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História Paternidade Construída! - No coração do papai, sempre cabe mais um...


Escrita por: Carol_Nara

Notas do Autor


Oie meus amores! >.<
*leva tiros*
Eu sei, eu sei! Demorei horrores, meses, tempo demais pra atualizar a fic. E não é só essa, infelizmente.
Galera, em minha defesa eu publiquei um jornal, que se não me engano, ainda está em destaque, logo no inicio do meu perfil. Onde falo de possíveis atrasos e o motivo deles… nossa, minha vida está uma confusão. Em resumo, fui demitida, comecei o curso e falta de criatividade mesmo.
Sério, não sei como tem pessoas que consegue conciliar a faculdade com fanfics, porque pra mim isto é quase uma tarefa impossível. É trabalho atrás de trabalho, mal termino um desenho e já tem outros, é leitura e correria pra comprar materiais… eu tô quase ficando louca, e é só o primeiro semestre, socorro!
Eu sei que pode parecer exagero e muitos não ligam, mas eu realmente preciso de um tempo pra entrar no ritmo e me habituar com a nova realidade, então perdão mesmo por minha vida ter respingado aqui e ter ocorrido esses atrasos, que afinal parecem serem inevitáveis.
Mas tirando isso, ontem bateu a inspiração e sentei para escrever essa gostosura, terminando coisa de minutos atrás. Sim, demorou, mas entrego com carinho e espero que ainda tenha alguém por aqui.
Finalmente também terminei o desenho da Nat, e aí está ela, mais ou menos como a vejo, para poderem ter uma noção também kauskaus… desenho meu, vetado para uso externo. U.U como disse, tenho ciúmes dos meus bebês...
Boa Leitura! *-*

Capítulo 17 - No coração do papai, sempre cabe mais um...


Fanfic / Fanfiction Paternidade Construída! - No coração do papai, sempre cabe mais um...

– Dormindo agora. Tivemos uma conversa, onde ele me contou coisas que fiquei surpreso. Sato está triste, chateado, irritado… coisas demais para uma criança tão pequena, não acha?! – falei um pouco irritado e ele me encarou alarmado. – O que está acontecendo Naruto?

– Como assim?

– Aparentemente você esqueceu que tem um filho nas últimas semanas. Porque Satoke simplesmente decidiu que agora só tem um pai.

– Isso não é verdade. – falou, ainda em seu estado chocado, parecendo confuso.

– Não é?! Então me diga quando foi a última vez que você o fez dormir? Que o deu banho ou simplesmente sentou com ele para fazer as atividades da escola? – questionei e ele ainda parecia assustado quando desviou o olhar e ficou pensativo, o que fez com que me irritasse mais ainda. – Não lembra, não é?! Pois é, e ele não lembra mais de você.

– Não é assim, eu jamais teria tal atitude com nosso filho! Talvez eu tenha me distraído, mas…

– Distração? Distração é eu está conversando e de repente me perder no assunto. Você ignorar a existência do seu filho é relapso e irresponsabilidade.

– Ignorar? Para com isso, eu jamais faria algo assim com o Satoke, é o meu filho. – e levantou-se, também irritado. – Acontece que eu ando com a cabeça cheia, eu trabalho, tenho uma casa pra cuidar, e Satoke não é a única criança nessa casa, Natsuko precisa de atenção, de alguns cuidados especiais, o problema é que Satoke é exatamente igual a você.

– Como assim igual a mim?

– Sempre que alguma coisa foge do seu controle você se afasta e se fecha, não procura falar do assunto e fica acumulando tudo até chegar o momento da explosão.

Mirei-o chocado, quase sem acreditar no que tinha acabado de ouvir. Ele praticamente abandonou o filho por semanas, e agora ainda quer ter razão, jogando a culpa sobre mim e o garoto, quando o único culpado disso tudo é ele mesmo. Quando quem tá sofrendo é um bebê que mal sabe pronunciar as palavras corretamente.

