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História Pas de valse - Capítulo único


Escrita por: unlim_wr

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction Pas de valse - Capítulo único

Jongin tinha sérios problemas de socialização. Ele simplesmente não sabe como lidar com estranhos, fossem crianças da sua idade ou adultos. Para ele, Kyungsoo era tudo de que precisava e uma dependência daquela, numa idade onde amiguinhos são essenciais para o seu desenvolvimento, não era saldável. Não que Kyungsoo se importasse em ter o menino agarrado a ele como um coala, mas a psicóloga explicava enquanto sentados um de frente para o outro em uma sala típica de quem atende exclusivamente crianças; seus pensamentos voltados para pequeno esperando do lado de fora, ansioso para ir para casa, que aquela dependência seria prejudicial para Jongin no futuro. Ele gostaria de dizer que o filho era dele e podia parecer que não, mas sabia sim o que estava fazendo (as pilhas de livros que comprou sobre como educar uma criança não foram lidos à toa, ora), mas não tinha como discordar, não quando tinha consciência de sua luta diária ao levar Jongin ao colégio, todo choroso porque queria ficar em casa só com o papai.

Aquilo, como pensou, não era manha. Apesar de sim, estar mimando o garotinho demais.

Quando deixou o escritório da sra. Choi, viu Jongin quietinho sentado no banco ao lado da porta. Ele ainda tomava o achocolatado de caixinha que tinha trazido por achar que acabaria atrasando o almoço do garoto com a reunião, sugando sonolento enquanto balançava as perninhas que por um longo tempo não alçariam o chão. Sorriu com doçura quando ele ergueu os olhinhos rasgados e levantou um dos braços, pedindo colo.

— Vamos ‘pra casa? — O pequeno murmurou uma afirmativa, deitando a cabecinha em seu ombro e quietinho ali ficou até ser colocado na segurança da cadeirinha do carro. — Como foi a aula do Nini hoje? — Kyungsoo perguntou enquanto manobrava o carro para sair do estacionamento para poucos carros. Havia, convenientemente, escolhido um colégio pequeno próximo do bairro onde morava e com ótimas recomendações. Pensou que Jongin se sentiria mais confortável num lugar como aquele, uma construção colorida e animada onde só haveriam crianças da sua idade e professores atenciosos.

— Eu fiz um desenho do papai — contou quietamente. Kyungsoo o olhou através do retrovisor e sorriu. Jongin estava uma graça vestindo seu macacão favorito, as mangas do suéter salmão haviam sido dobradas até os cotovelos e a jaqueta descartada assim que entraram no carro devido ao calor repentino que não era muito, mas o suficiente para irritar o menino que sempre vestia roupas demais. Pai de primeira viagem, Kyungsoo estava apenas seguindo seus extintos e seus extintos naquele dia o alertavam para o frio. Estava errado, é claro, mas preferia mil vezes pecar pelo excesso, obrigado.

— É mesmo? E vai me mostrar? — O garotinho apenas assentiu e então Kyungsoo voltou a prestar atenção nas ruas. Jongin não falava com os coleguinhas de turma mesmo que tentassem, não gostava de ficar no colo de qualquer um e dividir suas coisas. A psicóloga aconselhou-o a procurar alguma atividade física, algo que o obrigasse a ficar perto de outras crianças e a interagir.

 

 

— Eu não vou colocar o meu filho no taekwondo! É... é uma luta e é...

— E é completamente seguro — Sehun emendou, prevendo outras inúmeras desculpas que viria do melhor amigo. — O irmão do Chen prática.

— Jonghyun tem quinze anos...

— Mas tinha oito quando começou a ter aulas — Sorriu-lhe como se o desafiasse.

— Vamos apenas continuar pensando — disse simplesmente e Sehun bufou, jogando-se ao seu lado no sofá. Escolher um esporte certamente levaria tempo, principalmente se Kyungsoo fosse colocar defeito em cada uma de suas sugestões.

— Soo, você recusou tudo o que eu disse. Assim fica difícil — bufou.

— Mas também, você sugeriu hipismo, Sehun. Acha mesmo que eu vou colocar o meu bebê em cima de um cavalo? E se ele cair?

— Tenho quase certeza de que usam pôneis em classes infantis — resmungou. — Se vai recusar tudo o que eu disser, é melhor que escolha sozinho.

— Não seja uma criança, Sehunie — sorriu-lhe. — Preciso de ajuda.

O loiro revirou os olhos.

— Futebol?

— Jongin é preguiçoso demais para correr por muito tempo.

