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História Pathological Mourning - Two.


Escrita por: liakarllo

Notas do Autor


OI AMORES!
Espero que gostem ♥♥

Capítulo 2 - Two.


-Não quer falar mais nada? Ainda temos alguns minutos Jolie.- Adriane falou mexendo em alguns papéis. Já estava quieta alguns minutos depois que falei dos últimos dias.

 Continuei quieta para que ela percebesse que não tinha mais o que falar, aqui me cansava e me fazia sentir menos sufocada do que antes. Aqui era tranquilo e era um dos lugares onde eu apenas falava de Ana, mas não a sentia aqui. Era impossível Ana entrar aqui, e isso me sufocava

Ana tinha que estar em todos os lugares comigo.

Um nó se formou em minha garganta e senti o começo das lágrimas. 

-E a sua família, não tem nada para falar deles? - Adriane perguntou e eu neguei secando algumas lágrimas. - Continua dormindo com sua mãe? - assenti engolindo o nó na garganta e respirando fundo para esse choro cessar. 



 - Eu...tentei dormir sozinha e não deu certo. - falei baixo para o choro não sair enquanto falava. Mesmo sabendo que ele sairia, podia não ser agora, talvez na hora do banho, quando estivesse voltando para casa, ou quando estivesse comendo, antes de dormir, na sala de casa, no mercado ou em qualquer outro lugar, ele iria sair.



- Quer falar porque não deu certo? 



-Eu sonhei com vídeo da Ana e eu...



-Teve uma crise?- assenti - Entendo. Alguma coisa diferente dessa vez? - nego. Vejo ela anotar em minha ficha e depois fecha a pasta. - Algo mais que eu deva saber?- nego novamente. -Então acho que já encerramos por hoje Jolie. Até quarta. 

Me levantei do divã e fui pra fora da sala de Adriane e passei na recepção para remarcar a consulta de quarta.


Sai do prédio aliviada quando senti a presença de Ana e olhei para os dois lados da rua decidindo se ia para casa ou para sorveteria. Mas assim que se sentir o latejar na minha cabeça decidi ir para casa.


Deixei a bolsa em cima da mesinha quando passei pelo corredor e vi Joy no quarto. 


-Vai usar o banheiro? Eu vou tomar banho. - vi ela assentir e pular da cama correndo para o banheiro e depois de alguns minutos ela saiu.


-Pode usar! - passei pela filha do meu padrasto e entrei fechando a porta.- A sua mãe falou para você fazer bolo!


Assim que Joy se calou liguei o chuveiro e fiquei esperando a água esquentar e sentindo aquela vontade repentina de chorar, acontecia em quase todos os banhos quando ouvia o barulho da água corrente.  


 Esse era mais um dia sem a Ana. Era mais um dia com a tristeza de não poder mais tocar nela, olhar para ela, rir com ela. Ela me fazia uma falta.



Foi como se metade de mim não existisse mais, era uma dor no peito que chegava a ser infernal, chorar todos os dias por Ana e sentir que ainda não é o bastante. Ver pessoas na rua e não ver a minha melhor amiga. Isso estava me destruindo aos poucos e eu não sabia mais o que fazer.

Eu chorava 95% do meu dia, eu gritava quase todas as noites chamando por Ana, eu agredia emocionalmente as pessoas que me amavam por que me pediam para superar essa perda. Eles me pediam para ter uma vida feliz mas porra, ela era a minha vida toda. 

Era um sentimento horrível aceitar a realidade de que ela não estava mais aqui. Eu me sinto sozinha, me sinto acabada, me sinto cada dia pior.

Eu sentia a falta dela, eu sentia falta da pessoa que me amava completamente só por ser a pessoa que eu era. Eu era uma pessoa tão melhor com ela.


Eu não me sinto bem em nenhum dia, eu não me sinto mais viva, minha alma foi enterrada junto com ela.


Eu me sinto um ser humano horrível Ana. Eu não consigo seguir sem você, por que você não morreu pra mim. Não você não morreu. 


Eu vou te ligar hoje e você vai me atender.


Saio do banho encharcada, correndo para a sala para ligar para Ana. Pego o telefone e disco número esperando chamar.


“Oi Jolie tudo bem? ...Bip”


Perco o fôlego quando as lágrimas quentes saem em disparada. 


“Ana eu sinto sua falta, Ana por favor me responde! Eu não consigo acordar todos os dias sem derramar uma lágrima. Amiga é horrível quando você não está aqui pra me escutar e eu acho que estou ficando louca, ninguém me entende Ana. Eu não consigo parar de chorar quando me lembro de você. - coloquei a mão no rosto chorando igual a um bebe segurando o telefone. - Por favor volta, eu sinto tanto a sua falta… Eu tenho medo de tudo

 Para onde você foi Ana me diz que eu também quero ir! Por favor Ana me ouve, eu te amo tá legal? - respiro fundo buscando ar- Meu coração tá dolorido, ele sente sua falta… Ana não esquece de mim.”


Entro em desespero quando sinto que tiraram o telefone de mim.


-Me devolve Kile eu preciso falar com a Ana!- ataco ele para que me devolva o telefone. Eu não me importava se estava de toalha e encharcada, eu só precisava pegar o telefone para ouvir a resposta da Ana. Precisava saber a resposta dela, ouvir sua voz e rir com ela. Só mais uma vez.


Jolie se acalma, ela não pode responder. - ele diz levando o telefone pra longe de mim enquanto meu desespero aumentava. Se ele desligasse o telefone agora Ana se sentiria ofendida e nunca mais responderia minhas ligações. 


Ele queria acabar com a minha amizade com Ana. Kile não aprovava minha amizade com Ana desde que comecei a ligar para ela. 


Vocês me odeiam, acham que eu sou louca né? Me deixam em paz! Eu preciso falar com a Ana!- atropelei Kile e peguei o telefone da mão dele e ouvi a linha muda . - Você desligou na cara da Ana ! Ela nunca mais vai querer falar comigo por sua culpa.- meu rosto estava ardendo pela quantidade de água salgada, meus olhos queimavam de raiva. Taquei o telefone no chão vendo ele se desfazer em três partes logo me arrependendo da burrice que fiz. Abaixei pegando as partes tentando colocá las no lugar. - “Ana? Está ouvindo? Amiga me responde por favor! ANA?


Soltei as partes no chão e me encolhi. O telefone estava quebrado, assim como eu.


Coloquei a mão no rosto e abaixei a cabeça a segurando pela dor no fundo dos olhos, minhas mãos ficaram encharcadas imediatamente, funguei para tentar amenizar o choro. Estava tudo quebrado. Tudo estava errado. Tudo ficava destruído. Tudo era triste. Tudo me lembrava a Ana. Tudo estava morto. Tudo me lembrava que eu não iria mais vê-la. 


Notas Finais


Atenciosamente, Lia Karlo.
@liakarllo


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