– Não culpe o menino, não me culpe. Olhe para as suas atitudes. Tudo isso começou quando você decidiu trazer aquela menina para dentro dessa casa! – gritei, me dando conta depois que não devia ter feito isso, olhei por um segundo para a porta esperando por algum barulho, mas não ouve nada, agradeci e voltei meus olhos para o loiro, voltando ao tom de voz baixo. – Quando você agiu de forma imatura, não pensando nas consequências de suas atitudes, no que isso poderia acarretar.

– Você sabia o que eu pensava sobre o assunto, sabia também que temos um filho pequeno, que também precisa de cuidados especiais, caso você tenha esquecido. E mesmo assim foi se meter em um assunto que não te dizia respeito, tendo a incrível ideia de trazer uma menina cheia de problemas e traumas para nossas vidas.

– Sasuke, não fala assim, eu te consultei…

– Não, não consultou! – o cortei, tentando não me abalar pela sua careta triste, porque sabia que cederia a ele. – Você simplesmente chegou aqui jogando tudo em cima de mim, já fazendo planos e compras, transformando nossa vida numa verdadeira confusão. Sem contar que também não explicou as coisas direito para o Sato, ele não entende porque agora você não tem tempo nem sequer para dar banho nele. Ele tem o direito de está irritado, eu também, como você pode ter sido tão inconsequente? Você jamais deveria ter permitido que essa menina tomasse o lugar do seu filho!

– Ela não tomou Sasuke, não julgue as coisas. Eu tentei aproximar os dois, mas a Nat é retraída e Satoke quase sempre não queria, sem contar que nas vezes que consegui, Sato é tão elétrico, que acabou assustando ela. Você sabe que ele prefere você, seja para tomar banho, ler para ele dormir ou ajudar a pintar, vocês são grudados. Não quis fazer mal a ele, eu só estava tentando dá alguma atenção a ela.

Calei-me por um momento, absorvendo aquilo, enquanto ele voltava a sentar na cama, parecendo frustrado.

– Natsuko passou por coisas terríveis, ela é muito pequena pra carregar tanta dor. – me surpreendi quando ele começou a chorar. – Ela me contou que morava só com a mãe, que a mulher vivia triste e chorando, elas passavam dificuldades, tinha dias que não tinham o que comer. Até que naquele dia a mãe a levou ao parque, dizendo que iriam passear, a deixou ali e pediu que a esperasse, que ela iria comprar um sorvete… E Nat-chan ficou esperando, esperando, anoiteceu e a mãe não voltou, e ela dormiu ali. Dormiu no chão, com frio, com fome, esperando a mulher que devia a proteger, que devia cuidar dela.

Engoli em seco, ainda muito chocado com tudo, vendo-o se debulhar em lágrimas. O loiro procurou se controlar e passou as mãos no rosto, suspirando.

– Eu só queria dar uma família de verdade a essa menina, e não destruir a minha. – nossos olhares se encontraram e vacilei com suas palavras. – Mas você está certo, eu não deveria agir de forma impensada, então se você e o Satoke não podem se habituar… mesmo que me doa, eu posso levá-la para o abrigo… apesar de agora ela está me chamando de pai... – ele sussurrou a última frase para si mesmo, mas pude ouvir por está atento a cada coisa que saía de sua boca.

– Ela te chama de pai? – retruquei e ele assentiu com um sorriso pequeno e triste.

– Começou semana passada, de forma até bem espontânea, ela me chama de papa também.

– Eu vou sair. – foi o que consegui falar, rumando em direção à porta. – Não sei que horas eu volto.

– Sasuke?! Sasuke aonde você vai? – ignorei sua pergunta e peguei a chave sobre a bancada, atravessando a porta de entrada e logo seguindo para o meu carro. Entrei nele e saí, eu precisava pensar, precisava absorver tudo isso e chegar a uma conclusão.

