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História Patient Zero - Sequestro Consentido


Escrita por: dudabraga_b

Notas do Autor


EITA GENTE! CHEGUEI! Vou explicar aqui que precisei dividir esse capítulo em dois pedaços, por que? Por que eu estava com preguiça de escrever! Não kkkkkkkkkkkk Mas é que esses dois capítulos se passam em um cenario só, e mostram muito a decadência da personalidade forte da Carol, mas se eu continuasse a escrever só em um.... EU IA FICAR DOIDA E FAZER CAGADA! Então resolvi dividir!
Espero que gostem!

Capítulo 43 - Sequestro Consentido


Fanfic / Fanfiction Patient Zero - Sequestro Consentido

Antenas, base dos Salvadores – 2016.

 

— Abaixe a arma, babaca. — Pandora observou, Paula, a mulher ruiva com o binoculo, dizer. — Você com a Colt Python. Todos vocês, abaixem as armas.

Aquilo era ridículo. Pandora sentia ódio de si mesma por ter sido rendida por três mulheres e um homem ferido, havia cuidado muito mais do que isso de uma vez, sem nem mesmo suar. Mas também naquela ocasião não possuía uma mulher de meia idade nem uma grávida intrometida e inquieta para cuidar.

As três estavam andando na borda da floresta que margeava a base dos Salvadores, quando Maggie e Carol começaram a discutir, pois a grávida queria entrar na base para ajudar os demais, e Carol estava bancando a mãe protetora e a impedindo de ir.

Foi quando haviam sido surpreendidas por um homem, que rapidamente levara um tiro de Pandora, mas que quando Maggie fez a menção de terminar o serviço, Carol se opôs, dando a brecha perfeita para que eles as sequestrassem.

Não que naquele momento, distraídos como aqueles quatro estavam ao observar Rick tomar conta da base, não fossem um alvo fácil à mulher. Mas ela simplesmente não se mexera por dois motivos. O primeiro e mais crucial é que ela estava amarrada com cordas grossas e fortes, e o segundo, que percebera um pouco mais tarde, era que queria saber quem era o famoso Negan, e ela arrancaria essa informação deles.

O simples fato daquela mulher ruiva, Paula, já ter a chamado de Elizabeth Baker, seu nome de nascença, já a enchia de curiosidade e medo. Se essas pessoas eram do grupo de Negan, e o tal líder conhecesse a verdadeira identidade de Pandora, ela precisava mais imediatamente ainda saber quem era aquele homem.

Apareça. — a voz de Rick surgiu no aparelho que Paula segurava, e o coração de Pandora se encheu de urgência, ele não poderia se arriscar daquele jeito, não com tantos Salvadores ainda à solta. — Vamos conversar.

Paula revirou os olhos, virando o rosto e encarando as três reféns ironicamente. A mulher sabia muito bem o que Rick Grimes era para Pandora, ainda mais com a aliança dourada no dedo da mulher, e devia estar se divertindo imensamente ao fazer essas chantagens.

— Quantos são? — a mulher que cutucava as costas de Pandora com um revolver, perguntou a Paula.

— Oito à vista. — ela respondeu, sem nem mesmo se dar ao trabalho de desviar o olhar do binoculo. — É demais.

O homem, que havia levado um tiro no ombro por parte de Pandora, revirou os olhos.

— Damos conta deles. — ele disse, convencido de que era a verdade plena e absoluta. — Já demos conta de mais.

Paula apenas dignou ao homem um olhar irônico antes de voltar a encarar o binoculo e falar com Rick pelo walkie.

— Não vamos aparecer, mas vamos conversar. — ela disse a Rick através do aparelho. Abaixou o walkie e olhou para as três reféns. — Nomes.

Pandora revirou os olhos.

— Pensei que soubesse quem sou eu. — ela disse com desdém.

Porém quando a mulher ia começar a gritar com Pandora, Maggie resolveu abrir a boca e poupa-las de qualquer tipo de sofrimento ou tortura.

— Eu sou Maggie. — ela disse. — Ela é Carol.

Paula assentiu, se voltando para frente e comunicando os nomes de Carol e Maggie à Rick. Pandora pôde ver ao longe quando Glenn arregalou os olhos, e Daryl ficou paralisado. Mas a coisa apenas piorou quando, voltando a falar com chantagens, Paula também disse o nome verdadeiro de Pandora pelo walkie.

Está vendo que pegamos um de vocês. — a voz de Rick soou pelo walkie, como um alivio em meio ao caos. — Vamos trocar.

