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História Past Lives - Chapter 5


Escrita por: MafeSweet

Notas do Autor


Heey babys!!
Devo agradecer os 200+ favoritos na fanfic, vocês são demais :)
Espero ler comentários desses leitores fantasmas, saibam que eu adoro responder comentários, então fiquem a vontade para me mandarem diversos comentários, até se for um mísero ''continua'', estou aceitando de coração aberto *-*
Vamos lá...

Capítulo 5 - Chapter 5


Fanfic / Fanfiction Past Lives - Chapter 5

POV Jeon JungKook:

 

 

Outro sonho sufocante me assombrava, quem me dera sonhar como na tarde de ontem. Pode parecer estranho eu querer ter aqueles sonhos íntimos com Park, mas era melhor do que sempre acordar assustado e ofegante, como se estivesse realmente retornando a superfície da água depois de quase se afogar. Me questiono inúmeras vezes do porquê desses sonhos, que mais parecem ser pesadelos, ainda continuarem a me perturbar. Mesmo sendo apenas ilusões da minha cabeça, parecem realistas a um ponto absurdo, se passaram dois anos e eu ainda não sei que são sonhos na hora. Isso é um saco. Eu sou um saco.

 

Abro os olhos como se finalmente escapasse de uma armadilha, no caso essa armadilha era posta pela minha própria mente. Algo quase doentio. Minha respiração ofegante me deixava irritado comigo mesmo, era apenas um sonho, a porcaria de um pesadelo que amava me atormentar. Passo a mão sobre a testa, limpando um pouco do suor que havia ali, até os fios do meu cabelo colavam nesse suor, uma cena deplorável de se ver acredito eu. Suspiro pesadamente até conseguir de fato levantar da cama, cambaleio pelo quarto até chegar no banheiro, o meu reflexo no espelho praticamente me dizia ‘’você é um peso para o mundo’’, talvez eu esteja sendo depressivo, mas é a verdade, é o que eu sinto que sou.

 

Retiro a roupa e entro no box, ligo o chuveiro na água mais quente possível, vendo aquele vapor subir me dava uma sensação extasiante. Serenidade. O banho era o único momento que me sentia sozinho e bem, ver aquele vapor subindo me dava um sentimento de acolhimento, eu sei, isso é estranho. Mas eu sou estranho, então dane-se. Deixo aquela água que parecia ser trazida do inferno de tão quente, cair sobre meu corpo, relaxando meus músculos e tirando o suor que estava presente. Fico ali por longos minutos, até que decido desligar o chuveiro e me enxugar, deixando a toalha enrolada na cintura. Saio do box, passo o perfume e o desodorante como todos os dias. Voltando para o meu quarto, abro o armário e escolho uma camisa branca com alguns dizeres, a blusa era um pouco antiga e estava até um pouco apertada nos meus braços, mas como iria colocar um moletom vermelho por cima, nem me importei – vermelho escuro –, a calça era uma jeans escura com alguns rasgados, um coturno caramelo e pronto. Por último arrumei meu cabelo, na verdade eu não tinha um jeito de arrumar aqueles fios rebeldes, mas gostava deles arrumados, o estilo bagunçado não é muito comigo. Pelo menos é o que eu acho.

 

Pego meus fones sobre o criado mudo e o meu celular, jogo a mochila sobre os ombros e saio do quarto com passos não muito apressados. Desço as escadas e já avisto na mesa meus tios e Yoongi, os três comiam o café da manhã sossegadamente. Me sento silenciosamente ao lado do meu primo. Tomo um gole do suco de laranja, não tenho tanta fome pela manhã.

 

– Vamos primo, combinei de me encontrar com uma garota quando chegasse. Não quero me atrasar. – Yoongi diz com aquele sorriso sacana. Como sempre digo, um conquistar barato que por alguma razão consegue convencer as meninas de que presta, quando na verdade é bem diferente. Ele é um ótimo primo, mas namorado... nenhum pouco.

 

– Ok. – Assinto me levantando da mesa. – Bom dia. – Digo no tom de sempre para os meus tios que me retribuíram com um sorriso gentil. Meus tios são ótimas pessoas, menos pelo fato de quererem me empurrar em psicólogos e psicólogos, como se meus sonhos ou a minha exclusão – que eu mesmo gosto – fossem resultados da minha cabeça doentia. Não é isso, o buraco é mais embaixo tios... sinto muito pelo sobrinho problemático que vocês têm que cuidar. Na verdade, só até eu completar 18 anos, que será ainda esse ano, ou seja... ainda posso ser expulso dessa casa, mesmo achando isso um fato absurdo, vamos torcer para o contrário.

