Jeon dava voltas e voltas pelo próprio escritório, era de manhã e todos os clientes já haviam saído do bordel deixando o lugar mais calmo com algumas pessoas vomitando nos banheiros, estava confuso e alterado demais para brigar com elas naquele momento, passava as mãos por seu cabelo a cada segundo respirando fundo á todo momento, o seu terno estava para fora da calça, talvez até mais bagunçado do que si mesmo, sabia que quando saísse dali seria enchido de perguntas, mas nenhuma delas se compararia as que rondavam a sua cabeça.
Havia mesmo feito aquilo?
Não sabia exatamente quando tanta divida havia sido acumulada, tinha o aluguel do local, o dinheiro emprestado para se sustentar no começo, sem contar na compra de camas novas cada vez que Soohyun levava alguém para um quarto, já perdeu as contas de quantas vezes ponderou sobre expulsá-la dali, afinal, a garota tinha a família rica e era formada em mais cursos do que poderia se lembrar, o único motivo para ainda estar ali é aquela mania louca por sexo, ela era mais louca do que qualquer cliente que viesse naquele lugar, ás vezes recebia um dos clientes alegando que “não deu conta” como desculpa por terem quebrado a cama.
Jeon não podia fazer nada, escolheu fundar aquilo, que arque com as consequências.
Mas realmente não sabia como chegou á aquele ponto, achou que a ideia de encomendar um assassinato para aqueles mafiosos que viviam o perseguindo, um deles até havia cogitado a ideia de ter um de seus funcionários, primeiro ele perguntou ao desejado, mas este o implorou para que não o vendesse para um estranho já que aquela era a casa dele e tinha medo de ficar com quem quer que fosse, negou decididamente ao homem barbudo e velho – lembrava perfeitamente o Papai Noel por isso ganhou este apelido da porta pra dentro – e acabou tendo a divida triplicada, mas de longe se arrependeu.
De certo modo essa sua proteção pelos garotos e garotas que moravam ali acabou o prejudicando nos últimos tempos, quando reclamações de algo negado da parte dos funcionários ou “serviço mal feito” ele revirava os olhos no mesmo momento e repetia o mesmo discurso do cliente experimentar com outra pessoa para ver se o problema não era em si, normalmente recomendava Soohyun para ela assustá-los dali de uma vez por todas, se não funcionasse, os seguranças que guardavam a fachada davam conta daqueles homens pertinentes.
Para sua infelicidade, um desses homens acabou sendo um dos chefes da máfia, houve uma noite em que os cinco chefes da máfia de Seul estavam presentes no bordel. Park Chanyeol; Este só vinha aqui por causa de Baekhyun então já era normal de vê-lo por lá e já havia oferecido uma fortuna pelo garoto, seus olhos brilharam, mas Baekhyun disse não então apenas se contentou em orientá-lo a parar de fazer cu doce. Wang Jackson; Este aparecia quase nunca, pois sempre que dava as caras, uma briga entre Mark e BamBam acontecia, ele se cansa de muita dessas brigas e um dos quartos acaba ficando com um treesome, sobrando também para o próprio bolso já que JeongGuk o fazia pagar mais por ficar com dois. Kim WonShik; incrivelmente, este já não aparecia á um bom tempo, foi um dos primeiros a comprar um dos funcionários, Jeon havia certeza que eles estavam tendo algo a mais, sentia o ar se tornando rosa quando passava por perto de Hakyeon por isso não foi surpresa a compra. E o causador do maior problema: Choi Siwon.
Era um homem duro de lidar com certeza, este era um dos três donos da máfia sul-coreana – de toda a Coreia do Sul – foi realmente uma surpresa tê-lo no bordel naquela noite, logo mandou Soohyun ir tratar dele, não foi nenhum sacrifício já que a garota estava de olho nele desde que havia chegado, a surpresa foi que ela foi rejeitada pela primeira vez em toda sua vida, era algo sobre algum fetiche dele por garotos de cara inocente e JeongGuk foi sua primeira escolha assim que bateu os olhos em cima deste, pela sua situação atual é obvio que ele o rejeitou á todo custo e acabou pagando por isso.
Siwon, além de ser um dos maiores mafiosos de Seoul, era um dos três que comandavam o trafico da Coreia do Sul inteira, o que significava que ele podia subornar qualquer trouxa da cidade para fazer o que quisesse. O escolhido foi o cobrador do aluguel de JeongGuk, a quantia por mês subiu notavelmente, a coisa mais fácil foi descobrir porquê havia feito aquilo, afinal, aquele velho barrigudo não tinha uma roupa de grife desde que Jeon o conheceu, vê-lo nadando no dinheiro foi o suficiente para saber que Siwon havia o comprado, assim como o fornecedor de bebida e os seguranças, a partir dali percebeu que manter aquele lugar seria mais difícil do que imaginava, mas não podia de modo algum abandonar as pessoas que viviam suas vidas ali, por isso chegou á essa situação.
Praticamente vendendo seu corpo, sendo que foi por rejeição á tal ato que o levou á miséria. O que havia mudado? Tudo.
Park Jimin não era qualquer alfa daquela cidade, todos os alfas eram calmos, alguns tinham medo dos ômegas e não chegavam em cima de ninguém, certo de que já foi paquerado por Siwon, mas o charme dele não se comparava ao do Park, certamente Jimin foi o segundo homem á lhe afrontar daquele modo, ninguém ousava chegar perto de JeongGuk sabendo do gênio forte que este tinha, ninguém ousava lhe enfrentar do mesmo modo, houveram historias rondando pela área de que já disparou uma bala no primeiro alfa que usou sua voz para tentar força-lo á fazer algo, JeongGuk não confirmou a historia, mas também não discordou deixando o murmúrio continuar até os dias de hoje.