Era chocante e perturbador de mais lidar com essa realidade. Eu não era ingênuo de não saber que essas coisas existem, mas se deparar com isso de forma tão próxima… é cruel. Abandono, fome, uma menina de apenas cinco anos… Só então passei a ver as coisas um pouco mais como o Naruto, e… não seria uma das coisas mais fáceis do mundo…

Joguei a chave sobre a mesa, virando o rosto e me deparando com o sol nascendo através do vidro da janela da sala, suspirei, o dia havia chegado tão rápido. Ou fora o tanto de coisa na minha cabeça que não me permitiu notar o tempo passando e as horas correndo, consegui apenas tirar um rápido cochilo no carro antes de voltar, depois de ter tomado uma decisão.

Passei as mãos nos cabelos e segui pelo corredor, indo até o quarto do Sato para chamá-lo. Mas parei assim que abri a porta, me deparando com Naruto sentado no chão, debruçado ao lado do menino que ainda dormia tranquilamente. Aproximei-me devagar e encarei o rosto do loiro, que estava acomodado sobre os braços cruzados, e sua imagem francamente me doeu.

Naru estampava um cenho franzido, provavelmente não dormiu boa parte da noite também e agora parecia está tendo um sono perturbado. Seus olhos inchados não deixavam dúvidas do choro, o que acaba comigo. Eu simplesmente odeio vê-lo desse jeito, pior era ser um dos causadores de suas lágrimas.

Abaixei-me e com cuidado o peguei nos braços, levantando com ele no colo, seguindo devagar para nosso quarto. Assim que entrei segui até a cama e o acomodei ali, o vendo se alinhar e murmurar alguma coisa que não entendi, mas agora suavizando a expressão de dor.

Não tem como ficar irritado com essa criatura por muito tempo…

– O que eu não faço por você, hum?! – falei com um pequeno sorriso e me inclinei, lhe dando um beijo na testa e o cobrindo.

Depois disso fui para o banheiro, eu precisava de um banho para despertar e me manter acordado pelo resto do dia, visto que minha noite não foi das melhores. Levei alguns bons minutos até sair de lá e pegar uma roupa leve para vestir, optando por uma bermuda e camiseta. Depois de pronto saí do quarto o fechando, deixando o loiro dormindo, e voltei ao quarto do meu filho, que ainda estava apagado… quanta preguiça!

– Hey Bebê acorda. – sentei ao seu lado, passando a mão em sua cabeça. – Oe meu anjo, está na hora de acordar. – ainda levou um tempo até ele finalmente abrir os olhos, resmungando. – Vamos deixar essa preguiça de lado e levantar.

– Naum… não quero ir pa escola.

– Hoje não vamos para a escola. – falei e ele pareceu mais desperto, me olhando sorrindo.

– Não?!

– Não, hoje vamos sair. Vamos ao parque e brincar bastante, não parece legal?

– Sim! – gritou animado, sentando e levantando os braços, me fazendo rir. – Eu quero sorvete!

– Você vai poder tomar uma taça bem grande de sorvete.

– Oba! – falou mais animado, já se preparando para sair da cama, quando o peguei e coloquei no colo.

– Antes vamos ter uma rápida conversa, ok?! – falei agora mais sério e ele me encarou risonho, assentindo rapidamente. – Bem, vamos sair e brincar, mas também quero levar a Nat-chan e quero que você a trate bem.

– Por que ela vai? – retrucou já fazendo bico e apertei o seu nariz, o fazendo rir.

– Filho, porque agora ela faz parte da família. Quero que a veja como irmã, e se vamos passear, eu não posso levar somente você.

– Não gosto dela! Ela vai tomar meu papa e meu tou-chan! – falou irritado e o impedi de descer, voltando a acomodá-lo no colo.

– Satoke fique calmo e me ouve. – falei sério e ele me encarou, suspirei e sorri, acariciando seus cabelos. – Sabe bebê, você é muito amado e muito querido. Você tem tios, avós, amigos e dois papais que te amam muito e cuidam de você. E não importa o que aconteça, o ‘papa’ e o ‘tou-chan’ sempre vão estar aqui pra cuidar de você e te proteger, pra te dar muito carinho. Mas tem muitas coisas tristes que acontecem com outras crianças.

