenha mais <3

*Em itálico e uma lembrança*

Capítulo 1 - Parte II: Primeira Impressão


Segunda Parte

 

O prédio de artes, sempre foi o mais movimentado do campus. Já que mesmo fora do horário das aulas, muito dos alunos continuavam por lá, estudando ou aprimorando alguma apresentação para a semana de artes, que tinha a cada três meses na Universidade. A maioria das salas - que não fossem as classes de aula teórica - estariam ocupadas com algum grupo treinando. Então, não era estranho encontrar o aluno de transferência Ten Chittaphon criando alguma coreografia com Lee Taeyong, aluno do último ano, que o ajudava sempre que podia. Mas hoje, era um dia que o tailandês se encontrava sozinho, na sala abafada por conta do calor e, a música tocando alto pelo autofalante do aparelho de som. Em algumas semanas ele teria uma apresentação que valia alguns pontos na sua nota final, portanto, o treinamento era intensificado para não ter nenhum erro. O rapaz era um perfeccionista.

Já era dezoito horas quando Ten – como era conhecido pelos colegas e amigos, por ser o seu nome mais fácil para coreanos pronunciarem – decidiu que deveria beber um pouco de água. Pegou a garrafa que estava em frente ao espelho e sentou-se ao chão. Normalmente, iria embora às vinte horas, então, teria mais algumas horas antes de limpar a sala de dança e ir para seu pequeno apartamento, com quem compartilha com um chinês da mesma idade e que cursa música no mesmo prédio.

O dançarino já estava em Seul desde o primeiro ano, o que lhe dá quase três anos vivendo em solo Sul Coreano. O motivo de sua vinda, veio além de uma excelente bolsa que ganhará em um concurso de dança em seu antigo colégio em sua cidade natal Bangkok e, também, por outro motivo pessoal. Quando completou quatorze anos, assim como todo adolescente, apareceu em seu pulso o nome de sua alma gêmea, porém, para a sua surpresa e, assim a de seus amigos e familiares, não era em sua língua materna, mas, sim, em hangul. Depois de muita pesquisa, ele conseguiu descobrir o que significava aqueles símbolos e esse acabou sendo o principal motivo de estar longe de sua família. Entretanto, já havia se passado tanto tempo e, nem ao menos ele tivera uma pista sequer de quem poderia ser essa pessoa. Ele não conhecia ninguém que tivesse o nome de sua alma gêmea escrita em tailandês.

Apesar de se sentir solitário às vezes, tentando imaginar onde raios estaria sua metade. Ele apreciava viver no país, conhecera muita gente diferente e amigos que sabia que poderia contar. Até cogitava ajudar seu hyung, Taeyong com a ideia de abrir uma escola de dança, quando terminassem a graduação. Apesar de gostar do palco e de ser o centro das atenções, sabia que sua maior chance seria de ser um professor de dança, em vezes de artista.

A respiração de Chittaphon, já estava ficando estável, e seu corpo começava a apresentar a famosa preguiça de levantar-se e continuar a mover. O mesmo, deu um suspiro e levantou-se caminhando até o centro da sala, que estava marcado com seu boné branco, para retornar à sua rotina de dança. Porém, a porta da sala foi aberta de supetão, assustando-o . Um rapaz, alto com o uniforme vermelho - bermuda e a camiseta regata do time de basquete da Universidade - parado entre a soleira da porta, o observando com uma expressão confusa.

- Posso ajudar? – perguntou o tailandês, educadamente, mas dava pra sentir em seu tom de voz a irritação evidente.

- Você não é o Taeyong. – respondeu o intruso, inteligivelmente mas com um olhar de deboche. – Essa não é a sala que ele usa regularmente?

O jogador entrou na sala, mesmo sem se importar em pedir permissão. Em suas costas ele carregava uma mochila preta e, os fios castanhos que batiam acima de seus olhos molhados grudavam na testa. Chittaphon pôde ver melhor o rosto do estranho, era bem bonito. Rosto em forma de coração e um sorriso malicioso, o tipo com quem ele sairia às vezes, mas no momento, não ligava se era ou não agradável aos olhos, ele odiava quando interrompiam seus treinos.