 

– Está mais calado que na maioria dos dias. – Meu primo diz enquanto andávamos a caminho do colégio. Solto um suspiro e olho para o chão, talvez buscando as palavras certas para dizer o que queria.

 

– Aconteceu uma coisa. – Digo e vejo que ele vira a cabeça na minha direção, como se me incentivasse a continuar. – Na verdade, foi um sonho estranho. – Levanto a cabeça novamente e ele parece arregalar os olhos. Sua mão segura meu pulso, me impedindo de prosseguir o caminho, o olho com a sobrancelha arqueada.

 

– Espera, não foi um daqueles pesadelos com água? – Nego com a cabeça e ele dá um sorriso de orelha a orelha, por algum motivo ele parecia feliz, demasiadamente feliz. – Então quer dizer que os pesadelos acabaram. – Solto um suspiro fraco, um pouco triste com o fato que aquilo não era verdade. Sinto que esses afogamentos não vão acabar tão cedo.

 

– Não. – Nego e ele parece confuso.

 

– Você sonhou o que de tão estranho? – Questiona ao voltarmos a andar, o prédio da escola já era visível. E eu não podia conta-lo o sonho, seria muito estranho o fato de eu ter sonhado com Park, um sonho tão íntimo e realista para mim. Por que minha mente fez isso comigo? Tantas pessoas, tantas personalidades que eu poderia ter no momento, tantas ações que eu poderia ter tido no momento, tantos questionamentos cercam minha cabeça agora que, a qualquer momento ela pode explodir em perguntas. Nunca fui assim, nunca me senti realmente intrigado com algo... só foi aparecer esse tal de Park que minha cabeça virou uma bagunça, primeiro seus olhos misteriosos, e agora esse sonho estranho.

 

– Nada demais. – As pessoas já nos cercavam, as garotas miravam Yoongi que mandava beijos no ar para cada uma delas. Me pergunto o porquê dessa carência da parte delas, a chegar no ponto de querer tanto que meu primo mandasse esses beijos. Ele não se importa com vocês, isso é o que gostaria de falar para todas, mas se elas permitem serem tratadas assim, o que posso fazer? Apenas observar ele as usa-las e depois descarta-las como simples objetos. Ok, isso é babaca da minha parte, porém no fundo cada uma dessas meninas sabe o que ele quer. Sexo. E só para ganharem atenção vão satisfaze-lo. Bom, pelo menos Yoongi tem a atenção para ele, logo terá a fama de pegador, popular ou qualquer coisa que essas pessoas achem legal. E eu... vou continuar sendo o estranho, a sombra de Yoongi, mas não reclamo, gosto de estar no escuro, onde ninguém me vê. Então... por que raios você me viu Park?

 

– Por algum motivo não acredito em você. – Ele cerra os olhos para mim. – Mas respeito a sua vontade de não contar, então vou indo, a garota deve estar à minha espera. – Dá um sorrisinho sacana, balanço a cabeça desacreditado no tanto que ele era safado. – Até depois priminho. – Pisca olho e sai andando, provavelmente atrás de sua prometida... notem a ironia.

 

– Olha quem achamos. – A voz de Hyuna se faz atrás de mim, me viro e a encaro. A loira usava uma maquiagem pesada, no quesito de base, batom vermelho, blush rosado, cílios enormes e uma sombra marrom quase preto. Isso que é carência de atenção. Suspiro e agarro a alça da minha mochila que estava ombro. – Sabe... estava pensando no que poderia fazer para acabar com essa sua marra de novato, e adivinha só? Achei uma coisa que pode servir como começo para a minha pequena vingança, saiba que a culpa é toda sua pôr interferir no meu caminho, com essas suas palavras confiantes, sei que no fundo queria ser como eu, popular. – Diz cínica, o copo com um liquido vermelho que estava em sua mão é jogado na minha roupa, para ser mais preciso, no meu moletom, todos perto olham a cena e soltam risadas espalhafatosas, não ligavam para o que a loira fizesse, a mesma ainda mantinha seu sorriso cínico, como se realmente estivesse satisfeita com o que fez.