– Tistes? – indagou alarmado com a palavra.

– Sim, coisas tristes. Como com a Nat-chan, que era muito triste porque não tinha papai.

– Não tinha papai? E onde tá o papai dela? – e ele parecia bem assustado com isso, e genuinamente curioso.

– Eu não sei bebê, ninguém sabe. E a Nat-chan chorou e ficou muito dodói, porque ela não tinha quem cuidasse dela. Até que a encontramos naquele dia e o ‘papa’ quis cuidar dela, igual cuida de você. Ele quis ser papai dela também.

– Mas ele já é meu papa… – murmurou com um biquinho e rir, concordando.

– Sim, mas você é um e tem dois papais. Acho justo que o ‘papa’ mesmo sendo um tenha dois bebês pra cuidar. Presta atenção; se você tivesse que escolher entre o ‘papa’ e o ‘tou-chan’ para ficar com você, e outro você não veria por muito, muito tempo, você seria capaz de escolher e ficar feliz?

O loirinho arregalou os olhos e me encarou, ficando tão chocado quanto lhe fosse possível. E eu almejava realmente que a resposta me fosse a esperada, pois se não, ficaria mais difícil explicar isso a ele.

– Mas não posso ficar com os dois?! – falou tristonho e suspirei aliviado.

– Sim filho, você pode. Isso porque você gosta do ‘papa’ e do ‘tou-chan’ da mesma forma e ficaria muito triste se não tivesse um de nós, não é?! – o loirinho assentiu e confirmei com felicidade que o dito na noite passada foi da boca pra fora. – Então, com o ‘papa’ é a mesma coisa, ele gosta de você e da Nat-chan da mesma forma e ficaria muito triste se tivesse que ficar longe de um de vocês. Na verdade, ele já está muito triste, porque você disse que não gosta mais dele e da Natsuko, ontem o ‘papa’ chorou muito de tristeza.

– Não quero o papa tiste…

– Eu também não, porque vocês são as pessoas mais importantes que tenho, e quero ver todos felizes. E como o ‘papa’ gosta de você, da Nat e do ‘tou-chan’ muito, muito… você não acha que pode gostar dela nem que seja só um pouquinho, pra aceitá-la como irmã e deixar o ‘papa’ mais feliz?! – terminei e ele inclinou a cabeça, pensativo, fazendo seu bico extremamente fofo, até que vi um sorriso aparecer e ele assentir, me fazendo sorrir também.

– Então eu e Nat-chan somos igual o Hiro-chan e o Hito-chan, que brinca sempre juntos?!

– Isso mesmo meu amor, vocês serão exatamente assim. E te garanto que vai ser muito legal ter uma irmã pra brincar o tempo todo.

– Tá bom! – concordou voltando a animação e fiquei agradecido, lhe dando um beijo na testa.

– Agora você vai se preparar para o banho, que vou chamar a Natsuko, assim, depois de trocados, vamos ao parque, hum?! – ele concordou e fez menção de descer, e dessa vez o deixei ir, vendo-o pegar um de seus brinquedos.

O deixei fazendo isso e rumei para o quarto ao lado, me preparando para outra batalha… só espero que ela não comece a chorar, oh Kami, me ajude. Entrei no quarto e vi a moreninha já acordada, brincando com uma boneca distraidamente, isso é, até me perceber no cômodo.

– Bom dia Nat-chan! – cumprimentei e ela arregalou os olhos, logo escapulindo para de baixo das cobertas, um pouco trêmula, suspirei. – Não precisa ter medo de mim, não vou te fazer mal, hum?!

Esperei por alguma resposta ou ação, mas ela continuou escondida, quase não se movendo… será que ela pensava mesmo que eu não estava a vendo?

