1. Spirit Fanfics >
  2. Paws in my heart >
  3. Ração ou Estante

História Paws in my heart - Ração ou Estante


Escrita por: Starco

Notas do Autor


Olá queridos amigos
Estou de volta depois de um bom tempo sem internet. E nesse meio período eu tive umas ideias bem diferenciadas (rs).
Essa fanfic é um delas. Os acontecimentos não são necessariamente cronológicos, não tem uma ordem específica. Basicamente, um monte de trapalhadas fofinhas e muito ownhwnwhwnwhwnwhwnhw entre Chenle e Jisung. Chenle é um menino que gosta de gatos e Jisung um gato... mágico. Enfim, vocês vão entender.
A postagem dela é meio aleatória, pode vir, sei lá, 3 capítulos de uma vez e outras vezes 1 por semana. Não tem regra.
Espero que vocês gostem sz (preparem-se para coisas muito fofinhas, é sério, é muito fofinho)

Capítulo 1 - Ração ou Estante


Fanfic / Fanfiction Paws in my heart - Ração ou Estante

 

 

Caro e confidente diário,

 

Jisung quebrou a estante de casa.

Você me pergunta... Como?

Eu também não sei direito, mas vou te contar o que sei. Vai que a gente descobre?

 

.

.

.

 

 

- Lele eu quero aquela ração. – O loirinho apontou para o alto da estante branca e empanturrada de livros, mexendo as orelhas felinas em agitação. – Lele eu quero.

 

 

- Não Jisung, não é pra você. – Sem tirar os olhos de seu livro, Chenle balança a mão em sinais negativos para o felino que fazia um bico manhoso. – É do Bug e ele está doente. É uma ração especial para cães e você é um gato.

 

 

Jisung bufou irritado e se esticou no chão da sala, espreguiçando-se e brincando com as pantufas esquecidas de seu dono, sem muito interesse. Olhou para cima do sofá e pulou ali, tentando deitar-se sem atrapalhar o outro que não desgrudava um segundo sequer os olhos de um livro enorme de muitas páginas que Jisung nunca teria coragem de ler.

 

 

- Se for só um pouquinho, não vai fazer diferença Lele. – Insistiu novamente, enfiando a cabeça entre o livro e a visão focada de Chenle, que tentava afastar com cuidado a cabeça do gato. – Lele, por favor!

 

 

- Você está atrapalhando minha leitura Jisung. – Percebeu que havia falado em um tom frio e sério demais quando viu as orelhas e os olhos do felino abaixarem de tristeza. – Ele precisa de toda a ração, você sabe... – Passou uma mão pelos cabelos do menino num pedido silencioso de desculpas que foi aceito de bom grado.

 

 

- Mas eu só queria provar... – Olhou com a maior cara de dó que já fez em toda sua vida para o dono que ainda fazia-lhe cafuné. – Ela é muito cheirosa, eu sinto daqui.

 

 

- Desculpa Sungie, não posso. – Chenle soltou um suspiro fundo e levantou-se do sofá segurando o livro pesado debaixo do braço. – Vou ter que sair e já volto. Comporte-se certo?

 

 

- Certo... – Emburrou com um bico no rosto e saiu da sala, correndo para seu quarto e refugiando-se ali. O dono observou toda aquela cena com pesar no coração, mas aquilo era necessário. Jisung querendo ou não, Bug era o cachorro favorito do irmão de seu dono e como este trabalhava muito, o irmão mais novo cuidava do cão nesse momento mais difícil.

 

 

Bug e Jisung se davam bem apesar de serem cão e gato... cão e gato mágico. Mágico era um termo muito superficial já que Jisung não tinha poder nenhum, a não ser que era um humano com orelhas e cauda de gato... ou um gato com rosto e corpo de humano.

 

 

Era inocente mas muito artiloso, metia-se em muita confusão sem querer e quem sempre lhe salvava era Chenle, que ou ouvia muita bronca de seus pais ou gastava toda sua mesada nos prejuízos que o gatinho sempre fazia. Trabalhoso, mas Chenle nunca o abandonaria por isso.