Por mais orgulhoso que seja, não era negável o fato de ter imaginado como seria a voz de alfa de Jimin, pela primeira vez imaginou como seria ser submisso á aquela voz e realizar todos os seus desejos, seu estado de manhã confirmava o quanto se martirizou por toda a noite, não devia estar deixando aqueles pensamentos invadirem sua cabeça, onde estava sua dignidade? Se rejeitou Siwon foi para mantê-la e agora estava jogando fora como se não fosse nada, se há algo que estivesse pensando seriamente naquele momento era que quando Jimin voltasse resgataria a sua dignidade, claro se tivesse vontade o bastante para rejeitá-lo:
—JeongGuk, vamos comprar o café da manhã, você vai comer conosco? – havia sentado em cima de sua própria mesa e parecia no mínimo normal quando Soohyun adentrou o escritório com roupas até normais.
—Vou, vou sim, quem vai ir comprar? – não tinha o porquê de voltar para casa, Taehyung seu companheiro de quarto havia ido para a cidade natal faziam duas semanas, fazer as refeições sozinho não fazia sentido para si.
—Mark e o Baekhyun, já que vai junto você paga o café.
—Você faz uma fortuna de noite e não tem coragem de comprar o café com o próprio dinheiro? Não é como se houvessem umas cinquenta pessoas morando aqui – Soohyun era com certeza a que mais lucrava nas noites e mesmo assim quase nunca pagava as refeições sozinha.
—Não é como se eu não precisasse dos meus cremes para ser irresistível e também eu ajudo nas comidas que é ainda mais caro, para de ser pão duro, vai logo que os meninos estão esperando.
—Já estou indo – disse por fim suspirando fundo.
Antes de ir comprar o café-da-manhã com os garotos, JeongGuk foi para o pequeno banheiro que havia dentro do escritório – esse nenhum dos meninos tocavam porque era como sua preciosidade, se eles quebrassem algo ali ou sujassem, Jeon não teria certeza de suas ações – Escovou os dentes e tentou parecer ter tido uma ótima noite de contas e contas, ele só ficava no bordel de noite para coordenar as coisas tipo não deixar ninguém fazer sexo no meio das pessoas ou controlar alguns homens que ficavam bêbados e tentavam abusar de um dos garotos sem que eles queiram já que era mais resistente á voz de alfa deles, passou por muita coisa para conseguir esse feito, mas achou necessário para poder protege-los, pelo menos a sua família serviu para alguma coisa.
Voltou para o escritório procurando pelo seu celular e o dinheiro os encontrando dentro de umas das gavetas da mesa, o celular indicava mensagens novas provavelmente da professora de pole dance dos meninos, mais uma para quem devia, pelo menos ela não se importava em não ser paga, pois acolheu a “causa” de JeongGuk, pegando os ômegas das ruas e os oferecendo trabalho, não o trabalho dos sonhos, mas uma forma de sustento á encantou de primeira, como não conseguia um emprego na área que queria acabou aceitando o convide do Jeon, agora são grandes amigos.
Yoona: JeongGuk, eu vou estar ai mais cedo hoje, diga para os meninos e as meninas e alongarem, 13:00 eu chego, quero você na aula hoje também!
JeongGuk: Claro, os aviso sim, vamos tomar café agora se você se apressar comemos juntos! Não quero nem saber desse negocio de aulas não, eu não nasci pro pole dance.
Yoona: Ninguém nasceu Kookie, bom, mas agora eu vou indo, vai ser divertido comer com vocês, até!
JeongGuk: Seo Yoora, você pense nos seus atos, se me pedir com jeitinho eu cedo, até!
Yoona era a beta mais simpática que JeongGuk havia conhecido, uma das primeiras á não dar em cima de si antes de descobrir que era ômega, por isso a amizade se tornou forte tanto quanto a de Taehyung, porém ela ainda não havia o poder para fazê-lo subir naquele pole dance e arriscar alguns passos, precisaria de muita bajulação ou talvez um dinheiro envolvido para ensiná-lo como dançar sensualmente naquele mastro. Yoona sempre o disse que o seu corpo era um dos mais bonitos que já viu, JeongGuk só não tinha um alfa porque não queria já que tinha toda a Seoul babando aos seus pés, uma vez disse que estava fazendo a escolha errada em ainda ser virgem aos vinte anos, mas como sempre foi ignorada:
—Pronto, já estou aqui! – anunciou ao chegar na frente do bordel, havia tirado seu blazer e colocado a blusa para o lado de fora, não gostava de parecer Jeon JeongGuk, o ômega impenetrável na frente dos garotos, esses mereciam o ômega fofo e simpático, um lado que até hoje não foi mostrado á nenhum alfa.
—Demorou, JeongGuk! Estava procurando modos de economizar de novo? – Baekhyun sempre teve essa boca grande, não tinha quem parava as palavras dele, somente Chanyeol com sua própria boca.
—Não, estava conversando com Yoora, ela disse que vira tomar o café-da-manhã conosco.
—Deve ter se apaixonado por outro alfa, ela realmente não tem ideia de como o nó pode doer nela? – Mark era ao contrario, desde que entrou ali se mostrou ser um ômega amável e sempre preocupado com as pessoas, menos com BamBam, esses dois mantinham uma rixa á mais tempo do que se possa contar.
—Pode sim, mas mesmo assim ela pode muito bem se apaixonar por um alfa, não é como nós que precisamos de um nó.
—É uma droga ser ômega, ontem Chanyeol estava no cio, perdi a conta de quanta vezes fizemos...
—Você tomou seus remédios para não engravidar? – JeongGuk sempre se preocupou com isso, não queria que crianças crescessem em um ambiente como aquele.
—Ele usou camisinha e eu tenho os tomado sim, Soohyun roubou alguns esses dias, mas a fiz pagar depois – Todos ali já tiveram alguma pequena briga com Soohyun, mesmo assim a amavam igualmente porque todos eram uma família – Como foi sua noite Mark?
—Jackson não apareceu de novo, tive que fazer um oral num empresário de médio porte... Pelo menos ele pagou bem, deu pra ajudar a maior parte do café hoje.
—Acho que ele é um idiota por não aparecer somente pela sua briga com o BamBam, é um covarde por sempre fugir de problemas.