– Olha Nat-chan, vim te convidar para passear comigo e o Satoke, você gostaria de ir? – falei praticamente com o vento, ficando já um pouco incomodado. – Vai ser bem legal, vamos nos brinquedos e tomar sorvete?! – tentei mais uma vez, e nada, suspirei frustrado e me sentei na beira da cama, rendido. – Tudo bem, sei que você não gosta muito de mim… o que não te faz parecer uma criança muito normal, por que quem não gosta de mim? Porque olha pra mim, eu sou bonito! Mas tudo bem… Sabe, seu ‘papa’ não está muito bem, ele está triste com algumas situações e eu quero facilitar tudo, mas pra isso preciso que você coopere comigo. – falei agora já arrancando uma reação dela, que desembrulhou a cabeça e me olhou curiosa.

– Papa tá dodói? – Ah, quando ele acordar certamente vai está com dor por ter dormido no chão…

– Mais ou menos isso, por isso hoje eu que vou cuidar de você, ok?! E se você me der uma chance, posso provar que sou um tio muito legal, e vamos nos divertir bastante. – conclui e a pequena ficou pensativa, olhando para os lados e meu rosto por algum tempo, até que assentiu, saindo de baixo do cobertor.

– Quando… vai melhorar? – voltou a falar e a encarei por um tempo, até entender do que se tratava.

– Ah… acho que na hora que voltarmos ele estará bem melhor. – sorri e ela concordou, então levantei e a ajudei descer da cama.

– Hum… acho que ainda não está certo. – falei, virando de frente para Natsuko, vendo que o laço ficou torto na cabeça dela, Satoke parou ao meu lado, olhando curioso. – É, eu definitivamente não sei fazer isso.

Desisti e joguei a escova sobre a cama, tirando o laço da cabeça dela. Depois de tentar fazer uma maria-chiquinha, que saiu torta demais, e esse rabo de cavalo, que saiu também muito torto, comprovo que sou um tapado no assunto. Vergonhosamente não sei fazer um penteado no cabelo de uma criança!

Olhei para o meu filho… me dando conta dos fios loiros rebeldes caídos em volta do rosto e totalmente arrepiado atrás, semelhante ao meu. Eu não tinha o hábito de pentear o cabelo dele quando o arrumava, quanto mais colocar laços ora droga… eu não penteava nem o meu! Esse troço de pente e escovas são coisas do demônio!

– Quer saber?! Você tem um cabelo bonito e vai assim mesmo, Nat-chan. – disse por fim, jogando o enfeite de cabelo na cama também, vendo a cabeleira negra cair e cobrir sua testa e costas. – Você tem cabelos muito compridos.

– Igual o tio Neji. – constatou Sato e concordei, colocando a sapatilha nos pés dela.

– Então vamos embora, já está ficando tarde.

Seguimos para fora de casa e abri o carro do Naruto, acomodando os dois em suas respectivas cadeirinhas. Depois tomei meu lugar atrás do volante e finalmente saímos. A viagem foi até animada, já que o loirinho não parava de falar e fazer perguntas… já a moreninha apenas balançava a cabeça algumas vezes e noutras ficava me encarando quanto tentava incluí-la na conversa, permanecendo retraída.

Quando finalmente chegamos ao parque, e saímos do carro, vi um sorriso se abrir no rosto dos dois. Seguimos para a entrada, peguei na mão cada um, me certificando de segurar bem firme o menor, não posso nem imaginar ele acabar se perdendo aqui também, que é muito maior que a pracinha perto de casa.

– Eu quero ir ali tou-chan! – apontou eufórico para o carrossel assim que passamos pela entrada e assenti, então seguimos para lá.

Assim que chegamos, uma moça que estava ali para ajudar as crianças a subir no brinquedo estendeu os braços e soltei o loirinho que correu até ela rindo. Fiz menção de fazer o mesmo com Nat, e ela ficou parada ao meu lado, se agarrando a minha perna quando a moça voltou-se para ela sorridente.

– Vá com ela Nat-chan, vai ser divertido. – tentei encorajá-la e a mesma balançou a cabeça em negação. – Você vai gostar, vai com o Sato, hum?!

– Não. – negou novamente e suspirei, fazendo sinal para a moça que a pequena não iria.

