História Patience - "That we kissed for the first time"

Pov’s Shawn

-Mudanças de plano.- Charlie disse durante a troca de aula.- A Lucy sabe, e ela não fecha boca.

-Então a gente não vai mais sair?- eu perguntei parando do lado dela, que abria o seu armário.

-Vamos.- sua voz saiu abafada por conta da porta do armário estar entre nós.- Eu falei que íamos chamar todo mundo.- ela disse fechando o armário e andando em direção ao meu.- Então, a gente sai com eles, e depois ficamos sozinho.

-Vou parecer muito lerdo se perguntar como?- e ela riu, ficando em silencio por um tempo.

-Meu pai provavelmente vai dormir na casa da Jeniffer.

-Quem é Jeniffer?- bela pergunta para se fazer quando a garota que você gosta te chama para ir na casa dela, onde vocês vão ficar sozinhos.

-A minha madrasta, digamos assim.- ela respondeu e ergueu uma das sobrancelhas dando um sorriso de lado.- Está com medo de ficar sozinho comigo, Mendes?

-Eu não disse isso!- eu respondi negando com a cabeça.- Só estou querendo saber.

-Relaxa, Mendes!- então ela beijou minha bochecha e saiu para sua próxima aula.

Tentei o dia todo não parecer ansioso, eu não sabia como as coisas iriam ficar, então era melhor não criar expectativas, as vezes ela só quer conversar, conversar é normal, e pode ser feito enquanto estamos sozinhos. Ah, quem é que eu tô querendo enganar! Eu só quero beijar ela.

Charlie tinha aula vaga antes do fim das aulas, então ela iria me esperar no estacionamento, a mesma avisou que mais um mês e já iria com o próprio carro. Quando cheguei lá diminui o passo respirando fundo quando a vi encostada no carro e Taylor na sua frente, eu não sabia o que conversavam, só via que ela estava rindo bastante, fechei os punhos vendo que ele se aproximou colocando uma mecha de cabelo dela atrás da orelha, e foi chegando mais perto, e suspirei aliviado quando ela virou o rosto.

-Eae.- cumprimentei chegando perto deles.- tudo bem por aqui?- semicerrei os olhos me dirigindo a Taylor que tinha um semblante levemente desapontado.

*

Depois de passar o dia todo decidindo, fomos ao boliche, todo mundo, e foi bem engraçado, tínhamos feito uma aposta e Lucy ganhou 20 dólares de cada um por nos surpreender com suas habilidades, a loira conseguiu se manter invicta tendo feito strike em todas as suas jogadas.

-Vamos?- perguntei para as duas garotas abraçadas já no estacionamento, enquanto todos se despediam.

-Na verdade, podem ir sem mim.- ela respondeu dando uma piscadinha e um sorriso malicioso.- O Nash vai me dar uma carona, certo?- agora ela sorria normalmente para ele que deu os ombros.- Juízo.- ela disse passando por mim e indo em direção ao carro do Grier.

Ignorei aquele fato esquisito, e fomos para casa de Charlie, que era bem diferente durante a noite, ela entrou jogando os tênis num canto e me indicando o sofá enquanto ia para cozinha, observei-a pegar uma garrafa d’água, e me oferecendo, recusei e esperei ela voltar para sala.

-Então Shawn, quando você vai me dizer o nome do seu leão?- ela perguntou se sentando no sofá e colocando uma de suas pernas sobre as minhas, se sentando de lado.

-Como você...

-Você demora demais no banho. – ela respondeu me cortando.- E deveria guardar melhor suas coisas.

-Eu não vou dizer.- falei rindo, e ela tentou fingir uma cara de chateada porém não conseguiu mantê-la por muito tempo, rindo também, reparei em seu sorriso, sua boca levemente vermelha e os dentes brancos, seu sorriso era largo, fazendo com que seus olhos quase se fechassem por conta disso. Não consegui resistir por muito tempo e fui me aproximando dela, colocando a mão em seu rosto, e logo o sorriso dela diminuiu, e eu encostei meus lábios nos seus sentindo seu hálito gelado.

Logo ela me puxou, fazendo com que eu ficasse inclinado sobre ela, com uma mão em seu cabelo e a outra em sua cintura, apertando a mesma. Nos separamos e Charlie abriu um sorriso assim como eu, fechei os olhos de novo quando senti ela roçar seus lábios nos meus, fazendo com que eu a beijasse mais uma vez, só que agora, com mais urgência, fazendo com que a minha mão saísse de sua cintura e fosse em direção a sua perna, dando um apertão e levantando a mesma, me fazendo sentir suas unhas meu pescoço em resposta disso. Segurei seus lábios com os dentes, antes de nós separarmos por falta de oxigênio.