 

 

E exatamente como Jisung não passava um só dia sem causar problemas, o de hoje logo chegaria.

 

 

Ao ver que Chenle havia saído de casa, desceu correndo as escadas e voltou para a sala, olhando ao redor checando se alguém o flagraria e voltando a ficar de frente para a estante. Olhando cada centímetro desta, tentava achar alguma forma de escalar e pegar o saquinho de ração tão cheirosa que estava atiçando seu estômago. Sua ração rotineira estava lá na cozinha, além das comidas normais de humano que Chenle lhe dava, mas essa parecia tão mais apetitosa que não sentia apetite nenhum a não ser por essa ração.

 

 

Pensou na primeira ideia: cadeira.

 

 

Esgueirou-se pela casa até a cozinha, em passos ladinos até a cadeira acolchoada e pegou-a com o maior cuidado, fazendo o menor barulho possível. Voltou para a sala e encostou a cadeira perto da estante, subindo nela e tentando alcançar o saquinho com as mãos, sem sucesso. Balançou a cauda furiosamente, bufando ao descer da cadeira.

 

 

Levantou as orelhas em surpresa ao olhar para trás e encontrar uma corda em cima da mesinha de centro. Na verdade era uma guia, mas isso não afetou o sorriso de orelha humana á orelha humana que ele fazia. Saltitou até a guia e a pegou nas mãos, estreitando os olhos tentando mirar o saquinho.

 

 

E então ele girou.

 

 

Girou.

 

 

Girou.

 

 

Lançou.

 

 

Tocou. Sorriu.

 

 

Desviou. Sem sorriso.

 

 

Bateu no vaso.

 

 

Caiu. Choramingou.

 

 

Chenle ia matá-lo.

 

 

Ignorando a terra e a bagunça que o vaso quebrado fez no chão, tentou pensar em outra forma de acabar com aquela fome gananciosa que preenchia o seu ser. Agitava-se por dentro ao imaginar o gosto dos pedacinhos de carne que leu na embalagem e mal esperava para ver se era crocante e suculento como Bug havia lhe dito.

 

 

Foi aí que se tocou. Como não pensou no óbvio?

 

 

Escalar era tão natural para um gato, com certeza era moleza.

 

 

Riu com a própria burrice e deu dois pulinhos para aquecer os braços e as pernas, afiando as garras – unhas grandes demais – no sofá do mesmo jeitinho que Chenle dizia que não poderia fazer. Suspirou fundo e ficou em posição de ataque. Cresceu a pupila de ambos os olhos e remexeu o corpo antes de dar um só pulo, alcançando o meio da estante. Sorriu ao perceber que conseguira ficar preso. Porém quando tentou subir mais um pouco sentiu o corpo indo para trás. Olhou para trás e num reflexo rápido, voou no sofá mais próximo antes de ser esmagado pela estante branca enorme que se espatifava no chão.

 

 

O coração batia acelerado contra o peito. Não só porque quase se machucou gravemente, mas sim porque alguns minutos depois do desastre acontecer escutou a fechadura do portão se abrir e logo depois bater, anunciando a chegada de seu dono. Desesperado, pegou o saquinho que havia voado pra perto de si pela boca e pulou da janela da sala, caindo no quintal e correndo para os fundos o mais rápido que pôde.

 

 

Chenle estava mais aliviado. Com um peso na consciência, havia comprado com o restante da sua mesada um pacotinho menor da mesma ração que Jisung tanto queria. Sabia que era pouco, mas mesmo assim comprou porque não aguentaria ver seu gatinho triste andando pela casa e lhe evitando como costumava fazer quando lhe recusavam algo.

 

 

Abriu a porta com um sorriso enorme no rosto pronto para mostrar a surpresa para o menino felino quando entrou na sala e soltou um gritinho interior de raiva.

 

 

Estava demorando pra acontecer algo.

 

 

- ZHONG JISUNG! – Berrou e emaranhou as mãos nos fios de cabelos róseos, sentindo o nostálgico desespero tomar conta de si. Correu para o quarto do felino e abriu a porta com força, procurando-o debaixo dos móveis e dentro do pequeno banheiro no quarto, sem encontrá-lo. – JISUNG APAREÇA AGORA!