 

– Está feliz? – Pergunto no tom normal, ela assente a cabeça. – Acho que na verdade, não, está apenas tentando mostrar as pessoas que não é rebaixada pelos outros. No fundo você sabe que isso não é certo, e mesmo assim faz. Tudo bem, não posso culpar a sua cabeça doentia. Mas aconselho procurar um psicólogo rapidamente. – Digo cada palavra com a atenção de todos naquela entrada, até Yoongi presenciava a cena, mas não se intrometia, prefiro assim. Os seus olhos saiam faíscas, ela quem começou, agora aguenta.

 

– Eu vou acabar com você seu bastardo! – Exclama enquanto eu adentrava o colégio, a caminho do banheiro masculino. Era um corredor vazio, a porta mostrava a placa indicando que aquele era o banheiro certo. Sem nem pensar duas vezes abri a porta, dando praticamente de cara com uma das portas dos sanitários aberta, enquanto um jovem vomitava no vaso, apenas vi os sapatos e suas calças, ele parecia não ter percebido minha presença. Aproximei-me e vi sua cabeleira negra, espera... Park?!

 

– Quem está aí? – A sua voz sai meio embargada devido a todo o esforço que tivera vomitando, ele passa a mão nos lábios, na intenção de limpa-los e em seguida olha para trás, seus olhos alcançam os meus. Ele parece furioso ao me ver ali, no mesmo movimento se levanta dando a descarga no vaso sanitário e vindo ao meu encontro, seus olhos demonstravam a sua raiva sem motivo. – O que pensa que está fazendo aqui? Não viu que estava ocupado? Ah, e nem pense em contar isso as pessoas seu bastardo. – Ameaça, o olho de cima a baixo. Sua aparência não era uma das melhores, cabelos até mais bagunçados que ontem, olheiras profundas, e um hálito de puro álcool. Ele está de ressaca. Sua blusa está com marcas de suor, de certo ele estava ali já a um bom tempo, vomitando todo o líquido ingerido na noite anterior. Suspiro levemente e olho no espelho.

 

– Deveria parar de beber. – Digo analisando o moletom que agora estava completamente molhado pelo suco jogado em mim. Eu estava com raiva de Hyuna, mas já basta o que falei para a mesma minutos atrás. Park dá uma risada um tanto sarcástica.

 

– Quem é você para me falar o que fazer? Ah, é mesmo, esqueci que você é apenas um mísero bebê. – Fala na intenção de me irritar. Mas naquele momento não me estressei, seu tom era meio desengonçado de se falar, provavelmente o efeito alcoólico ainda estava presente no seu organismo. – Quem fez isso com você? – Questiona observando meu moletom molhado. Eu não deveria responde-lo, ele não tem nada a ver com a minha vida, mas de qualquer maneira ele iria saber mesmo. E a versão de Hyuna seria outra, ou seja, melhor eu contar do que a loira vingativa.

 

– Sua namorada. – Respondo e ele parece surpreso.

 

– Por que Hyuna faria isso? – Quase ri da sua inocência naquele momento.

 

– Pensei que sabia da personalidade complicada da sua namorada, ou pelo menos deveria saber que ela iria se vingar por ontem. Ela quis me mostrar o meu lugar, mas jogar isso em mim, só mostrou o quanto ela pode se rebaixar para alcançar os seus objetivos sujos. – Falo colocando as mãos na barra do moletom, na breve intenção de tira-lo, mas sou interrompido pela fala do moreno que apoiava a mão na pia.

 

– Você mal conhece ela e já quer tirar suas conclusões. Acho que na verdade você que tem uma personalidade complicada, não ela. – Defende a loira. Não sei bem se isso foi para defender Hyuna, ou me julgar. Acho que ele usa de tudo para me deixar para baixo, ele deveria saber que nada me deixa triste mais. Há um bom tempo.

 

– Pense o que quiser. – Digo e levanto o moletom com cuidado para não molhar meu rosto ou cabelo junto, o cheiro doce seria horrível permanecido em mim. Cheiros doces são enjoativos para mim. Olho novamente no espelho, e só agora assimilei que a blusa que estava vestido estava marcada no meu corpo, mas não tinha como trocar.

 

– Você malha? – Arqueia a sobrancelha.

 

– Não. – Nego e ele parece curioso. – Por que? – Como disse antes, nunca fui de questionar muito as coisas. Como esse garoto pode mudar até minha forma de pensar e agir em apenas algumas horas? E ainda tem aquele sonho... completamente estranho.