-Quer ir lá para cima?- ela perguntou intercalando o olhar entre meus olhos em minha boca, eu apenas assenti e ela mordeu o lábio se levantando e me puxando pelas escadas, quando passamos pela porta, Charlie a fechou e veio em minha direção, me beijando nas pontas dos pés enquanto me puxava pela gola da camisa em direção a cama, parando quando estávamos perto da mesma.

Ela parou o beijo e desceu suas mãos indo para a barra da minha camiseta, a levantando um pouco e eu a ajudei tirar, mordi o lábio enquanto sentia seu olhar sobre mim, comecei a beijar seu pescoço enquanto minhas mãos entravam pela sua camiseta, passei a ponta dos dedos por suas costas desci mais uma vez, trouxe minhas mãos para frente procurando o botão de seu short. Ela riu quando notou que eu não estava conseguindo e ela mesma desabotoou deixando ele cair aos seus pés, Charlie ficou nas pontas dos pés de novo para alcançar minha boca, e senti ela jogar seu peso para trás, porém eu coloquei uma das mãos no colchão para que não caísse em cima dela.

-Charlie...- eu chamei quando ela beijou meu pescoço, mas ela ignorou passando a mão pelo cos da minha calça, me fazendo arrepiar. Diferente de mim, ela conseguiu abrir com facilidade, e a empurrou com os pés, voltando a me beijar, logo Charlie levantou levemente o corpo para que eu conseguisse puxar sua camiseta para cima.

Mordi o lóbulo da sua orelha, e fui tecendo uma trilha de beijos até o pescoço, puxei a alça de seu sutiã para lado beijando seu ombro, indo em direção a parte descoberta de seu colo, ouvindo ela dar um gemido baixo.

-Shawn...- me chamou fazendo com que eu parasse o que estava fazendo e olhasse para ela.- Eu nunca...

-Você quer?- perguntei olhando diretamente para seu olhos, e ela assentiu em resposta. Dei um beijo mais calmo nela e terminei o mesmo dando vários selinhos nela, que abriu sorriso, Notei que uma de suas mãos saindo do meu pescoço e o barulho da gaveta sendo aberta, logo ela tentou me empurrar para o lado para poder ficar por cima de mim.

Depois de alguns minutos e algumas dificuldades que renderam leves risadas, eu segurava sua cintura com força enquanto ela gravava suas unhas em meus ombros. Coloquei uma das mãos no colchão, e ela parou, aproveitei para sentar na cama e dar um beijo antes de voltar minhas mãos a sua cintura para que continuasse com os movimentos.

*

Eu já achava Charlie linda, mas vê-la com as bochechas levemente coradas, e o cabelo grudando no rosto pelo suor junto ao sorriso que ela tinha no rosto era incrível, eu poderia passar o resto da noite ali, apenas olhando ela. Eu já tinha tido algumas namoradas, e saído com outras garotas, mas era diferente, ela não era só uma garota, ela era Charlie, ela era a garota que chegou de outro lugar, a garota que meus amigos e eu queríamos um beijo, ela encantava todo mundo e eram raros seus dias de mau humor, ela conseguia tratar bem até mesmo as pessoas que ela não ia muito com a cara, e isso era incrível, porquê a primeira vista, ela parecia ser apenas uma garota bonita e mimada.

-Você têm que ir?- Charlie perguntou quando eu desliguei o telefone, agora ela estava vestida com a minha camiseta e tinha o olhar chateado enquanto puxava os cabelos para prendê-los.

-Minha mãe está preocupada.- afinal eu saí as sete da noite, e já eram quase duas da manhã.

-Tudo bem.- ela respondeu tirando minha camiseta e colocando a sua.

-Te vejo depois?- perguntei já no andar debaixo, quando Charlie abriu a porta para que eu fosse embora, ela assentiu e eu lhe dei um beijo na testa indo para o carro.

Talvez as coisas continuasse normais, talvez não. Depois do beijo que temos as coisas ficaram estranha por pouco tempo, mas eu tinha que me lembrar que isso era bem mais do que um beijo, e que isso com certeza iria mudar as coisas, só que eu tinha que pensar no lado positivo das coisas, e esperassem que elas acontecessem ao invés de ficar pensando nisso.