—Concordo, Chanyeol continuou vindo mesmo depois de eu ter rejeitado sua proposta, continuamos do mesmo jeito.
—Você continuou do mesmo jeito, Chanyeol veio me implorar de joelhos para que o vendesse para ele, três vezes só essa semana – o sorriso de Baekhyun não passou despercebido assim que entraram na cafeteria – Ele realmente te ama Baek, não deveria estar fazendo isso com ele.
—Não estou pronto para ver como vai ser a vida fora do bordel Kookie, nem sei se ele quer algo de verdade comigo...
—Moça, queremos vinte e cinco cappuccinos divididos entre caramel macchiato, americano, três sem leite e cinco sem açúcar, sete com leite desnatado, e três com leite de soja – a pobre atendente lutava para anotar tudo que JeongGuk falava habilidosamente, ele sabia perfeitamente as alergias e preferencia de todos de cor, já era um habito seu – Me dê aqueles três bolos ali também e trinta pães doces, pode rotular os cafés para mim também meu doce? Agradeço.
—Algo mais senhor?
—Só por enquanto – a atendente se assustou com o “por enquanto”, certamente não deveriam colocar uma novata no balcão, foi para os fundos jurando que nunca mais voltaria para aquele balcão – Byun Baekhyun você está se fingindo de bobo, não está vendo que aquele alfa da a vida por você?!
—Até mesmo eu que não o vejo muito sei disso Baek, pra que tanta insegurança.
—Um dos homens mais ricos de Seoul querendo ficar com um prostituto? Vocês querem que eu acredite nisso?
—Claro! – disseram juntos, a vida de Baekhyun era a mais fácil de se resolver, mas este era muito cego para ver.
—Ah não aguento mais ficar calado também, quem era aquele alfa no seu escritório ontem JeongGuk?
—Ninguém, só alguém que nos ajudara á resolver os problemas financeiros – JeongGuk estava louco para contar para alguém sobre a loucura que fez, mas decidiu que a primeira a saber seria Yoora.
—Eu já disse que posso cobrar mais do Chanyeol, Kookie, você não precisa ficar se matando, o que vai fazer agora? Vender seu corpo? – aquela frase trouxe estremecimentos pelo seu corpo, sabia que era verdade, mas não sabia se escondia isso deles.
—Ele não era feio, se vendesse seu corpo seria uma vantagem sua e dele também – Mark finalizou sorrindo.
—Talvez eu tenha feito isso... – falou baixo o bastante para que o ouvissem, mas não que entendessem a frase.
—Espera, o que?
—Olha, ele me elogiou, falou que eu era atraente e me fez uma proposta, se eu não tivesse aceitado estaríamos todos na rua agora! – dessa vez sua voz saiu um pouco alta demais, o bastante para deixa-los de boca aberta desacreditando no que ouviram.
—Ai meu Deus JeongGuk, seu desgraçado sortudo! Isso é realmente para pagar as dividas?
—É, é sim Baek, nada mais que isso, nada!
—E se ele te marcar?
—Jackson te marcou no cio dele? – Mark negou com a cabeça, não era segredo que havia sido ele que passou o cio com Jackson já que ficou se gabando por mais de duas semanas – Então Jimin não me marcará quando chegar o dele.
—Mas ainda tem a possibilidade do seu cio chegar e sabe como ficamos nesses períodos não é? – claro que tinha ciência do que poderia acontecer, estava disposto a arriscar por Jimin realmente valer a pena.
—Eu sei, eu sei, eu me viro com isso garotos – viu a moça do balcão o chamando de novo e respirou fundo indo pegar os pedidos – Eu levo os bolos e uma parte dos cafés, Mark leva os pães e Baekhyun leva um dos bolos e o resto dos cafés.
—Por que Mark leva menos?
—Porque sim, vamos.
JeongGuk não fazia ideia das data de seus cios, quando este chegavam, normalmente estava no escritório e por seu cheiro forte os ômegas sabiam que era dia de fechar o bordel e irem para algum hotel ou casa de possíveis amigos, já que não tinha como ir para sua casa sem que algum alfa o atacasse no caminho apenas ficava por ali tentando aliviar pelo menos um terço do que sentia com um dos inúmeros consolos comprados por Baekhyun, se sentia desconfortável em compra-los por si mesmo, mas Baekhyun parecia não ter o mínimo de vergonha ao voltar com inúmeros deles, por isso acabou deixando ele como uma Soohyun parte dois da porta pra dentro.
A conversa dos três se estendeu por todo o caminho, mesmo estando junto á mais de um ano ainda tinham os mais diversos assuntos a tratar e no momento o principal deles era o “contrato” perigoso de JeongGuk, pagar com seu corpo seria muito mais do que deixa-lo tocar suas curvas, seria correr o perigo de entrar no cio, dele entrar no cio e acabarem em uma situação muito pior da que estavam, Jeon, diferente dos garotos que trabalhavam ali, não tomava as pílulas para não engravidar, sempre sendo do tipo que achava que acharia o alfa da sua vida e poderia finalmente ver todos ali terem uma vida de verdade juntamente com a sua própria parando de se tornar o caos que é.
Mas é claro que não queria que isso aparecesse agora, até mesmo ele sabia as consequências de ter um filhote em meio á esse mundo, mesmo assim não tomava as pílulas.
O bordel parecia um lugar mais feliz quando estavam todos reunidos com roupas normais, sem o cheiro de cigarro e álcool e principalmente sem alfas. Os garotos que mostravam sorrisos maliciosos também sabiam mostrar os mais belos sorrisos, se pudesse mostrar á aqueles homens de noite como esses ômegas têm muito mais que uma bunda macia, JeongGuk certamente o faria porque não existia mais preciosidade do que encará-los todos juntos daquele modo fazendo piadas com os próprios clientes, conversando sobre a vida dos outros como a própria natureza lhes manda, aquilo o fazia feliz no momento então não seria um alfa á estragar tudo:
—Bom dia raios de sol! Menos você Soohyun, você é as trevas – uma maré de risadas soou melodiosamente, a garota mostrou a língua, nunca levava a sério as provocações que vinham de Jeon, sabia que era amada quase do mesmo jeito que os outros.
