1. Spirit Fanfics >
  2. Passos Que Levam Ao Mar >
  3. Relatos, Ventos e Ardor

História Passos Que Levam Ao Mar - Relatos, Ventos e Ardor


Escrita por: Maknae24

Notas do Autor


NÃO MORRI PORRA
E novidades! Um cap na visão do Matheus!
Boa leitura e enjoy!

Capítulo 14 - Relatos, Ventos e Ardor


Fanfic / Fanfiction Passos Que Levam Ao Mar - Relatos, Ventos e Ardor

Desde a minha chegada a Niterói, muita coisa mudou em minha vida. Desde a faculdade - eu, estudando pra ser o Richard, e o Iuri, estudando pra ser especialista em computação, morando na mesma república - onde nós nos conhecemos.

A história de How I Met Iuri foi bem bizarra... Quer dizer, desde o primeiro momento, eu já era enfermeiro de bêbado. Foi assim que essa alma caridosa acabou por auxiliar o ruivo perdido a encontrar um lugar pra morar, afinal, já estávamos na segunda semana de aulas.

Desde então, o amigo inesperado se tornou companheiro de todas as encrencas e vitórias, deu broncas e levou broncas. Agora, terminada a faculdade, não podia ser diferente.

Quando Iuri voltou para Niterói, tentou me arrastar junto. À princípio, neguei - tinha assuntos a resolver -, mas logo me vi sem ocupação e decidi tentar uma aventura nova, seguindo as recomendações do carinha laranja. Eu estava precisando de ares novos mesmo.

Ele demonstrou estar muito empolgado com a minha vinda, me ofereceu um sofá na casa da namorada, e também um aviso sobre ela ser um tanto possessiva. Ele apenas não me disse o quanto...

Quando cheguei, toquei a campainha e fui recebido por ser ,de baixa estatura, chamado Nick. A recepção dela me foi bastante agradável, mas não tivemos muito tempo, estávamos indo para uma festa. Fui apresentado a todos; fomos para a tal balada, que pelas recomendações era muito boa.

Lá, notei que Nick e Iuri estabeleciam uma perfeita relação de mutualismo, e que quanto mais bêbada a garota ficava, mais ameaçado eu estava...ela com certeza não gostava nada da minha presença e isso focou evidente numa ocasião.

Em certo ponto da festa, precisei ir ao banheiro; Iuri me guiou até lá e ficou aguardando. Quando estávamos retornando, demos de cara com a pintora de rodapé, e esta, com uma cara nada amigável.

Ela interrogou o ruivo e os dois se direcionaram para um cantinho. Eu decidi interagir com os outros que nos acompanhavam, precisava conhecê-los; um tempinho depois, quando estávamos saindo da festa, ocorreu a cena mais clássica de minha amizade com o Iuri: caminhamos, com nossos braços dispostos um no ombro do outro, em direção ao carro.

Pouco depois, sendo o desastrado atrapalhado que eu conheço, Iuri dá um jeito de conseguir a proeza de derrubar a aliança e cair feito uma vareta em cima de mim, enquanto a garota passava mal no banheiro.

Mas ela saiu e nos viu numa situação constrangedora...

Ela voou em minha direção, agarrando, surpreendentemente(não entendo como ela alcançou), meus cabelos, puxando com as unhas, nervosa, talvez furiosissima!

Todas as minhas tentativas de me explicar falharam, elas eram interrompidas por "VOCÊ NÃO VAI ROUBAR O MEU RUIVO DE MIM!!". E alguns socos, puxões e tapas.

Livia tentava apartar o espancamento, enquanto Iuri olhava, em choque, e João ria feito um condenado do meu sofrimento.

No outro dia, me diverti ao contar as desventuras da noite passadapra ela mesma, que de ressaca, não lembrava de nada. Mais tarde, fui à praia com o Iuri, onde vi um por do sol maravilhoso.

Tempos depois, me deparei com um imenso problema: Iuri não me ouviu (que surpresa), e mentiu para a namorada, eles precisavam de dinheiro, e ele, em um ato de desespero, disse que tinha arranjado um emprego. Quando na verdade não.

Mesmo estando com vontade de recitar dez folhas de insatisfação, decidi ajudar a criança. Tivemos algumas dificuldades em esconder o plano de auxílio ao desorientado, o que ficou evidente quando João descobriu tudo e nos chantageou...