 

– Seus braços têm músculos, e olhando pela camisa, seu abdômen também. – Diz com o olhar na minha camisa. Engulo em seco pelo seu olhar vidrado em mim, eu estava até meio envergonhado, de fato era estranho um homem estar falando aquilo para mim. Muito estranho.

 

– Impressão sua. Além que eu só corro as vezes... me ajuda a esquecer o mundo. – Falo e logo depois me questiono do porquê ter me justificado. Ele não precisa saber da minha vida, ele nem precisava saber que eu existia, mas agora cá estou conversando com ele. Me sinto estranho, primeiro, ele me trata com inferioridade e agora está aqui conversando comigo como se fossemos pelo menos colegas, coisa que não somos e nunca vamos ser. E segundo, ainda tem aquele sonho sem explicação alguma, e ele está aqui rondando minha mente diversas vezes.

 

– Entendo. – Cruza os braços. – A aula já deve estar começando, até mais Kookie-ah. – Dá um sorrisinho de lado e sai do banheiro em questão de segundos.

 

Esse apelido.

 

Ele me chamou da mesma coisa do sonho. Por algum motivo meu coração acelerou, de certo por estar assustado. Ok, muitas perguntas se formaram na minha cabeça. Por que ele me chamou assim? Aonde ele ouviu esse apelido estranho? Como ele sabe disso? Para resumir tudo, o que eu queria saber de fato era como ele descobriu esse apelido, sendo que apenas no sonho eu ouvi, meu primo, nem ninguém, nunca me chamaram assim... pela primeira vez estou realmente...

 

Curioso.

 

(...)

 

 

– JungKook, o que foi aquela cena mais cedo? – Yoongi me fuzilava com o olhar enquanto estávamos no intervalo. A sombra da árvore acima de nós, nos refrescava, mas seu olhar praticamente queimava em mim, de fato meu primo estava irritadíssimo comigo. E eu nem sei o porquê direito.

 

– Foi o que você viu. – Dou uma resposta curta. O fato de hoje ser o segundo dia de aula, e eu já ter arranjado inimigos, deve ter deixado Min preocupado. Não é para menos.

 

– Eu vi a garota mais popular desse colégio jogar um copo de suco em você. Agora dá para me explicar isso?

 

– As coisas acontecem Yoongi, e você não precisa saber, ou se preocupar comigo. Sabe que posso me cuidar muito bem sozinho. – Ele bufa e eu encaro a grama.

 

Pode parecer que eu estou de marra com meu primo, mas na verdade, eu só não quero preocupa-lo ainda mais. Yoongi tinha seus amigos no outro colégio, e mesmo assim veio comigo para esse, se eu fizer algo que possa comprometer isso... sinto que ele sentirá raiva de mim. Ele é uma ótima pessoa, e merece ter tudo que essa escola e as pessoas que a frequentam podem oferecer. Ainda acho que ele arrumará uma namorada – algum dia – e tomará rumo em sua vida, e eu vou ficar observando isso acontecer enquanto me afundo ainda mais em meus próprios pensamentos que são considerados por muitos sombrios.

 

Desculpe-me primo, mas essa é a verdade. Você nasceu para brilhar. E eu nasci para permanecer nas sombras.

 

 

POV Park Jimin:

 

 

Devo admitir que a noite anterior foi baseada em bebidas, as mais fortes possíveis, Namjoon disse que precisava beber, sempre que briga com SeokJin é a mesma coisa. Ele fala que só eu aguento suas reclamações, a maioria são ‘’Ele é muito ciumento’’, seguido de ‘’Mas é tão lindo’’, e por último ‘’Vou na casa dele’’. Sim, ele realmente se rebaixa ao ponto de se humilhar em frente a cada de Jin, eles conversam e se acertam, e nem em um milhão de anos quero saber o que eles fazem depois disso. De qualquer forma, ele me deixou sozinho no bar, tive que dar meu jeito e ir embora para casa. No entanto, a ressaca me pegou no dia seguinte. Que ótimo.

