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História Passos Que Levam Ao Mar - Frio, Maresia e Contratos


Escrita por: Maknae24

Notas do Autor


Oie! Voltaaay! Estou viajando justamente pra praia então a inspiração hoje veio como nunca!
Enjoy!

Capítulo 7 - Frio, Maresia e Contratos


Fanfic / Fanfiction Passos Que Levam Ao Mar - Frio, Maresia e Contratos

Por Nicole:

Desde aquele dia que eu aceitei a proposta do tal do Rodrigo, tudo anda sendo muito corrido, primeiro, me passaram um endereço onde eu teria que ir pra assinar o contrato com a empresa dele, que pelo visto era de publicidade, depois me passariam o tema e eu começaria a fazer o que sei de melhor: bater fotos.

Depois de sair de casa com uma discussão rolando, já que Iuri e Matheus comentavam frequentemente sobre arranjar emprego e uma casa pro Matheus ou meu ruivo ia começar a cobrar aluguel. Sei que com certeza essa "briga" não foi muito real e séria, mas esses dois são ótimos atores.

Fui ao endereço indicado, tomando cuidado para não cometer gafes ou atrasos, já que agora, Helena não estaria aqui pra me lembrar dos horários. Quando cheguei frente ao lugar, fiquei boquiaberta com o tamanho da empresa.

Pessoas de roupas bem formais entrando e saindo, carregando pastas de documentos, as mulheres com jóias que eu levaria uma vida pra comprar e os homens com ternos belíssimos. Dei uma última olhada na minha roupa antes de entrar no lugar, e por um momento, pensei em voltar pra trás, o medo me abatendo.

Mas não podia. Era minha vida, meu futuro, eu precisava batalhar! Respirei fundo uma, duas, três vezes e entrei no lugar que esbanjava luxo. Parece que a soberba era inerente àquela empresa, eu me sentia minúscula perante os olhares ali presentes.

Dirigi-me ao que deduzi ser a mesa da secretária. Enquanto ela teclava de um jeito bem desconfortável ao meu ver, com a coluna exageradamente reta e pernas cruzadas (Deus que me livre), me olhava de cima abaixo, o que me fez me encolher.

- Posso ajudar?- Resmungou ajeitando os óculos no nariz, feito uma legítima atriz pornô.

- Tenho horário marcado com o Sr. Rodrigo Infronte...

- Um minuto.- Pegou o telefone, discou qualquer coisa e pareceu alertar o "Imperador" sobre minha presença incômoda no saguão do prédio.- Ele vai recebê-la, pode subir. Andar sete.

Okay...andar sete, alto pra um senhor cacete. Eu tinha horário, o que significava que ir pela escada não ia rolar. Pois é, eu teria que andar de elevador, maldição...

Entrei no cubículo metálico da morte e cliquei no botão do sétimo andar. 

Quando enfim parei frente à sala do santo, notei os detalhes na porta. Grande, de madeira e letras em dourado, anunciando o nome do dono da mesma.

Rodrigo Infronte

Pessoa com muita mania de grandeza, provável que ele tenha auto estima bem baixa. Bati na porta suavemente algumas poucas vezes e de dentro soou uma voz me mandando entrar. Assim o fiz.

A sala era inteira marcada com um carpete vermelho queimado e todos os móveis ali eram escuros, com lustres caros e brilhantes. O tal do Rodrigo (que não era o homem da lanchonete, viu? Eu estava certa), se encontrava confortavelmente sentado numa poltrona acolchoada em azul marinho, e me olhava amigável. Puta homem bonito. Olhos claros, cabelo bem aparado, barba...Não é meu tipo de homem, mas Livia iria adorar.

- Sente-se por favor.- Fez sinal pra cadeira na frente da mesa do escritório.

Sentei quieta e ele começou a me fazer algumas perguntas. Coisa básica, quando comecei a trabalhar, minha formação, experiência...

- Serão 3 etapas, com três temas diferentes, ok? Aqui está a ficha de instrução, e o contrato. Preencha, assine e está conosco.

Eu admito, li cada letra miúda daquele maldito contrato, não queria passar ideia de desconfiança, mas com certeza ele já havia percebido pela minha demora pra assinar.

Nada de muito abusivo era exigido, só a pontualidade talvez pudesse me causar problemas. Assinei e entreguei, lendo em seguida a ficha de instrução, as regras eram poucas e básicas. Os negativos das fotos deveriam ser apresentados e nenhuma foto poderia envolver quaisquer coisas obcenas.

Agradeci, me levantei, meio assustada porque esse cara estava sendo amigável demais.

- A senhorita é casada?- Perguntou, me fazendo virar pra ele.