Paula não demonstrou nenhum sentimento ou preocupação.

— Estou ouvindo. — ela disse, calmamente.

Quero falar com Maggie, Carol e Pan... Elizabeth, para saber se estão bem. — Pandora ouviu a voz de Rick dizer seu nome real pela primeira vez, e podia constatar com toda certeza que não havia gostado como soava na voz dele.

Paula se virou para as três, dizendo que as colocaria para falar pelo walkie com Rick e andou em direção a ela. Em primeiro lugar, foi Carol que foi interrompida após alguns segundos e a mulher rumou a Maggie.

— Rick, é a Maggie, nós três estamos bem. — ela disse, e Paula a empurrou para trás logo que ela acabou de falar, indo em direção a Pandora.

Pandora olhou para a mulher ruiva de cima a baixo e então para o walkie que estava próximos aos seus lábios. Revirou os olhos.

— Tira essa merda da minha cara agora, antes que eu faça você engoli-la. — ela disse arisca, exclusivamente à Paula, mesmo sabendo que Rick podia ouvir. — Não seja estúpido, seu estúpido, ela está tentando te enga... — porém Pandora não pôde terminar a frase, pois Paula já havia a empurrado para longe.

Paula soltou uma risada e se virou de costas para elas, retomando a conversa com Rick pelo aparelho.

— Você teve sua prova. Vamos conversar. — ela disse.

O trato é o seguinte. — Rick disse, do outro lado da linha. — Solte as três e terá seu parceiro vivo.

Paula suspirou.

— Elizabeth Baker não está à troca. — ela disse, ansiosamente pelo walkie.

Não é uma opção. — Rick respondeu, imediatamente. — Sem as três, seu parceiro morre.

Paula estancou no lugar, olhando ansiosamente em direção à base dos Salvadores, que agora havia sido completamente destruída e tomada por aquele outro grupo. Haviam perdido muita gente, muitos suprimentos e muito armamento. Ela sabia muito bem que Negan não gostaria nem um pouco daquilo.

— Temos que recuperá-lo. — disse o homem ferido.

Paula olhou mais uma vez pelo binoculo, avaliando novamente a situação.

— O Primo sabe se cuidar. — ela disse, um pouco indiferente.

O homem bufou, dolorosamente.

— Ele pode fazer meu curativo. — ele insistiu. Olhou para Pandora com desprezo. — Preciso dele, graças a essa vadia.

Paula revirou os olhos, encarando o homem com arrogância.

— Essa vadia, é a mulher que Negan quer tanto como propriedade dele. — ela disse. — Pelo amor de Deus, tenha mais respeito com a mercadoria.

O homem tentou revidar as palavras de Paula com grosseria, na verdade até mesmo Pandora queria, mas foi imediatamente interrompido pela mulher mais velha e grosseirona que estava junto aos demais salvadores.

Temos um acordo? — a voz de Rick pergunto tentando esconder a ansiedade. — Temos um acordo?

Paula revirou os olhos, apenas se virou para a mulher mais jovem do grupo, que ainda apontava a arma para as três e acenou. A mulher rapidamente foi até Maggie e Carol e as vendou bruscamente com suas próprias vestimentas. Quando chegou sua vez, a última coisa que Pandora vislumbrou foi Paula massacrando um walker, e depois disso, escuridão total.

***

Tudo o que Pandora podia fazer durante aquelas horas em que haviam andado de carro, seguindo para longe daquela base dos salvadores, para longe de Rick, era contar o tempo e tentar enxergar algo por baixo de sua venda. Mesmo assim, não via nada, e o que lhe restava a fazer era prestar atenção às conversas que Paula tinha pelo walkie.

A mulher ruiva não parecia estar conversando com Rick, não mais. Paula parecia estar dividindo planos e rotas de fuga com outros membros do grupo que estavam longe de onde eles se encontravam. Paula falara a localização. Mas tudo soava tão confuso na cabeça de Pandora, que ela não entendera nada realmente do que havia sido falado.

O lugar para onde haviam sido levadas, de acordo com Molly a mulher mais velha e fumante, se tratava de outra parada, uma base menos frequentada e mais abandonada dos salvadores. Pandora se perguntava que tipo de grupo gigantesco eram eles para possuírem tantas bases e pontos estratégicos, assim como tantos assassinos ao dispor do famoso Negan.

— Sentem no chão. — Paula disse, quando elas chegaram a uma sala suja do que parecia ser um antigo maquinário. Pandora estava confusa sobre a localização daquele lugar, e isso a deixava furiosa.

