Kyung Il e Yi Jeong foram de carro até um enorme campo florido, estacionando o veículo no canto da pequena estrada de terra.
Yi Jeong ficava se perguntando por que o professor havia o levado naquele lugar, que era tão deserto quanto as ruas de uma pequena vila numa tarde de domingo.
Em meio a tanta grama bastante verde e fresca, havia uma única árvore. Era como se ela fosse o centro da Terra.
Kyung Il abriu o porta-malas do seu carro e tirou uma bicicleta. Yi Jeong olhou confuso.
- Uma vez eu estava conversando com o seu pai e ele me disse que nunca havia tempo no trabalho pra ele te ensinar a andar de bicicleta, por isso você não sabia como andar em uma – O mais velho comentou checando as correntes da bicicleta – Então eu decidi te trazer aqui pra te ensinar.
Olhando para aquele sorriso estampado de orelha a orelha em Kyung Il, Yi Jeong se sentiu pela primeira vez na vida alguém amado, isso enchia seu coração de felicidade. Seu peito iria explodir
-E-Eu não posso... Eu vou cair... – O mais novo comentou baixo.
-Está tudo bem, todo mundo cai antes de aprender, aliás, eu estou aqui com você, você não vai se machucar.
Aquilo encheu o peito do aluno de confiança. Então Kyung-Il sentou-se no banco e Yi Jeong no cano da frente da bicicleta, colocando suas duas mãos no guidão.
Kyung-Il colocou as suas mãos por cima das mãos do mais novo e começou a pedalar.
O peito de Yi Jeong batia forte. Ele podia sentir a respiração e os batimentos cardíacos do mais velho atrás de si. O perfume do mesmo inundava suas narinas fazendo-o guardar aquele aroma em seus pulmões e em sua memória, ele nunca esqueceria aquele momento.
As mãos de ambos começaram a soar com o contato, fazendo com que os seus suores se misturarem perfeitamente.
-Certo. Sua vez de tentar pedalar – Falou Kyung-Il descendo da bicicleta.
-Eu?
Kyung-Il assentiu.
Meio inseguro, Yi Jeong se sentou no banco e Kyung-Il segurou a bicicleta para que o mais novo pudesse colocar os dois pés nos pedais.
-É só começar pisando com o pé direito e assim que o esquerdo estiver em cima, você repete a mesma coisa com o outro pé – Kyung-Il tentou explicar, mas parecia confuso de mais para o mais novo, ele não conseguia tirar os pedais do lugar.
O professor tentou ajuda-lo com suas mãos, e depois de algum tempo, Yi Jeong finalmente conseguiu.
-Ah! – Exclamou o aluno em alegria – Eu vou cair! – Disse percebendo que a bicicleta tombara pra a direita, porém Kyung Il a segurou.
A cada pedalada Yi Jeong conseguia ir mais e mais rápido, seu coração se enchia de euforia e sem perceber os dois jovens estavam gargalhando.
-Parece que eu estou voando! – Exclamou o mais novo em meio a gargalhadas, sentindo o vento soprar seu rosto.
Kyung-Il o acompanhava correndo enquanto segurava a bicicleta, que ao encontrar uma pedra no caminho, fez os dois perderem o controle e caírem em cima da grama, porém Yi Jeong foi protegido por Kyung-Il, que caiu por cima do mais novo o abraçando.
-Você está bem?
Yi Jeong confirmou com a cabeça olhando nos olhos tão próximos do professor.
Ambos se encararam por um tempo, e sem que se dessem conta, seus lábios se tocaram eu um movimento mútuo.
A língua de Yi Jeong surpreendentemente foi a primeira a pedir passagem, ela explorava a de Kyung Il lenta e delicadamente em movimentos um pouco tímidos.
Kyung-Il colocou as mãos do menor ao redor de seu próprio pescoço, deixando o corpo do mesmo a sua disposição. Desse modo, suas mãos puderam percorrer todo o corpo abaixo de si livremente.
