História Paying in Naivety - Natal em Família

Acordei com Hyuna pulando em cima de mim.

- Acorda, Kookie! É véspera de natal! Acorda! - ouvi ela gritando.

Abri meus olhos e vi que ela sorria de orelha a orelha.

- Vamos, Kookie! - disse me puxando para fora da cama.

- Tá bom, eu me rendo - falei rindo dela.

Levantei e fui cambaleando até o banheiro. Chegando lá eu escovei os dentes, lavei o rosto e encarei o espelho por um tempo.

Comecei a me lembrar do que tinha acontecido naquele banheiro no dia anterior, e um sorriso automaticamente apareceu em meu rosto.

De repente vi uma marca roxa enorme no meu pescoço e me lembrei que Jimin tinha me avisado que me marcaria por eu ter lhe marcado.

Imaginei como estaria o meu pescoço se Taehyung não tivesse nos interrompido.

Mordi o lábio com o pensamento.

Me recompus, arrumei o cabelo, enrolei um lenço comprido no pescoço e desci a escada, encontrando meu avô sentado no sofá, com o jornal em suas mãos.

- Bom dia, campeão - disse meu avô.

- Bom dia, vô - falei sorrindo para ele.

- Como você está? Está tudo bem na escola?

- Eu já acabei a escola, vô - falei rindo.

- Mas já?! Parece que foi ontem que você entrou na escola - falou surpreso.

Ri com sua cara de espanto.

- Mas e de resto? Está tudo bem? - perguntou.

- Sim.

- Você não me parece ter certeza disso.

De repente, minha insegurança em relação a Jimin veio à tona. É como se eu não conseguisse esconder nada do meu avô.

- É complicado - falei, coçando a nuca.

Eu estava feliz por Jimin me querer, mas eu estava com receio de ele querer somente meu corpo.

- Hora, você pode contar comigo - falou, piscando para mim.

Dei um leve sorriso com seu gesto.

Meu avô é muito compreensivo. É muito difícil você não querer se abrir com ele, é como se ele fosse o amigo mais fiel do mundo.

- Eu… gosto de uma pessoa, mas não sei se ela gosta de mim - falei cabisbaixo.

- Calma, campeão. Tenho certeza de que essa pessoa gosta de você. Ela pode ter demonstrado e você não deve ter percebido - disse.

Parei para pensar e Jimin nunca tinha demonstrado nenhum tipo de afeto, não sabia de onde eu tinha tirado a ideia de que ele talvez gostasse de mim, ele nunca me deu um motivo para acreditar nisso.

Fiquei chateado ao chegar nessa conclusão, mas como não queria chatear o meu avô, simplesmente sorri.

- Onde está todo mundo? - mudei de assunto.

- Alguns saíram para fazer compras de mantimentos e alguns saíram para comprar sei lá o que. Somente Hyuna, sua avó, você, eu estamos na casa - falou.

- Tudo bem, obrigado - falei indo na direção da cozinha.

Ao chegar na cozinha vi que Hyuna estava lavando a louça.

- Te deixaram aqui em casa de castigo? - perguntei rindo.

- As nossas mães, nossos pais, Jin e Namjoon foram ao mercado e não quiseram me levar, pois queriam que a comida fosse surpresa - disse, fazendo bico.

- E os outros?

- Eles saíram, mas não quiseram me levar. Nem mesmo me disseram aonde iriam - falou entredentes.

Ri com sua cara de brava.

- E por que você está lavando a louça? - perguntei confuso.

- Ah… porque a vovó pediu. Mas eu não me importo de lavar uma loucinha - disse sorridente.

- Vou te fazer companhia - falei.

Peguei o que eu ia comer e coloquei em cima da pequena mesa da cozinha, me sentando na cadeira em seguida.

Hyuna era muito inteligente, por isso conversamos sobre tudo o que vinha na nossa cabeça, por um bom tempo, e só paramos quando o pessoal que estava no mercado chegou.

- Podem sair da cozinha, porque a comida da ceia vai ser surpresa - falou Jin.

Logo nós nos deslocamos para a sala e voltamos a conversar.

* * *

Eram, mais ou menos, três horas da tarde quando o resto do pessoal chegou.