—Vamos direto ao assunto Kookie – Yoona já estava á algum tempo ali conversando com os ômegas, ouvindo-os reclamar por terem que se alongar e principalmente sobre o alfa misterioso – Quem era esse tal “alfa misterioso” que entrou na sua sala ontem á noite?
Jeon sabia que aquela era a sua sentença de morte, teria que contar a besteira que havia feito, Yoona sempre foi do tipo “faça tudo antes de vender seu corpo” por isso aceitou ser dançarina de pole dance em um bar, não fazia programas para os velhos nojentos que o frequentavam, mas era obrigada á tirar metade de suas roupas, hoje é professora em uma academia no centro de Seoul, ela analisou o perfil de cada garoto e garota que estava ali antes de fazer amizade com eles, claro a única pessoa que não se dá bem é Soohyun já que era a única á estar ali sem motivo algum, mesmo assim não é do tipo de puxar briga com ela, alguns desentendimentos talvez, mas nada sério o bastante para alguém sair machucado.
Teve que respirar fundo três vezes antes de chamar todo mundo para os sofás ao redor do que estava sentado. Certamente Yoona entenderia se ele tivesse testemunhas de que seu cliente podia ser um dos alfas mais atraentes e gostosos de toda a Coreia do Sul, por mais incrível que pareça ela muda seu ditado quando esse envolve “alfas impossíveis de não se abrir as pernas” nome dado para sua ultima paixão de natureza alfa – uma das inúmeras porque JeongGuk já tinha ouvido diversos discursos de como betas são “chatos e sem sal” pelo que parece, ela não se importa com a dor do nó, talvez até nove vezes pior nela, um alfa forte e intenso valia essa dor para a beta.
Rodeado de olhos curiosos, JeongGuk começou a pequena historia já preparado para as consequências, aquela seria uma longa manhã.
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Enquanto isso, Jimin despertava de um sonho bem conturbado, não se lembrava da ultima vez que teve pesadelos, eles nunca significaram nada. O trauma de infância havia sido superado á muito tempo, já faziam treze anos desde a morte de seus pais, a época em que mais teve pesadelos, dia após dia revendo a faca atravessando o peito de sua mãe, deixando com que seu sangue percorresse até as mãos de seu pai que desesperado acabou levando o mesmo caminho da esposa. Os olhos do assassino focaram por muitos anos em si, ele havia sido preso, mas na cabeça do pequeno Park aqueles orbes continuavam o encarando á cada madrugada, um ano depois acabou sendo uma criança conturbada demais passando por diversas adoções.
Ninguém queria um garoto que precisasse de ajudas medicas por talvez toda a vida, ele continuou nesse circulo até quebra-lo de uma vez por todas.
O garoto com seus dezenove anos fugiu de sua aparente vigésima casa, os pais não eram os melhores, lidavam com seus problemas como todos os outros, com indiferença, desprezo. Talvez imaginassem que fosse filho de marginais por isso haviam sido mortos tão brutalmente, nunca pensando que a culpa nunca havia sido dele. As ruas eram frias para o pequeno alfa, sentia os olhares da pessoas pesando sobre si e mesmo assim continuou seu caminho para a casa do seu melhor amigo, duas semanas antes do acontecido havia tido uma conversa estranha com Hoseok, ele havia falado a frase que não saia de sua cabeça em todos aqueles dias “Você não pode mais viver desse jeito Jimin, andando de casa em casa, quanto tempo ficou numa casa fixa? Um ano? Seis meses? Você realmente acha que esses que estão com você não vão lhe abandonar? Você não pode continuar sendo esse alfa fraquinho, talvez eu tenha algo que possa ser uma revolução para você”.
Depois de alguns meses de “treinamento” Jimin já fazia as encomendas sozinho, seus braços antes finos estavam na grossura exata para enforcar alguém com uma chave de braço, não muito forte, mas nem muito fraco, pois desse jeito teria diversas dificuldades em seu trabalho, havia adquirido um corpo muito diferente do que tinha, certamente invejado por todos ao seu redor e a força se tornou algo invejável também, definitivamente não era mais o adolescente cheio de pesadelos, suas vitimas sabiam muito bem disso. Mas sonhar com esses tempos ainda era considerado pesadelo, com sua casa gigantesca e vida sem nenhuma preocupação, esperava nunca mais voltar á ser o que era, parece que um dia o passado sempre volta:
—Droga, acho que estou ficando maluco – a voz saiu rouca devido á ter acordado recentemente, mas não havia ninguém ao redor para e encolher diante disso, por mais que a casa seja grande, Jimin se recusa á contratar alguém para cuidar da limpeza, não queria ninguém mais envolvido no que fazia.
Para começar seu dia, em primeiro lugar foi ao banheiro para fazer sua higiene matinal e encarar o quanto parecia cansado no espelho, os fios loiros estavam para todos os lados e seus olhos pareciam ainda menores com aquelas olheiras em baixo deles, certamente não parecia o mesmo alfa que conseguira um de seus melhores pagamentos – se não o melhor – em todos esses anos de encomendas, Jeon JeongGuk, seu cheiro e corpo valiam muito mais do que qualquer milhão de dólares que recebesse, mesmo tendo diversos deles não o compraria, por isso se considerou o alfa mais sortudo do mundo por ter aquele ômega em suas mãos:
—É Park Jimin, parece que encontrou um passatempo novo – murmurou sozinho ainda olhando para seu reflexo no grande espelho, até mesmo ele sabia de como poderia ser um alfa tentador – Só acho melhor não comê-lo com tanta gula, pode acabar mais rápido do que imagina.