 

 

Correu por toda a casa tentando achá-lo e nem mesmo um fio de cabelo louro conseguiu encontrar. Começava a achar que havia fugido quando abriu a porta dos fundos e correu para o quintal, encontrando um Jisung amedrontado atrás de um Bug, com o pacotinho aberto e uma vasilha cheia com o conteúdo deste. O cãozinho comia deitado, com a cabeça sendo segurado pelo felino para que pudesse comer de forma confortável.

 

 

- E-ele choramingou c-com fome e eu p-pulei para pegar e-e... – Com pequenas lágrimas nos olhos, Jisung tentava convencer o dono que permanecia mudo lhe lançando olhares significativos sem proferir um som sequer. Cruzou os braços esperando Jisung continuar enquanto batia os pés nervosamente na grama. – Eu j-juro que é v-verdade! Você não cuida dele, dá nisso! – Retrucou, se arrependendo imediatamente ao sentir um puxão na orelha felina, choramingando manhoso de dor.

 

 

- O que você disse? Uh? – Puxou Jisung pra cima pela orelha, sem intenção de machucar, e agachou para segurar a cabeça do cão que observava a discussão curiosamente enquanto devorava a ração. Recebeu mais murmúrios de protesto do felino e algumas batidinhas de mão quando aumentou o aperto. – Repete Jisung!

 

 

- Q-que você é lindo e eu t-te am- AIAIAIAI! –Interrompeu-se quando Chenle levantou e o arrastou pelo quintal até a casa logo após terminar de alimentar o Bug e arrumá-lo no colchão. Foi até a sala puxando-o pela orelha e só soltou quando estavam de frente para a estante. – D-doeu Lele. – Murmurou manhoso com um biquinho, tentava amolecer o coração de um Chenle que soltava fumaça de raiva pela cabeça.

 

 

- Não ligo, você mereceu. – Respondeu acidamente e pegou o pacotinho que havia deixado cair quando viu aquela bagunça. Mostrou para o felino que o encarava confuso. – Se você tivesse me obedecido, iria comer a ração. E não minta pra mim, eu alimentei o Bug antes de sair. – Respirou fundo vendo Jisung brotar lágrimas nos olhos enquanto acariciava a própria orelha.

 

 

- Você vai me por de castigo Lele? – Fungou enquanto olhava triste para o chão, desviando o olhar do dono.

 

 

- E vai adiantar? – Chenle bufou cansado acariciando as têmporas e pensando num jeito normal e simples de avisar á seus pais que a estante havia se partido no meio por causa de um saco de ração. – Mas você vai ficar sem sua ração.

 

 

Apesar do muxoxo de revolta que soltou, Jisung limpou os olhos com a manga da camisa e irrompeu na direção do dono, abraçando o corpo um pouco mais baixo que o seu, afundando o nariz no pescoço deste. Chenle bufou pela quadragésima vez no dia e acariciou os cabelos do felino, sem conseguir permanecer sério em suas decisões.

 

 

Jisung sempre lhe comovia, de um jeito ou de outro.

 

 

- Desculpa Lele. Não faço mais. – Apertou o dono num abraço mais apertado ainda que tirou quase todo o ar dos pulmões do mais baixo. Apenas se separou quando Chenle estapeou suas costas para soltá-lo. – Desculpa de novo.

 

 

- Tudo bem Jisung, tudo bem. – Terminou por fim o sermão e obrigou Jisung a pelo menos limpar toda a bagunça enquanto procurava no jornal e na internet empregos temporários para poder pagar mais um prejuízo do felino curioso e extremamente bagunceiro, que torrava sua paciência mas no final sempre cedia.

 

 

Afinal, Chenle tinha um coração mole demais para felinos.

 

 

.

.

.

 

 

Me ajuda diário.

 

 

Em desespero, Zhong Chenle.

 

 

 


Notas Finais


Gostaram? Me digam o que acharam sz
Toda ideia inusitada que eu tiver eu vou encaixar de alguma forma nessa fanfic, então pode esperar de tudo
kissus sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...