- Grande descoberta, não sou Taeyong hyung, ele não pôde vir hoje. – explicou irônico, cruzando seu braços sobre o peito, para mostrar sua insatisfação como também, protegendo si mesmo do sentimento desconfortável que subia de seu estômago com a presença alheia. – Agora por favor deixe a sala, pretendo terminar o que estava fazendo.

- Tae nunca me falou sobre ter amigos agradáveis como você, grande melhor amigo. – continuou o estranho, ignorando a resposta fria que recebera. – Eu me chamo Johnny e você?

- Ten, agora, pode sair? –  respondeu ríspido, já batendo o pé no chão impaciente com a interrupção.

O alto soltou uma gargalhada, divertindo-se com a expressão ranzinza do pequeno rapaz.

- Estou indo, mas isso não é um adeus. – deu uma piscadela, fazendo o outro revirar os olhos incomodado com o flerte. – Vejo você por aí, querido.

 

 

No dia seguinte, Ten e seu amigo, e também tutor Taeyong, estavam na lanchonete da Universidade, almoçando antes de seguirem para a próxima aula. O mais velho apenas ria silenciosamente, escondendo sua boca com a mão, mas que não deixava de olhar como se desculpasse pelo aflito que o outro passará no dia anterior.

- Ele invadiu e ainda ficou de gracinha. – completou o tailandês falando, com seu sotaque ainda mais evidente pela raiva. – Um idiota, eu deveria ter jogado minha garrafa de água no rosto presunçoso daquele poste.

- Não acho que teria sido uma boa ideia. – respondeu tentando não mostrar que sabia também da estória mas por outra versão.

- Você está do lado de quem? – questionou franzindo o cenho, mas logo em seguida deu uma grande mordida em seu sanduiche.

- De ninguém, apenas estou dando minha opinião. – disse na defensiva, e passou a mão em seu cabelo castanho. – Ei, o que você acha se eu tingir meu cabelo?

A mudança de assunto pareceu agradar o estrangeiro, já que o mesmo sorriu com a boca fechada ainda cheia com o sanduíche.

- Tingir? Nossa, está querendo ser o rebelde do grupo agora? – zombou, recebendo um soco de leve no ombro. – Ai! Eu já te expliquei que eu nunca tentei nada com você porque é meu amigo e, ainda é muito inocente para esse mundo. – continuou vendo o mais velho revirar os olhos pela sua frase. – Então vai fundo, que até em um saco de lixo vai arrasar. Surpreenda todo mundo.

- Obrigado, por falar coisas sem sentido, Ten. – comentou sarcástico. – Rebelde do grupo? Nosso único amigo em comum é o Yuta.

- Detalhes, hyung, detalhes.

Taeyong levantou-se da cadeira e pegou sua bandeja de comida vazia, mas ainda continuou olhando para o mais novo. Como se estivesse tentando lembrar de algo.

- Ah, não se esqueça de que mais tarde você me prometeu ir ao jogo.

O tailandês levantou o rosto e fez uma careta de nojo. Lembrando da promessa que fizera semana passada. Se o ocorrido do dia anterior não tivesse acontecido, ele não ligaria em ir a esse jogo, mas como sua frustração ainda estava borbulhando dentro de seu corpo, ele se sentiu obrigado a querer negar.

- Sério? Mesmo depois de tudo quer que eu vá? – questionou indignado, fazendo manha pra tentar ganhar. – E você não tem que trabalhar, vagabundo?

- Não venha com essa cara de pidão, porque você prometeu. – ordenou, mostrando sua feição séria. – Hoje é minha folga, como todas às terças e quintas-feiras. Achei que já tinha memorizado o meu horário. E sinta-se honrado, eu chamaria o Yuta e não você, mas como ele ‘tá cobrindo na cafeteria, só me resta sua pessoa preguiçosa e medrosa.