- Surpresa! - gritou Hoseok entrando pela porta.

Ao me virar para olha-lo vi que eles carregavam uma caixa enorme e comprida.

- Isso é o que eu estou pensando?! - perguntou Hyuna.

- Sim! É uma árvore de natal! - falou Hoseok, colocando a caixa no chão.

Os olhos de Hyuna brilhavam ao olhar para a caixa.

Na casa do Hoseok e da Hyuna eles não tinham o costume de montar a árvore de natal, não é que eles não comemoravam o natal, eles só não decoravam a casa.

- Eu sempre quis montar uma árvore de natal… - disse com a voz embargada.

- A gente queria fazer uma surpresa para você - falou Jimin sorrindo.

- Obrigada, pessoal - falou abraçando eles.

Logo eles se separaram e Hyuna limpou as lágrimas que ameaçavam cair.

- O que estamos esperando? Vamos montar a árvore! - exclamou.

Nós colocamos a caixa em um canto da sala e a abrimos. Montamos o esqueleto e fomos colocando os galhos.

Ao acabarmos de montar nos afastamos e admiramos nosso feito.

- É enorme! - comentei.

- Sim, pegamos a de dois metros e dez - falou Suga. - Queríamos uma grande, mas que coubesse aqui dentro.

- É perfeita! - exclamou Hyuna. - Onde estão os enfeites?

- Que enfeites? - perguntou Taehyung.

Logo o sorriso de Hyuna desapareceu e Taehyung começou a rir.

- Estou brincando! Eles estão naquela caixa - disse, apontando para o outro lado da sala.

- Não teve graça - falou Hyuna, fingindo estar com raiva.

Abrimos a caixa, pegamos o pisca-pisca e o enrolamos na árvore, com muita dificuldade.

Fomos espalhando os enfeites pela árvore até que estivesse cheia, e, por último, colocamos a estrela na ponta.

- Ficou lindo! - falou Hyuna.

- Ficou muito legal - comentou Suga.

Admiramos a árvore um pouco mais, até que Hyuna percebeu que algo estava errado.

- Gente, isso não é um enfeite - falou, pegando algo da árvore. - Isso é um visco!

- Um o quê? - perguntei.

- Eu já vi nos filmes. Você pendura ele no teto ou em uma porta e todo mundo que passar junto por baixo tem que se beijar! - falou animada.

- Isso é verdade? - perguntou Jimin.

- Sim! Claro que pode ser um beijo na bochecha, mas mesmo assim, é muito legal que vocês tenham achado um visco, mesmo que sem querer - falou sorridente.

Na hora veio na minha cabeça que aquela poderia ser a minha chance de beijar o Jimin, ele não poderia negar, já que era uma tradição.

Onde vamos colocar? - perguntei animado.

- A gente pode colocar no arco da sala de estar - sugeriu Hoseok.

- Ótima ideia! - falou Hyuna. - Jungkook, abaixe-se para eu subir no seu ombro.

- Por que eu?

- Vai logo! - falou, me puxando para baixo.

Hyuna subiu no meu ombro e eu andei até o arco da sala.

- Pronto! - falou, depois de colocar o visco.

Logo eu abaixei e ela desceu do meu ombro.

- Obrigada! E já que estamos debaixo do visco… - falou, beijando minha bochecha.

Eu ri com sua fofura.

- Eu também quero! - falou Taehyung, indo na minha direção.

- Eu não vou te beijar Tae! - falei rindo.

- Por que não? Então eu vou te beijar!

Taehyung veio correndo na minha direção e me abraçou.

Eu tentei impedir que ele me beijasse, mas depois de alguns segundos minha bochecha já estava toda babada.

- Chega! Deixa eu sair daqui, antes que mais alguém apareça - falei olhando para Hoseok.

- Como você adivinhou que eu ia tentar de beijar? - disse surpreso.

- Você acha que eu não te conheço? - falei, me sentando no sofá.

Olhei para Jimin e ele parecia estar distraído com algo.

- Vamos colocar os presentes de amigo secreto embaixo da árvore?! - sugeriu Hoseok, fazendo eu desviar o olhar de Jimin.

- Boa ideia! - exclamou Taehyung.

