Eu encarava todos aqueles três homens na minha sala e se juntasse os três, não dariam um. Ninguém se preocupava se eu estava chorando, sofrendo ou passando por um momento difícil, eles apenas falavam sem parar sobre agendas de shows pelos E.U.A que eu acompanharia Justin, sobre como eles começariam a falar sobre a minha marca e sobre todas as premiações possíveis que participaríamos. Tudo, claro, para encher os seus bolsos e mostrarmos sermos alguém que estamos longe de ser.
- Barbara, vocês iram ao Grammy segunda, Justin está concorrendo e a sua equipe de cabelo e maquiagem estará na casa de LA depois do almoço, algumas marcas enviaram vestidos, estarei lá para ajudá-la a escolher o melhor junto com seu stylist - eu apenas pisquei aviliando ele.
Eu devo parecer uma maluca, por estar apenas olhando as pessoas em choque sem conseguir assimilar essa baixaria.
- Por vocês serem pessoas famosas eu consegui que o juiz autorizasse que as consultas com a psicóloga fossem aqui na casa de vocês, então se comportem ao recebê-la - Scooter informou é Justin assentiu concordando com toda aquela palhaçada.
- Você pode falar alguma coisa? - perguntou Justin em sua voz rouca irritada, porém controlada.
- Vai adiantar eu dizer que sou contra? Que acho um absurdo? Que não é isso que eu quero para nós dois? - perguntei.
- Se não era isso que queria porque simplesmente não me disse que não queria casar comigo, porra? Precisava me fazer de otário? - gritou me assustando e um nó se formou em minha garganta.
- Não fale com ela assim! - Scooter interveio e eu respirei fundo.
- Não se meta, Scooter, ela precisa ouvir umas verdades. - falou cheio de ódio e eu ri com ironia.
- Eu preciso ouvir as verdades ou você precisa ser verdadeiro consigo mesmo? Você simplesmente me tirou toda a segurança de estar com o homem certo depois de contar para aquela puta venenosa de tudo, a convidar para o nosso casamento, ela destruiu tudo e você ainda passa a mão na cabeça dela. Você não quer estar casada com a simples modelo, é pouco demais para você não é Justin Bieber?! Você quer a modelo, cantora, atriz, mas sabe a realidade, ela não quer você, ela quer a sua fama. Eu sempre quis o seu amor, te tratei bem demais, você só se casou comigo por isso, não por me amar - cuspi tudo que estava entalado em mim, não sabendo nem de onde tudo havia saído e ele me olhou por longos segundos em seguida rindo.
- Eu muito pelo contrário do que você pensa, amo você, a considero a mulher da minha vida, mas você me fodeu tanto com as suas atitudes mesquinhas, que a quero fora da minha vida o quanto antes - falou simples, como se contasse que havia comprado um par de tênis.
- Você é realmente muito prático! Espero que seja feliz com toda a sua praticidade - me afastei indo para as grandes janelas de vidro olhando o central park.
Depois de acertarmos mais um milhão de coisas, porque eu resolvi participar ativamente daquela palhaçada, afinal era a minha vida também.
Jasper entrou em contato com a minha assistente pessoal para que ela marcasse à primeira sessão com a nossa psicóloga para amanhã, sábado, depois do almoço. Teríamos sessões três vezes por semana, terça, quinta e sábado, não tendo tolerância para faltas ou descumprimento de regras.
Precisamos estar presentes em todas as sessões.
Morarmos na mesma casa.
Seguir as indicações Dela.
E tentar fazer o nosso casamento dar certo de verdade, ela relataria tudo ao juiz e uma falha nossa, perderíamos tudo para o nosso queridíssimo país.
[...]
Acordei assustada com as notas musicais do piano de Justin.
Ele tem muito problema para dormir, suas insônias são intermináveis, principalmente quando sua cabeça está cheia, nos ajudávamos nisso, mas agora não existe mais um nós.
Eu conhecia a música de trás para frente e de frente para trás, já acordei tantas vezes dessa maneira, mas sempre acabava diferente.
Meu estômago roncou violentamente por não ter comido nada o dia todo. Só fiz chorar e dormir trancada no quarto.
P.O.V Justin Bieber
Sentado do meu piano, que Barbie colocou estrategicamente perto das imensas janelas com vista para o central park eu tocava a minha melodia mais triste.
Eu me sinto exausto, mas minha mente não para um segundo de pensar nela e em como ela me fazia dormir bem.
Ouvi seus passos na escada, mas me coloquei no papel de durão.
- Venha! - ela sussurrou e eu a olhei perdido.
- Vamos encher a barriga e depois lhe farei descansar um pouco. - estendeu a mão e a peguei.
Barbie cozinhava bem, sem frescuras, como eu gosto, e mesmo sendo Vegana, tudo o que ela fazia ficava delicioso, mesmo uma panqueca sem leite ou ovos.
- Estava gostoso? - perguntou depois de colocar nossos pratos na pia.
- Estava sim, obrigado - assentiu me puxando pela mão e subindo as escadas comigo.
Entrou no quarto que eu estou ficando se deitando ao meu lado, minha cabeça instintivamente foi para o seu peito, minha perna para cima dela e meu braço ao seu redor. Eu me envolvia nela como uma videira todas as noites, eu sou muito frio e ela é quente, macia, fora que tem o melhor cafuné depois da minha mãe.
Sua mão alisava meu couro cabeludo de forma gostosa me fazendo relaxar, mas mesmo assim minha cabeça está cheia demais dela para dormir, junto com o corpo dela, o cheiro dela, me atordoando, enlouquecendo.
- Saia daqui, agora! - gritei assustando a mesma que me olhou triste.
- Eu não te quero perto de mim, saia do meu quarto agora, vá! - gritei novamente a fazendo chorar e sumir pela porta.
Eu não sei até quando ela aguentará, só espero não perder a mulher da minha vida.
Continua...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.