O estrangeiro choramingou, e acabou recebendo um outro tapa atrás da cabeça.

- Ai! Já chega de me bater e eu não quero me sentir honrado. – exclamou, derrotado. – Chame outra pessoa, o Kun meu colega de apartamento, adora esse tipo de coisa.

- Eu nem conheço o cara, como iria chamar ele sem parecer interessado em outra coisa? – resmungou. - Deixe de ser um medroso, eu sei que você achou o Johnny bonito. Aproveite que ele vai jogar hoje e, vire uma fangirl, hein?

- Hyung, o certo seria fanboy, já que pelo que eu saiba ainda tenho um pênis entre as pernas. – reclamou, mostrando-se ofendido. – E não, eu nunca serei um fanboy daquele traste.

- Nunca se sabe, querido.

 

 

A partida se deu início às dezenove horas e finalizou quarenta minutos depois. Mesmo depois de ter se dado o final do jogo, algumas pessoas continuavam nas arquibancadas, e uma dessas pessoas eram Taeyong e Ten. O mais novo, olhava para os lados a todo momento, esperando uma brecha para escapar dali, antes que fosse tarde. Porém, seu amigo segurava com força em seu antebraço, já imaginando que o outro faria algo a respeito.

- Avisei o Johnny que esperaríamos ele. – explicou, sorrindo de forma doce. Apesar de suas ações parecerem contraditórias a sua expressão. – Quero apresentá-los formalmente.

- Hyung, eu não quero ser apresentado formalmente. – respondeu dando ênfase, balançando seu membro preso. – Será que dá para soltar meu braço? Tenho que voltar para casa e fazer o jantar do Kun.

Taeyong revirou seus olhos, sabendo o quanto seu amigo era dramático em certos momentos.

- Você nem sabe fazer ramen sem ficar aguado. – retrucou, recebendo uma careta em resposta. – Fique quieto e logo iremos embora.

Chittaphon sentiu-se aflito, querendo sair daquela encrenca. Assistir todos aqueles minutos de jogo o deixou abalado fisicamente e emocionalmente, não conseguia parar de pensar em como o jogador parecia gostoso no uniforme, além de ser ótimo no esporte. Todo instante ele olhava para os músculos das coxas enquanto corria, para os braços quando lançava a bolha, e principalmente, o sorriso que o outro lançava quando acertava as cestas. Era diferente do que dera no dia anterior, tinha um sentimento mais feliz, que fazia seu coração dar pequenos pulos. Ele tinha medo de querer saber o que estava sentindo, todas essas sensações dançando dentro de seu corpo, em um pequeno intervalo de tempo. Assim, preferia sair correndo antes que seu coração saísse para fora de seu peito.

Ele já tinha ideia de que estava sentindo a famosa atração por Johnny, normal, todo mundo podia sentir atração a outro ser humano. Porém, o tailandês não queria sentir isso logo com um amigo de Taeyong, porque levava esse tipo de situação apenas para uma noite e, no final, sempre acabava magoando alguém nesse trajeto. Aliás era conhecido na Universidade pela sua dança e também, por ter vários casos. Usava esse tipo de artimanha para não se prender a ninguém que não fosse sua alma gêmea, pois em várias noites sentia-se sozinho e vazio por dentro. No entanto, mesmo depois de ter suas noites animadas, acabava sentindo-se mais sozinho do que antes, mas era seu pequeno e sujo vicio. Por essa razão, não poderia se envolver com alguém que teria a certeza que veria novamente, por terem uma amizade em comum.

- Eu preciso ir no banheiro! – pronunciou de repente, sem muita convicção mas que acabou chamando atenção do mais velho.

- Para de mentir e espere mais um pouco.

- Hyung, eu bebi muito refrigerante, por favor!