Subimos as escadas, pegamos os presentes e voltamos para a sala.

Como todos os pacotes eram bem maiores que o meu, comecei a achar que um anel não tinha sido a melhor ideia.

Colocamos os presentes embaixo da árvore e começamos a conversar.

* * *

Eram dez horas e nós estávamos reunidos na sala de estar, esperando a ceia de natal ficar pronta.

- Eu não entendo, por que a gente tem que tomar banho e se arrumar para ficar na sala de casa? - perguntou Suga.

Rimos com sua pergunta.

Logo minha mãe e meu pai entraram na sala pelo arco.

- Parem! Vocês têm que se beijar! - disse Hyuna, apontando para o visco.

- Ah! - disse meu pai rindo - tudo bem.

Logo, eles deram um selinho e nós começamos a aplaudir.

Olhei para Jimin e ele estava aplaudindo com um sorriso fofo no rosto.

Voltei meu olhar para os meus pais.

- A árvore ficou ainda mais bonita acesa - falou minha mãe, admirando a árvore.

- A ceia está pronta! - exclamou meu pai.

Nos levantamos animados e fomos para a sala de jantar.

A mesa estava toda decorada com enfeites natalinos, taças e pratos. Nós nos sentamos e esperamos os pratos chegarem.

Segundos depois o resto da família entrou com a comida na mão, depositaram na mesa e se sentaram.

Todos nós batemos palma com o belo banquete que havia sido preparado.

- Está lindo! Dá até dó de comer - falou Hyuna.

Eu não sabia o nome dos pratos, e imaginei que ninguém ali sabia, mas estavam deliciosos.

Ceiamos na base de muita conversa e muita risada.

Comemos a sobremesa e ficamos conversando.

* * *

Era meia-noite e nós começamos a nos abraçar e desejar feliz natal um para o outro.

Quando chegou a vez de Jimin, ele me abraçou normalmente, sem nenhum tipo de malícia, sem nenhuma mão boba.

- Feliz natal, Kookie - falou sorrindo infantilmente.

- Feliz natal, Jiminie - falei, sorrindo, disfarçando minha decepção com o abraço.

Ele se virou e abraçou Jin do mesmo jeito que havia me abraçado.

Ele não me olhou maliciosamente ou sorriu com segundas intenções naquele dia, ele me tratou normalmente, ele tinha voltado a me tratar como um primo.

- Gente, nós, adultos, vamos dormir - falou meu tio Kwon.

- Sim, estamos exaustos - falou meu pai. - Boa noite.

- Boa noite! - respondemos em uníssono.

Nossos pais, tios e tias foram para seus quartos.

- Vamos abrir os presentes! - falou Hyuna, animada.

Nós nos levantamos e corremos para a sala. Chegando lá nós nos sentamos e esperamos Jin e Namjoon chegarem.

Depois de alguns segundos eles passaram pelo arco.

- O visco! - exclamou Hoseok.

Eles olharam para cima e ficaram vermelhos de vergonha.

- É uma tradição! Tudo bem que não é nossa, mas está valendo! - falou Hyuna.

Eles se aproximaram um do outro e se beijaram timidamente.

Não pude evitar de sentir um pouco de inveja deles.

Eles se separaram e Namjoon se sentou.

- Já que eu estou de pé, eu começo - falou Jin. - A pessoa que eu tirei é muito desastrada, quebra tudo o que toca.

- Namjoon! - falamos em uníssono.

- Isso não é justo - falou Namjoon, rindo.

Ele abriu o presente e viu que era uma touca com a palavra “Rap” escrita.

- Adorei! Obrigado, amor - falou, dando um selinho em Jin.

Não consegui evitar de olhar para Jimin. Era aquilo que eu queria, eu queria uma relação como a deles.

- Bom… - começou Namjoon. - A pessoa que eu tirei adora comer e adora rosa.

- Jin! - falamos em uníssono, rindo.

Jin abriu o pacote e tirou um camisa social rosa de dentro do pacote.

- Que linda! - falou Jin, dando pulinhos de alegria.

- Gostou? - perguntou Namjoon.

- Amei! - respondeu.

Eles se abraçaram e se sentaram no sofá.