— Desisto de você! — Cruzou os braços e se afundou no estofado, resmungando sobre como o melhor amigo era irritante. Kyungsoo riu baixinho enquanto olhava um site de buscas no smartphone e clicou em algo que chamou sua atenção.

— ... “Segundo ela, as aulas podem começar aos dois anos, e ajudam as crianças a perder a inibição e trabalhar em grupo” — releu uma parte do artigo. — Sehunie.

— Me esquece, Soo.

— O que você acha de ballet?

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Muitos não sabem, mas o ballet é de origem italiana e não francesa. Kyungsoo mesmo pensava assim antes de procurar mais sobre até finalmente decidir ser o melhor para Jongin naquele momento. O estilo de dança clássica nasceu no século 15 e se desenvolveu na Inglaterra, França e na Rússia (país reconhecido mundialmente por ter grandes companhias de dança especializadas na modalidade – sim, Kyungsoo fez bem sua lição de casa).

Primeira posição era uma academia especializada no ballet infantil que ficava do outro lado da cidade, mas suas ótimas recomendações compensavam a longa distância que seria obrigado a percorrer por pelo menos três vezes na semana. Não que estivesse preocupado, sua profissão permitia que fizesse seu próprio horário e contanto que um novo manuscrito fosse entregue impecavelmente no prazo, a editora não se metia em sua vida pessoal.

Na recepção, enquanto esperava pela pessoa que lhe mostraria as instalações escola, Kyungsoo se pegava imaginando outra vez Jongin naqueles pequenos trajes de bailarino e enquanto sorria animado para si mesmo, a mulher com que conversou por alguns minutos ao telefone no dia anterior e marcando a visita para quando Jongin ainda estivesse no colégio, surgiu, sorrindo calorosamente e convidando-o a acompanha-la.

—  Muitas habilidades são estimuladas na criança nas aulas de baby class, por isso costumamos chamar de ballet criativo — dizia enquanto caminhavam pelo extenso corredor com várias portas. As salas estavam vazias naquele horário porque as aulas começariam apenas no período da tarde. Uma pena, Kyungsoo pensou. Adoraria ver aqueles pinguinhos de gente dançando. — Mesmo sendo muito pequenas e as aulas tendo o lúdico como o elemento essencial, as crianças desenvolvem seu potencial, talento e vocação de maneira criativa, trabalhando a introdução de passos do ballet, com movimentos que trabalhem a expressão corporal, coordenação motora, equilíbrio e muitos outros benefícios. — Kyungsoo assentiu.

— E sobre a idade? Todas as idades dividem uma turma ou...

— Não, não. As aulas respeitam uma faixa etária. O professor que dará aulas ao seu filho não está no momento, mas ele ensina crianças de cinco e seis anos.

— Entendo... — disse enquanto era levado para outra parte da academia. Primeira posição tinha estrutura agradável de cores sobreas, mas sem esquecer que aquele local foi pensado para crianças, com desenhos pelas paredes, cores alegres e nas salas, brinquedos que deveriam auxiliar os professores durante a aula.

E enquanto continuava sua visita, a diretora deu continuidade as suas explicações.

O ballet clássico consistia em unir a técnica, a música e a atuação nos movimentos. Eram habilidades que as crianças iam adquirindo pouco a pouco através de exercícios e posturas. Exigia disciplina, boa postura e ritmo.

O ballet trazia muitos benefícios às crianças como a leveza, graciosidade, disciplina e dedicação. Os exercícios que eram desenvolvidos em aula trabalham a coordenação motora e a consciência do próprio corpo. Ao entrarem em contato com a arte, música clássica, histórias e figurinos, a criança passava a trabalhar sua imaginação e a criatividade, principalmente as relacionadas aos contos de fadas.  Os exercícios com música desenvolviam também a musicalidade que seria essencial na vida de um bailarino, se fosse esse o caso. Além disso, trabalhava a flexibilidade e a força muscular.

O estudo sério do ballet só poderia ser iniciado depois dos sete anos, sendo aos nove, a idade ideal, antes disso apenas as aulas de baby class eram recomendadas. O objetivo das aulas é apresentar o ballet aos pequenos, introduzindo-os ao ritmo utilizando músicas infantis, danças de roda e palmas. Só a partir dos sete anos a criança já começa a tornar-se capaz de participar de uma aula de ballet propriamente dita e é nesse momento que começam a surgir as técnicas e o refinamento das habilidades motoras básicas adquiridas nas aulas de baby class.

Satisfeito com tudo o que ouviu, Kyungsoo desbloqueou a tela do celular para ver a hora, dando-se conta de que se não quisesse se atrasar para buscar Jongin, precisaria ir e se despediu da senhora com a promessa de que traria o filho para sua primeira aula no dia seguinte e, se ocorresse tudo bem, assinaria os documentos de matrícula.