O mais velho procurou em seu rosto alguma pista de que estava mentindo, mas acabou desistindo de argumentar contra. Sabia que não podia obrigar o outro a fazer alguma coisa que não queria. Ten não era do tipo que alguém conseguia mudar seu comportamento, mesmo que fosse por segundos, ele era uma bomba ambulante presta a explodir, dependendo da situação.

Derrotado, suspirou fundo, não deixando de mostrar sua decepção.

- Ok, pode ir.

Taeyong soltou o braço do mais novo, que logo foi descendo as escadas em direção aos banheiros publicos, que por sorte, era na mesma direção da saída. E, ele saiu correndo para sua liberdade. Sem se importar em olhar para trás e ver um jogador, parado na porta do vestiário masculino o observando correr para longe.

 

 

Uma semana havia se passado desde o jogo e Chittaphon não tivera nenhuma notícia de Johnny e muito menos o havia visto pelo campus. Agradecia que fazia um curso diferente do rapaz alto – tinha pesquisado com alguns amigos sobre o mesmo, apenas por curiosidade. E como toda quinta-feira ele teria companhia de seu amigo Taeyong, para ensaiarem a performance que estava criando para sua apresentação. Agradecia sempre, por ter uma pessoa como o mais velho o aconselhando, porque sentia-se pressionado por ter que fazer sozinho e, ainda ter sido escolhido para fazer uma performance solo na Semana de Artes que a Universidade financiava a cada três meses. Sabia que alguns colegas ficaram com inveja e duvidavam de suas habilidades, por isso, sentia-se na obrigação de fazer uma rotina perfeita.

Ele sempre chegava mais cedo, para alongar e também já indo preparando para quando seu hyung chegasse. Contudo, quando tocou na maçaneta da porta da sala que sempre usavam, percebeu que a mesma já estava destrancada e assim que a abriu por completo deu de cara com Taeyong e Johnny, fazendo alguns passos de danças de forma desengonçados ao som de alguma girl group popular. Ten entrou, sem ser percebido e jogou sua mochila ao chão, com força desnecessária para chamar atenção dos dois rapazes. A tática funcionou, pois, na mesma hora, os dois viraram em direção ao barulho e olharam para o rapaz de forma confusa.

- Tenny, você chegou!

O outro dançarino parecia feliz com a sua chegada, colocando um sorriso no rosto imaginando a possível resposta negativa que receberia por ter trazido alguém que não era bem-vindo ali.

- O que ele está fazendo aqui? – perguntou secamente, olhando com cara de poucos amigos. – Não sabia que nosso treino agora era brincadeira.

- Ei querido, não precisa fica irritadinho. Tae apenas estava mostrando algumas coisas antes de você chegar.

O tailandês olhou para Johnny, o fitando da cabeça aos pés. O mais alto usava apenas uma camiseta branca, calças jeans preta e um nike nos pés e, mesmo parecendo tão básico parecia magnifico aos olhos do Chittaphon e isso o irritou, fazendo lembrar de todos os looping de sentimentos que sentira na última semana por causa de alguém que não tinha trocado meia dúzia de palavras.

- Você não tem mais o que fazer além de vir aqui perturbar? – retrucou e depois lançou um olhar furioso para o que causara esse problema. Taeyong deu de ombros. – Não tínhamos combinado que isso não aconteceria, hyung?

Os dois dançarinos haviam combinado de não tocarem mais no assunto; jogador de basquete. Porém, alguém não estava querendo seguir as regras impostas.

- Qual é, não é como se eu fosse concorrência ou fosse deletar seus passos para os outros. – resmungou Johnny, usando um tom de voz que evidenciava sua possível irritação, que chamou a atenção de Ten, que não esperava essa resposta. – Estou aqui como amigo, que veio apreciar um pouco de artes.

Após a evidente clima de tensão que estava se formando na sala, Taeyong decidiu intervir antes que ficasse mais complicada a situação. Os dois encaravam-se como se a qualquer momento pudesse saltar um em cima do outro e, não seria nada vantajoso tê-los nesse estado.