- Já que vocês tiraram um ao outro, eu vou - falou Hyuna, se levantando e pegando um embrulho na mão.

- A pessoa que eu tirei é muito legal, mas geralmente é mau humorada, ela é muito preguiçosa e…

- Suga! - gritamos.

- Nossa! Nem precisei terminar a descrição - falou Hyuna, rindo.

- Falou “preguiça” é o Suga - comentei.

Todos começaram a rir.

Suga se levantou e abriu o presente, tirando uma almofada em formato de meia-lua de dentro do embrulho.

- Uma almofada de pescoço! Obrigado - falou, bagunçando o cabelo de Hyuna. - Eu realmente gostei.

- Já que você dorme em qualquer canto, resolvi te dar essa almofada para você não ficar com dor no pescoço - falou Hyuna, dando um sorriso fofo, e se sentando em seguida.

- Eu tirei um pessoa baixinha e que dança como uma menina - falou Suga.

- Pode ser tanto a Hyuna quanto o Jimin - comentou Hoseok.

Todos começamos a rir com seu comentário.

- Eu não sou baixinho, pelo menos não para ele! Ele só é um centímetro maior que eu! - reclamou Jimin.

- Acho que sou eu, então - falou Hyuna, rindo.

Ela levantou e abriu o presente tirando um All Star vermelho de cano médio de dentro da caixa.

- É lindo! - falou, abraçando Suga. - Muito obrigada!

Os dois se sentaram e Jimin se levantou, pegando uma sacola enfeitada na mão.

- Minha vez! - exclamou. - Meu amigo secreto é muito escandaloso e inconveniente, tão inconveniente que dá dó.

- Hoseok! - gritamos.

- Nossa! Eu não sou isso que você falou - disse Hoseok, fingindo estar ofendido.

Ele se levantou e abriu a caixa, tirando um boné de dentro.

- ”J-Hope” - leu o que estava escrito. - O que é isso? - perguntou.

- Seu mais novo apelido! Você é muito divertido para ser chamado pelo nome. O “J” é de Jung e o “Hope” é por que você é muito esperançoso e nos dá esperança, para você não tem tempo ruim e não tem como ficar chateado perto de você - falou Jimin, sorrindo.

Hoseok sorriu e abraçou Jimin.

- Obrigado, priminho! - falou, com a voz embargada.

- De nada! Foi difícil bolar um apelido para você - respondeu Jimin.

- É a minha cara, vocês não acham? - perguntou Hoseok com uma careta, fazendo todos rirem.

- É a sua cara, J-Hope - falei.

Jimin se sentou e Hoseok colocou o boné, pegando uma caixa grande na mão.

- O meu amigo secreto é uma pessoa que parece que vive em outra dimensão, eu não conhecia ele, mas agora já o considero da família.

- Taehyung! - falamos em uníssono.

Taehyung se levantou e pegou a caixa na mão.

- É bem leve - comentou.

Ele colocou a caixa no chão e a abriu, tirando a pelúcia de uma raposa de dentro.

- Uau! Eu adoro essa raposa! Obrigado! - falou Taehyung, abraçando Hoseok e logo depois abraçando a raposa.

- Que bom que você gostou! - disse Hoseok, se sentando.

Taehyung pegou uma caixa grande na mão e pigarreou.

- A pessoa que eu tirei tem dentes de coelho.

Todos começamos a rir com a seriedade que ele falou.

- Acho que sou eu - falei me levantando.

- Eu já tinha comprado esse presente antes de vir para cá, por isso ele passa um pouco do preço. Eu dei sorte de ter te tirado, senão eu teria que comprar outro presente - falou Taehyung, rindo.

Eu peguei a caixa na mão e a coloquei o chão, a abrindo em seguida.

- Uma bota da Timberland! Que demais! - exclamei.

- Que bom que você gostou, por que foi cara - comentou Taehyung, me fazendo rir.

Não demorei a colocá-la no pé.

- Ficou perfeita! Obrigado! - falei.

Me aproximei para lhe beijar - como ele sempre faz comigo - mas ele me impediu.

Taehyung se sentou e eu peguei a caixinha na mão.

Olhei para todos e comecei a ficar nervoso com a situação.