Uma gargalhada estranha saiu por sua boca, não estava acostumado a falar sozinho desse jeito, mas parece que seus hormônios estavam mais aflorados do que nunca, em menos de uma hora acordado já imaginava o jovem ômega em todas as posições possíveis e impossíveis, com todas as feições de êxtase que pudesse imaginar, até os sons dos gemidos manhosos eram inventados por sua cabeça, se já havia sentido desejo tão grande assim por qualquer ômega que tenha visto, certamente não se lembrava, nem fazia questão de lembrar disso quando já tinha na cabeça o mais gostoso que passou por seu olhar, logo não teria apenas na cabeça como nos braços e abaixo de si, em cima e talvez até ao lado:
—O que essa mente pervertida está imaginando Park Jimin? – A visita inesperada de Hoseok quase lhe rendeu uma visita ao hospital.
—O que você está fazendo aqui? Como entrou?! – Jimin o encarou parado no balcão da cozinha, havia descido para tomar café da manhã quando ouviu aquela voz familiar vindo da sala para depois confirmar que era mesmo Hoseok.
—Eu tenho a chave Jimin, você me deu caso entrasse em coma alcoólico.
—Eu pareço estar em um coma alcoólico? – de certo havia dado a chave com esse pretexto, um dia sabia que a bebida o levaria a morte, dizia para que Jung queimasse todos os seus pertences, seu amigo nunca contou sua intenção de ficar com todas elas em vez de queimar.
—Não, mas está atrasado para o trabalho.
—Como se eu tivesse algum horário, fale, o que você quer? – dizia quase que não se importando com a presença alheia, botar a cafeteira para funcionar parecia mais interessante.
—Aqui – deixou uma pasta não muito grossa em cima da mesa da cozinha atraindo o olhar de Jimin, havia esquecido que ainda teria que fazer seu próprio trabalho para obter seu premio, mas isso não seria problema – Yoon Jongshin, ele é o fornecedor de uma das decorações mais bem premiadas de toda a Seoul, seus moveis podem valer milhões e ter um de seus arquitetos mobiliando sua casa pode valer sua vida, aqui tem tudo que precisa saber, sem investigações, sem muito trabalho, tenho certeza de que não vai ter muita dificuldade.
—JeongGuk gastou tudo isso só com a decoração?! O que aquele garoto tem na cabeça? – calculava mentalmente o quanto devia ter gasto com os quartos e toda a decoração elegante do bordel, parecia um lugar agradável de se passar o tempo como um cybercafé, saber do preço de tudo aquilo já não era tão agradável.
—Jeon JeongGuk é orgulhoso Jimin, não deixaria ninguém falar que algo seu é feito de qualquer jeito ou criticá-lo por alguma propriedade sua, por isso nenhum alfa dessa Seoul gosta dele, eles preferem os ômegas submissos e que de preferencia não lhe dariam um soco assim que se aproximassem.
—Parece que o gatinho tem garras... Interessante – bebericou um pouco de seu café enquanto pegava as folhas das paginas lendo uma a uma, saber que JeongGuk não dá chance á nenhum alfa havia o deixado excitado com a chance do ômega ainda ser virgem.
—Jimin, como ele vai te pagar se está cheio de dividas? Parece que aquele só não deve para o diabo porque ainda não fez um pacto.
—Digamos que eu fiz um belo acordo, o melhor de todos – continuou lendo o papeis totalmente concentrado, aquele homem havia uma serie de acusações de agressões á esposa, não via problema algum de livrar duas pessoas com uma só morte, faria um favor duplo sem sequer ter a intenção – Diabetes tipo um?
—Sim, de três em três horas ele tem que injetar certa dose de insulina, se injetar demais pode morrer por falta de glicose... – Jimin já sabia o que devia fazer, mas Hoseok não passava a chance de se parecer o esperto. Pelos vários anos de convivência acabaram se acostumando com as características um do outro, por isso apenas revirou os olhos terminando de beliscar alguma bolacha dentro dos vários potes que haviam por ali.
—Você sabe onde posso arranjar insulina?
—Isso é com o seu próprio primo Jimin, se esqueceu de ter o maior exportador de medicamentos ilegais como família?
—Quase nunca falo com ele, é claro que iria esquecer – suspirou uma ultima vez antes de colocar a caneca em cima da pia, provavelmente só lavaria quando chegasse de madrugada, afinal não tinha ninguém para se importar para ele, agora faria uma visita a família que não o via a um bom tempo, seu primo era o único que sabia o que estava acontecendo com si talvez até se sentisse confortável em ir vê-lo, não se sentia rabugento como sempre, era questão de tempo até ter seu primeiro prêmio, talvez cobraria JeongGuk mais cedo do que imaginava – Vamos, estou com saudades de dar uns sopapos em Park Chanyeol.
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O prédio tinha uma das faixadas mais belas já vistas por Jimin, era talvez o maior prédio frequentado por si. As árvores mesmo em menor quantidade davam o olhar sério ao edifício, sendo todo revestido em vidro dos mais impenetráveis evitava possíveis ataques de inimigos, olhando por fora, nada mais que um local de trabalho para empresários renomados, políticos, mas se passando lá dentro não havia pessoas sem sangue nas mãos. Nada mais do que pessoas fora da lei cuidando de manter o país com seu índice de criminalidade ativo, por mais remédios enviados para a população carente, as mortes causadas por eles não eram escondidas aos olhos de Jimin, por isso o adentrou como os demais prédios, se desprezando e desprezando qualquer pessoa que trabalhasse ali.
A logo da “empresa” Park não lhe incomodou, aquilo já havia virado apenas um nome á muito tempo. Era incrível como Chanyeol ainda o usava descaradamente o próprio sobrenome para comandar seu negocio ilegal, com todos os subornos oferecidos aos oficiais da cidade certamente usar o nome real não era perigo para nenhum contrabandista da região e não seria para o maior deles. Nem mesmo para Jimin era um empecilho usar seu nome nas encomendas, ás vezes surgia a pergunta de parentesco e ele mantinha a fiel resposta de negar qualquer ligação com Park Chanyeol, embora agora precisasse de um favor seu, isso não mudaria a relação deles fora dos negócios. Nessa vida não se tinha família, não se tinha qualquer emoção fora do dinheiro.