 

Cheguei no colégio e fui direto para o banheiro. Nem preciso dizer que foi uma surpresa quando o garoto marrento apareceu, me senti fraco por estar ali vomitando e com a cabeça latejando. Tivemos uma pequena conversa, e logicamente estranhei o líquido em seu moletom, mesmo que eu tenha defendido Hyuna, sei que no fundo ela não merecia aquilo. Sempre é a mesma coisa, ela atormenta e atormenta até que a pessoa não aguenta mais e seja expulsa ou saia por vontade própria.

 

Os músculos do seu braço me chamaram a atenção, quer dizer, ele não faz o tipo que vai a academia, mas eu tinha que perguntar. Ele é como eu, corre para escapar dos problemas que a vida tem a nos oferecer. Essas porcarias de problemas que ferram com nossas vidas. No final, meio que impulsivamente o chamei pelo apelido do sonho – estranho –, Kookie-ah e antes de sair do banheiro vi seus olhos arregalados. Ele ficou surpreso com o novo apelido adquirido? Talvez sim, JungKook não faz o tipo que recebe apelidos das pessoas. Posso ter sido até o primeiro a fazer isso.

 

Devo dizer uma coisa... JungKook você é um mistério.

 

 

(...)

 

 

As três primeiras aulas passaram tediosamente, levei diversas broncas por não estar prestando atenção nos professores, e até por tirar um cochilo em uma dessas aulas. O que posso fazer se estudar me deixa com sono? Nada.

 

– Tá mal hoje em Jimin. – Taehyung fala assim que saímos da sala em direção ao jardim para o intervalo.

 

– Tudo culpa do Namjoon que resolveu beber para afogar as magoas do Jin. E agora ele deve estar transando e eu aqui com uma puta ressaca. – Falo mal-humorado.

 

– Tem que parar de acompanhar o rei da destruição em tudo. – Hoseok diz e eu assinto concordando.

 

– Falando de mim? – A voz de Namjoon soa atrás de nós três. Todos viramos e olhamos ele que estava de mãos dadas a Jin, ambos com sorrisos no rosto. Nem preciso dizer que estavam com cara de uma noite pôs sexo. Pois estavam.

 

– Jin, pelo amor de Deus, nunca mais brigue com ele. Eu te imploro, não aguento mais ter que ficar bêbado com ele. – Faço uma encenação na brincadeira, como se realmente estivesse sofrendo com aquilo.

 

– Idiota. – Namjoon me dá um tapa no braço.

 

– Pode deixar Jimin. – Fala Jin.

 

Fomos todos até nossa típica mesa, os outros já nos esperavam, junto deles estava Hyuna. E eu tinha algumas perguntas para a loira.

 

– Hyuna, por que jogou suco no bastardo?

 

– Fala sério, só falta defende-lo. – Revira os olhos. A encaro fortemente, a mesma bufa. – Ok, eu queria a minha vingança, ninguém me desrespeita e sai impune. – Fala com seu ar de superioridade.

 

– Fala como se fosse Deus ou coisa do tipo. – Resmungo, mas parece que ela escutou.

 

– Sou como a rainha dessa escola, todos me respeitam como uma, por que ele seria diferente? – Arqueia a sobrancelha. Não sei Hyuna... ele apenas é.

 

– Acredito que ele ainda não aprendeu a lição. – Digo e ela ri diabolicamente.

 

– Não tem problema, posso fazê-lo aprender bem rápido. – Me lança aquele olhar que até eu tinha medo. Sei bem que ela pode ter tudo o que quer.

 

– Você me dá medo Hyuna. – Taehyung solta e todos da mesa seguram as risadas.

 

– Que bom. – Seu sorriso permanece. – Falando em medo, preciso dar uma lição em uma garota que me desacatou hoje. Volto já amor. – Deixa um selinho em meus lábios e sai da mesa, com seu grupinho atrás de si.

 

– Tantas garotas nessa escola, tinha mesmo que ser ela? – Taehyung questiona e eu dou de ombros.

 

– Ela é boa de cama. – Falo e Jin quase se engasga com o refrigerante que estava tomando. – Ah Jin, não faça a Madre Tereza de Calcutá, sei muito bem que ontem você aproveitou muito com Namjoon. Acho que vocês adoram brigar, depois devem transar feito coelhinhos. – A medida que ia falando as bochechas de Jin iam ficando mais e mais vermelhas.

 

– Cala a boca Jimin! – Namjoon exclama.

 

– Foi mal. – Levanto as mãos em um rendimento. Levo meus olhos pela extensão do jardim, e lá estava ele. Espera, Hyuna está falando com ele? – Já volto. – Digo e saio da mesa em direção a eles.