Então ficamos ali, vendo o loirinho rir feliz da vida enquanto estava girando naquele cavalo. É bom vê-lo assim, já rindo e esquecendo totalmente a implicância com a menina ao meu lado, acho que a conversa que tivemos fora muito produtiva. Voltei os olhos para Nat e lhe entendi novamente a mão, no qual ela pegou prontamente.

– Ficou com medo? – indaguei e ela assentiu. – Tudo bem, depois vamos a um mais calmo então. – eu só não conseguia pensar em um brinquedo mais calmo que aquele…

A manhã havia se passado muito rapidamente, aos poucos o parque foi ficando mais movimentado, não tanto quanto ele estaria se fosse um final de semana, mas havia até bastantes pessoas.

Já havíamos feito uma pausa para um lanche, pausa rápida, pois meu filho não queria parar um momento. Ainda fico surpreso com toda a energia do loirinho, que já havia ido a vários brinquedos para sua faixa etária, já havia pulado, corrido e rodopiado. Agora mesmo estava em um castelinho de bolinhas, brincando com outras crianças de sua idade, gritando e rindo.

Natsuko por outro lado, não saiu do meu encalce, não quis ir a nenhum brinquedo e também quase não comeu. Eu só estava vendo que tudo estava sendo um grande fracasso com relação a nossa interação com ela. Já que sempre que lhe perguntava algo ela só balançava a cabeça confirmando ou negando, falou umas duas vezes, novamente só para negar algo.

É complicado lidar com uma criança tão calada assim, sendo que aquela miniatura Uzumaki não fecha o bico um minuto sequer desde que aprendeu a falar, a não ser quando está dormindo claro.

Acabou a rodada e ele gritou de lá se poderia ir de novo e assenti, vendo-o voltar a sua diversão. Voltei o olhar para a pequena e notei-a distraída, levantei o rosto, procurando o que lhe chamava tanta atenção, até que vi a alguns metros de distância uma barraquinha com brinquedos, mas especificamente ursos, vários modelos, cores e tamanhos.

– Gostaria de um brinquedo Nat? – falei e ela me olhou, depois abaixou a cabeça, negando. Suspirei e me abaixei, tentando ficar a sua altura. – Pequena, olha pra mim – pedi, coisa que ela logo fez. – Eu quero que você fale comigo, que diga o que sente e quer, não tenho como adivinhar. Infelizmente ainda não conseguir desenvolver a mesma habilidade do Naruto em previsões.

– Mamãe fica bava... – murmurou e inclinei a cabeça, confuso, tentando achar lógica na frase e em sua careta triste, até que finalmente tudo se esclareceu.

– Sua mãe se irritava quando você pedia coisas a ela? – indaguei e ela assentiu, o que me fez engolir em seco um bolo enorme. – Ah… tudo bem… Bem, sua mamãe não está aqui agora, e seu ‘papa’ e eu temos um mal terrível, de não saber dizer não.

Levantei e a puxei comigo em direção à barraca, sabendo que levaria alguns minutos até o loirinho ser liberado do castelo. Chegamos lá e fomos cumprimentados por um rapaz sorridente.

– Então Nat-chan, qual deles você quer? – eu não esperava realmente uma resposta, mas vi seu olhar se voltar para um pequeno, de cor lilás e azul, então sorri e apontei o dito para o vendedor, que prontamente me entregou, e lhe passei o dinheiro, me abaixando para entregar o urso a ela. – Aqui está seu ursinho. E quero que de agora em diante você fale comigo, você pode pedir o que quiser, que se estiver ao meu alcance eu vou atender, ok?! Não fique com medo de dizer o que sente e quer.

Ela me olhou por um tempo e depois ergueu as mãos para pegar o urso, soltando um sorriso. Fiquei encantado ao ver pela primeira vez um sorriso tão largo da parte dela e tão lindo, tanto que me surpreendi quando ela espontaneamente veio até mim e me deu um abraço, circulando meu pescoço com seus braços pequenos.

– Obrigada tio Sasuke. – sua fala infantil saiu tão alegre e diferente das outras vezes que não evitei de sorrir também, abraçando-a de volta.