Maggie e Pandora se sentaram no chão lado a lado, com alguns centímetros de distância e Carol de frente para elas. Paula se pôs a adesivar seus pulsos e tornozelos, e então saiu da sala junto a Molly, no objetivo de ajudar Holly a trazer o homem ferido.

Maggie e Pandora começaram a tentar se soltar da fita adesiva que as prendiam. Maggie esfregava os pulsos presos contra a quina da parede suja e quebradiça, enquanto Pandora se concentrava a usar a ponta cortante do diamante no anel que Rick lhe dera na noite anterior.

Ambas as mulheres olharam para frente espantadas quando viram Carol começar a respirar ruidosa e freneticamente de um segundo para o outro. Paula e Molly entraram na sala carregando o homem e o despejaram no chão com a ajuda de Holly. Porém nenhum deles prestavam atenção nas três reféns, até que Maggie tentou gritar, mesmo amordaçada.

Os gritos de dor do homem continuavam, até que Paula resolveu prestar atenção nas reclamações de Maggie e andou até ela, arrancando a mordaça da boca da mulher bruscamente.

— O que foi? — ela reclamou.

Maggie arfou quando a dor cortante da mordaça preencheu os cantos de sua boca, porém voltou a encarar sua sequestradora logo em seguida.

— Ela está hiperventilando. — ela disse, apontando insistentemente para Carol que continuava a performar a crise. — Tire a mordaça dela.

Paula encarou Carol por alguns segundos, e então revirou os olhos, indicando com a cabeça para que Molly fizesse isso.

— Ela é uma fraquinha nervosa, não é? — Molly disse, enquanto tirava a mordaça de Carol.

Holly, a mulher de cabelos negros, andou em direção a Carol que ainda se recuperava, puxando o ar para seus pulmões bruscamente, e lhe apontou o revólver.

— Olhe para você. — ela disse com desgosto. — Vadia, como sobreviveu tanto tempo?

Carol agarrou um pequeno terço, enquanto tentava se recuperar. Paula a olhou com desdém, mesmo que Pandora e Maggie a olhassem com extrema preocupação e cautela.

— Do que você tem tanto medo? — Paula perguntou. — Tem mesmo medo de morrer?

Carol a olhou, seus olhos claros transbordavam de lágrimas naquele momento, e ela agarrava o terço com vigor.

— Não importa o que aconteça comigo. — ela disse em uma voz rouca. — Só não machuquem Maggie e Pandora. Não machuquem os bebês.

Pandora arregalou os olhos. O que Carol queria dizer com aquilo? Nem mesmo ela havia recebido o memorando de que estava grávida. Acalmou sua expressão de surpresa quando viu Paula se virar para elas. A mulher olhou de Maggie e então para Pandora, a encarando em puro ódio.

— Merda. — ela resmungou. — Você está mesmo grávida, vadia?

O homem ferido olhou de Maggie para Pandora.

— Elas não me parecem grávidas. — ele disse, desconfiado.

Maggie o encarou.

— Estou no segundo mês, eu acho. — ela disse.

Paula ergueu uma sobrancelha, olhando agora para Pandora, de modo indignado.

— Você? — ela perguntou.

Pandora engoliu em seco e levantou o queixo. Se Carol havia lhe fornecido aquela chance de auto proteção, ela se aproveitaria dela. Se empertigou na posição em que estava e começou a desempenhar seu papel.

— Eu descobri três dias atrás. — ela disse, quase em um sussurro. Não queria que descobrissem a mentira através de sua fala. — Rick não sabe.

Paula rangeu os dentes e cerrou o maxilar.

— Merda. — ela disse. — Você sabe o que fez, vadia? — Paula se abaixou de frente para Pandora. — Meu chefe não vai gostar nenhum pouco disso. Como ele poderia? Aceitar um filho do inimigo?

Pandora estreitou os olhos.

— Seu chefe? — ela perguntou. — Negan?

Paula a ignorou.

— Talvez devamos voltar para casa, — ela disse, maldosamente. — E um pouco antes do parto, podíamos arrancar o bebê e enviar o feto numa caixa de sapato de volta para o pai. — Paula sorriu ao ver o espanto de Pandora. — Rick vai amar o bastardo de qualquer jeito, vivo ou morto, não é? Afinal ele é o pai.

Pandora a olhou ameaçadoramente agora. Paula não era a única que sabia usar as expressões corretas para amedrontar alguém.