- Na verdade, apenas namoro.- Ele viu a aliança, claro. A aliança de aço que  Iuri me deu no meu aniversário de quinze anos, como esquecer...

- Entendo. Felicidades ao casal.- Ironia? É isso mesmo produção? Eu o ouvi dizer isso em tom de ironia? O que esse cara quer de mim afinal?

- Obrigado...- Saí, fechando a porta de madeira atrás de mim. Assim que me retirei do lugar onde luxo e grandeza rolam soltos, olhei no papel o primeiro tema.

Felicidade.

Ah, lindo, maravicherry, é bem fácil mesmo definir um sentimento numa foto. Só que não.

(=_=)

Cheguei em casa, relendo o tema e pensando sem parar em como reproduzir a felicidade numa foto. Acho que já estava saindo fumaça da minha cabeça.

- Amor! Consegui!- Recebida por um abraço e rodopio no ar, Iuri abusando da minha pouca altura...mas a tal da felicidade estava estampada no seu rosto. Quando me colocou no chão, explicou detalhe por detalhe o emprego que havia conseguido.

Algo a ver com  desenvolvedor indie de software. Eu não tinha entendido muito bem a explicação dele sobre o que é isso, mas eu raciocinei direitinho a parte que ele disse que trabalharia em casa(foi a parte que eu mais gostei).

- Bem, Iuri conseguiu emprego, você também, e eu consegui uma moradia sem gente chata pra ficar pegando no meu pé.- Matheus veio pra sala, penteando as madeixas molhadas, provavelmente saindo de um banho.

- Então você realmente pretende ficar em Niterói?- Perguntei feliz pelo nosso amado poste.

- Sim, me identifiquei com a cidade.

- Eu sinceramente acho que isso merece uma comemoração na praia...- Meu ruivo, como sempre, saideiro. Mas a sugestão dele foi ótima, admito.

- Certo, eu ligo pra eles, que tal agora às onze?- Já estava tirando o celular do bolso.

- Por mim tudo ótimo, vou me arrumar.- Matheus saiu enquanto eu iniciei a chamada.

(@-@)

- À nós!- Brindamos com copos de refrigerante mesmo (os caretas não me deixaram beber), sentados em roda nas cadeiras da praia imensa. A brisa era fria, tipicamente com cheiro de sal e o mar estava parcialmente agitado.

O céu límpido, nos possibilitou um banho de mar gostoso. Me limitei a apenas molhar os pés, enquanto Iuri, Manú e Livia arriscavam o fundo, nunca fui muito fã de mar.

João Victor e Matheus conversavam em pé na beira mar e Analice se mantinha sentada nesta, observando feliz o mar se remexer.

- Mozãooo....- Perigo! Alerta de aproximação de Manú e Iuri e pelo tom de voz dele, não é coisa boa.

- Sai Iuri! Não vem não!- Recuei, tentando ir pra longe dos dois encharcados. Mas Iuri, além de mais alto, tem pernas mais longas e me alcançou...

-Vai Iuri! Joga ela no mar!- Manú sugeriu, indo pro lado de João e Matheus.

- Se você fizer isso você morre!- Ouvi a voz de João resmungar, enquanto a chatice do meu namorado me jogava na água fria da qual eu queria manter distância.

Nem adiantou muito tempo, Livia e Manú conseguiram jogar Matheus e João na água. Resolvemos deixar Analice quieta e ela teve a ideia de ligar pra Duda, uma amiga nossa e convida-la a vir também. As duas são inseparáveis, eu já estava estranhando Ana longe dela.

O dia passou bem rápido, recheado de risos e alegrias, comidas e pessoas passando mal de tanto comer (Manú e João, cof cof) e todos grudando por causa da água salgada.

Ao final desse mesmo dia, presenciamos algo muito diferente sentados na areia. Um sol saudoso e uma lua belíssima estampados no mesmo horizonte. Bati uma foto.

Agora eu já sabia como representar a felicidade. Bastava retratar aquela tarde abençoada.

Sentei no colo de Iuri, para apreciar a cena da qual registrei. Os braços longos se envolveram ao meu redor, e eu virei a cabeça pra beija-lo. O corpo dele estava quente, comparado ao meu gelado pelo vento. 

Estava tudo ali. Tudo do que eu precisava, amor, alegria, paixão e gente pra me fazer rir. Mas o estado de Analice ainda me assustava e preocupava, ela sempre foi quieta, mas jamais desse jeito. O que estaria acontecendo e por que ela não dizia pra ninguém?

Parece que eu teria que usufruir das minhas habilidades de stalker...





Notas Finais


Bjs!


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