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Como o esperado, Jongin não estava ansioso para estar com outras crianças que para ele eram ainda mais estranhas do que aquelas com quem convivia no colégio, mas tinha se animado um pouco com as roupas novas que o papai trouxe dizendo que eram para dançar, então ele só poderia vesti-las se fosse para essa tal escola. Não entendia o que o papai queria com aquilo, mas aceitou, ele gostava mesmo de dançar e de usar coisas novas.

Chegaram a academia no meio da tarde, Kyungsoo ficaria com ele supervisionando a aula e aproveitaria para conhecer o professor, já que não havia sido possível no dia anterior. Jongin estava uma gracinha vestido como um pequeno bailarino e meio que já estava fazendo planos em torno da carreira que poderia vir a ter se Jongin quisesse estudar ballet a sério um dia. O custo de vida em Moscou era muito alto? Porque se futuramente Jongin fosse aceito na Academia de Bolshoi, sendo o pai coruja que era, obviamente iria atrás.

Jongin estaria na turma 4 e apesar das crianças terem começado muito antes dele, a coordenadora que o acompanhara no dia anterior garantiu que isso não atrasaria as crianças ou prejudicaria Jongin na aprendizagem.

Logo Kyungsoo estaria agradecendo muito, muito mesmo, a decisão da coordenadora.

Bateu na porta respectiva e entrou, encontrando um rapaz conversando animadamente com no máximo dez crianças que riam e pulavam sobre ele sem qualquer reserva. Os meninos estavam como Jongin, de legging preta e camiseta branca, já as meninas em seus collants das mais variadas cores. E aquele que levantava do chão e vinha até ele deveria ser o professor. E que professor. Kyungsoo já estava agradecendo.

— Do Kyungsoo, eu imagino — o rapaz falou, aproximando-se. — Sou Kim Minseok e você deve ser Jongin-ah — sorriu para a criança que se encolhia atrás do papai. O mais velho riu divertido antes de voltar a olhar o escritor e estendeu sua mão em um cumprimento informal. — É um prazer te conhecer.

Kyungsoo tentou não pensar em todas as implicações da palavra prazer, obrigando-se a corresponder o gesto sorrindo com inocência.

— Igualmente — respondeu. — Bem, o Nini...

— Vai se juntar aos coleguinhas bem ali — apontou para o tapete de EVA onde as crianças aguardavam pelo professor — enquanto eu converso com o seu pai, certo? — Sua voz era calma, quase paterno.

— Papai... — Jongin murmurou choroso apertando as mãozinhas como podia nas caças justas do pai.

— Quando terminar, eu vou estar bem aqui, meu amor. Não se preocupe — garantiu em meio a um sorriso amoroso. O menininho assentiu, caminhando vagarosamente até o tapete, onde se sentou quieto, observando com atenção a interação das outras crianças entre si. — Ele é bem tímido — comentou.

— A maioria dos meus alunos, quando chegaram também eram tímidos, não se preocupe com isso.

— Hn, se importa se eu ficar e sabe...

— Claro, fique à vontade — sorriu e então virou para os seus alunos. —Porque não mostramos para o Jongin-ah como dever ser a postura de um bailarino? — Perguntou e enquanto se levantavam, Minseok se posicionou à frente da turma.

— Pés em primeira posição, — em coro, as crianças começaram e apesar de ainda estar bastante tímido, Jongin as seguiu um pouco atrasado por precisar vê-las fazer para poder repetir, parecia realmente interessado — joelho esticado, bumbum encaixado, barriga pra dentro, peito pra fora, ombros para baixo, pescoço de girafa, olhando pra frente, sorriso e mão na cintura.

— Muito bem — Minseok elogiou. — Entendeu Jongin-ah? — O menino apenas assentiu. — Então vamos aos alongamentos?

 

 

Em apenas algumas semanas, Kyungsoo foi capaz de notar o que fazer ballet provocou em Jongin. Ele inda era uma criança meio tímida e preguiçosa – o que acabava o tornando adorável de tantas maneiras que o pai simplesmente deixou de contar, mas já se podia ver um avanço no seu comportamento antes sempre tão recluso. Havia até feito um amigo no colégio. Na verdade, coincidentemente, Baekhyun também frequentava as aulas de ballet e a semelhança nos gostos pessoais fez com que se aproximassem e se tornassem amigos rapidamente. Amigos mesmo, de um dormir na casa do outro e só Kyungsoo sabia como sofria quando era a vez da mãe de Baekhyun busca-los na academia porque Jongin dormiria fora, mas quando era a vez do pequeno Byun pernoitar em sua casa, o escritor voltava a ser criança e embarcava nas brincadeiras dos dois esquecendo-se completamente que tinha um livro para terminar e que já estava em cima do prazo – coisa que nunca pensou acontecer um dia. Fosse negligenciar seu trabalho ou se fantasiar de índio e deixar que seus dois pequenos xerifes do faroeste o capturassem.