— Tente e eu cortarei sua cabeça antes mesmo que você possa se aproximar de meu ventre. — ela disse, entredentes.

Paula exibiu um sorriso. Puxou Pandora pelos braços e a levantou bruscamente do chão, a mantendo em pé.

— Isso é uma situação a se resolver. — ela disse, cinicamente. — Vamos conversar sobre isso.

Paula partiu da sala arrastando Pandora, enquanto eram seguidas sob os olhares dos outros presentes ali.

***

Paula empurrou Pandora para a cadeira de madeira. O empurrão foi brusco e a mulher, que naquele momento se encontrava amarrada tanto pelos pulsos quanto pelos tornozelos, não teve chance alguma a não ser tentar se equilibrar sentada na cadeira.

A mulher ruiva deu a volta na sala escura lentamente e se sentou na cadeira de frente para Pandora, se inclinando para a frente e apoiando os cotovelos nos joelhos e encarando Pandora com sarcasmo.

— Você não está realmente grávida, não é? — ela perguntou, sua voz era predominantemente sarcasmo, porém ainda havia uma pitada de esperança ao fundo. — Escolha bem a sua resposta, querida.

Pandora ergueu a sobrancelha. Sabia que para sair daquela situação, teria que levar a mentira para a frente.

— O que adianta eu falar que não? Seria mentira. — ela respondeu, calmamente. — Agora, quem diabos é Negan?

Paula ergueu as sobrancelhas ruivas.

— Isso não é da sua conta. — ela disse bruscamente.

Pandora sorriu.

— Bom, se ele quer tanto assim me conhecer, acho que é sim da minha conta. — ela disse. — Pare com mistérios, sei muito bem que Negan é o líder dos salvadores, e que vocês chantageiam comunidades que não podem se defender. Inteligente admito, mas baixo e cruel.

Paula a olhou por alguns momentos, como se estivesse a medindo de cima a baixo. Por fim suspirou, como se tentasse se acalmar, e então atacou Pandora. A agarrou pelos cabelos fortemente e a retirou da cadeira, a jogando com força não chão.

— Eu acho que tenho uma solução para esse bastardinho que você carrega na sua barriga. — ela disse falsamente, enquanto se abaixava ao lado do corpo caído de Pandora. — O líder com certeza ficará feliz com isso.

Paula se levantou, e com o pé, posicionou o corpo de Pandora como bem queria, e a chutou na barriga. Pandora, se poder se defender, arqueou as costas para trás e soltou um grito de pura dor. Paula repetiu o processo, e repetiu novamente, algumas vezes, incontáveis vezes.

Por fim, a mulher ruiva se abaixou ao lado de Pandora, que jazia encolhida no chão em posição fetal, sua respiração era sôfrega, o que fez com que Paula apenas sorrisse ainda mais. Paula a pegou pelos cabelos, e levantou a cabeça de Pandora, fazendo com que ela a encarasse nos olhos.

— Pensei que A Mãe de Todos fosse mais forte do que isso. — Paula disse, a encarando com desdém. — Mas você é apenas mais uma garotinha fraca e patética que teve a oportunidade e a sorte de ter habilidades nesse novo mundo.

Pandora, que até agora observava o discurso vitorioso de Paula, sorriu. Os dentes brancos da mulher estavam repletos de sangue, mas mesmo assim, ela apenas aumentou o sorriso. Pandora ergueu as mãos enfaixadas e simulou uma batida de palmas, enquanto gargalhava com sarcasmo.

— Você realmente acha.... que eu estou aqui contra minha vontade? — Pandora perguntou, sua voz soava rouca. — Acha mesmo que você deu conta de me sequestrar? Parabéns, quer um biscoito vadia? — ela disse, e Paula a observava confusa. — A resposta é não! Eu estou aqui por que eu quero, para descobrir sobre o maldito Negan, para proteger as minhas amigas! Então sugiro que se afaste, antes que eu resolva cortar sua garganta com meus próprios dentes!

Paula a olhou em fúria, bufou e se levantou a trazendo junto a si. Quando as suas saíram da sala aonde estavam, perceberam que o homem ferido discutia com Carol, e a culpava por ela ter o machucado, o que não era verdade, mas Pandora apenas supunha que ele precisava espancar alguém.

— Hey. — Holly tentava chamar a atenção do homem.

O homem nem mesmo a encarou.

— Você não vai fazer a troca. — ele disse, já encarando Carol de cima. — Vamos matar as duas inúteis agora.

