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História Passos Que Levam Ao Mar - Ansiedade, Nervosismo e Rinite


Escrita por: Maknae24

Notas do Autor


Dois caps numa semana? Isso tem nome! Não vou poder postar semana que vem!
Enjoy!

Capítulo 5 - Ansiedade, Nervosismo e Rinite


Fanfic / Fanfiction Passos Que Levam Ao Mar - Ansiedade, Nervosismo e Rinite

Por Nicole:

Duas semanas haviam se passado, com Matheus em casa, não que fosse ruim, na verdade era até bom porque o garoto tinha um hábito estranho de organização, coisa que eu nunca tive, então a casa andava sempre arrumada.

Iuri saiu durante esses dias todos em busca de um emprego permanente em Niterói, mas não obteve muito sucesso, e eu, idem. Era uma cidade de praias, me surpreendia não haver nenhum casamento, nenhum evento, mas como eu podia querer apenas aparecer e sair fotografando? Eu precisava de referências na cidade, e como acabei de chegar, não seria nada fácil.

Naquela manhã, meu ruivo havia saído em sua interminável busca por emprego e eu saí também, mas buscando ar fresco. Normalmente eu não sou de ficar parada, entretanto, sair numa cidade dessas sem câmera, jamais. 

Comecei uma caminhada leve pelo calçadão beirando a praia. Ainda estava bem cedo, o lugar estava praticamente vazio, destacando poucos corajosos que saíam para correr, já eu mantinha meu ritmo no ar friozinho que vinha do mar, acentuando as ondas que quebravam na areia geladinha da noite.

Observando o sol fraco da manhã que ainda se resumia a poucos raios avermelhados, mirei a lente para a praia e bati a foto. Fui agradecida com um vento frio fraco e um ronco do meu estômago. Rindo de mim mesma, fui para um café rústico, com paredes forradas em madeira e aquele cheirinho de café matinal. Pedi um capuccino básico e dirigi-me à uma mesa vazia, que me dava a chance de observar a rua ficando movimentada aos poucos.

Eu estava sozinha no lugar, e o silêncio me faz pensar. Peguei a câmera e fui passando as fotos, revisando meu trabalho, desde a foto de hoje de manhã, até as mais antigas, quando eu estava em Porto Seguro. Se bem que neste tempinho em que fiquei em Niterói, eu havia tirado fotos maravilhosas, até pra mim, admito.

Parei em uma que me chamou atenção. Iuri, numa tarde que passamos em um parque ali. Era um gramado verde e alto em que estávamos sentados, e ali mesmo, uma joaninha, preta e vermelha, como aquelas de desenhos animados subiu em um de seus dedos compridos e brancos. A foto havia saído perfeita, a joaninha centralizada na pele alva e atrás, em desfoque, meu ruivo se destacava em jus a essa característica.

Me perdi nessa foto, e desconcentrei do que estava ao redor. Apenas voltei a mim, quando ouvi uma voz grave atrás da minha cadeira:

- Bonita foto, foi você quem tirou?- Apresentava suavidade. Me virei, deparando-me com um homem alto, terno caro, Rolex no pulso(a veracidade do produto eu já não podia dizer). Engoli a timidez, junto a um bolo de saliva antes de responder.

- Sim, fui eu.- Resposta curta, simples e dada com meu melhor tom de voz.

- Acho que tenho uma proposta a qual poderia se interessar.- Disse puxando uma cadeira ao meu lado.- Quer ouvir?

Proposta? Jesus, é nessa hora que nos filmes de máfia a mocinha de envolve com os gângsters e se fode? Com medo da imponência da criatura na minha frente, apenas assenti com a cabeça.

- Há um concurso de fotografias acontecendo, com diversas etapas e temas. O vencedor ganha seu próprio estúdio e claro, minhas referências. É como um patrocínio. Várias empresas e profissionais procuram fotógrafos amadores, como você, se aliam e se esse fotógrafo vencer, ambos saem ganhando.- Me ofendi na parte do amadores mas ok.- Se interessa?

Pensei um pouco antes de responder. O que eu tinha a perder, o que tinha a ganhar...eu precisava raciocinar mais um pouco, precisava de segundas opiniões e conselhos.

- Posso pensar nisso?- Perguntei.

- Claro, mas esteja avisada, se outro topar antes de você, perde a chance.- Falou sério.- Tome, me ligue se precisar.- Me entregou um cartão de papel firme, com letras em dourado (Mania de grandeza...).

Rodrigo Infronte

Nome imponente. Uau, parecia realmente ser coisa importante. Eu não tinha muito tempo pra pensar, o que só me dava mais pressão. Quando me virei novamente, o tal do Rodrigo havia sumido, se é que era ele mesmo e não um empregado qualquer dessa gente que não curte se mexer e é soberbo o bastante pra usar e abusar das pessoas.

Fui pra casa pensando nisso, a pé mesmo, e tudo ia muito bem até trovejar. Chuvas de verão, claro, perfeitamente normal, caso minha câmera não tivesse caído na enxurrada, junto comigo.

O cimento fez uma arte abstrata com a minha pele, carne viva o nome. Lacrou nas cores, diversos tons de vermelho, roxo...

Levantei amaldiçoando todos os nomes dos deuses da chuva da mitologia que conhecia, e quando percebi que minha amada Nikon havia sumido, levada enxurrada abaixo...

Eu devo ter feito poledance na cruz pra merecer tudo isso...

Cheguei em casa, molhada, sem câmera e só com um cartão de número de telefone borrado...

- Amor? Como foi seu dia?- Ver o rosto do meu amado ruivo era um alívio, mas lembrar a falta da câmera ainda dóia meu coração.

- Foi bem...- Não estava com saco pra contar tudo, Iuri que me perdoasse, apenas me joguei na minha amada cama e abracei meu travesseiro, como se fosse a minha Nikon, aquela que custou meu rim e agora deveria estar em algum bueiro ou esgoto...

Fechei os olhos apertando o telefone odiado/amado na mão. Depois falaria com Iuri sobre tudo, afinal minha carreira nunca foi lá essas coisas. Esse concurso me daria uns créditos, talvez que compensassem as fotos maravilhosas perdidas...e eu nem tinha os negativos delas...

Espirrei com o nariz coçando. Escutei Iuri suspirar, ele sabia que a crise de espirros interminável feito a nossa procura de emprego iria começar. Além de tudo a rinite atacou.

Devo ter chutado a calçada da fama, não pode ser tanto azar num único dia. Iuri com certeza percebeu minha cara maravilhosa de quem comeu chocolate 90% cacau e fez a esperada pergunta:

- Quer falar sobre isso?

Balancei a cabeça negativamente. Não estava com muita paciência hoje e o temporal lá fora só melhorava tudo no lado inverso da coisa.

Ele começou um cafuné gostoso no meu cabelo, o que melhorou um pouco o dia que havia começado bom, mas resolveu me parir de desgraça...e olha que eram só 9 da manhã...



Notas Finais


Curto mas está aí!


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