- Tenny, vamos lá, esquece que ele está aqui e vamos concentrar só na dança. – pediu com sua voz firme, que sempre fazia efeito no mais novo.

E depois de ouvi-lo, Ten concordou e eles logo começaram a rotina. Porém, o menor sentia-se observado a todo instante, cada movimento que fazia, olhos o seguiam como se estivessem decorando não só os passos, mas também as formas que seu corpo desenhava. E o mesmo sabia que não era igual ao olhar que Taeyong lhe dava, como um tutor, e sim, algo diferente que não conseguia pôr a mão para descobrir, mas, algo crescia dentro de si, uma sensação que lhe dizia para gostar dessa atenção e ansiar por mais. E assim, ele começou a usar as expressões que ele usava apenas nas apresentações, aquelas que sabia que eram sua carta na manga.

O dançarino conhecia bem como os outros se comportavam quando pareciam interessados em si, então, não foi novidade quando fitou o reflexo de Johnny e comprovou que a sensação de ser observado vinha dos olhos do rapaz alto, e um sorriso malicioso estampado em seu rosto, já lhe dizia tudo.

Em sua mente, ele não ligava mais se o outro fosse amigo de Taeyong, agora, tudo que ele queria era Johnny em sua cama por uma noite.

 

 

Logo no dia seguinte ao fadigo jogo de basquete, Ten decidiu ir atrás de saber mais sobre o tal jogador, sua curiosidade corroía por dentro. Por isso, foi encontrar-se com a sua Wikipédia; Kim Sooyoung.

- O nome dele é Seo Johnny, nasceu em Chicago dia 9 de fevereiro de 1995. A família Veio de volta para a Coreia no ensino médio, onde conheceu o Taeyong oppa. Eu sei, que ele, Taeyong e Yuta oppa vivem juntos. – respondeu a garota de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo alto, sorrindo simpática, apesar de seu rosto evidenciar o cansaço de seus treinos vocais. – Estuda Engenharia da Computação e, ele é um mistério sobre sua alma gêmea, nunca deixou alguém ver sua tatuagem, alguns falam que talvez não tenha uma. O que seria bem triste, não acha?

O tailandês apenas balançou a cabeça, escutando todas as informações que sua amiga Sooyoung lhe dava. Agradecia por conhecer alguém que conhecia quase mundo naquela Universidade. A garota também era sua amiga desde que entrara lá, quando ficou perdido nos primeiros dias, e a mesma o ajudou a encontrar suas salas apesar de fazerem cursos diferentes.

- Obrigado, espero que pegue o solo da próxima Semana. – agradeceu dando uma piscadela.

- Acho difícil, estou entre meu irmão Doyoung e Kun. Poderia ser um trio, não acha? – respondeu com humor. – Mas por que queria saber tudo isso? – questionou estreitando os olhos. – Você é amigo de Taeyong oppa, poderia apenas perguntar a ele.

- Não posso perguntar para a garota mais adorável que eu conheço nesse prédio? – retrucou, fazendo as gracinhas que sempre fazia para a amiga.

A morena revirou seus olhos.

- Vá embora, Ten.

 

 

Era um sábado quando encontrou Johnny parado em frente ao prédio de Artes. E assim, que o outro percebeu que se aproximava, caminhou até sua direção. Chittaphon ficava nervoso a cada passo que o outro dava, já que não esperava encontrar o jogador ali, logo em plena manhã de sábado. Porém, era um nervosismo que mesmo odiando, gostava de senti-lo crescendo pelo seu corpo. Ele sabia que deveria logo arrumar um jeito de levar o rapaz para cama, para dá um fim nesse problema.

Quando os dois estavam de frente um ao outro, o menor deu um sorriso de boca fechada, esperando alguma palavra ser pronunciada.

- Bom dia.

O americano continuou com uma expressão séria no rosto.

- O que faz aqui?

