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História Passos Que Levam Ao Mar - Testemunho, Armas e Prisões


Escrita por: Maknae24

Notas do Autor


Cap tenso pra compensar os dias em que fiquei sem postar!
Suprise, i'm alive!
Enjoy!

Capítulo 13 - Testemunho, Armas e Prisões


Fanfic / Fanfiction Passos Que Levam Ao Mar - Testemunho, Armas e Prisões

"Eu vi a face da morte...ela tem olhos castanhos brilhantes e cortantes como um espelho partido. Nas orbes mais frias em que já encarei eu senti a mão do demônio segurar a minha..."

O que ela havia feito? O que ela haveria de fazer?

Analice não sabia, andava sem rumo pelas ruas escuras de Niterói, correndo da morte. Havia visto, presenciado e testemunhado o melhor amigo usando entorpecentes, usando veneno. Ela jamais o entregaria, mas não era o que o fornecedor dele achava.

A caçava, como um homem persegue um cervo, com o rifle na mão junto ao poder de determinar o fim da vida desse mesmo animal.

Analice não queria morrer, não queria que o fim da sua vida fosse decretado, precisava viver, tinha tanto pela frente...por isso fugia, buscava refúgio nos amigos antigos, se escondendo entre eles, quieta como um cão acuado.

Mas no fundo, sabia que pouco tempo lhe restava. Não demoraria pra ele encontrar seu paradeiro, seu esconderijo, ele sempre encontrava. Por isso ela o odiava, um homem falso que vive às custas de outros, sempre metido em falsas propostas ou enganando alguém por diversão.

Como ela havia de ter se apaixonado por alguém assim?

"Eu te amo, eu não sou um monstro..."

Ah, como ela se odiava por ser tão ingênua, afinal o que a fez pensar que ela seria capaz de muda-lo? Não era a toa que ele possuía um nome que todos temiam.

Rodrigo Infronte. O detentor de sua vida, o homem que a matou, o homem que ela amou.

Tudo começou tão simples e fácil. Uma noite de bebedeira e ela o conheceu, e na cabeça de ambos jamais seria algo sério. Mas as ligações se tornaram frequentes, as mensagens mais necessárias e os encontros mais desejados.

Ela o queria e pelo menos, até onde ela imaginava, ele queria-a também. Mas não queria...foi tudo uma pura e belíssima ilusão, na qual ela só percebeu que havia sido pega após ser demasiado tarde.

Ver a máscara de Rodrigo cair foi um choque, afinal o homem era em tudo, o tipo de pessoa que Analice desprezava. Mas ela o amava. E agora?

"Alguém chame o médico...a sua presença é uma toxina e eu estou tendo uma overdose..."

Tinha esperança. Podia muda-lo, podia tirar o empresário desse mundo de drogas, queria salvar ele e não iria poupar esforço nenhum. E olhe onde ela havia terminado...

Correndo desse mesmo homem por uma rua suja e imunda, ofegando o ar frio contra os pulmões e assustando com os sons que seus próprios pés faziam ao se chocarem contra o solo em meio à corrida.

Desesperada, era como inspirar um ar cortante, seus pulmões doíam, o peito rasgava e as pernas adormeciam levemente, entretanto ela não pararia, na verdade tudo isso contribuiu pra faze-la acelerar.

"Eu quero respirar, eu não gosto dessa noite. Eu quero acordar, eu não gosto de estar em meus sonhos. Eu estou preso dentro da minha própria mente, então estou morrendo...Não quero ser sozinho..."

Um estrondo, estalo, dedos sanguinários no cano gélido. Gotas de sangue se espalhavam pelo chão, enquanto num implorar quase inaudível, Analice balbuciou contra seu assassino:

- Não faça isso...não contarei a ninguém...

Uma última carta havia sido lançada, carregando a vida dela nas mãos. Uma carta falha...

Outros dois tiros. Dois sinais do carrasco. A ordem tinha sido dada, tudo havia mudado em poucos segundos onde as balas de metal cruzavam o ar, derramando as últimas gotas de sangue que sujavam o cimento do beco escuro.

A vida dela se esvaía devagar...Analice estava morta. Junto aos seus sonhos. Junto à todas as suas falsas esperanças perdidas.

O que restava ali agora era um vento frio que carregava o odor maciço da morte, Rodrigo havia ido embora, levando a vida dela naquela arma e levando juntamente consigo seu segredo, seguro agora.

Para um homem que tem sangue nas mãos há anos, era apenas mais uma vida.

Para os amigos vingativos, era o início de mais uma caçada...

E a presa era o caçador.


Notas Finais


Capítulo de transição, apenas esclarecendo certas coisas!
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