Aquele era um dia onde Jongin não dormiria em casa e a programação de Kyungsoo resumia-se a escrever e se empanturrar de sorvete. Porém a ligação da senhora Byun contando do desespero de Nini por ter esquecido sua bolsa na academia o obrigou a pegar o carro e atravessar metade da cidade. Era sexta-feira e como Primeira posição não funcionava aos finais de semana, Jongin estava apavorado com a ideia de nunca mais ver sua bolsa do Homem-Aranha novamente. A criança era bem dramática também.

Obviamente, a academia estava fechada naquele horário, mas as moças da limpeza ainda estavam no prédio fazendo seu trabalho. Depois de explicar o que fazia ali, andou pelos corredores seguindo a melodia que parecia vir da sala de Jongin.

Daquela forma, com o pôr-do-sol entrando pelas enormes janelas e pintando tudo de laranja, a sala que já lhe era tão bem conhecia, parecia outra. Um outro tipo de música tocava aliado a um estilo de dança diferente e a alguém que, definitivamente, não era um pequeno aluno da Primeiros Passos compunham outro cenário. Kyungsoo ficou quieto e vidrado naquele corpo que vinha invadindo seus sonhos ultimamente. Ele não sabia dizer quando começara, talvez ao ver seu filho sendo tão bem tratado ou como Jongin corria para abraça-lo logo que chagava e a criança só se permitia a esse tipo de atitude com ele ou Sehun, que era uma espécie de padrinho mesmo que não-oficialmente. Minseok tornara-se importante para a pequena família sem ao menos saber, ou talvez quem sabe até soubesse. Kyungsoo não era o melhor quando se tratava de esconder que estava interessado.

Minseok estava concentrado no próprio reflexo, em seus movimentos, em suas expressões faciais e não percebeu que estava sendo observado. Kyungsoo pensava que nunca seria capaz de dançar daquela forma, com tanta paixão e técnica. Geralmente ficava envergonhado e invejoso em ver o melhor amigo dançando porque ele parecia mais com uma minhoca desajeitada quando raramente se deixava levar, mas com Minseok era diferente. Só havia admiração em seu olhar.

Executava movimentos sexys e precisos, vez ou outra mordia o lábio inferior quando entrava numa sequência mais rápida ou movimentos longos que deveriam ser leves e Kyungsoo estava sorrindo quando Minseok finalmente o viu através do espelho, o sorriso de coração que invadia os pensamentos do professor sem sua permissão. O escritor corou um pouco e desviou o olhar, rindo sem graça.

— Jonginie esqueceu a bolsa — disse baixo enquanto o maior assentia, tinha percebido e estava pensando na possibilidade de aparecer na casa de Kyungsoo para entregar, só não sabia se era certo. — Não sabia que dançava outros tipos de dança também — comentou.

— Dou aula de manhã em outra escola, para adolescentes — contou. — Nesse horário ainda está tendo aula e como queria u lugar tranquilo para praticar... — deu de ombros.

— Entendo. Eu não vou mais te atrapalhar, professor Kim. Boa noite — sorriu pequeno pegando a bolsa e fazendo menção de se virar e sair, no entanto foi chamado. — Sim?

— Você dança? — Mesmo estranhando a pergunta, negou.

— Eu sou uma desgraça dançando — brincou.

— Ninguém deve ser tão ruim assim.

— Deve e eu sou — garantiu recuando um passo ao perceber que o outro estava se aproximando. — O-O que?

Shiu — Minseok pediu em um quase sussurro enlaçando seu corpo, trazendo-o para mais perto. Kyungsoo definitivamente não estava mais respirando, com os olhos arregalados para aquele que mantinha um sorriso discreto e que balançava o corpo obrigando a fazer o mesmo com o seu lentamente. Não estavam seguindo o ritmo da música que ainda soava entre eles, mas não era como se estivessem se importando no momento. — Viu só? Você não é tão ruim assim, olha, nem pisou no meu pé ainda — brincou, gemendo logo em seguida. — Quer dizer...