– De nada bebê. – retruquei e me ergui, trazendo-a junto e acomodando-a nos braços. – Agora vamos buscar o Sato e ir à sorveteria antes de ir embora. Você gosta de sorvete?

– Gosto muito. – retrucou animada, agarrada ao seu urso. Isso sim era uma grande evolução.

– Então vamos tomar sorvete.

Voltamos para frente do castelo e não demorou muito para o menor sair de lá correndo. Abaixei-me ainda com a menina no colo, abrindo o braço livre e ele veio, então o peguei e me ergui, o loiro se agarrou ao meu corpo rindo.

– Foi divertido filho?

– Foi muito legal!

– Que bom que gostou. Agora vamos tomar sorvete para depois irmos para casa, hum?!

– Oba!

– E vamos rápido, porque os dois são pesados. – fiz uma careta e eles gargalharam, o que me fez rir também.

Andei por alguns minutos até chegarmos à sorveteria, onde acomodei ambos em um banco e sentei no outro de frente, puxando o cardápio e dando uma folheada.

– E quem é esse? – ouvi o loirinho indagar, olhando para o urso.

– Esse é o novo amiguinho da Nat-chan. – respondi e ele assentiu sorrindo.

– E qual o nome dele? – voltou-se para a menina, que o encarou confusa.

– Verdade Nat, você precisa dar um nome a ele. – pontuei – Já pensou em algum?

– Ele pode ser o Panda-chan! – Sato pulou na frente e respondeu por ela, que voltou a olhar para ele rindo.

– Satoke! Você não pode dar o nome, o urso é da Nat-chan e ela que tem que escolher.

– Por quê? – ele me olhou fazendo um biquinho emburrado – Eu gosto de panda…

– Porque ela que tem que decidir isso. Não seja intrometido…

– Eu também gosto… gostei de Panda-chan. – a menina entrou na conversa, olhando encantada para seu brinquedo.

– Então vai ser Panda-chan! – sentenciou o menor, dando fim a discursão.

– Tudo bem, e que sorvetes vocês vão querer?

– Eu quero doce! – ele disse erguendo os braços, animado.

– Claro que você quer doce, mais qual sabor v…

– Quero tomate! – revirei os olhos, claro que seria tomate… porque ainda pergunto toda vez?!

– E você Nats…

– Ela também vai querer tomate!

– Satoke. – o repreendi e ele fez bico. – Não são todos que gostam de tomate, deixe sua irmã escolher.

– Por quê? Tomate é gostoso… Nat-chan não gosta de tomate? – voltou-se para a menina que balançou a cabeça em negação, o vendo fechar a expressão.

– Gosto de melão. – ela me olhou e assenti sorrindo, rindo um pouco mais ao ver a careta de desgosto do loirinho, vi a garçonete se aproximar.

– Boa tarde. Já escolheram os sabores?

– Sim. Quero três taças, uma de tomate, uma de melão e a última de cogumelo. – falei e ela anotou, logo saindo e comunicando que não demorava. Procurei no bolso da bermuda o celular enquanto isso, me dando conta que não havia trago… ótimo, Naruto há essa hora já acordou e arrancou metade dos cabelos ao notar que estava sozinho em casa. Suspirei, voltando a atenção para os pequenos, que pareciam realmente confortáveis um ao lado do outro, com Satoke ainda insistindo.

– Nat-chan não gosta mesmo de tomate?


Notas Finais


Eu não gosto de tomate XD eca!
Só digo uma coisa, o amor é lindeza mesmo... o que o Naruto não pede chorando que o Sasuke não faça sorrindo, não é mesmo?!
E nossa, tenho que dizer uma coisa, que acho que me motivou muito a escrever esse capítulo ontem. Vi a fanfic como recomendação de leitura em um grupo ♥ que amor de pessoas! Sério, eu fico emocionada quando vejo isso... depois vou responder os comentários com o mó amor! ♥
Até o próximo capítulo! o/


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