Foi apenas preciso mostrar a credencial de Hoseok para os dois poderem subir ao escritório de Chanyeol, como Hoseok também fazia parte dessa parte social de Seoul, podia aparecer em escritórios como aqueles sem hora marcada, pois se havia algo comentado entre esse tipo de circulo é que o negocio não tem hora para surgir. O lado de dentro era cheio de alfas por toda a parte, uma pessoa ou outra era beta, de certo modo parecia uma forma de mostrar em que tipo de sociedade estavam, Jimin sabia ser um dos dominantes, mas preferia se esconder como os betas, desse jeito não haveriam pessoas julgando seu jeito de agir, afinal havia achado um ômega sem limites porque não um alfa reservado?
—Jimin, Hoseok, o que fazem aqui? Principalmente Jimin, é uma surpresa vê-lo – o cabelo platinado de Chanyeol brilhava contra a luz saindo da janela, olhando desse jeito em sua mesa pareciam estar documentos normais e ele apenas seria um empresário comum, a realidade estava longe disso.
—Pensei que nunca mais iria vê-lo Chanyeol, é uma surpresa para mim também – sem perguntar se podiam, os dois se sentaram nas cadeiras em frente a grande mesa, não seriam expulsos dali de qualquer forma.
—Sim, como vai a vida? Muitas encomendas? Estava pensando em pedir uma esses dias, você apareceu no momento certo! – a palavra “encomenda” soava inocentemente dita daquele modo, mas todos os presentes sabiam muito bem do que falavam.
—Na verdade estou com uma das grandes, então vim lhe pedir um favor.
—Presumo que não tenha vindo para uma visita, pode me dizer, faço questão de resolver pessoalmente.
_Insulina. Preciso de uma boa dose de insulina.
_Ah sim, imagino para o que seja – parou um momento para pensar onde as havia deixado, sempre carregava uma amostra de todas suas mercadorias consigo para caso precisasse dopar alguém, acontecia com frequência pelas pessoas ainda fieis ás leis – Ah, aqui está, acha que é o suficiente?
Jimin pegou a seringa cheia do componente que se em grande quantidade no sangue de uma pessoa com diabetes tipo um podia causar sua morte, aquela quantidade parecia ser o suficiente para acabar com o sofrimento do pobre homem, viver com essa doença pode não ser o mar de rosas ara alguns, mais uma vez estaria fazendo o bem para mais uma pessoa, de um jeito diferente, mas não deixaria de fazer o bem:
—Está ótimo, quanto devo?
—Considere como um presente de reencontro, não vou cobrar – Chanyeol não estava á todas as emoções por estar vendo o primo, porém sabia que um aliado a mais nunca era demais – Podemos manter contato?
—Claro, aqui está meu numero – anotou rapidamente em um pequeno papel em cima da mesa, considerava aquilo como mais um contato para negócios futuros mesmo sendo seu próprio primo – Pode me ligar á hora que quiser, estou sempre disposto á negociar.
Os dois acenaram mutuamente demonstrando falso respeito, não como inimigos, mas o que sabiam era que não eram ser humanos dignos o suficiente para uma reverencia adequada, o bom de se viver entre família eram os segredos. Chanyeol tinha um segredo e Jimin também, como se os laços de sangue ainda significassem alguma coisa os dois manteriam esse segredo, com isso teriam muito mais que mais um aliado, ficariam longe da policia e ainda teriam seus empecilhos apagados sem problemas anteriores, talvez o sangue nem importe afinal, no fim os negócios sempre venciam.
Jimin saiu do prédio junto de Hoseok, eles não esperariam chegar á noite se o assassinato dessa vez poderia sair como um simples acidente de descuido da vitima. Sem contar na excitação crescente dentro do Park.
Ainda se lembrava de buscar o resultado de seu trabalho duro, não precisava contar a parte de ter matado o homem apenas com uma boa dose de insulina, poderia muito bem fingir ter o chutado até a morte somente para procurar o ômega medroso dentro de JeongGuk, nem toda pessoa era feita de pedra e Jimin estava disposto á procurar a parte mais mole de Jeon JeongGuk ou pelo menos saber o porquê dessa raiva por todos os alfas da face da terra, só sabia de uma coisa, definitivamente Jeon JeongGuk não seria o mesmo depois de Park Jimin, ele não permitiria isso de modo algum.
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—Você deve estar cheio de dinheiro por vir aqui duas noites seguidas.
No bordel já se passavam das quatro da tarde, a correria de todos os dias estava espalhada pelo local, alguns ômegas procuravam por roupas para vestir mesmo faltando quatro horas para o local abrir para mais uma noite de bebidas e cigarro, não era obrigação deles vestir roupas vulgares ou não vesti-las, JeongGuk havia deixado esse assunto em aberto para todos usarem o que quiserem, mas eles sabiam da estratégia para atrair os clientes, quanto mais pele, quanto mais carne, os lobos se animavam. Ás vezes surgia a situação de um dos alfas exigi-los sem roupas, essa foi mais uma ocasião culpada da fama do Jeon, aquele alfa nunca mais pisou os pés ali depois daquilo:
—Já disse para não gastar tanto dinheiro comigo, você sabe o preço da entrada e ainda o meu preço! – Baekhyun conversava distraidamente já vestido e devidamente nas condições em que devia se apresentar para os clientes no primeiro show da noite, estaria ensaiando se não tivesse recebido uma chamada de Chanyeol antes de poder fazer qualquer coisa – Olha Chanyeol, apareça aqui e eu chuto suas bolas.
—Pode aparecer Channye, eu acalmo a fera, assim que você chegar ele vai estar de quatro esperando por você! – Jeon teve que gritar de longe por estar ocupado com o cabelo gigantesco de Soohyun, era grande o bastante para ela não lidar sozinha com o próprio cabelo, JeongGuk não via problema em ajuda-la com isso, tinha que admitir o gosto por arrumar as coisas.
—Quando você chegar aqui nós vamos estar fechados porque eu vou matar o dono!
—Cala a boca Baekhyun porque ontem mesmo você estava fazendo todas as posições com ele, hoje não vai ser diferente, se casem! – a garota também provocou o bico gigantesco de Baekhyun, ganhando um high-five pela colaboração de fazer o Park aparecer ali àquela noite.
