História Paulicia - Um casal nem um pouco normal - O que acabou de acontecer?

Pov. Alícia Gusman

Abri a porta sem bater mesmo, afinal, ele já estava acostumado comigo, o que eu não esperava ele que a oxigenada da Giovanna estaria lá, sentada na mesa de estudos enquanto ele estava ajudando ela. Na verdade, quando eu botei minha cabeça para dentro do quarto, eu percebi que eles estavam quase se beijando, seus rostos estavam muito próximos

-Acho melhor voltar outra hora – eu falei fechando a porta

-Espera Alícia... – antes de ele terminar de falar eu já tinha fechado a porta e estava caminhando em direção ao meu dormitório

Senti uma mão tocando meu ombro quando eu ainda estava andando

-Ei, deixa eu explicar – Paulo falou me fazendo virar para ele

-Você não precisa explicar nada, não temos nada e nós dois somos livres, só ficamos algumas vezes por estamos solteiros e é legal te beijar, mas foi só isso, eu entendo – eu falei tentando me virar para continuar a andar

-O que? Não, Lilica eu...

-Não me chama de “Lilica” – eu falei interrompendo ele

-Alícia, eu...

-Volta para a loira de olhos azuis que está lá te esperando na sua cama – eu falei interrompendo ele de novo

-Ally, eu...

-O pior de tudo, é que eu ia dizer que também acho que estou gostando de você. Mas pelo jeito a fila de uns anda mais rápido que a de outros – eu falei interrompendo ele de novo

-Gusman, eu...

-Que foi, caralho. Fala logo – eu falei interrompendo ele pela 4 vez

-Eu queria dizer que não ia rolar nada entre mim e a Giovanna

-Então o que eu vi foi o que? Porque parecia muito que vocês dois estavam prestes a se beijar

-Não foi isso, deixa eu te explicar

-Por favor, explica. Nos mínimos detalhes – eu falei irônica

-Eu a chamei para estudar comigo depois da aula...

-Então essa é a tua jogada? Chamar as meninas que você quer pegar para estudar? – eu falei interrompendo ele de novo (n/A Caralho Alícia, deixa ele falar)

-Me deixa terminar

-Fique a vontade

-Como eu ia dizendo, eu a chamei para estudar, mas eu acho que ela entendeu que iríamos fazer alguma outra coisa, porque depois de um tempo ela começou a dar umas indiretas para mim, e quando você entrou, ela foi tentar me beijar. Mas eu a rejeitei

-Então quer dizer que se eu tivesse chegado 5 segundos depois eu não encontraria essa cena?

-Exatamente

-De qualquer forma, nós dois estamos solteiros, por isso, podemos ficar com quem a gente quiser – eu falei

-Se é assim, por que você fez essa tempestade gigante só por que eu estava quase beijando a Gi? – eu senti um nojinho tão grande quando ele a chamou de “Gi”

-Porque... eu... – tentei falar, mas as palavras não saíam da minha boca

-Você estava com ciúmes de mim, Gusman? – ele falou chegando mais perto

-Eu? Com ciúmes de você? Nunca – eu respondi

-Para mim você estava se mordendo de ciúmes por isso começou a me pedir explicações e motivos para eu e a “Gi” estarmos quase nos beijando naquele momento – ele fez questão de dar ênfase na “Gi”, enquanto ele falava, ele ficava beijando meu pescoço de um jeito que não era possível. Como ele descobriu meu ponto fraco em 1 mísero dia?

-Eu não estava com ciúmes nenhum – eu falei puxando o cabelo dele de leve

-Eu sei que você estava não precisa negar – ele falou dessa vez dando leves mordidinhas na parte direta do meu pescoço

-Para com isso – eu falei em forma de gemida (não me culpem, como eu disse, o pescoço é o ponto fraco)

-Você quer mesmo que eu pare? – ele falou dando um chupão na parte esquerda do meu pescoço. Definitivamente aquilo iria me deixar uma marca

-Sim – eu falei em outro gemido baixo

-Então tá. Parei – ele falou levantando o rosto e esquartejando todo clima que tinha naquele lugar

-Eu já falei que te odeio?

-Sim, há muito, muuuito tempo atrás. Tchau Lilica – ele falou me dando um selinho rápido – a propósito. Eu deixei uma marca bem aqui – ele falou encostando o dedo onde havia dado o chupão anteriormente. Depois disso ele foi embora como se nada tivesse acontecido

-O que acabou de acontecer aqui? – eu falei passando a mão no meu cabelo

Voltei a caminhar para o meu quarto, ainda meio atordoada pelo que havia acontecido agora há pouco. Quando cheguei no meu quarto, abri a porta e esperei encontrá-lo vazio, mas parece que o dia não estava muito ao meu favor, pois quando abri a porta, encontrei Marcelina e Mário se beijando muito, e quando eu digo “muito”, eu quero dizer muito mesmo, do tipo que se fosse o Paulo no meu lugar, o Mário seria um cadáver sem camisa

-Eu volto outra hora – eu falei fechando a porta sem esperar uma resposta deles dois

-Pera, está na minha hora

-Não, vocês dois continuam aí e aproveitam enquanto o seu irmão está ocupado – eu falei apontando para Marce – eu só vou pegar isso aqui, – eu fui até meu guarda roupa e peguei um biquíni preto básico – e vou curtir o resto da minha tarde

-Você não vai querer se trocar aqui? Nós esperamos você acabar – Marce falou

-Eu não quero estragar o clima de vocês mais do que eu já estraguei – eu falei saindo do quarto e fechando a porta – beijo – essa última parte eu falei gritando para eles ouvirem

Ela vai notar que tem algo de errado, isso eu tenho certeza, mas até isso acontecer, eu vou estar na piscina. Quando cheguei na piscina, tirei minha blusa para poder entrar na água. Pude sentir alguns olhares dos garotos que estavam lá naquela hora. Senti alguém me abraçar por trás, ainda tinha esperanças de que fosse o Paulo, na verdade, nem sei por que pensei que fosse ele

-O que você está fazendo aqui sozinha? – eu virei para trás e vi Leo, um menino que estudava no 2º ano B, eu nunca tinha falado com ele antes, mas ele tinha cara de ser legal. Percebi que ele é bem parecido com o Jorge, as características são praticamente as mesmas. Loiro de olhos azuis (n/A sim, é o Leo Belmonte, ainda to sem criatividade)

-Esperando alguém para ficar comigo, mas eu acho que achei essa pessoa – eu falei olhando para ele

-Eu digo logo que não quero compromisso, ok?

-Compromisso para que? – eu falei beijando ele

Não pensem que eu sou atirada, até porque não teria problema em eu se atirada, eu sou a porra que eu quiser, mas eu já estava de saco cheio do Paulo, e pelo fato de eu estar solteira sendo que todos estão namorando, então eu puxei a nuca dele fazendo nossas bocas se encontrarem

Eu não senti absolutamente nada com esse beijo, mas eu comecei a pensar no Paulo sem motivo algum... do nada o nome dele veio a minha mente e eu não quis mais beijar o Leo

-Sabe Leo, eu acho melhor pararmos - eu falei o afastando

-Por que? - ele me perguntou com uma cara de confuso

-Eu não sei - eu falei saindo da piscina e indo até o meu quarto, sem fazer a mínima ideia do que havia acontecido