- É a segunda vez que você me pergunta isso, sabia? – retrucou o alto, com a voz risonha, mesmo que sua expressão facial não parecesse receber esse mesmo humor. – Eu estava esperando algo mais criativo.

Ten franziu o censo, e bufou cruzando seus braços em frente ao peito. Não entendendo onde isso iria parar, normalmente, as pessoas apenar viria até ele e pedia para sair, fácil, rápido e sem enrolação. Porém, o outro parecia gostar de ir devagar ou não havia entendido o que o tailandês estava querendo acabar com isso logo.

- Algo mais criativo? – perguntou. – Vamos sair? Encontre-me no seu vestiário depois do seu treino? Quando Taeyong e Yuta hyung estiverem fora vai me mostrar seu quarto? – completou soltando uma risada irônica no final, mesmo achando irritante toda a situação.

- Eu estava esperando que perguntasse meu nome.

A resposta foi fria, como uma balde de água fria jogada ao seu corpo em pleno inverno. Já que o mesmo não esperava essa atitude vinda do mais alto, que sempre pareceu um idiota bobo.

- Não estou entendendo.

Os dois rapazes continuavam em pé, mas a mudança do corpo do menor, era evidente sobre a forma como Johnny se portava. Como se um quisesse esconder-se e o outro bloqueasse sua fuga. E era bem fácil deduzir quem era a caça e o caçador.

- Taeyong pediu que eu fosse devagar, porque parece que mesmo procurando sua alma gêmea, poderia se assustar quando a encontrasse. Então, eu tentei. Foram poucas às vezes que tentei me aproximar, é verdade, mas você sempre pareceu tão irritado com a minha presença e, isso, deixou-me frustrado comigo mesmo e com você. Porque como eu poderia lhe cumprimentar se nem ao mesmo perguntou meu nome sem parecer desinteressado. – soltou tudo sem pausa, com a voz calma. Seu rosto mostrava toda sua confusão e dor, apenas pronunciando as palavras. – Portanto, eu vou fazer o contrário que me aconselharam, vou direto ao assunto. Chittaphon, eu me chamo Seo Youngho e sou sua alma gêmea.

Levantou seu pulso esquerdo, onde a tatuagem estava impregnada em sua pele. A escrita na língua materna, o seu nome estava lá, evidente.

 Chittaphon Leechaiyapornkul

Os olhos do jovem arregalaram-se com a imagem à sua frente, sentindo sua boca seca e a respiração que ainda estava presa desde que Johnny começou a falar. Ele esperava tanto por esse momento, onde encontraria a pessoa que nasceu destinado e assim, viver feliz para sempre. Mas sua reação era apenas de choque, sua língua continuava presa no céu da boca, sem conseguir pronunciar nada que pudesse explicar como estava se sentindo.

- Eu não acredito. - murmurou em tailandês, segurando o pulso firmemente do outro, como se procurasse algo que negasse o que estava lendo. – Eu não acredito que de todos, você é quem eu procurava.

Johnny sorriu, apenas um leve puxar de seus lábios para cima, fazendo o pequeno rapaz suspirar automaticamente. Agora, ele entendia essas sensações que sentia quando estava próximo do jogador, talvez, era isso que sua mãe lhe dizia que sentiria quando encontrasse sua alma gêmea.

- Acho que podemos, nos apresentar formalmente agora.

Agora, os dois possuíam o seu próprio começo, onde conheciam que o meio seria conturbado e cheio de conflitos e o fim, seria apenas uma escolha que ainda está longe de ser alcançada. Pois, mesmo que as coisas sejam complicadas, vale a pena lutar por aquilo que almeja. E Chittaphon, reconhecia que a partir daquele encontro, sorrir não o faria se sentir vazio, novamente. Ele sabia que lentamente se sentiria preenchido pelo sorriso de Youngho.


Notas Finais


Dúvidas, perguntas xingamentos hahaha estou disponivel!!

beijos e até o prómixo <3


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