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História Passos Que Levam Ao Mar - Perdas, Opiniões e Surpresa


Escrita por: Maknae24

Notas do Autor


Voltaaay, pois é! Aproveitem!
Cap que se passa na visão da Nicole!

Capítulo 6 - Perdas, Opiniões e Surpresa


- Rodrigo Infronte?- Iuri me perguntava pela oitava vez. Lógico, depois de um tempo, quando eu já havia me recomposto da minha grave perda, eu contei a ele tudo o que havia acontecido. Falei sobre o concurso, e sobre a câmera perdida, sobre as fotos que se foram e sobre o "imperador" que me havia aparecido e proposto acordos envolvendo minha carreira.

Iuri achou tudo isso muito repentino, claro, até eu achei. Ou é normal as pessoas aqui no Rio andarem bisbilhotando as máquinas fotográficas de estranhos por aí? Creio eu que não, e outra, nem propagandas foram  feitas pelo estado todo. Como eu iria ouvir falar?

Segundo ele, era muita pressão de uma vez só, e todos sabem muito bem que sobre pressão eu não funciono bem. Disse que era escolha minha e ainda acrescentou que eu devia apenas tomar cuidado com onde eu me metia. Quanto à perda da câmera, ele lamentou comigo, já que não haviam  formalidades. Dependendo do tema do concurso, talvez eu já até possuisse as fotos, já que na minha saudosa Nikon havia um pouco de tudo. Qualquer que fosse o tema, não seria difícil cobrir. Mas as minhas chances de ganhar ficaram nulas com essa perda. Era como um cristal na praia, espalha a luz assim como a toma somente pra si.

- Amor, sinceramente, eu acho uma ótima oportunidade. Carreira, sustento e referências que ao meu ver são importantes. Posso pesquisar sobre o dono do nome no cartão dourado, enquanto você vai comprar outra câmera.

Iuri é tão perfeito...sempre fazendo tanto por mim, às vezes fico até constrangida. Meu amor por ele não cabe em mim, é tão verdadeiro.

Me aconcheguei mais pra perto dele no sofá acolchoado, enfiando as narinas no meio dos fios vermelhos e inspirando o ar ali. Cheiro maravilhoso de shampoo, tão bem cuidado...

Dos cabelos, passei minha boca pra dele, dando início a um beijo calmo, lento, calma esta da qual eu andava necessitando com tudo acontecendo, calma esta que meu ruivo transborda. Calma que me acalma. Não demorou pra passarmos da calmaria à batalha, demonstrando o quão espaçosas nossas línguas eram, num empurra-empurra violento em bocas alheias. 

Isso tudo teria ido mais longe, se um ser na porta não tivesse interrompido:

- Iuri onde eu acho o...MEU DEUS, podem continuar, me ignorem!- Matheus saiu quase que atropelado da porta e a cena foi muito cômica, se não fosse trágica. Acabei por me lembrar que teria de vender meu outro rim pra comprar uma câmera nova que prestasse pra esse concurso.

Levantei contrariada, deixando pra trás um avermelhado emburrado pela interrupção, e fui verificar o quanto eu teria que negociar pelos meus órgãos. Por sorte, nesse tempo em Porto Seguro e a vinda pra Niterói me havia feito guardar algum dinheiro, então, eu continuaria intacta e com todos os órgãos. Guardei o dinheiro na bolsa, lutando contra o ziper, e após outro beijo que quase me fez esquecer do que estava indo fazer, dirigi-me a porta.

Do lado de fora, suspirei. Eu não queria sair hoje, nem talvez por um ano inteiro, e agora olhar a cara de saco da vendedora seria meu próximo ato.

(^_^)

Como eu havia dito e já esperava, passei quase duas horas numa loja especializada sendo atendida por alguém completamente desinteressada, e que não sabe mastigar chiclete com a boca fechada. Parecia uma vaca pastando essa ridícula.

Senti mãos no meu ombro e quando virei, me deparei com ninguém mais, ninguém menos que João Victor, ou então, Kim João se preferir (mais fã de kpop que eu quando era mais novo, imaginem). Ele sorriu pra mim.

- Por que está comprando câmera nova? Aconteceu algo com a outra?

Fiz que sim com a cabeça, e despejei tudo em cima dele, conforme concluía a compra da minha nova Nikon (mais cara que a antiga) e ia relatando minhas últimas desventuras.

João ouviu tudo com atenção, lógico que jamais sem deixar um riso discreto que surgiu quando eu contei sobre meu beijo ao chão.

- Acho que deveria aceitar, é uma boa oportunidade. Além do que, Iuri vai pesquisar não é? Se for treta errada, você já fica sabendo.- Disse fitando o chão, enquanto andávamos pra longe da sessão de tormenta que foi aquela loja.

- Talvez você esteja certo e ele disse a mesma coisa. Mas não sei...estou muito pensativa...

- Senti mesmo cheiro de fumaça.- Riu ladino, enquanto desferi um olhar de indignada pra ele, rindo em seguida.

A caminhada durou mais em silêncio do que com palavras. João fez uma resenha básica de como me encontrou, em uma de suas saídas rotineiras pra ficar zanzando sem rumo por aí. Meu celular vibrou, com a foto de Iuri aparecendo na tela, me fazendo animar, imaginando as descobertas  por trás de Rodrigo Infronte. 

- Alô?

- Oi amor! Eu pesquisei e olha...esse aí é do tipo que está sempre jogandode paladino...

- Amor, traduz...- Podem me chamar de noob, eu deixo,afinal diferentemente do meu namo, eu não entendo nada de jogos...

- A ficha dele é impecável, sem passado sujo, nome perfeito. Parece até um anjo.- Disse com ar de quem ainda estava lendo no computador.

"Lúcifer também era um anjo..."- Pensei comigo.

Fiquei raciocinando, tudo aquilo parecia fachada demais, ninguém é perfeito. Não desse jeito.

- Não conseguiu fotos amor?- Se eu pudesse reconhecê-lo na rua e puxar um assunto, ou então, pelo menos ficar alarmada de como era seu semblante.

- Nenhuma, outra coisa limpa é a galeria de imagens que deveria ter dele aqui.

- Melhor eu deixar pra lá, os inocentes não se escondem.- Refleti, assustada com tudo, tinha até esquecido do João encostado na parede ao meu lado.

- Na verdade, acredito que essa é a oportunidade! Descobrir as verdades sobre ele! Manipulação é arma vital hoje em dia e você já é stalker mesmo...

- Primeiramente: Eu não sou stalker. Segundamente: Tem certeza?

- Não sei, é você que tem que ter, ué.- Um tiro seria menos curto e grosso que isso. Eu precisava pensar mais, mas resolvi deixar a racionalidade de lado um dia na minha vida. Me despedi do meu namorado, disquei o número gravado ao cartão.

- Alô?- Voz importante. Grave, exalava holofotes.

- Rodrigo Infronte? Eu aceito a proposta feita.- Assustei com a convicção presente na minha voz e frase, não fui a única já que recebi um olhar do João, que logo o desviou de volta às pombas passando por nós.

- Maravilha! Por sorte ou destino, ninguém havia aceitado antes de você! Começamos amanhã!- A voz do outro lado parecia contente por eu ter topado. Estranho, bipolar, não gostei mas agora não tem volta. Ele desligou murmurando um bom dia e me virei pra João Victor, que estava concentrado no maravilhoso chão da calçada(sinta a ironia). Maluco.

- Estou dentro.- Disse sorrindo vitoriosa.

Estava disposta a ganhar o que fosse preciso. Isso era fato.



Notas Finais


Reviews! Bjinhos!


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