— Eu falei — disse Kyungsoo divertidamente, no entanto, não se afastou, gostava da sensação daquele corpo quente e forte em contato com o seu, era gostoso ser abraçado por ele. Ergueu os braços, abraçando seu pescoço e deitou a cabeça seu tórax sentindo-se confortável em estar ali.

— O que você diria se o professor de ballet do seu filho o convidasse para sair? — Minseok perguntou depois de alguns minutos em silêncio, a música já tinha mudando para uma mais coincidente com o ritmo dos dois que não foi alterado, mas eles sequer deram-se conta.

— Eu diria que escrever e me empanturrar de sorvete terá que ficar para outra noite.

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As crianças estavam enfileiradas na barra seguindo e às vezes sendo auxiliadas pelo professor Kim que era dono de uma paciência infinita para explicar, executar a posição e, quando nada disso funcionava, ajudar individualmente. Tudo com um sorriso no rosto e voz terna. Devia ser difícil manter uma turma quieta e atenta, mas Minseok se fazia capaz e sem aumentar o tom de voz uma única vez.

Terminada a sequência de passos, reverenciou como em todo fim de aula e habituadas, as crianças seguiam sozinhas até o centro da sala, cada uma em suas estrelinhas coladas ao chão, reverenciando-o também. Era realmente muito bonitinho, Kyungsoo achava. Sorriu quando o professor o viu ali e esperou que este se despedisse de seus pequenos.

— O que está fazendo aqui? Eu disse que levaria Jonginie pra casa hoje — Minseok indagou aproximando-se rapidamente e bicou seus lábios nos do menor suavemente.

— Eu ficaria louco se não saísse um pouco — resmungou, chateado. Estava preocupado com o prazo de seu livro que ainda não havia sido concluído apesar de já saber como termina-lo.

— Não fique assim — sorriu pequeno abraçando sua cintura. — Você vai terminar quando tiver de terminar, hn? — Beijou-o novamente.

— Eca! — Afastaram-se rindo ao ouvirem as únicas duas crianças que permaneceram na sala. Minseok levaria Baekhyun também, já que pela ordem do revezamento, era o dia do namorado leva-lo para casa.

— Papai Seok, eu já disse pra não beijar o meu papai! — Choramingou. Apesar de estar rindo, uma coisa não tinha mudado, Jongin ainda sentia um ciúme terrível de Kyungsoo.

— Eu te compro sorvete e você finge que isso nunca aconteceu — o garoto assentiu ao que Kyungsoo franzia a testa. — O que foi?

— Que feio Min, comprando meu filho com sorvete...

— Eu faço aquela coisa com a língua que você gosta e você finge que isso nunca aconteceu — sussurrou.

— Fechado.


Notas Finais


Roupa do Jongin http://imgur.com/a/eF0VM - Achei interessante por uma foto, pq além dos figurinos em dia de apresentação, eu não fazia ideia do que os bailarinos usam para ensaiar. Pensava que eles usavam bermuda e camiseta msm e já era.

O que eu queria? Bem, eu queria um casamento, um café da manhã em família e um Jonginie crescido a caminho da Academia de Bolshoi arrazando muitos corações e dando orgulho aos papais, mas aqui é que nem final de dorama, a gente nunca tem o final que quer. Pelo menos, eu me sinto assim.

Se eu tivesse feito como eu queria quando decidi fazer sobre o ballet, teria mais interação, não duvido, mas depois de imaginar Jonginie como um bebê anti-social, não conseguiria nunca dar continuidade.
Boa noite gente, fanfic pro projeto YATO feito pela pg no facebook EXO FANFICS com o tema esportes - atividade física. Esse é um 1234566 plots que eu fiz para o projeto e no final, apenas esse vingou. Meu plot inicial era sobre hapkido no universo ABO, mas mesmo criando um roteiro - coisa que quase nunca faço, vale ressaltar, cheguei numa parte onde eu já não conseguia ir mais pra frente, mas é aquele ditado.
Eu terminei de escrever na madrugada de ontem (01), mas eu estava tão cansada que decidi postar hj (02) que acabou virando dia 3. Meu erro foi ter esquecido de fazer a capa então eu estava até uns minutos atrás queimando meus miolos tentando encontrar criatividade. No fim, ficou essa coisinha que vocês viram, mas fazer o que, é díficil pra mim.
Espero que vocês tenham gostado e como não há aquela pressão de passar pra próxima fase, vou só aproveitar essa sensação de dever cumprido.

Thats all folks~

E valeu Laryssa, mesmo que eu não tenha conseguido fazer do jeito que queria, você ajudou muitão quando resolveu esticar o prazo, você mora no meu <3 neném


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