 

– Você trombou em mim e não tem nem a decência de pedir desculpas? – Ouço Hyuna falar. JungKook parecia desinteressado em qualquer coisa que a loira dissesse.

 

– Você esbarrou em mim de propósito. Então, por que eu deveria pedir desculpas e não você? – O moreno questiona, eu via Hyuna apertar os pulsos com raiva. Aproximei-me.

 

– Posso dar uma lição no seu lugar? – Pergunto para ela.

 

– Claro, mas tome cuidado para ser... o mais terrível possível. – Dá o seu sorriso diabólico de antes. – Seu bastardo. – Fala com desdém olhando JungKook, saindo logo depois acompanhada das amigas.

 

Um dos motivos por eu ter feito isso, foi o simples fato de ver que Hyuna podia explodir a qualquer momento. E se ela explodisse... eu sentiria dó de JungKook. Ela é o diabo em pessoa como já disse antes.

 

– Por que ainda brinca com fogo? – Questiono.

 

– Ela no caso seria o fogo? – Assinto e ele suspira pensativo, mesmo que levou segundos para falar algo, parecia emerso me mil coisas ao mesmo tempo. – Hyuna está mais para uma garotinha mimada que tem tudo na vida, mas ainda tenho fé que o destino pregará peças nela. Afinal, o destino destrói tudo. – Fala e por um milésimo de segundo eu vi a tristeza em seu olhar, mas ele logo fortaleceu seu olhar no meu. Seu olhar... diz tudo e ao mesmo tempo nada.

 

– Vamos entrar, ela precisa pensar que eu realmente te dei uma lição. – Falo e ele dá de ombros. Entramos dentro do colégio, em um dos corredores lotados de armários. Paramos um de frente o outro.

 

– O que vai fazer? – Pergunta cruzando os braços. Ele é mesmo um garoto sem medo, e marrento.

 

– Quer que eu te bata? Afinal, você bem que merece. – Sua expressão permanece a mesma, mesmo quando avanço um passo em sua direção. – Não sou como Hyuna, na maioria das vezes não guardo rancor, mas você... você me deixa intrigado Kookie-ah. – Definitivamente gostei desse apelido. Não, não sei porquê confessei que ele me deixava intrigado. Como se tivesse confessado um dos maiores segredos para um estranho, que na verdade não parecia um simples estranho para mim. Ele parece não gostar do apelido, o que me faz querer usá-lo muito mais.

 

– Então você tem rancor de mim? – Ele parecia em uma confusão interna, e não parecia estar gostando disso.

 

– Você me desafiou. – Dou um passo à frente. – Você me irritou. – Outro passo. – Disse coisas que nem sabia sobre mim. – Mais um passo. – Enfim, isso tudo em apenas um dia de aula. E é difícil explicar o fato de eu não sentir raiva de você. – Eu já estava perto o suficiente dele. E ele não parecia nenhum pouco abalado, nem pelo meu tom que estava mais sério que o habitual, nem pela aproximação. JungKook é mesmo uma pedra em forma de gente.

 

– O que você quer Park? Que eu me rebaixe a você? Que me sinta inferior? Que peça desculpas a sua namorada? Que pare de te olhar? Se é isso tudo que quer, deve pelo menos me deixar em paz, não fale comigo, não me procure, e se passar por mim... finja que não me conhece. – Fala tudo na maior calma possível.

 

Ele tinha razão... por que eu estou atrás dele? Ele é apenas a porra de um novato marrento, e pelo jeito quer distância minha. Posso apenas conceder seu desejo, assim não vou ter mais dores de cabeça, e nem esses sonhos peculiares em situações mais estranhas ainda.

 

– Ok. – Concordo dando um passo para trás. Simples, tenho que deixar essa minha curiosidade sobre ele de lado. Esse moreno é só mais um simples estudante.

 

– Até mais Jiminnie-ah. – Diz e sai dali.

 

Esse apelido.

 

Esse apelido foi o mesmo usado no sonho. Ninguém nunca me chamou assim, mas como ele sabe desse apelido? A primeira vez que o ouvi foi no sonho. Será possível... não. Mil vezes não.

 

Desculpe-me JungKook, mas será impossível desistir de você sem saber seus segredos mais profundos.

 

 

 

 

Continua....


Notas Finais


Até mais!! <333


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