Pandora arregalou os olhos, enquanto ainda era contida por Paula. Viu todas as mulheres se entreolharem ali, inclusive ela, Maggie e Carol.

— Não. Esperamos os outros. — Paula respondeu. — Temos que ser espertos, precisamos de garantia.

O homem a olhou, furiosamente.

— Prefere essa vadia fracote, a mim? — ele perguntou.

 Quando ele sofreu uma crise de dor no braço, ele se curvou gritando, enquanto Paula, impaciente o mandava ficar calado. Paula mandou duas vezes, porém a terceira foi interrompida por um tapa forte que o homem lhe dera no rosto. Paula cambaleou para trás e soltou Pandora, que caiu no chão e conseguiu soltar os tornozelos.

O homem olhou furiosamente para Carol, e ia até ela, quando foi interrompido por Maggie.

— Deixe-a em paz! — Maggie berrou, passando uma rasteira no homem e fazendo com que ele caísse no chão.

O homem se levantou e foi para cima de Maggie, enquanto Carol gritava. O homem agarrou Maggie pelos cabelos, porém a mulher lhe deu uma cabeçada. Carol que ainda gritava, agarrou as pernas do homem, tentando derruba-lo, porém o que recebeu em troca, foram vários chutes no estômago.

Pandora conseguiu se levantar rapidamente, e mesmo cheia de dor, pulou sobre o homem e agarrando seu braço ferido e o apertando, arrancando um grito do homem. Aproveitou que ele estava com a boca aberta gritando e enfiou as mãos em sua boca, uma na parte de baixo outra na de cima, enquanto tentava separar o maxilar.

O homem continuou a gritar mais ainda, quando Pandora lhe deu um chute no joelho e fez com que os dois caíssem no chão. Pandora enrolou as pernas ao redor do homem, como se fosse uma cobra dando o bote, e abriu mais ainda sua boca, fazendo com que seus dedos alcançassem o fundo de sua garganta, e ele desse acessos de dor e vômito.

— Eu vou mata-lo. — ela disse a Paula, não soava como uma ameaça, mas sim um aviso.

O homem começou a gritar, como se implorasse para que ela não fizesse aquilo, e Pandora apenas separou mais ainda o maxilar. Paula apenas suspirou e foi em direção aos dois enroscados no chão, deu um chute na cabeça do homem e fez com que ele ficasse desacordado.

Pandora o soltou por fim, e foi arrastada pelos pés por Molly, que passou fita isolante mais uma vez em seus tornozelos, enquanto sorria para ela com ironia. Estava impressionada com o que ela havia feito.

— O chefe vai gostar de você. — ela disse com humor, enquanto tossia sangue pelos pulmões desgastados pelo fumo.

Pandora olhou para frente, para onde Holly levantava Maggie e a levava para a outra sala para interroga-la sobre de onde elas haviam vindo. Não estava com um bom pressentimento disso, mas sabia que pelo menos Holly, que havia ficado sensibilizada ao saber da gravidez de Maggie, não faria mal a ela.

Pandora encarou Carol, que ainda estava encolhida no chão, olhando fixamente para o vidro da porta aonde dois walkers tentavam entrar. Estava preocupada com a mulher, desde que os Lobos invadiram Alexandria, com suas testas marcadas em “w” e matando várias pessoas, Carol parecia mais vulnerável, mais sensível, e aquilo não era de modo algum bom, principalmente durante um apocalipse.

Carol, sentada ali no chão, tentava agradecer a Paula por ajudar com o homem, mas a mulher era grossa e brusca, psicopata se forçasse um pouco mais, não ligou para a estória de Carol, apenas a encarou com nojo.

— Já saquei você, Carol. — ela disse, andando lentamente até onde Carol estava. — Você é patética. Quer achar que nós somos iguais? Está errada. — ela apontou para o homem caído no chão. — Ele é só mais um corpo que para minha cama. Podia mata-lo enquanto dorme. —ela riu, olhando de esguelha para Pandora. — Não sou estúpida o suficiente para ter um relacionamento baseado numa vida de mentiras.

Pandora ergueu a cabeça, a olhando em desafio. Isso apenas fez com que a mulher sorrisse ainda mais.

— Você realmente acredita que ele gosta de você? — ela perguntou, amargurada. — Que após um dia de buscas, vocês voltam para a comunidade de vocês vem e brincam de casinha, de homem e mulher e isso vai ser real? — Paula a olhou de cima a baixo. — Olhe para você. Você não passa de uma aberração.