- Err… acho que todo mundo já sabe quem eu tirei, já que foi a única pessoa que sobrou, ele é muito fofo e adora cuidar dos outros - falei.

Jimin sorriu e se levantou, vindo na minha direção.

Eu me arrepiei quando ele se aproximou para pegar a caixinha.

- Err… mesmo sendo pequeno eu espero que goste - falei, nervoso.

Eu estava com vergonha e muito ansioso para ver a sua reação.

Jimin sorriu e rasgou o embrulho, revelando a caixinha de veludo.

Ao abrir a caixinha seus olhos brilharam e um sorriso enorme apareceu em seu rosto.

- Um anel de carreira! - exclamou, pegando o anel na mão.

- Eu sei que você quer fazer faculdade ano que vem e se tornar dançarino, e que você gosta de anéis, então achei uma boa ideia - falei. - Tem até o seu nome escrito na parte de dentro.

Ele olhou o anel minuciosamente sem tirar o sorriso do rosto.

- É perfeito! Obrigado, Kookie! - falou me abraçando.

Outro abraço rápido entre primos.

Eu o abracei de volta e quando nos separamos ele colocou o anel.

- Ficou perfeito! - falou.

- Que bom que você gostou! - falei sorrindo.

Eu queria mais que aquele abraço como agradecimento, mas sabia que eu teria que ficar sozinho com ele para que algo acontecesse.

Depois de alguns minutos, Jimin foi para a cozinha e eu o segui, pensando ser o momento certo.

Chegando lá, abri a geladeira como um pretexto para estar na cozinha.

- Eu ainda estou com fome, e você? - perguntei, indiferente.

- Não - respondeu, tomando um copo d’água em seguida.

- Err… fiquei feliz que você gostou do anel - falei, envergonhado.

- Eu adorei! Obrigado - falou, dando um sorriso fofo, virando as costas e indo embora.

Meu queixo foi no chão. Não entendia o porquê de ele estar me tratando como um primo, já que se fosse no dia anterior ele teria me agarrado na primeira oportunidade.

Eu ainda tinha um plano de ganhar pelo menos um beijo na bochecha.

Saí correndo atrás dele e coloquei as mãos nos seus ombros, antes de passarmos pelo arco com o visco.

- Vocês dois passaram juntos pelo arco, então já sabem - falou Hyuna.

Fiquei feliz por Hyuna me ajudar.

- Nós não passamos juntos, o Jungkook está atrás de mim. Ele está com as mãos no meu ombro, mas está atrás. Então não vale - falou Jimin, sorrindo e se sentando.

Eu fiquei sem reação.

Me sentei no sofá e comecei a pensar em.como ele tinha me tratado durante o dia inteiro.

De repente uma tristeza se apossou de mim quando olhei para o lado e vi Namjoon e Jin aos beijos.

Levei meu olhar para Jimin e vi que ele me encarava.

Pensei que ele lançaria aquele olhar de desejo ou aquele sorriso malicioso, mas ao perceber que eu também o olhava, ele desviou o olhar e começou a conversar com o Hoseok.

Eu não queria mais ser ignorado então me levantei do sofá.

- Hyuna, posso dormir no seu quarto hoje? É que o quarto no qual eu estou está com muito pó e atacou minha rinite - falei.

- Claro, Kookie! Eu durmo na sua cama, hoje - respondeu.

Ela sabia qual era o real motivo: eu não queria dormir no mesmo quarto que Jimin.

- Obrigado. Boa noite, pessoal - falei, dando meu melhor sorriso.

Todos me responderam e eu subi a escada, mas não sem antes olhar para Jimin, que também me olhava.

Não consegui decifrar seu olhar, mas naquele momento já não me importava.

Eu tinha chegado à conclusão de que Jimin não gostava de mim, ele só me queria fisicamente - como eu temia -, e depois que conseguiu ele passou a me tratar como se nada tivesse acontecido.

Eu queria sentir raiva dele, mas eu só conseguia sentir tristeza por não ser correspondido.

Entrei no quarto de Hyuna, fui até a janela e comecei a observar as estrelas, afastando meus pensamentos.

* * *

Eram, mais ou menos, duas horas da manhã, quando uma batida leve na porta me tirou de meu devaneio.