Era possível ouvir os baixos e tímidos gemidos que Yi Jeong omitia, e isso enchia o peito de Kyung Il de curiosidade para saber como eram esses gemidos mais altos, claros e em bom som.
Sua mão grande percorreu até entre as pernas do mais novo, e ela começou a massagear o local.
Numa fração de segundos, a mão de Yi Jeong afastou a mão alheia e ele parou o beijo olhando nos olhos do mais velho.
Kyung Il parou seus movimentos, logo em seguida olhou para baixo e percebeu o volume que se formava na calça do mais novo e voltou seu olhar para os olhos assustados do mesmo.
O aluno corou como uma pimenta madura e tapou seu próprio rosto sentindo a vergonha de estar naquele estado perto de Kyung-Il.
-M-me desculpa – Kyung-Il abraçou a levantou Yi Jeong sem o separar do abraço. – Vem, vamos voltar.
Todo o caminho Yi Jeong não conseguia olhar para Kyung-Il, mesmo que o professor tentasse puxar assunto ou forçar uma piada.
Kyung-Il se arrependia de seus atos.
(...)
O professor deixou Yi Jeong em uma esquina a poucos passos de sua casa.
Ambos estavam encostados com suas costas sobre o carro e ali permanecia um silencio sufocante.
Yi Jeong ainda não conseguia olhar para o professor, mesmo que o motivo de sua vergonha não estivesse mais aparente de baixo de suas calças.
Kyung Il suspirou e se virou para o mais novo, tendo a visão de seu rosto de perfil e reparando que o cabelo jogado sobre sua face escondia aqueles olhos que antes o encarava com tanta arrogância.
Sem pensar duas vezes, o mais velho levou seus dedos até os fios negros e os encarou contra a luz do sol que dava o seu brilho.
Eram fios tão macios quanto ceda.
O toque repentino deixou Yi Jeong ainda mais nervoso.
Logo, a palma da mão do professor afagou lentamente a cabeça do aluno.
Yi Jeong nunca esqueceria aquele toque.
- Me desculpa, acho que você ainda não está pronto para aquilo e eu avancei o sinal. Eu sinto muito. – Kyung Il se desculpou.
Ele refletira bastante sobre seus atos enquanto estava dirigindo e chegou à conclusão de que teria que respeitar o tempo de Yi Jeong acima de tudo.
Quando chegaram dentro da mansão, Sun Hee descia rapidamente as escadas carregando em sua face uma feição aturdida e preocupada.
-Yi Jeong, Kyung Il! Graças a Deus vocês chegaram!
-O que aconteceu? – Perguntou Yi Jeong.
- O seu pai teve uma recaída e está no hospital. Eu estou indo pra lá agora mesmo.
Naquele momento as pernas de Yi Jeong bambearam e sua visão ficou escura. Ele não conseguia pensar em mais nada, somente no pior.
Seu corpo se amoleceu e o mais novo cambaleou esbarrando no peito do professor que segurou seus braços.
-Yi Jeong, você está bem?! – Aquela ocasião deixou o professor ainda mais preocupado, pois ele sabia que o maior medo de Yi Jeong era perder o seu pai também. – É melhor você ir se deitar um pouco. Sun Hee e eu iremos ver o seu pai.
-Não! – Yi Jeong berrou. – Eu quero ver o meu pai... Agora.
Kyung Il suspirou se rendendo e sabendo que seria difícil contrariar a vontade do jovem mestre mimado.
- Vamos logo – Yi Jeong deu um leve empurrão no professor que ainda o segurava e foi rapidamente em direção ao carro.
[1]“Levar ao aeroporto”( 비행기를 태우다 ): significa fazer alguém voar de alegria. É como quando nos sentimos muito bem e dizemos "me senti nas nuvens". Entendem o que quero dizer?: xD hahahaa
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