Paula sorriu, voltando a conversar com Carol por alguns segundos, até que seu walkie tocasse em preso ao seu cinto. A voz de Rick preencheu o cômodo que cheirava a mofo e morte, e Pandora se sentiu ansiosa.

Já pensou a respeito? — Rick perguntou. — Fale comigo.

Paula apenas suspirou, pegando o walkie talkie.

— Você não me ouviu, papai do ano. — ela disse. — Eu falei que ligaria.

Se Rick, do outro lado da linha, sentiu confusão pelo apelido, ele não demonstrou.

Faria diferença se eu pedisse desculpas? — Rick perguntou.

— O que você acha? — ela perguntou em um ódio contido.

Eu acho que vamos fazer a troca. Só dizer onde. — Rick disse.

Paula soltou uma risadinha, caminhando pelo cômodo e olhando para Pandora.

— Não concordamos com isso. — ela disse, calmamente. — Elizabeth Baker é uma companhia interessante.

Rick demorou um pouco para responder. Pandora, que realmente conhecia o homem, sabia que do outro lado, ele devia estar cerrando o maxilar e bagunçando os cabelos castanho encaracolados.

Não vai ter outra maneira para você. — Rick disse. — Nós vamos te achar.

Paula sorriu, mordendo os lábios.

— Vamos nos arriscar. — ela disse e desligou o aparelho.

Carol, vendo a mulher guardar o walkie de volta ao cinto, suspirou. Se inclinou para frente ansiosamente, olhando de Molly, para Paula.

— Vocês não precisam fazer isso. — ela disse. — Não precisam lutar.

Molly encarou Carol com escarnio. Não era novidade para ninguém, ainda mais quando ela gostava de ressaltar a todo momento, que a mulher mais velha achava Carol fraca, inútil e medrosa. Não que ela a conhecesse como Pandora, não que ela soubesse da fibra e força que Carol possuía.

— Vocês mataram todo o meu pessoal. — Molly disse. — É claro que temos que lutar.

Carol negou com a cabeça freneticamente, os olhos azuis translúcidos se enchendo de lágrimas.

— A gente não queria. — ela disse, sua voz ficando abafada pelas lágrimas.

Paula revirou os olhos.

— Mas vocês fizeram. — ela disse. O timbre de voz da mulher ruiva irritava extremamente os ouvidos de Pandora. — E Por que?

Carol se encolheu quando Paula chegou mais perto dela. A mulher arfou uma ou duas vezes, antes de juntar as pernas até o peito e deixar com que as lágrimas escorressem de seus olhos, trilhando um caminho tortuoso por seu rosto.

— Seu pessoal emboscou o meu na estrada. — foi Pandora quem respondeu, sua voz em um grau alto de tédio. — Tentaram levar tudo que tínhamos. O que você queria que fizéssemos? Lhes dessem os parabéns?

Molly se aproximou de Carol e Paula, ainda olhando de Pandora para a mulher mais velha.

— Ora, veja só. — ela disse, ironicamente. — Agora sabemos o que houve ao grupo do T.

Paula assentiu levemente, um pouco impressionada.

— Tudo bem. — ela disse, tentando se passar por convencida. — É justo. Vocês só se defenderam. — ela parou de falar por alguns instantes, enquanto maquinava o que deveria ser o seu próprio ideal de justiça na cabeça. — Mas o seu pessoal os matou na estrada, não é? — ela perguntou. — Por que não pararam?

Carol abaixou a cabeça quando viu que a única possível resposta que passava pela cabeça de Pandora naquele momento, era provavelmente um xingamento. Apenas engoliu em seco e voltou a encarar Paula.

— Falaram que trabalhavam para Negan. — ela disse, fazendo com que isso chamasse a atenção das duas outras inimigas ali.

— E o que vocês acham que sabem sobre Negan? — Paula perguntou, calmamente.

Carol deu de ombros amedrontada.

— Parecia um maníaco. — ela disse. — Ficamos com medo. Tínhamos de impedi-lo.

Molly gargalhou em meio à fumaça de seu cigarro, a risada logo se transformando em uma tosse sangrenta.

— Meu bem... — ela disse, parecia se divertir com a falta de conhecimento, tanto de Carol, quanto de Pandora. — Somos todos Negan. 


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAH ESPERO QUE TENHAM GOSTADO! GENTE ESTAMOS QUASE CHEGANDO A 300 FAVORITOS! TÔ MUITO MARAVILHADA!!!!
Comentem e Favoritem!
Até o próximo!
- Duda.


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