Me virei e vi Jimin parado na soleira, olhando para mim.

Eu desviei meu olhar para o chão e permaneci em silêncio.

- Desculpa, Jungkook - começou a falar. - Eu sei que você provavelmente deve estar achando que eu não gosto de você, mas isso não é verdade.

Eu olhei para Jimin e vi que ele me encarava, enquanto se aproximava lentamente.

- Hoje, quando eu acordei, eu olhei para você e me senti diferente, tudo o que eu queria fazer era te abraçar, te beijar e te proteger, e quando eu me dei conta do que eu estava sentindo minha confiança se tornou nula, era como se eu fosse o garoto nerd e você o garoto mais bonito do colégio - ele sorriu ao pensar no que disse. - Eu não conseguia te encarar por muito tempo, quando nossos olhares se cruzavam eu só conseguia desviar de vergonha, somente chegar perto de você deixava minhas pernas bambas e te abraçar parecia ser a tarefa mais difícil do mundo, porque, em algum momento, eu teria que te soltar - falou.

Eu estava em choque com suas palavras.

- Eu vi que você estava chateado e eu sabia que era por minha causa, pelo jeito que eu te tratei hoje, mas saiba que não é porque eu não sinto nada por você, é o contrário, eu estava nervoso e com medo de dizer como eu me sentia - falou, desviando o olhar para o chão.

De repente aquele sentimento de tristeza foi embora.

- Jungkook, desculpa por só ter tido coragem de falar agora - Ele olhou em meus olhos. - ...eu estou apaixonado por você.

No começo fiquei paralisado com sua declaração, mas então meu coração acelerou, meus olhos encheram de lágrimas e um sorriso se formou em meu rosto.

Eu me aproximei ainda mais dele e encostei nossas testas.

Eu não conseguia pronunciar nenhuma palavra, mas ele sabia que o sentimento era recíproco.

Jimin acariciou o meu rosto, enquanto sorria docemente.

- Eu também tenho um presente para você - sussurrou.

Jimin colocou a mão no bolso e tirou um visco de lá, o segurando acima de nossas cabeças.

- Feliz natal, Jungkook - sussurrou.

Nós nos aproximamos lentamente, até que nossos lábios finalmente se tocaram.

Começamos um beijo lento e apaixonado. Seus lábios eram macios e quentes, e pareciam ter o melhor sabor do mundo.

Eu passei meus braços pelo seu pescoço enquanto ele me envolveu pela cintura.

Ficamos assim por um tempo, até que o beijo passou a se tornar necessitado.

Eu empurrei Jimin lentamente até que ele caísse sentado na cama.

Coloquei cada uma de minhas pernas ao lado de seu corpo e me sentei em seu colo, tomando seus lábios novamente.

Jimin agarrou minhas coxas e me puxou para mais perto de si, intensificando nosso beijo.

Eu comecei a mexer meu quadril para frente e para trás, roçando nossos membros cobertos, fazendo Jimin gemer.

Eu afastei meu rosto e intensifiquei o movimento do meu quadril, observando Jimin soltar outro gemido enquando cerrava os olhos e mordia sua boca, que estava vermelha por causa do beijo.

O seu gemido espontâneo e sua feição vulnerável me excitou, fez com que eu não tivessem mais controle sobre o meu corpo.

Eu tirei sua camiseta e o deitei na cama bruscamente, removendo minha camiseta em seguida.

Me posicione entre suas pernas e comecei a beijar seu abdômen.

Eu coloquei minhas mãos na sua cintura, a apertei e fui subindo minha boca até seu pescoço, colando meu abdômen desnudo no seu.

Eu sentia o corpo de Jimin reagir à cada um de meus toques, enquanto ele continuava com os olhos fechados.

Voltei a friccionar nossos membros, ouvindo Jimin soltar um grunhido.

- Jimin, não sei se você percebeu, mas você deixou uma marca enorme no meu pescoço ontem - falei, me afastando de seu pescoço.

Jimin abriu os olhos e olhou para a marca roxa no meu pescoço, passando os dedos em torno da mesma.

- Eu acho que você merece uma pior - sussurrei em seu ouvido, sentindo ele se arrepiar.