A chantagem de João, melhor amigo da Hobbit, não durou mais de um dia, pois ela mesma veio a descobrir o que Iuri tinha feito, e da pior maneira possível.

Estávamos eu, João e Iuri em uma esquina, íamos discutir sobre o que fazer, e eu estava para dar a notícia de que encontrara o emprego que salvaria a pele do ruivo.... Mas o descuidado havia sido seguido - e foi desmascarado, agredido e pior, agredido em público- e Nick ficou furiosa(arriscaria dizer possessa), lançava as coisas que carregava consigo e conseguia distribuir xingamentos aos três integrantes da confusão, aquilo me surpreendeu, vocabulário recheado, até aprendi uns palavrões novos!

Os neurônios de Iuri começaram a falhar nas sinapses, ele entrou em pânico e não conseguia dizer nada que não nos incriminasse cada vez mais, me obrigando a manda-lo calar a boca. Eu estava, sem sucesso algum, tentando acalmar os dois; enquanto João observava, estático e talvez um pouco incrédulo.

Nick saiu andando, rapidamente, em uma direção que eu não fui capaz de me recordar. Iuri ficou paralisado e depois foi para casa, conforme a ordem de sua "patroa" furiosa.

"VÁ VOCÊ PRA CASA IURI, E NÃO PRECISA SAIR DE LÁ!"

Foi cruel. Eu e João ficamos lá, um olhando para a cara do outro, assim como no dia em que nos conhecemos, até que um teve coragem de fazer algum comentário-totalmente diferente do dia em que nos conhecemos- que pudesse colocar as ideias no lugar. E fui eu.

- E agora? O que fazemos? Cadê a Nick? O Iuri tá bem? Pega as coisas dela do chão!- Sim eu estava meio desesperado.

- E agora? E agora que tudo se foi Matheus, a culpa desse relacionamento ir pro ralo é nossa também. Admito...me sinto culpado...- Falou pesaroso.-...e ele já pegou as coisas dela tapado!- Ele disse batendo em sua própria testa.- O Iuri....não deve estar nada bem...

- Eu não tô funcionando! Vai atrás dela que eu vou tentar ajudar o Iuri! Ai meu Odin, ai meu Odin...- Saí correndo rumo à casa deles, mais do que minhas pernas aguentavam e parei ofegante em frente a porta. No momento em que cheguei na casa do ruivo, ele me ligou...

Atendi -já mais calmo, mas ainda muito preocupado- e ouvi uma voz muito chorosa e embargada vinda dele. Era doloroso ouvir ele chorar tão desesperado.

Eu tinha a certeza do motivo, e isso me trazia medos do que ele podia ter feito consigo mesmo no tempo em que estive ausente, já que o Iuri tem um histórico ruim sobre descontar a raiva em locais errados.

Mas nenhuma das minhas suposições estava correta... Algo muito pior havia acontecido. Em meio à toda aquela confusão, uma notícia: Encontraram a Analice. Ela estava morta.

Eu não conhecia bem a garota, para mim ela passava uma imagem de pessoa muito fechada, embora Nicole já tivesse me dito que ela não era assim. Não sabíamos o que andava acontecendo com ela, e pelo olhar do Iuri, agora ainda mais desesperado, foi um caso sério.

Entrei no carro dele, depois que ele se vestiu adequadamente e nos levei ao hospital, refletindo o caminho todo.

Nenhum dos dois disse uma sequer palavra e eu sabia que dizer não ajudaria.

Ao chegar no hospital, vimos uma cena amarga...uma família, abraçada, chorando e lamentando a perda de alguém tão jovem. Mas o detalhe que mais me preocupava: a presença da polícia.

- Oi...- Uma garota jovem, de cabelo escuros e rosto muito semelhante ao da nossa finada amiga, se dirigiu até nós, limpando os olhos e esfregando as bochechas vermelhas.

- Oi Leticia...eu sinceramente não sei o que dizer...mas o que é tudo isso?- Iuri se pronunciou, com a voz falha.

- Ela foi assassinada...

No pronunciamento de tais palavras, vi o punho do Iuri se cerrar e seu semblante se transformar...

Eu sabia que a minha vida mudaria, mas não dessa maneira.



Notas Finais


Comentem amores! E desculpa minha demora pra postar!
Beijo grego 😙😙
Até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...