—Isso mesmo Soo, até você enxerga a realidade e esse cego não!
—Vocês são chatos! Eu vou pra outro lugar bem longe de vocês!
Os ômegas riram dos passos irritados da “Bolinha Byun” como apelidaram á muito tempo atrás pelo garoto realmente parecer uma bola quando está emburrado, somente Chanyeol interpretou aquela expressão como algo fofo, só isso bastava para que Baekhyun aceitasse o apelido de bom grado, não depois de fazer uma bela cena da bolinha Byun para todos. Aqueles momentos podiam ser considerados os melhores do dia porque além de irritarem uns aos outros, eles mostravam o afeto um pelo outro ajudando com uma coisa ou outra, logo entrariam na pior por isso tinham que manter a alegria até que a tempestade chegasse.
JeongGuk terminou as tranças no cabelo negro de Soohyun, nunca cansava de admirar como eles conseguiam ser os mais belos de todo o bordel, isso á ajudava conseguir vários clientes por noites, uma vez ela o contara como os alfas tinham uma obsessão por puxar seu cabelo quando estavam nos momentos íntimos, algumas vezes ficavam acariciando-os por minutos antes de finalmente terem alguma coisa consigo, essa era uma das únicas coisas que agradecia á sua mãe, ter cuidado tão bem dos fios por anos foi uma grande vantagem para si e ela fazia questão de exibi-los por todos os lugares em diversos penteados que JeongGuk tinha o prazer de fazer:
—Está pronto Soo, agora vá procurar a bolinha Byun pra vocês ensaiarem uma ultima vez antes da Yoora ir embora – terminou com alguns tapinhas na bunda de Soohyun para a garota ir logo, tinham tempo de sobra, mas gostava de deixar tudo pronto para não dar nada errado na hora em que abrissem – Yoona, como vai com esses dois?
—Olha, se o BamBam parar mais uma vez para xingar o Mark e ele fizer a mesma coisa, você vai ter dois funcionários a menos aqui! – gritou Yoona irritada com os ômegas que ainda discutiam sem nem mesmo olhá-la.
_Meninos, parem de brigar ou eu não deixo Wang Jackson pisar os pés aqui nem uma noite a mais! – os dois pararam imediatamente fazendo a beta olhar indignada para o Jeon, sempre usava essa estratégia quando não conseguia controla-los.
—Eu te amo JeongGuk.
—Eu também te amo Yoona, se eles causarem problemas de novo é só me cham-
Sua boca não permitiu que terminasse a frase pela visão obtida ao olhar para a entrada do bordel, as palavras simplesmente sumiram da cabeça rodopiante do ômega. O seco já tomava conta de todo o espaço por dentro da boca ainda aberta, quem o visse poderia pensar estar vendo uma assombração, pois a cor também sumia aos poucos deixando o único sinal de vida em suas bochechas assumindo o tom carmesim, claro, sabia muito bem que teria a visão de Park Jimin muito mais que uma vez desde o acordo, só não esperava ver os fios loiros tão cedo, sua aparência era semelhante ao de um morto:
—Olá a todos, é bom vê-los de novo – a voz doce trouxe suspiros por todo o salão, finalmente estavam vendo o “alfa misterioso” da noite passada, só não contavam com que fosse mais encantador em um momento mais apropriado.
—O que está fazendo aqui Jimin? – o momento de surpresa se foi aos poucos, mas piscadas rápidas e a voz estranha ainda permaneciam.
_Não é obvio JeongGuk? Não está feliz em me ver? – aproximou-se de si somente para entregar-lhe os papeis que tinha em mãos, não podia fazer sua verdadeira vontade em meio á aquele monte de Ômegas – Aqui estão. Você deve querer rasga-las com suas próprias mãos.
Os papeis significavam a morte de Yoon Jongshin, eram folhas atrás de folhas cheias de números que martelavam na cabeça de JeongGuk á meses, todos os preços dos moveis da decorações estavam naqueles pequenos números, uma de suas dividas já podia se considerar cotada e por pura coincidência uma das maiores, finalmente estava livre de uma delas, uma de muitas. O alivio em seu peito significava uma mente com um problema a menos, estava tão feliz que não mediu a força ao abraçar o dono de tal façanha, não pensou no depois, contar á todos a novidade lhe parecia mais acessível:
—Hoje nós podemos comemorar, uma das dividas já foram quitadas pessoal! – O grito de felicidade tomou conta de tudo ali como os papeis sendo jogados ao alto também, não se importava se teriam que pegar depois, comemorar era a única palavra passando por suas cabeças – Abram quantas taças de champanhe quiserem! Logo isso também será resolvido!
Dito isso as garrafas foram abertas com um estouro seguido de mais gritos, alguns pegavam os papeis e rasgavam em pedacinhos rindo como se o sorriso já fizesse parte de seus rostos. Jimin nunca vira um bordel tão cheio de felicidade como aquele, sempre teve a imagem de pessoas chorando por todo lado e lamurias em lugares assim, nunca imaginou risos e algo como a felicidade adentrando aquelas portas, mas estava sendo gratificante vê-los tão cheios de vida, de algum modo sentia as mesmas coisas que JeongGuk naquele momento, a proximidade dele sorrindo daquele modo trazia aquelas sensações de anos atrás, aquela que sentia quando estava com seus pais então acabou pegando um pouco dos sentimentos para si também.
Os gritos ficaram ainda mais altos quando Jimin pegou o garoto á sua frente no colo sem dizer nada, os ômegas gritavam coisas como “finalmente!”, “pega ele de jeito”, “vamos ter mais irmãos” entre outras colaboradoras para o vermelho nas bochechas de JeongGuk, se já não esperava por aquilo ter os próprios amigos gritando aquelas coisas estava deixando sua situação ainda pior porque assim que entrou no escritório ainda no colo do alfa se lembrou do acordo, pensava se pedia um tempo ou o fazia ali mesmo ante que perdesse a coragem, mas suas palavras foram interrompidas mais uma vez pela mesma pessoa:
—Não quero que faça sexo comigo hoje JeongGuk – o deixou no chão para poder encará-lo decentemente, porém não desfez o contato dos corpos puxando-o pela cintura – Mas você ainda tem que me dar uma coisa...