Posicionei meus lábios em seu pescoço e tratei de cumprir o que eu tinha dito.

Jimin soltou um gemido baixo e apertou minhas coxas, enquanto eu o marcava.

Me afastei e contemplei meu feito em seu pescoço.

Ao ver que ele me lançava um olhar cheio de malícia enquanto sorria de canto, senti meu membro latejar.

- Ah, Jimin… - falei quase que gemendo.

Me levantei e tirei minha calça, removendo a sua logo em seguida.

Seu membro estava duro e, assim como o meu, clamava por atenção.

Eu me abaixei e comecei a passar a língua em seu membro coberto.

Jimin apertou o lençol nas mãos e apertou os olhos.

Eu abaixei sua cueca e comecei a lamber toda a extensão de seu membro, não demorando para abocanhá-lo.

Jimin gemeu alto com meu ato.

Eu comecei a chupar seu membro com rapidez, sem dar tempo para ele se acostumar.

Ele entrelaçou seus dedos em meus cabelos e começou a levantar o quadril, estocando seu membro mais profundamente em minha boca.

Jimin mantinha sua boca entreaberta a procura de ar, enquanto sei membro quente entrava e saía de minha boca.

Eu aumentei ainda mais o ritmo o ouvindo gemer constantemente, sentindo meu membro latejar com cada gemido.

Ele soltou um gemido alto e se desfez em minha boca, com uma última estocada.

Jimin levou as costas da sua mão - que antes estava em meus cabelos - à sua testa. Ele estava suado e vermelho pelo esforço, seus olhos ainda estavam cerrados e sua respiração ofegante.

Mordi o lábio ao ver seu estado.

Deite em cima dele e tomei seus lábios para mim. Explorei todos os cantos de sua boca enquanto ele me abraçava.

Jimin desceu as mãos para as minhas nádegas e começou a apertá-las, pressionando nossos membros um no outro.

Gemi com o contato.

Senti seu membro endurecer debaixo de mim e me arrepiei com a sensação.

Me levantei e tirei a cueca, deixando meu membro duro a mostra.

Jimin, ao ver, lambeu os lábios e sorriu maliciosamente de canto.

Passei o lubrificante e me posicionei entre suas pernas.

Ele me encarou ansioso, com aquele olhar que só ele tinha.

Eu introduzi um dedo em sua entrada, colocando outro em seguida, fazendo movimentos de tesoura.

Eu me apoiei no antebraço e introdizi meu membro em sua entrada.

Jimin apertou os olhos e arqueou as costas, soltando um gemido alto.

Eu comecei a me movimentar lentamente olhando a expressão de Jimin, que passou de incômoda para prazerosa.

Depois de algumas estocadas eu aumentei o ritmo, colocando mais força, vendo Jimin apertar o lençol com a sensação.

A sensação de estar dentro dele, lhe proporcionando prazer como ele havia me proporcionado, era indescritível.

Continuei com as estocadas e achei o ponto sensível de Jimin, estocando mais forte nele.

Ele gemia constantemente enquanto eu lhe penetrava mais forte.

Levei minha mão para seu membro e comecei a masturbá-lo rapidamente.

Jimin soltou um gemido arrastado e arranhou minhas costas, me fazendo gemer e apertar os olhos.

Não pude me conter em gemer o seu nome, enquanto o estocava em um ritmo extasiante.

Estávamos suados e ofegantes, nossos cabelos estavam colados na testa e nossas bocas estavam semi-abertas, pedindo por ar.

Acelerei minha os movimentos da minha mão, fazendo Jimin gozar em nossos abdômens.

Quando abri os olhos vi que Jimin me encarava, lutando para manter o olho aberto.

Ele mordia o lábio inferior, tentando conter os gemidos, e me olhava diferente, dessa vez seus olhos transmitiam paixão.

Eu colei nossos lábios com um longo beijo e só me afastei para gemer, enquanto me desfazia em seu interior.

Me joguei do seu lado e fechei os olhos, tentando guardar todas aquelas sensações na minha mente.

Tentei abrir os olhos para olhar seu rosto, mas meu cansaço venceu, e eu acabei pegando no sono.