—E o que seria? – Jeon não sabia como ainda conseguia deixar sua voz firme, talvez estivesse mais aliviado com o fato de não ter que transar com um alfa nesse dia.
—Eu quero que me beije, não só uma vez, várias vezes.
Era certeza que JeongGuk já havia beijado, na época de escola ficava com qualquer alfa que visse na frente somente para provocar ainda mais os pais, mesmo tendo beijado metade de sua escola, nunca havia passado dos beijos ou seja era virgem em plenos vinte anos. Não teria que se preocupar com aquilo pelo menos não aquela noite, beijar Jimin seria uma das coisas mais fáceis, afinal desejou aqueles lábios carnudos desde que o viu pela primeira vez, porém não admitiu pelo orgulho mantido fielmente em si.
Não havia mais orgulho, estava finalmente beijando aquele alfa gostoso e tinha que admitir, o gosto era mil vezes melhor do que só a aparência.
Se moviam lentamente aproveitando o primeiro contato, aproveitando para explorar um pouco o corpo alheio Jimin passou suas mãos brevemente pela bunda do ômega, tentou passar despercebido por aquela região por isso o distraiu colocando sua língua por entre os lábios desejosos de JeongGuk. Não sabia da onde aquele gosto estava vindo, mas o ósculo se resumia á um gosto adocicado de baunilha, passava a língua diversas vezes pela de Jeon tentando buscar mais daquilo, não imaginava que Jeon JeongGuk fosse tão doce ao ponto de querer devorá-lo.
Era praticamente isso ao morder a textura macia da boca dele, de um certo modo já não controlava as próprias ações, tudo que pudesse fazer para ter um pouco mais dos lábios doces fazia sem pensar duas vezes ou até mesmo sem pensar. A destra de JeongGuk passeava pelos fios macios de Jimin, assim como queria fazer ao ver aquele loiro mais do que tentador, puxou-os ao mesmo tempo chupando a língua do alfa, puxou-os ainda mais quando esse devolveu a chupada com outra ainda mais forte chegando ao ponto de arrancar um gemido do fundo de sua garganta, todo aquele contato estava sendo muito mais que um simples beijo, era como se estivessem fazendo sexo pela boca, torturando um ao outro exatamente como fariam se estivessem numa cama, era totalmente o que queriam, um contato capaz de superar o original.
Sem nem mesmo perceber foram levados pelos próprios pés até o sofá do escritório, com a falta de ar tiveram de se separar por estarem realmente prestes a morrerem sufocados. Ainda com as respirações ofegantes, Jimin se sentou no estofado trazendo JeongGuk para cima de si em menos de segundos, tempo o suficiente para começar outro beijo dessa vez os corpos pareciam querer mais contato, tanto que as mãos do alfa não paravam quietas, o toque viril se arrastava da cintura para as coxas respectivamente não deixando de apertar em lugar algum, principalmente nas coxas volumosas onde fazia questão de apertar no mesmo momento em que mordia os lábios em cima dos seus.
Jimin estava adorando beijá-lo, talvez até amando, com certeza nunca havia beijado outro ômega como beijava esse, á todo momento chupando simultaneamente as línguas, mordendo ao ponto de causar feridas, até os apertos causavam excitação, coisa bem presente em ambos os corpos o fato de terem se excitado com apenas o beijo não poderia ser negado por nenhum dos dois, o toque molhado causava algo a mais nos corpo além de estarem se roçando, algo muito além na temperatura que aquelas roupas causavam, isso fervia ainda mais seus corpos necessitados, mesmo assim continuavam no beijo sem avançar dos toques das mãos bobas e algumas marcas pelo pescoço, era algo admirável o controle de ambos, mesmo se desejando mais do que qualquer um
JeongGuk arrastava suas mãos pelos ombros, cabelo e pela parte mais chamativa daquele alfa, os braços. Jeon criou uma atração desumana pelos bíceps bem trabalhados mesmo esses estando escondidos pela camisa, isso não o impedia de apertá-los descontando os apertos fortes em sua bunda, se estivesse no seu estado normal daria um tapa na cara de Jimin e o diria para nunca mais voltar ali, mas não havia coerência nesses momentos, não quando estava recebendo o melhor beijo de toda a sua vida, aquele toque firme estava fazendo com que sua lubrificação natural saísse sem permissão deixando toda sua cueca molhada, o cheiro típico de ômega se instalava em todo o escritório, agradecia mentalmente por não estarem abertos naquela hora, ainda existiam alfas que podiam estar no cio porta á fora, se sentissem esse cheiro a confusão levaria segundos para ser formada, mesmo assim ele estaria ali ainda beijando aqueles deliciosos lábios.
As bocas já começavam á ficar dormentes, ás vezes se separavam para abrir os olhos se perguntando no que estavam se metendo. Os quadris de JeongGuk se mexiam inconscientemente, o ômega se esfregava descaradamente no pau do alfa quase tão louco de desejo como ele, definitivamente era pouco o nível de sanidade que ainda restava por ali, era algo intenso demais e talvez ninguém entendesse como ainda estavam lúcidos, ômega e alfa entraram nesse jogo, tudo por causa de um simples acordo, simplesmente o acordo mais delicioso que fizeram.
A sessão de beijos durou tempo o bastante para a boate abrir e fechar, só foram despertados de seus próprios mundinhos pelo chamado de Soohyun do lado de fora alegando que já era hora de pararem de se pegar seguido de uma chuva de risadas, as bocas estavam dormentes e até doloridas, mas principalmente inchadas junto com as marcas deixadas em ambos os pescoços. A despedida acabou sendo com aquele gostinho de “quero mais”.
Jimin foi atrás da próxima vitima mais do que imediatamente, mal esperava para o próximo “pagamento”.
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